— Ah, mamãe, veja! É o Justin Bieber! Quero tirar uma foto com ele. - Summer correu até a estátua de cera inacreditavelmente parecida com o jovem pop star e Demi rapidamente tirou algumas fotos com sua câmera digital. Quando se virou, não conseguiu ver Joe em nenhum lugar da sala, nem mesmo perto da estátua de Kim Kardashian, sobre a qual todos os homem babavam. Demi, Summer e Joe foram ao Fisherman’s Wharf, em uma sexta-feira clara e fria, para tomar sopa de frutos do mar servida em recipientes feitos de massa de pão, mas, no caminho, acabaram indo parar no museu de cera. Por incrível que pareça, nenhum deles tinha estado lá antes, achando que era algo para turistas, não para moradores locais. Demi não conseguia se lembrar da última vez que riu tanto. Na verdade, as bochechas dela estavam doloridas e ela tinha certeza de que sentiria os músculos abdominais também, na manhã seguinte. Mesmo assim, não estava nem um pouco preparada para ver Joe em pé ao lado do irmão dele na sala ao lado. Ou melhor, ao lado da versão de cera de Smith Jonas.
— Ele nunca nos contou que estava aqui — Joe comentou, com um sorriso maldoso. — Cara, vamos nos divertir muito com isso. Pode tirar umas fotos nossas? — Ele pendurou um braço musculoso ao redor dos ombros da estátua de cera, e Demi notou vários estranhos na sala parando para olhar. Especialmente quando Summer perguntou:
— Ei, esse não é o seu irmão, Joe? Ele sorriu para ela.
— Ele nunca nos contou que estava aqui — Joe comentou, com um sorriso maldoso. — Cara, vamos nos divertir muito com isso. Pode tirar umas fotos nossas? — Ele pendurou um braço musculoso ao redor dos ombros da estátua de cera, e Demi notou vários estranhos na sala parando para olhar. Especialmente quando Summer perguntou:
— Ei, esse não é o seu irmão, Joe? Ele sorriu para ela.
— Com certeza, querida. E parece que está tendo sérios problemas com toda essa cera espalhada pelo ouvido! - Enquanto Summer gargalhava, Demi encantava-se ao reparar que, ainda que cada um dos irmãos Jonas fosse único, todos os seis tinham certa, bem... Beleza inata era uma maneira de descrevê-la. Mesmo de cera, Smith Jonas era uma figura muito atraente. E claro que a estátua de cera nem chegava aos pés de um Joe Jonas em carne e osso. Alguns minutos depois, viram a estátua de Miley em um canto, ao mesmo tempo.
— Nós encontramos com ela na festa da sua mãe! — Summer exclamou. Claramente cheia de orgulho, ela disse: — Não preciso tirar uma foto com ela porque eu, tipo assim, já a conheço de verdade. Quando vamos conhecer Smith, Joe? Joe bagunçou o cabelo dela.
— Nós encontramos com ela na festa da sua mãe! — Summer exclamou. Claramente cheia de orgulho, ela disse: — Não preciso tirar uma foto com ela porque eu, tipo assim, já a conheço de verdade. Quando vamos conhecer Smith, Joe? Joe bagunçou o cabelo dela.
— Da próxima vez que ele estiver na cidade. Vou fazê-lo comprar um sorvete para você.
— Que legal! - Quando Summer saiu, Demi sentiu um aperto no peito. Era exatamente disso que ela tinha medo. Que Summer presumisse que essas saídas em grupo significavam que sua mãe e o bombeiro ficariam juntos para sempre. No mínimo, tempo suficiente para tomarem sorvete com Smith. Demi podia sentir os olhos de Joe sobre ela. Os braços dele estavam perto, enlaçados em volta da cintura dela, puxando-a levemente para mais perto dele.
— Ouvi dizer que eles expulsam as pessoas do museu se as virem de testas franzidas. - Ela enfiou o rosto no pescoço dele e inalou o cheiro morno e fumarento dele até conseguir superar seus medos de novo. Ele a segurou o tempo todo, a mão grande acariciando as costas dela.
— Estou me divertindo muito, Joe. E Summer também.
— Então somos três. - Ele pegou a mão dela e se juntaram a Summer perto das estátuas de cera dos super-heróis, e todas as suas esperanças e sonhos confluíam para aquela declaração despretensiosa. Então somos três. Ah, como ela gostaria que aquilo fosse verdade. Um marido, uma família para a filha, sem mais dores de cabeça, sem mais desafios. Só amor. Mas como aquilo poderia se tornar uma realidade para ela e Summer sabendo que Joe era um bombeiro? E do tipo que não tinha medo de correr para dentro de prédios em chamas se isso significasse salvar a vida de alguém lá dentro. Pare com isso, ela dizia a si mesma, com uma voz interior bem firme. Ela prometeu a ambos que tentaria, o que significava frear suas preocupações e seus medos durante um tempo e só curtir a companhia dele. Uma hora depois, Joe as deixava em casa, a caminho de seu plantão noturno no quartel. Tinham combinado de vir jantar no domingo à noite, quando seu turno terminasse, mas Demi já estava com saudades dele. Além disso, ele passou horas segurando-a. E tocando-a também, fazendo pequenas carícias no rosto, nas costas, nos quadris. Ela queimava por dentro, mas, com Summer entre eles, Demi não podia fazer nada para matar esse desejo. Desejo esse que ela temia poder fazê-la desmantelar completamente, a qualquer momento.
— Obrigada pelo passeio — ela disse, com uma voz levemente rouca. Ela levou a mão em direção à fechadura, mas, antes que pudesse abrir a porta, Summer perguntou:
— Vocês não vão dar um beijo de boa-noite? - Uma risada encoberta saiu dos lábios de Demi e, quando ela olhou para Joe, os olhos dele estavam muito escuros com o mesmo desejo, que mal conseguia controlar.
— Claro que vamos — ele respondeu. - Um momento depois, os lábios dele, quentes e deliciosos, estavam sobre os dela. Um beijo foi o suficiente para estimular ainda mais o apetite e, quando ele se afastou, Demi sentiu-se tonta. Summer sorriu para os dois, claramente satisfeita por ver que sua “operação cupido” tinha funcionado tão bem.
— Vejo você no domingo, Joe. Hoje foi muito divertido. - No domingo à noite, os três estavam sentados no tapete da sala de estar brincando de “Operação”, e tentavam tirar um osso da coxa, numa disputa acirrada. Bem, quer dizer, uma disputa acirrada entre Summer e Joe. Sentar-se tão perto de Joe desse jeito fazia as mãos de Demi tremer tanto que ela mal conseguia jogar. Por várias vezes, ela tinha disparado o alarme vermelho, ao bater a pinça nas bordas dos pequenos sulcos do jogo de tabuleiro. Summer e Joe estavam quase empatados com suas pilhas de ossinhos e órgãos, quando Summer reclamou:
— Isso não é justo. Você faz esse tipo de coisa no seu trabalho. Eu sou só uma criança. -Demi esperou para ver se Joe se deixaria enganar, mas ele mal levantou a sobrancelha.
— Sou treinado como paramédico, não como cirurgião. - Summer fez uma careta.
— É quase a mesma coisa. - Joe sorriu para a garotinha.
— Nem de longe, mas boa tentativa, garota. - Quando Summer disse, toda feliz “Sua vez”, Demi sabia que ela ainda não tinha usado todos os truques para ganhar o jogo. Joe pegou a pinça e estava prestes a ir para o cérebro, quando Summer gritou:
— Ai, meu Deus, que inseto enorme! - Demi encolheu-se quando o grito estridente da filha entrou em seu cérebro.
— Que inseto, Summer? - Mas a filha estava ocupada olhando fixamente para a mão de Joe, parada sobre o tabuleiro do jogo, e não batendo nas bordas, o que daria a Summer a chance de vencer. Demi não se aguentou e caiu na risada.
— Ele é um dos oito irmãos, meu amor. Acho que terá de se esforçar um pouco mais para conseguir distraí-lo. - Um segundo depois, Joe alcançou a peça, tirou o cérebro e estava quase conseguindo tirá-la totalmente quando a ponta da pinça encostou no tabuleiro. O alarme vermelho soou e Summer tomou a pinça da mão dele, tirando o cérebro com destreza.
— Ganhei!
— Bom trabalho, Summer! - Demi não conseguia imaginar nenhum dos caras com quem tinha namorado jogando esse jogo com Summer, muito menos gostando de fazê-lo. Sem falar na habilidade de lidar tão bem com as travessuras dela.
— Amanhã você tem escola! Hora de ir para a cama! — Demi disse. — Vá escovar os dentes e colocar o pijama e depois vou ler uma história para você.
— Você pode ler para mim esta noite, Joe? - Talvez Demi não devesse ter ficado tão chocada com o pedido de Summer, mas ficou. Exceto ela, ninguém jamais tinha lido uma história para Summer, nem mesmo o pai dela, que preferia brincar com ela na grama, ao ar livre, a ficar dentro de casa com ela, ainda bebê, mordendo e mastigando um livro no colo dele.
— Demi? - Em vez de responder à pergunta de Summer, os olhos de Joe estavam em Demi, e ela podia ler a pergunta no rosto dele: Tudo bem para você? Cada minuto que os três passavam juntos, ela via Joe e Summer se aproximarem ainda mais. Eles eram duas pessoas que gostavam da companhia um do outro, de verdade. A filha dela tinha um ótimo gosto para homens. Mesmo assim, por alguma razão, isso parecia um grande passo, depois de tantos outros grandes passos. Primeiro, passar a noite de sexta-feira no Fisherman’s Wharf, como se fossem uma família. Depois, beijar Joe na frente de Summer. E, agora, Joe contando uma história na hora de dormir. E se alguma coisa acontecesse com ele? E se Summer se acostumasse com Joe brincando de jogos e lendo na cama para ela e depois... Ela controlou-se um segundo antes de seu cérebro enveredar-se pelo caminho do pânico. Preciso tentar. Continue tentando.
— Parece ótimo. - Joe analisou o rosto dela, o sorriso que o havia enfeitiçado.
— Talvez — ele disse, suavemente — poderíamos ler juntos. - Uma sensação de alívio e um amor feroz tomou conta dela. Demi nunca pensou que encontraria um homem que a entendesse tão bem, que pudesse ler seus pensamentos secretos sem ela dizer uma só palavra. Trinta minutos depois, Summer estava na cama e eles foram em direção à sala de estar.
— Adorei você ler A casa mágica da árvore para Summer, o jeito que você fez todos os personagens. - Ele deu de ombros como se não fosse grande coisa.
— Sophie é muito boa em nos convencer a ler para as crianças durante a contação de história na biblioteca. Demi adorava a ideia de Joe sentado na cadeirinha de plástico lendo para um bando de crianças... e suas mães babonas. Ela podia imaginar o tipo de fantasia que ele inspirava naquelas mulheres durante o que deveria ser os melhores trinta minutos do mês delas. As mesmíssimas fantasias que ele inspirava nela.
— Está pronta para sua historinha de dormir? — Ele puxou-a para o colo dele, no sofá.
— Mas ainda não estou cansada — ela respondeu baixinho. A linda boca de Joe esboçou um sorriso e ela achou que ele fosse beijá-la. Em vez disso, ele enfiou a cabeça na curva do pescoço dela e passou-lhe a língua, deixando Demi toda arrepiada.
— Era uma vez um homem.
— Não era um príncipe?
— Não — ele disse, pegando levemente no queixo dela. — Ele era um homem absolutamente normal e comum. Mas, um dia, teve sorte e conheceu a mulher mais linda do mundo.
— Tem certeza de que ela também não era normal e comum? - Joe mordeu o lóbulo da orelha dela, deixando-a toda arrepiada.
— Pode ter certeza, ela era extraordinária, tão linda que ele mal podia acreditar que ela estava falando com ele.
— Eles se beijaram? - Os lábios dele chegaram mais perto dos dela quando ele respondeu:
— Ah, sim... e aqueles beijos eram a melhor coisa do mundo. - Finalmente — finalmente! —, ele estava lhe beijando, e os dedos dos pés dela se contorciam da paixão que emergia de dentro dela. Entretanto, apesar de estar louca para fazer amor com ele, ela, de algum modo, conseguiu se lembrar de que a filha estava dormindo no final do corredor. Demi tinha decidido que não tinha problema Summer ficar na companhia de Joe, sair para passear ou brincar, ou até mesmo que ele contasse historinhas na hora de dormir. Mas era impossível aceitar que a filha visse um homem saindo do quarto da mãe pela manhã. Pelo menos não até as coisas ficarem muito mais sérias, a não ser que houvesse um casamento num futuro próximo. Considerando que Demi não conseguia nem dizer “Eu te amo”, ela sabia que era melhor parar de beijá-lo daquele jeito, já que a filha estava só a alguns metros de distância. Ela mudou de posição no colo dele.
— Obrigada por vir aqui esta noite.
— Obrigado por me convidar. - A julgar pela protuberância nas calças e pelo desejo nos olhos dele, ela sabia que Joe estava tão pronto quanto ela para fazer sexo do tipo de se jogar na parede, completamente selvagem. Sentindo que seria a pior provocação de todas, ela admitiu:
— Quero que fique, mas... - Um dedo cobriu os lábios dela.
— Eu entendo, Demi. Também nunca faria nada para magoar Summer. - Relutante, ela saiu do colo dele e caminharam, de mãos dadas até a porta. Depois de outro longo beijo de boa-noite, e outro doce “eu te amo”, ele estava na metade do corredor quando ela gritou:
— Você não disse como a história termina, Joe. — Ela segurou o fôlego, esperando a resposta. A expressão dele refletia todo o amor e o desejo que sentia por ela.
— Não termina.
Ao levar Summer para a escola na segunda-feira de manhã, Demi estava zonza por não ter dormido direito. O corpo dela ansiava pelos beijos de Joe, mas não tinha se dado ao trabalho de tentar resolver o problema por conta própria. Não quando não era exatamente do orgasmo que ela precisava, e sim do homem em carne e osso. Ela nunca foi mulher de correr atrás de homens, em parte porque se casara muito jovem, mas principalmente porque não era da sua índole. No entanto, foi o puro instinto feminino que a fez seguir na direção oposta à casa dela, depois de deixar Summer na escola. Dez minutos depois, ela tocava a campainha da porta da casa de Joe, o coração saindo pela boca pelo tanto que havia corrido para chegar até ele. Mas, enquanto esperava, ela percebeu, de repente, que não fazia ideia se ele estaria ali ou não, se tinha saído para correr ou ido comprar bagels para o café da manhã. E, como ele não atendeu a porta imediatamente, ela praticamente sentiu o sabor da decepção. Ela estava prestes a dar meia-volta quando a porta se abriu.
— Demi? - Obviamente o Universo estava conspirando a favor dela, pois Joe não só estava em casa, como também estava enrolado com uma toalha em volta do quadril. Ela ainda estava entretida, admirando aqueles músculos esculpidos, quando ele convidou:
— Entre, querida. - A mão dele estava morna sobre a cintura dela.
— Está tudo bem? - Ela finalmente percebeu a expressão preocupada dele por ela aparecer lá daquela maneira, sem fôlego e provavelmente de olhos arregalados, desesperada para vê-lo. Para estar com ele.
— Não — ela respondeu com sinceridade.
— É a Summer? - Joe ficou em pânico instantaneamente, e ela colocou a mão sobre o coração disparado dele para acalmá-lo.
— Summer está perfeita. Acabei de deixá-la na escola.
— Então o que é? — As mãos dele acariciaram o cabelo dela procurando alguma pista.
— Senti sua falta — ela murmurou, baixando os olhos timidamente diante da admissão nua e crua. — Sexta à noite. Domingo à noite. — Ela ergueu os olhos até os dele. — Achei que fosse ficar louca se não visse você de novo. — Ela colocou os braços em volta dele e refestelou-se na força da ponta de seus dedos.
— Eu andei para cima e para baixo pela cidade a manhã toda — ele contou a ela, com voz rouca, enquanto seu olhar ia e voltava dos lábios para os olhos dela. — Ou fazia isso ou usava minhas ferramentas para arrombar seu apartamento e ir para a cama com você. - Um momento depois, Joe pegou-a no colo e levou-a para o quarto dele. Demi estava em êxtase por ele estar tão desesperado quanto ela para continuar o que tinham começado, e que não tiveram a chance de terminar, naquele fim de semana.
— Quanto tempo você tem? — ele murmurou no ouvido dela, acariciando a pele sensível com a língua.
— Quanto você precisar — ela respondeu, enquanto pressionava os lábios na curva do pescoço dele e em um dos seus ombros largos. Os olhos dele se ergueram até os dela, escuros não só de paixão, mas com algo muito maior, muito mais completo do que só o desejo físico.
— Para sempre, Demi. — As duas palavras saíram do fundo do coração dele, atingindo diretamente o coração dela. — Isso é quanto eu vou precisar de você. - Demi gemeu diante da declaração dele à resposta despretensiosa dela. Ela só estava falando em fazer amor naquela manhã, sobre algumas horas roubadas na cama dele, longe do trabalho dos clientes que precisava terminar. No entanto, ele respondeu-lhe como se ela tivesse dito algo completamente diferente. E estava sendo absolutamente honesta consigo mesma. Ela tentou recuperar o fôlego quando ele a abaixou até a cama. Ela sabia que Joe a amava; contudo, mesmo tendo dito aquelas doces palavras para ela muitas vezes durante a última semana, ele nunca a tinha pressionado para que respondesse. Ele sabia que ela estava tentando, sabia que ficar com ele era o maior risco que estaria assumindo em anos. Mas, agora, deitada embaixo dele sobre a cama e com ele olhando-a como nenhum homem jamais fez, como se ela fosse o sol, as estrelas e tudo mais, ela queria muito retribuir o que ele estava dando a ela sem fazer o menor esforço.
— Eu... — As palavras ficaram engasgadas na garganta dela, presas pelo ressurgimento dos medos que tentava deixar de lado, um a um, cada vez que Joe estava com ela. Não, não só quando estavam juntos, mas cada vez que pensava nele, cada vez que Summer dizia o nome dele e sorria. Ela lambeu os lábios e tentou de novo.
— Joe, eu... - Os lindos lábios dele cobriram os dela no momento em que ela engasgou de novo, dizendo a ela que ele compreendia... e que ele não iria a lugar nenhum. Ela se entregou ao amor que ele demonstrava naquele beijo, enroscando os braços e as pernas ao redor dele, precisando dele muito mais perto.
— Eu sei, e vou esperar você, Demi. O tempo que for necessário. - Felizmente, ele não esperou a resposta dela, não deixou que houvesse nenhum momento de silêncio desconfortável entre eles. Em vez disso, pegou a barra da camiseta de Demi e puxou-a sobre a cabeça dela.
— Rosa é minha nova cor favorita — ele murmurou, ao olhar para o sutiã dela. Sem perceber, ela estava com o sutiã que combinava com a calcinha que ele tinha visto no cesto de roupas naquele dia em que apareceu na casa dela de surpresa. Entretanto, antes que pudesse admitir para si mesma que tinha colocado o sutiã de propósito, na expectativa que ele percebesse, Joe abaixou a cabeça e passou a língua sobre a parte de cima de um seio, depois no outro, bem no lugar onde a renda abria espaço para a pele sensível. Ela estava ofegante e arqueou as costas quando ele levantou a cabeça.
— Só para você saber que tive mais do que uma fantasia com essa calcinha cor-de-rosa.
— Eu também — ela confessou, baixinho. As mãos dele tremeram quando alcançou o botão da calça jeans dela. Logo depois, ele abriu o zíper e baixou-lhe as calças até os pés, tirando-lhe também os sapatos e as meias.
— Conte uma delas para mim — ele pediu, com aquela voz baixa e cheia de desejo que sempre fazia o corpo de Demi encher-se de calor e prazer, começando lá no fundo da barriga e espalhando-se por todo o seu corpo. No entanto, ela já tinha tido a chance de representar mais que uma de suas fantasias com ele. Dessa vez, ela queria saber a dele. Com as mãos dele lhe tateando o quadril, a barriga e a região perto dos seios, era difícil fazer o pedido.
— Você já sabe uma das minhas fantasias. Quero ouvir uma das suas. - O sorriso dele foi tão absurdamente sensual que ela quase gozou bem ali, com nada além daquela expressão nos olhos dele e das mãos enormes sobre os seios dela, ainda cobertos.
— Uma de minhas fantasias — ele disse, suavemente, enquanto saía de cima dela para comer o corpo dela com os olhos — envolve surpresa. — Ele fez uma pausa. — E confiança. - Ela esperava tudo, menos que ele dissesse isso. Não esperava que lhe pedisse para confiar nele. Claro que confiava nele. Ela havia permitido que ele entrasse na vida dela, na vida de Summer. Ela fez sexo selvagem com ele e sabia que, apesar de ele ser muito maior do que ela, nunca teria medo do que pudesse fazer com ela. Como se estivesse lhe dando tempo para pensar sobre o que acabou de dizer, Joe levantou-se da cama e tirou as roupas. Quando virou de volta para ela, estava gloriosamente nu, e o pinto ereto batia na altura de sua barriga. Teria sido fácil só puxá-lo para cima dela, esquecer qualquer surpresa, qualquer fantasia que ele quisesse tornar realidade, e fazer amor sem falar mais nenhuma palavra sobre confiança. Mas ela sabia que isso estragaria não só a fantasia dele, mas também a dela mesma.
— Demi? - Chegou o momento da verdade. Ele deu-lhe tempo para pensar, para remoer, para decidir. Não a forçou em relação à palavra amor, mas Demi podia ver que ele não abriria mão da confiança. Sem confiar na própria voz, ela balançou a cabeça. O sorriso dele foi tão encorajador quanto sexy. E então ele se virou e alcançou a gaveta da cômoda. Segundos depois, tirou uma gravata. O coração disparou quando Joe chegou perto dela.
— Já teve seus olhos vendados antes? - Ela mordeu os lábios e negou, balançando a cabeça.
— Alguma vez já quis ter os olhos vendados? - Ela sentiu o rubor lhe cobrindo as bochechas enquanto concordava. Antes, quando tivera essa fantasia, quem a vendava era um homem sem rosto e sem nome. Desde o incêndio, Joe estrelava cada uma das fantasias dela. Ele baixou a seda sobre os olhos dela e ergueu gentilmente a cabeça dela do travesseiro para pôr a venda.
— Consegue ver alguma coisa? - Ela conseguia ver a luz entrando pelos cantos, mas era só.
— Não.
— Bom. — Promessas de prazer acompanhavam aquela palavra curta. — Se você prometer ficar exatamente onde está e confiar que vou lhe fazer sentir muito bem, então não precisaremos amarrar você na cama, para outra de minhas fantasias. - Demi ficou surpresa ao perceber que podia ficar ainda mais excitada. De algum modo, sem que ela jamais desse voz a seus desejos escondidos, ele sabia. As mãos mornas de Joe lhe cobriram os seios e, então, seus dedos passaram pelos mamilos intumescidos dela.
— Você gosta dessa ideia, não gosta, meu amor? - Uma vez que o corpo dela já estava respondendo, foi fácil concordar. Ela lambeu os lábios e concordou:
— Sim, gosto muito. - Ela ouviu-o gemer baixinho, sentiu o colchão mexendo embaixo do peso dele enquanto Joe se mexia.
— Minha aventureirazinha sexy. - A surpresa diante das palavras dele se perdeu na sensação de Joe se encaixando entre as coxas dela, as mãos dele sobre a pele sensível entre suas pernas, empurrando-a, para que ela se abrisse para ele.
— Se você pudesse ver o quanto está molhada. - Os dedos dele pressionaram gentilmente a calcinha, que ela tinha certeza de que, a essa altura, estava ensopada pela maneira que ele a vinha provocando. Desde o início, ela adorava o jeito que ele falava com ela, uma conversa sexy e levemente maliciosa que ela jamais sonhou experimentar, mas que, em segredo, sempre quis saber como seria. O calor dele a queimava, e ela montou na mão dele. Demi já estava tão perto que não precisaria de muito mais para chegar ao limite. Especialmente com a falta de visão, quando cada toque, cada cheiro, cada som tornava-se muito mais forte. Muito mais potente. E, então, de repente, foi tomada por uma umidade morna, com a língua dele passando sobre a renda cor-de-rosa. Ela teve de colocar as mãos nos cabelos dele, teve de encaixar o quadril dentro da boca de Joe. Não havia contato de pele sobre pele, mas isso não importava. Ela não precisava; só daquela deliciosa pressão da... Ah, que delícia! — As palavras escaparam-lhe da boca quando ele puxou a calcinha para o lado e colocou a língua lá. Sobre ela, dentro dela. As mãos dele estavam em todos os lugares ao mesmo tempo, enquanto a língua e os dentes se concentravam na parte mais sensível dela. Com uma mão, acariciava os seios dela, beliscando vigorosamente os mamilos; com a outra, enfiava-lhe os dedos, e, pela primeira vez, Demi gritou de êxtase, um som profundo, que ela não acreditaria ter saído de dentro dela se fosse capaz de pensar. Durante algum tempo, em que ondas de prazer pareciam crescer, explodir e se espalhar por todo o corpo dela, Joe continuou brincando entre as pernas dela, com seu clitóris e seus seios. Assim que atingiu o clímax, ela sentiu-se frouxa, exausta. No entanto, ao sentir Joe subir vagarosamente sobre ela, tão perto a ponto de o pênis dele roçar a pele dela, Demi foi tomada por um novo fôlego. Ele beijou-lhe todo o corpo, com mordidinhas de amor suaves que a fizeram tremer de novo quando ele alcançou-lhe o rosto.
— Obrigado por confiar em mim, querida. - Joe tirou-lhe a venda dos olhos ao mesmo tempo que a penetrou, e Demi sentiu-se abrir para ele de uma maneira que jamais tinha feito para ninguém antes. As barreiras que havia construído, aquelas grades da prisão que lhe cercavam o coração, despencaram diante do toque gentil e dos beijos delicados dele. Se havia alguma hora na vida para se arriscar, era agora; se havia uma pessoa pela qual se arriscar, era Joe. Antes que seus lábios pudessem formar as palavras, porém, ele pediu:
— Goze comigo, meu amor. - E ela gozou; e o orgasmo seguinte arrancou-lhe cada pensamento, assim como qualquer possibilidade de falar alguma coisa. Tudo o que restou foi o amor que se derramava dele para dentro dela... de novo, enquanto Demi finalmente deixava Joe penetrar-lhe até o fundo da alma.
Continua.. Oi! Cara, essa fic não para de ter hot? meu Deus O.O Espero que vocês gostem deste capítulo, está no final, acho que faltam dois ou três.. Então, beijos e até o próximo capítulo, que eu acho que vai ser de LSS se alguém muito enrolada e que está morrendo de cólica resolver escrever, beijos!
— Que legal! - Quando Summer saiu, Demi sentiu um aperto no peito. Era exatamente disso que ela tinha medo. Que Summer presumisse que essas saídas em grupo significavam que sua mãe e o bombeiro ficariam juntos para sempre. No mínimo, tempo suficiente para tomarem sorvete com Smith. Demi podia sentir os olhos de Joe sobre ela. Os braços dele estavam perto, enlaçados em volta da cintura dela, puxando-a levemente para mais perto dele.
— Ouvi dizer que eles expulsam as pessoas do museu se as virem de testas franzidas. - Ela enfiou o rosto no pescoço dele e inalou o cheiro morno e fumarento dele até conseguir superar seus medos de novo. Ele a segurou o tempo todo, a mão grande acariciando as costas dela.
— Estou me divertindo muito, Joe. E Summer também.
— Então somos três. - Ele pegou a mão dela e se juntaram a Summer perto das estátuas de cera dos super-heróis, e todas as suas esperanças e sonhos confluíam para aquela declaração despretensiosa. Então somos três. Ah, como ela gostaria que aquilo fosse verdade. Um marido, uma família para a filha, sem mais dores de cabeça, sem mais desafios. Só amor. Mas como aquilo poderia se tornar uma realidade para ela e Summer sabendo que Joe era um bombeiro? E do tipo que não tinha medo de correr para dentro de prédios em chamas se isso significasse salvar a vida de alguém lá dentro. Pare com isso, ela dizia a si mesma, com uma voz interior bem firme. Ela prometeu a ambos que tentaria, o que significava frear suas preocupações e seus medos durante um tempo e só curtir a companhia dele. Uma hora depois, Joe as deixava em casa, a caminho de seu plantão noturno no quartel. Tinham combinado de vir jantar no domingo à noite, quando seu turno terminasse, mas Demi já estava com saudades dele. Além disso, ele passou horas segurando-a. E tocando-a também, fazendo pequenas carícias no rosto, nas costas, nos quadris. Ela queimava por dentro, mas, com Summer entre eles, Demi não podia fazer nada para matar esse desejo. Desejo esse que ela temia poder fazê-la desmantelar completamente, a qualquer momento.
— Obrigada pelo passeio — ela disse, com uma voz levemente rouca. Ela levou a mão em direção à fechadura, mas, antes que pudesse abrir a porta, Summer perguntou:
— Vocês não vão dar um beijo de boa-noite? - Uma risada encoberta saiu dos lábios de Demi e, quando ela olhou para Joe, os olhos dele estavam muito escuros com o mesmo desejo, que mal conseguia controlar.
— Claro que vamos — ele respondeu. - Um momento depois, os lábios dele, quentes e deliciosos, estavam sobre os dela. Um beijo foi o suficiente para estimular ainda mais o apetite e, quando ele se afastou, Demi sentiu-se tonta. Summer sorriu para os dois, claramente satisfeita por ver que sua “operação cupido” tinha funcionado tão bem.
— Vejo você no domingo, Joe. Hoje foi muito divertido. - No domingo à noite, os três estavam sentados no tapete da sala de estar brincando de “Operação”, e tentavam tirar um osso da coxa, numa disputa acirrada. Bem, quer dizer, uma disputa acirrada entre Summer e Joe. Sentar-se tão perto de Joe desse jeito fazia as mãos de Demi tremer tanto que ela mal conseguia jogar. Por várias vezes, ela tinha disparado o alarme vermelho, ao bater a pinça nas bordas dos pequenos sulcos do jogo de tabuleiro. Summer e Joe estavam quase empatados com suas pilhas de ossinhos e órgãos, quando Summer reclamou:
— Isso não é justo. Você faz esse tipo de coisa no seu trabalho. Eu sou só uma criança. -Demi esperou para ver se Joe se deixaria enganar, mas ele mal levantou a sobrancelha.
— Sou treinado como paramédico, não como cirurgião. - Summer fez uma careta.
— É quase a mesma coisa. - Joe sorriu para a garotinha.
— Nem de longe, mas boa tentativa, garota. - Quando Summer disse, toda feliz “Sua vez”, Demi sabia que ela ainda não tinha usado todos os truques para ganhar o jogo. Joe pegou a pinça e estava prestes a ir para o cérebro, quando Summer gritou:
— Ai, meu Deus, que inseto enorme! - Demi encolheu-se quando o grito estridente da filha entrou em seu cérebro.
— Que inseto, Summer? - Mas a filha estava ocupada olhando fixamente para a mão de Joe, parada sobre o tabuleiro do jogo, e não batendo nas bordas, o que daria a Summer a chance de vencer. Demi não se aguentou e caiu na risada.
— Ele é um dos oito irmãos, meu amor. Acho que terá de se esforçar um pouco mais para conseguir distraí-lo. - Um segundo depois, Joe alcançou a peça, tirou o cérebro e estava quase conseguindo tirá-la totalmente quando a ponta da pinça encostou no tabuleiro. O alarme vermelho soou e Summer tomou a pinça da mão dele, tirando o cérebro com destreza.
— Ganhei!
— Bom trabalho, Summer! - Demi não conseguia imaginar nenhum dos caras com quem tinha namorado jogando esse jogo com Summer, muito menos gostando de fazê-lo. Sem falar na habilidade de lidar tão bem com as travessuras dela.
— Amanhã você tem escola! Hora de ir para a cama! — Demi disse. — Vá escovar os dentes e colocar o pijama e depois vou ler uma história para você.
— Você pode ler para mim esta noite, Joe? - Talvez Demi não devesse ter ficado tão chocada com o pedido de Summer, mas ficou. Exceto ela, ninguém jamais tinha lido uma história para Summer, nem mesmo o pai dela, que preferia brincar com ela na grama, ao ar livre, a ficar dentro de casa com ela, ainda bebê, mordendo e mastigando um livro no colo dele.
— Demi? - Em vez de responder à pergunta de Summer, os olhos de Joe estavam em Demi, e ela podia ler a pergunta no rosto dele: Tudo bem para você? Cada minuto que os três passavam juntos, ela via Joe e Summer se aproximarem ainda mais. Eles eram duas pessoas que gostavam da companhia um do outro, de verdade. A filha dela tinha um ótimo gosto para homens. Mesmo assim, por alguma razão, isso parecia um grande passo, depois de tantos outros grandes passos. Primeiro, passar a noite de sexta-feira no Fisherman’s Wharf, como se fossem uma família. Depois, beijar Joe na frente de Summer. E, agora, Joe contando uma história na hora de dormir. E se alguma coisa acontecesse com ele? E se Summer se acostumasse com Joe brincando de jogos e lendo na cama para ela e depois... Ela controlou-se um segundo antes de seu cérebro enveredar-se pelo caminho do pânico. Preciso tentar. Continue tentando.
— Parece ótimo. - Joe analisou o rosto dela, o sorriso que o havia enfeitiçado.
— Talvez — ele disse, suavemente — poderíamos ler juntos. - Uma sensação de alívio e um amor feroz tomou conta dela. Demi nunca pensou que encontraria um homem que a entendesse tão bem, que pudesse ler seus pensamentos secretos sem ela dizer uma só palavra. Trinta minutos depois, Summer estava na cama e eles foram em direção à sala de estar.
— Adorei você ler A casa mágica da árvore para Summer, o jeito que você fez todos os personagens. - Ele deu de ombros como se não fosse grande coisa.
— Sophie é muito boa em nos convencer a ler para as crianças durante a contação de história na biblioteca. Demi adorava a ideia de Joe sentado na cadeirinha de plástico lendo para um bando de crianças... e suas mães babonas. Ela podia imaginar o tipo de fantasia que ele inspirava naquelas mulheres durante o que deveria ser os melhores trinta minutos do mês delas. As mesmíssimas fantasias que ele inspirava nela.
— Está pronta para sua historinha de dormir? — Ele puxou-a para o colo dele, no sofá.
— Mas ainda não estou cansada — ela respondeu baixinho. A linda boca de Joe esboçou um sorriso e ela achou que ele fosse beijá-la. Em vez disso, ele enfiou a cabeça na curva do pescoço dela e passou-lhe a língua, deixando Demi toda arrepiada.
— Era uma vez um homem.
— Não era um príncipe?
— Não — ele disse, pegando levemente no queixo dela. — Ele era um homem absolutamente normal e comum. Mas, um dia, teve sorte e conheceu a mulher mais linda do mundo.
— Tem certeza de que ela também não era normal e comum? - Joe mordeu o lóbulo da orelha dela, deixando-a toda arrepiada.
— Pode ter certeza, ela era extraordinária, tão linda que ele mal podia acreditar que ela estava falando com ele.
— Eles se beijaram? - Os lábios dele chegaram mais perto dos dela quando ele respondeu:
— Ah, sim... e aqueles beijos eram a melhor coisa do mundo. - Finalmente — finalmente! —, ele estava lhe beijando, e os dedos dos pés dela se contorciam da paixão que emergia de dentro dela. Entretanto, apesar de estar louca para fazer amor com ele, ela, de algum modo, conseguiu se lembrar de que a filha estava dormindo no final do corredor. Demi tinha decidido que não tinha problema Summer ficar na companhia de Joe, sair para passear ou brincar, ou até mesmo que ele contasse historinhas na hora de dormir. Mas era impossível aceitar que a filha visse um homem saindo do quarto da mãe pela manhã. Pelo menos não até as coisas ficarem muito mais sérias, a não ser que houvesse um casamento num futuro próximo. Considerando que Demi não conseguia nem dizer “Eu te amo”, ela sabia que era melhor parar de beijá-lo daquele jeito, já que a filha estava só a alguns metros de distância. Ela mudou de posição no colo dele.
— Obrigada por vir aqui esta noite.
— Obrigado por me convidar. - A julgar pela protuberância nas calças e pelo desejo nos olhos dele, ela sabia que Joe estava tão pronto quanto ela para fazer sexo do tipo de se jogar na parede, completamente selvagem. Sentindo que seria a pior provocação de todas, ela admitiu:
— Quero que fique, mas... - Um dedo cobriu os lábios dela.
— Eu entendo, Demi. Também nunca faria nada para magoar Summer. - Relutante, ela saiu do colo dele e caminharam, de mãos dadas até a porta. Depois de outro longo beijo de boa-noite, e outro doce “eu te amo”, ele estava na metade do corredor quando ela gritou:
— Você não disse como a história termina, Joe. — Ela segurou o fôlego, esperando a resposta. A expressão dele refletia todo o amor e o desejo que sentia por ela.
— Não termina.
Ao levar Summer para a escola na segunda-feira de manhã, Demi estava zonza por não ter dormido direito. O corpo dela ansiava pelos beijos de Joe, mas não tinha se dado ao trabalho de tentar resolver o problema por conta própria. Não quando não era exatamente do orgasmo que ela precisava, e sim do homem em carne e osso. Ela nunca foi mulher de correr atrás de homens, em parte porque se casara muito jovem, mas principalmente porque não era da sua índole. No entanto, foi o puro instinto feminino que a fez seguir na direção oposta à casa dela, depois de deixar Summer na escola. Dez minutos depois, ela tocava a campainha da porta da casa de Joe, o coração saindo pela boca pelo tanto que havia corrido para chegar até ele. Mas, enquanto esperava, ela percebeu, de repente, que não fazia ideia se ele estaria ali ou não, se tinha saído para correr ou ido comprar bagels para o café da manhã. E, como ele não atendeu a porta imediatamente, ela praticamente sentiu o sabor da decepção. Ela estava prestes a dar meia-volta quando a porta se abriu.
— Demi? - Obviamente o Universo estava conspirando a favor dela, pois Joe não só estava em casa, como também estava enrolado com uma toalha em volta do quadril. Ela ainda estava entretida, admirando aqueles músculos esculpidos, quando ele convidou:
— Entre, querida. - A mão dele estava morna sobre a cintura dela.
— Está tudo bem? - Ela finalmente percebeu a expressão preocupada dele por ela aparecer lá daquela maneira, sem fôlego e provavelmente de olhos arregalados, desesperada para vê-lo. Para estar com ele.
— Não — ela respondeu com sinceridade.
— É a Summer? - Joe ficou em pânico instantaneamente, e ela colocou a mão sobre o coração disparado dele para acalmá-lo.
— Summer está perfeita. Acabei de deixá-la na escola.
— Então o que é? — As mãos dele acariciaram o cabelo dela procurando alguma pista.
— Senti sua falta — ela murmurou, baixando os olhos timidamente diante da admissão nua e crua. — Sexta à noite. Domingo à noite. — Ela ergueu os olhos até os dele. — Achei que fosse ficar louca se não visse você de novo. — Ela colocou os braços em volta dele e refestelou-se na força da ponta de seus dedos.
— Eu andei para cima e para baixo pela cidade a manhã toda — ele contou a ela, com voz rouca, enquanto seu olhar ia e voltava dos lábios para os olhos dela. — Ou fazia isso ou usava minhas ferramentas para arrombar seu apartamento e ir para a cama com você. - Um momento depois, Joe pegou-a no colo e levou-a para o quarto dele. Demi estava em êxtase por ele estar tão desesperado quanto ela para continuar o que tinham começado, e que não tiveram a chance de terminar, naquele fim de semana.
— Quanto tempo você tem? — ele murmurou no ouvido dela, acariciando a pele sensível com a língua.
— Quanto você precisar — ela respondeu, enquanto pressionava os lábios na curva do pescoço dele e em um dos seus ombros largos. Os olhos dele se ergueram até os dela, escuros não só de paixão, mas com algo muito maior, muito mais completo do que só o desejo físico.
— Para sempre, Demi. — As duas palavras saíram do fundo do coração dele, atingindo diretamente o coração dela. — Isso é quanto eu vou precisar de você. - Demi gemeu diante da declaração dele à resposta despretensiosa dela. Ela só estava falando em fazer amor naquela manhã, sobre algumas horas roubadas na cama dele, longe do trabalho dos clientes que precisava terminar. No entanto, ele respondeu-lhe como se ela tivesse dito algo completamente diferente. E estava sendo absolutamente honesta consigo mesma. Ela tentou recuperar o fôlego quando ele a abaixou até a cama. Ela sabia que Joe a amava; contudo, mesmo tendo dito aquelas doces palavras para ela muitas vezes durante a última semana, ele nunca a tinha pressionado para que respondesse. Ele sabia que ela estava tentando, sabia que ficar com ele era o maior risco que estaria assumindo em anos. Mas, agora, deitada embaixo dele sobre a cama e com ele olhando-a como nenhum homem jamais fez, como se ela fosse o sol, as estrelas e tudo mais, ela queria muito retribuir o que ele estava dando a ela sem fazer o menor esforço.
— Eu... — As palavras ficaram engasgadas na garganta dela, presas pelo ressurgimento dos medos que tentava deixar de lado, um a um, cada vez que Joe estava com ela. Não, não só quando estavam juntos, mas cada vez que pensava nele, cada vez que Summer dizia o nome dele e sorria. Ela lambeu os lábios e tentou de novo.
— Joe, eu... - Os lindos lábios dele cobriram os dela no momento em que ela engasgou de novo, dizendo a ela que ele compreendia... e que ele não iria a lugar nenhum. Ela se entregou ao amor que ele demonstrava naquele beijo, enroscando os braços e as pernas ao redor dele, precisando dele muito mais perto.
— Eu sei, e vou esperar você, Demi. O tempo que for necessário. - Felizmente, ele não esperou a resposta dela, não deixou que houvesse nenhum momento de silêncio desconfortável entre eles. Em vez disso, pegou a barra da camiseta de Demi e puxou-a sobre a cabeça dela.
— Rosa é minha nova cor favorita — ele murmurou, ao olhar para o sutiã dela. Sem perceber, ela estava com o sutiã que combinava com a calcinha que ele tinha visto no cesto de roupas naquele dia em que apareceu na casa dela de surpresa. Entretanto, antes que pudesse admitir para si mesma que tinha colocado o sutiã de propósito, na expectativa que ele percebesse, Joe abaixou a cabeça e passou a língua sobre a parte de cima de um seio, depois no outro, bem no lugar onde a renda abria espaço para a pele sensível. Ela estava ofegante e arqueou as costas quando ele levantou a cabeça.
— Só para você saber que tive mais do que uma fantasia com essa calcinha cor-de-rosa.
— Eu também — ela confessou, baixinho. As mãos dele tremeram quando alcançou o botão da calça jeans dela. Logo depois, ele abriu o zíper e baixou-lhe as calças até os pés, tirando-lhe também os sapatos e as meias.
— Conte uma delas para mim — ele pediu, com aquela voz baixa e cheia de desejo que sempre fazia o corpo de Demi encher-se de calor e prazer, começando lá no fundo da barriga e espalhando-se por todo o seu corpo. No entanto, ela já tinha tido a chance de representar mais que uma de suas fantasias com ele. Dessa vez, ela queria saber a dele. Com as mãos dele lhe tateando o quadril, a barriga e a região perto dos seios, era difícil fazer o pedido.
— Você já sabe uma das minhas fantasias. Quero ouvir uma das suas. - O sorriso dele foi tão absurdamente sensual que ela quase gozou bem ali, com nada além daquela expressão nos olhos dele e das mãos enormes sobre os seios dela, ainda cobertos.
— Uma de minhas fantasias — ele disse, suavemente, enquanto saía de cima dela para comer o corpo dela com os olhos — envolve surpresa. — Ele fez uma pausa. — E confiança. - Ela esperava tudo, menos que ele dissesse isso. Não esperava que lhe pedisse para confiar nele. Claro que confiava nele. Ela havia permitido que ele entrasse na vida dela, na vida de Summer. Ela fez sexo selvagem com ele e sabia que, apesar de ele ser muito maior do que ela, nunca teria medo do que pudesse fazer com ela. Como se estivesse lhe dando tempo para pensar sobre o que acabou de dizer, Joe levantou-se da cama e tirou as roupas. Quando virou de volta para ela, estava gloriosamente nu, e o pinto ereto batia na altura de sua barriga. Teria sido fácil só puxá-lo para cima dela, esquecer qualquer surpresa, qualquer fantasia que ele quisesse tornar realidade, e fazer amor sem falar mais nenhuma palavra sobre confiança. Mas ela sabia que isso estragaria não só a fantasia dele, mas também a dela mesma.
— Demi? - Chegou o momento da verdade. Ele deu-lhe tempo para pensar, para remoer, para decidir. Não a forçou em relação à palavra amor, mas Demi podia ver que ele não abriria mão da confiança. Sem confiar na própria voz, ela balançou a cabeça. O sorriso dele foi tão encorajador quanto sexy. E então ele se virou e alcançou a gaveta da cômoda. Segundos depois, tirou uma gravata. O coração disparou quando Joe chegou perto dela.
— Já teve seus olhos vendados antes? - Ela mordeu os lábios e negou, balançando a cabeça.
— Alguma vez já quis ter os olhos vendados? - Ela sentiu o rubor lhe cobrindo as bochechas enquanto concordava. Antes, quando tivera essa fantasia, quem a vendava era um homem sem rosto e sem nome. Desde o incêndio, Joe estrelava cada uma das fantasias dela. Ele baixou a seda sobre os olhos dela e ergueu gentilmente a cabeça dela do travesseiro para pôr a venda.
— Consegue ver alguma coisa? - Ela conseguia ver a luz entrando pelos cantos, mas era só.
— Não.
— Bom. — Promessas de prazer acompanhavam aquela palavra curta. — Se você prometer ficar exatamente onde está e confiar que vou lhe fazer sentir muito bem, então não precisaremos amarrar você na cama, para outra de minhas fantasias. - Demi ficou surpresa ao perceber que podia ficar ainda mais excitada. De algum modo, sem que ela jamais desse voz a seus desejos escondidos, ele sabia. As mãos mornas de Joe lhe cobriram os seios e, então, seus dedos passaram pelos mamilos intumescidos dela.
— Você gosta dessa ideia, não gosta, meu amor? - Uma vez que o corpo dela já estava respondendo, foi fácil concordar. Ela lambeu os lábios e concordou:
— Sim, gosto muito. - Ela ouviu-o gemer baixinho, sentiu o colchão mexendo embaixo do peso dele enquanto Joe se mexia.
— Minha aventureirazinha sexy. - A surpresa diante das palavras dele se perdeu na sensação de Joe se encaixando entre as coxas dela, as mãos dele sobre a pele sensível entre suas pernas, empurrando-a, para que ela se abrisse para ele.
— Se você pudesse ver o quanto está molhada. - Os dedos dele pressionaram gentilmente a calcinha, que ela tinha certeza de que, a essa altura, estava ensopada pela maneira que ele a vinha provocando. Desde o início, ela adorava o jeito que ele falava com ela, uma conversa sexy e levemente maliciosa que ela jamais sonhou experimentar, mas que, em segredo, sempre quis saber como seria. O calor dele a queimava, e ela montou na mão dele. Demi já estava tão perto que não precisaria de muito mais para chegar ao limite. Especialmente com a falta de visão, quando cada toque, cada cheiro, cada som tornava-se muito mais forte. Muito mais potente. E, então, de repente, foi tomada por uma umidade morna, com a língua dele passando sobre a renda cor-de-rosa. Ela teve de colocar as mãos nos cabelos dele, teve de encaixar o quadril dentro da boca de Joe. Não havia contato de pele sobre pele, mas isso não importava. Ela não precisava; só daquela deliciosa pressão da... Ah, que delícia! — As palavras escaparam-lhe da boca quando ele puxou a calcinha para o lado e colocou a língua lá. Sobre ela, dentro dela. As mãos dele estavam em todos os lugares ao mesmo tempo, enquanto a língua e os dentes se concentravam na parte mais sensível dela. Com uma mão, acariciava os seios dela, beliscando vigorosamente os mamilos; com a outra, enfiava-lhe os dedos, e, pela primeira vez, Demi gritou de êxtase, um som profundo, que ela não acreditaria ter saído de dentro dela se fosse capaz de pensar. Durante algum tempo, em que ondas de prazer pareciam crescer, explodir e se espalhar por todo o corpo dela, Joe continuou brincando entre as pernas dela, com seu clitóris e seus seios. Assim que atingiu o clímax, ela sentiu-se frouxa, exausta. No entanto, ao sentir Joe subir vagarosamente sobre ela, tão perto a ponto de o pênis dele roçar a pele dela, Demi foi tomada por um novo fôlego. Ele beijou-lhe todo o corpo, com mordidinhas de amor suaves que a fizeram tremer de novo quando ele alcançou-lhe o rosto.
— Obrigado por confiar em mim, querida. - Joe tirou-lhe a venda dos olhos ao mesmo tempo que a penetrou, e Demi sentiu-se abrir para ele de uma maneira que jamais tinha feito para ninguém antes. As barreiras que havia construído, aquelas grades da prisão que lhe cercavam o coração, despencaram diante do toque gentil e dos beijos delicados dele. Se havia alguma hora na vida para se arriscar, era agora; se havia uma pessoa pela qual se arriscar, era Joe. Antes que seus lábios pudessem formar as palavras, porém, ele pediu:
— Goze comigo, meu amor. - E ela gozou; e o orgasmo seguinte arrancou-lhe cada pensamento, assim como qualquer possibilidade de falar alguma coisa. Tudo o que restou foi o amor que se derramava dele para dentro dela... de novo, enquanto Demi finalmente deixava Joe penetrar-lhe até o fundo da alma.
Continua.. Oi! Cara, essa fic não para de ter hot? meu Deus O.O Espero que vocês gostem deste capítulo, está no final, acho que faltam dois ou três.. Então, beijos e até o próximo capítulo, que eu acho que vai ser de LSS se alguém muito enrolada e que está morrendo de cólica resolver escrever, beijos!
Ahh por favor escreve vai ! Amando !
ResponderExcluirMorrida falecida destroida
ResponderExcluirSem mais
Perfeito
Beijod
Woont que capítulo cute!!!
ResponderExcluirPosta logo!!
OMG !! Deeeemiii safadenha amsfgsdkhgsdf
ResponderExcluirAmei esse capitulo posta mais por favor! Vou morrer se não postar mais!
Continuaa
Beijos
Lindo <3
ResponderExcluirContinua e poste o capitulo de LSS também <3
simplesmente perfeito
ResponderExcluirtá de mais <3 <3 <3
posta loooogooo
beijos
oi, leitora nova vc tem mt talento !!
ResponderExcluirparabens, posta mais bjss
So acho que faltou alguma coisa ai em jaja demi aparece gravida ai postaaa logooo
ResponderExcluirPerfeito amanda. Morrendo completamente com cada capitulo dessa perfeita mini fic.
ResponderExcluirPosta mais logo
Pelo amor de deus antes que eu morra
Beijos
não posso dizer outra palavra para descrever esse capitulo a não ser PERFEITO!!!
ResponderExcluirpqp Demi tem um fogo que misericórdia, ela gosta de dar a ppk mesmo kkkkkkkkkkkkk
amei o Hot, como todos os outro seus está perfeito!!!
estou ansiosa para eles ficarem logo juntos mesmo e para Demi dizer logo que o ama *--*
quero capitulo de LSS tbm, estou com saudade. Beijoos <3
eu espero que sua cólica tenha melhorado :)