28.9.14

Capítulo 21


As risadas cessaram. Acenando brevemente para cada um deles, Demi fechou a porta do quarto. Era madrugada e lá fora chovia. A noite tinha sido tão divertida, jogaram videogame, comeram besteiras e assistiram a alguns filmes. Estava tão aliviada e feliz por não ser rejeitada por eles. O pensamento de rejeição a assombrou durante todo o dia, entretanto fora surpreendida com a resposta positiva dos seus pequenos a aquela bagunça. Demi não entendia. Era tão estranho como as coisas eram injustas. Acertara-se com os filhos e tinha uma pendência com Joe. Céus! Ele estava levando a sério aquela coisa de ignorá-la. Joe ficara quieto na maior parte do tempo, ele sempre parecia tão pensativo. Não foi à toa que perdera tantas partidas. Queria conversar com ele, mas tinha medo de fazê-lo. Joe não era a pessoa mais gentil e amigável do mundo quando estava chateado com alguma coisa. Demi o observou sair do banheiro sem dizer uma palavra sequer e deitar-se na cama. Escovara os dentes e tomara coragem para enfrentar o homem que a esperava na cama. Fechara as persianas para bloquear a luz da noite e então apagara as luzes e acendera o abajur.

   - Você poderia desligar o abajur? - Pediu Joe tão sério e tenso. - Eu preciso dormir, tenho trabalho pela manhã. - Disse mal humorado.

   - Apenas cinco minutos, eu preciso configurar o meu iPhone. - Não retribuiria a grosseria dele, pois sabia que se retribuísse iriam brigar. Sempre era assim que iniciara as brigas mais violentas entre eles.

   - A tela do iPhone tem a sua própria luz Demetria! - Erguendo-se sobre ela, Joe esticou o braço e desligou o abajur deixando-os no completo escuro. Controle-se. Disse a si mesma. Caso perdesse o controle por conta da grosseria de Joe, iria acabar explodindo. Tateando o vácuo, Demi logo sentiu a estrutura do criado-mudo e conforme o estudava encontrara o tampo, esbarrou os dedos em algo que caíra no chão e logo encontrara os dois aparelhos telefônicos os levando consigo para debaixo do cobertor.

Pacientemente fizera todo aquele processo chato para adaptar o telefone da mesma forma que o quebrado. Ficara assustada com as tantas mensagens de amigos e familiares que recebera, mas preferiu não respondê-las. Estava tão atordoada e cheia de medo. Todas as alternativas indicavam que Joe vira as fotos que Alex vazara na internet, Demi só não sabia como iria conversar com ele a respeito de tal assunto. Precisava contar sobre o encontro com Alex e talvez tentar esclarecer aquela foto da qual ela estava quase nua e abraçada a aquele rapaz que até horas atrás não fazia ideia da existência dele.

   - O que foi? - Não conseguia evitar. Por mais que Joe soubesse que estava sendo infantil, não conseguia evitar e acabara sendo o mais grosso possível com Demi. O que ela fizera era golpe baixo. - Por favor, deite no seu lado e vá dormir. - Ter Demi deitada sobre o seu corpo despertara sensações que Joe não queria sentir. Não agora, não naquela situação.

   - Deixe-me deitar com você. - Grunhiu moldando-se ao corpo dele como fazia todas as noites. Tenso controlando-se para não interrogá-la e atacá-la com beijos ardentes, Joe não disse e não fez nada, apenas deixou que ela se acomodasse a ele. - Boa noite. - O selinho roubado e a respiração quente contra o pescoço foi o suficiente para que uma determinada parte do seu corpo começasse a despertar.. Por que ela tinha que ser uma tentação? Céus! Demi estava quieta e provavelmente tentando dormir enquanto ele fantasiava uma série de loucuras pervertidas que pretendia fazer com ela.

   - Boa noite. - A voz saíra rouca quando ele, relutante, envolveu-a com os abraços. Por que diabos o fizera? Diminuíra toda a distância antes existente entre ele e agora os seios dela roçavam o peito dele com mais precisão assim como as pernas estavam enlaçadas provocando o encontro dos íntimos. - Demi? - Finalmente a tensão desaparecera de sua voz. Descera as mãos da cintura de Demi até a barra na camisa que ela usava. - Você conseguiu configurar o seu telefone? - Perguntou inocentemente adentrando a blusa para sentir o calor do corpo de Demi sobre a palma de suas mãos.

   - S-sim. - Grunhiu. A pele se arrepiara conforme as pontas dos dedos eram deslizadas por toda a extensão das costas. Joe a confundira por completo. Num minuto ele estava bravo e no outro.. No outro ele tinha as mãos cheias do seu traseiro o apertando.

   - Ótimo. - Enterrando a cabeça no pescoço dela, Joe o beijou e o chupou cobrindo o corpo dela com o dele. - A porta está trancada? - O arrepio percorreu todo o corpo ao fitar os olhos esverdeados fixos aos dela assim que ele acendeu o abajur. Assentira balançando a cabeça hipnotizada por aquele homem. Ele ficava tão sexy quando vestia regatas brancas para dormir. Demi queria puxar os cabelos da nuca dele enquanto o sentia bater fundo, sentir os beijos dele por todo o corpo e cravar as unhas aos ombros dele quando finalmente atingisse o ápice. Sem gentileza alguma os lábios de Joe colidiram contra os dela, as línguas se chocavam vez ou outra guerreando entre si. Arranhara os ombros dele como desejara agora pouco, Joe a imprensava cada vez mais contra o colchão fazendo questão de pressionar o volume absurdo entre as pernas contra a virilha de Demi.

   - Eu pensei qu.. - Ofegou por conta do beijo. - Nós nã.. - Joe não deixara que ela completasse a frase, calara-a com um beijo curto e intenso. O primeiro gemido escapou pelos lábios de Demi quando a mão de Joe envolveu o seio coberto apenas pela camiseta raglan e o apertou.

Nada foi dito por ele. Joe afastou-lhe as coxas com os joelhos e pôs-se entre elas. Beijou Demi na boca por longos minutos arrancando suspiros pesados da mulher que estava debaixo de seu corpo. Brincara com o cós da calça de moletom como um garoto inocente, fixara os olhos aos dela conforme subia a blusa e a pele clara da barriga era revelada. Rodeou o umbigo com a língua e distribuiu beijos quentes pelo abdômen os subindo cada vez mais conforme levantara a blusa. O sorriso foi inevitável ao sentir os dedos abraçarem os fios negros de seus cabelos quando ele abocanhou o seio direito. O beijara e sugara arrancando suspiros pesados de Demi. Adorava sentir as carícias ousadas de Joe a cada vez que sentia a língua quente rodear o mamilo ereto, arfava e puxava os cabelos dele com mais força gemendo de formava provocativa.

   - Você é minha. - Os olhos dele estavam tão próximos dos dela, carregados de desejo e um brilho que só pertencia a ele. Alternava-se entre os olhos de Demi e os lábios dela, até que ela finalmente o puxou pelo traseiro e devorou os lábios dele simulando o ato sexual. Deixara escapar gemidos para provocá-lo, arqueara a pélvis contra o volume escondido pela calça de Joe. Beijara-o com beijos ardentes e puxara os cabelos dele o deixando extasiado. Afastando-se de olhos cerrados, Joe beliscou os mamilos e os mordiscou, beijou a forma dos seios e logo a barriga até que alcançasse o cós da calça. Descera a peça mordiscando e selando cada pedacinho de pele que era revelado até que finalmente jogou a calça em qualquer canto do quarto. Demi apenas o observava com um pequeno sorriso nos lábios vendo-o deliciar-se de sua nudez. - Abra para mim. - Olhara-a e o incomodo entre as pernas aumentara. Demi tinha os joelhos dobrados, o abdômen subia e descia calmamente assim como os seios descobertos e com os mamilos eretos.

O espetáculo começara. Fixara os olhos na pequena abertura que era revelada, descera as mãos dos joelhos até o interior das coxas e o mordiscara. - Tire a camisa. - Disse em tom autoritário com os olhos ainda fixos lá..

   - Quero que você se toque para mim. - Fechara os olhos com força e então respirara fundo. Quando conversavam por telefone e quando ela estava sozinha era diferente.. Tocar-se na frente dele seria insano.. Continuara de olhos fechados, tentara manter a respiração calma enquanto envolvia o seio esquerdo com a mão para segurá-lo gentilmente. Acariciava o mamilo direito e mordera o lábio inferior conforme descia as caricias em direção ao centro escorregadio entre as pernas. Entreabrira os olhos para olhá-lo. Joe parecia impaciente vendo-a estudar o íntimo com a ponta dos dedos e então ele franziu o cenho quando adentrara lentamente o próprio corpo com dois dedos.
O gemido que escapou pelos lábios inchados e entreabertos de Demi era o nome dele. Joe umedecera os lábios vendo os dedos delicados e ágeis escorregarem num vai e vem frenético. O calor aumentara a cada gemido baixo de Demi, livrara-se da camisa em um movimento brusco e então envolvera as coxas dela com os braços repousando as costas dos joelhos em seus ombros. O beijo carinhoso arrancara um longo gemido dos lábios de Demi, buscara a mão dela e entrelaçara os dedos enquanto começara beijá-la intensamente, adentrá-la com a ponta da língua e provocá-la com a respiração quente sobre o pequeno botão do topo do paraíso. Soprara a entrada e Demi contorceu-se por completa ao sentir os espasmos do ápice que chegara. - Está tudo bem princesa? - Joe deitou-se sobre o corpo de Demi e a beijara por todo o rosto satisfeito por fazê-la chegar lá.

   - Por favor, deixe-me beijá-lo, Joseph.. - Sorriu surpreso. Demi ainda gemia e se contorcia debaixo dele sobre o efeito do recente orgasmo. - Amor.. - Gemeu alto quando Joe adentrou o íntimo com um dedo e a beijou na boca.

   - Calma bebê. - Joe tinha um pequeno sorriso nos lábios vendo-a gemer por ele conforme movia o dedo de dentro para fora. - Devagar é mais gostoso. - Sussurrou entre um beijo e outro e retirou os dedos dela. 

   - Tire essa calça. - Grunhiu irritada ao vê-lo ainda vestido da cintura para baixo. - Joe. - Murmurou frustrada engatinhando até ele.

   - Quieta. - Fazendo-a deitar-se de costas, Joe pôs-se de pé ao lado da cama para livrar-se da calça sobre o olhar quente de Demetria. Os olhos de Demi brilharam quando nada o cobria, erguera o braço um tanto sem jeito e o acariciou na virilha. - Duro por você. - Acariciara o rosto e os cabelos de Demi com as mãos conforme ela o tocava.

   - Quero te beijar aqui. - Sorriu nervosamente e respirara fundo. Estava tão duro que chegara doer apenas em pensar nos lábios dela o rodeando. E então Demi o fizera. Trouxera-o para perto com uma mão roçando a coxa e então o acariciara os testículos antes de guiar a ereção para dentro na boca dando-lhe as boas vindas acariciando a glande com a língua. Joe ficara cada vez mais excitado vendo-a abocanhar o membro para chupá-lo.

   - Chega.. - Murmurou mal conseguindo manter-se em pé e então, depois de mover-se lentamente de dentro para fora, Joe deu a volta na cama e deitou-se bruscamente sobre Demi. - Você acaba comigo. - Disse buscando os lábios dela para cobri-los com os dele. A alguns minutos só pensara nas malditas fotos, mas agora só pensara em como queria estar dentro dela abrigado com aquela incrível sensação de estar em casa. Aprofundara o beijo enquanto suas mãos davam um jeito de arrumar os travesseiros da cama para que ele pudesse deitá-la e finalmente estar dentro dela. Demi aninhava-se cada vez mais ao peito másculo num pedindo silencioso para que ele a possuísse.

   - Por favor. - Sussurrou olhando nos olhos dele. Joe a deitara no cantinho que preparara quando se beijaram. Curvara-se e a beijara nos lábios à medida que invadia centímetro por centímetro do íntimo. Gemeram juntos tão conectados e apaixonados, alcançaram o ápice um sussurrando o nome do outro e então recomeçaram tudo que tinham feito da forma mais intensa até que não tinham mais forças para prolongar a aventura insana. Entrelaçaram as pernas, trocaram beijos até que o sono os levasse.


(...)


Acordar sozinha não estava nos seus planos. Sentia frio e uma terrível confusão de sentimentos. Onde ele estava? Talvez estivesse enganada.. Abrira os olhos, mas a visão embaçada não permitira clareza no que via. Buscara os óculos no criado-mudo e depois de colocá-los poderia procurá-lo.

   - Joe? - Chamou olhando para os lados. As persianas estavam abertas e a luz do sol invadia o quarto, o lugar de Joe estava vazio. Pelo visto ela estava sozinha. Sozinha.. Chamara-o mais uma vez e um pequeno sorriso se formou nos lábios quando a porta do closet abriu-se quase que timidamente. Ela não estava sozinha.. Cobrira os seios com o cobertor e erguera-se para olhá-lo. Lá estava ele. Impecável e elegante vestido com o terno preto. Abrira o seu melhor e mais sonolento sorriso. Mas por que ele não estava sorrindo para ela? - Bom dia. - Disse timidamente enquanto ele se aproximava.

   - Bom dia Demi. - Estranho. Distante. Frio. Essas três palavras o definia. Agarrando mais o cobertor contra o tronco, Demi desviou os olhos dos dele e esperou ansiosamente que ele a beijasse ou ao menos sorrisse para ela. - Eu estou indo trabalhar. - Só poderia ser um sonho, nesse caso um pesadelo.. Arriscara olhá-lo e arrependeu-se. O olhar dele sobre ela era tão frio que chegara sentir um arrepio na espinha.

   - Não quer que eu prepare o café da manhã? - O pós-sexo costumara ser mais animado e bobo. Demi cozinhava e pedia a cada meio segundo para que Joe não a abraçasse quando ela manuseava as panelas. Daniel e Lizzie faziam caretas o tempo todo e arregalavam os olhos quando os pais trocavam sussurros e beijos todo o tempo. - Está tudo bem? - Perguntou não suportando mais o olhar dele sobre ela.

   - Elizabeth fez o café da manhã. - Disse sem olhá-la. - Nós temos reunião as duas da tarde, esteja pronta o mais cedo possível, um carro irá buscá-la. - Além de marido, Joe também era um dos empresários de Demi e cuidava da parte mais importante da carreira da esposa.

   - Tenho que buscar as crianças na escola. - Murmurou fitando um ponto qualquer.

   - Hoje a aula acaba mais tarde. - O silêncio era cruel, fitara os lados e arriscara olhá-lo, mas Joe olhava para a direção oposta. - Estou indo. - As lágrimas ameaçaram molhar o rosto quando Joe se levantou de costas para ela.

   - Joseph.. - Chamou com a voz falha. Não deveria demonstrar fraqueza. Não deveria ser tão transparente já que ele insistia em ignorá-la. - Joe. - Chamou mais uma vez agarrando o cobertor cada vez mais contra o peito. A porta se fechou. Estava sozinha. Ele a deixara, preferiu ignorá-la ao invés de enfrentá-la. Maldita fraqueza. Por que tinha que ser tão sensível? As lágrimas inundavam os olhos e então escorreram pelo rosto e tocaram os lábios onde Joe a beijara inúmeras vezes na noite passada. Sentia-se pela primeira vez usada. Deus. Ele tinha a usado. Agora tudo fazia sentido. Admitir era difícil. Mas Alex tinha razão.. "Como você faz para segurá-lo? Ele deve ter sangue de barata para foder com essa coisa que você se transformou. - As lágrimas formavam-se, tudo que Demi queria fazer era encolher-se num canto e gritar o mais alto possível, esvaziar-se daquela energia pesada que Alex transmitia. - Não seja boba, nós duas sabemos que você é bem espertinha. Ele só está acorrentado a você por causa dos seus pirralhos, e você deve dar tudo que ele quer na cama." A lembrança da terrível noite a nocauteara com força. Joe a usara.

Continua... Oi! Está começando.. Haha.. Sobre esse "hot", foi a coisa mais constrangedora e fail que já escrevi, então, por favor, comentem e não me deixe passar essa vergonha, ok? Beijos cabritada.
ps. PORRA QUEM VIU JEMI CANTANDO THIS IS ME? EU TO TREMENDO ROSANA!


25.9.14

Capítulo 20

   - The day I, first met you, you told me you'd never fall in love! - Cantarolou junto com o rádio. Farinha no balcão, farinha na pia, farinha no chão.. Humm.. Farinha em toda a cozinha. Por Deus! Ele tentara bater cabelo na parte de "Baby I'm not like the rest". Joe cantara um dos sucessos de Demi massando a massa da pizza enquanto alguém estava sentada no balcão apreciando o marido de costas. E que costas.. Largas e bonitas, o movimento dos braços conforme ele massava a massa. Deus! Que homem. - Don't wanna break your heart wanna give a heart a break I know you're scared it's wrong like you might make a mistake there's just one life to live and theres no time to waste, to waste so let me give your heart a break. - Só agora percebera que tocava uma de suas músicas no rádio e Joe a cantava com fervor. Adorava quanto ele cantava, a voz dele era tão suave e bonita.
Era culpa da atração anormal pelas costas e o bumbum durinho dele. Demi desceu do balcão e em passos cautelosos caminhou até ele para abraçá-lo como uma criança que abraça o seu ursinho de pelúcia. - Humm.. - Murmurou tão boba e feliz quando ele parou o que estava fazendo para envolvê-la com um senhor abraço de urso. - Não faz isso. - Gemeu como uma gata manhosa recebendo um beijo de esquimó ainda nos braços dele. Que homem! Deus! Ela não se cansava de pensar no quão ele era maravilhoso.
   - Como está o nosso brigadeiro? - Perguntou ainda com Demi nos braços.
   - Está pronto. - Durante o banho combinaram o jantar e decidiram que eles mesmos o faria. Demi estava um pouco animada, ainda com medo, mas mesmo assim animada.
   - Nosso molho está pronto? - Perguntou e Demi assentiu apontando para a panela. - Ligou o forno? - O olhar dela a entregou e Joe acompanhou os passos dela até o forno. Quando Demi curvou-se para abrir o forno e tirar algumas coisas que estavam nele.. Hmm.. Belo traseiro, pensou mordendo o lábio inferior. Que traseiro! Joe viu-se corado ao perceber que Demi o flagrara. - Por que você não acorda as crianças? - Disse envergonhado. Dan e Lizzie ainda dormiam, eles estavam tão enroscados dormindo juntos que Joe os fotografou e postou a foto na internet.
   - Tudo bem. - Disse rindo da leve vermelhidão do rosto de Joe. Alguns passos e Demi se encontrara na sala indo em direção as escadas. Arregalara os olhos e então congelara. Seis bolinhas de pelos alegres corriam em seus pequenos passos até ela. - Oi meninos. - Disse um pouco tensa e com medo de que aquelas pestinhas a seguisse. Eles realmente pareciam filhotes adoráveis, Demi sorriu e começou a subir os degraus da escada os ignorando.. Humm.. Não! Estava acontecendo de novo.. Estavam pulando e correndo na frente dela.. Demi acelerou o passo e quando finalmente terminou de subir cada degrau correu para o quarto o mais rápido possível sendo seguida pelas pestinhas e adentrou o quarto com tudo.
   - Está tudo bem? - Daniel perguntou ainda sonolento. Droga! O medo bobo de ser cercada por filhotes alegres acabara acordando Dan da forma errada. Sentia-se tão boba.
   - Está. - Disse sem graça por acordá-lo. Sorte que Lizzie continuava firme e forte em seu sono. - Está tudo bem? - Demi perguntou se sentando na cama próxima ao garoto. - Desculpe por te acordar. - Surpreendeu-se quando Dan a abraçou calorosamente.
   - O que vai acontecer? - Perguntou com o rosto enterrado no pescoço da mãe.
Não sabia o que responder, Daniel esperava por uma resposta com os olhos fixos aos dela. - Tudo vai ficar bem, eu prometo. - Demi o abraçou durante minutos e minutos tentando acreditar nas próprias palavras. - Meu amor, eu e o seu pai estamos preparando o jantar. Vá tomar um banho enquanto acordo Elizabeth. - Dan assentiu se espreguiçando, se levantou da cama e deixou um pequeno sorriso para a mãe antes de sair do quarto ainda sonolento.
Não seria nada fácil acordar Elizabeth, a menina dormia tão profundamente. Quando bebê Lizzie tinha apenas dois objetivos. Mamar e dormir. Demi ficava tão preocupada, a pequena era o oposto de Dan, que adorava mamar e aprontar. Mas depois que aprendeu andar e falar, Lizzie aprontava durante todo o dia, continuava firme e forte dormindo nas horas e nos lugares mais improváveis e acordava a mãe de madrugada esfomeada como sempre. - Beth.. - Chamou a menina pelo apelido. E como o previsto nada, Lizzie continuara a dormir. - Elizabeth! - Disse um pouco mais alto puxando a coberta do corpo de Lizzie, mas nada aconteceu. - Elizabeth, está na hora de acordar. - Sentando-se na beirada da cama, Demi tirou as mechas de cabelo que caiam sobre o rosto da menina e beijou-lhe o rosto. Ora, Lizzie apenas respirou fundo. - Vamos, acorde. - Disse a sacudindo de leve. Só agora que a consciência pesara. Quando era mais cedo contara tudo que eles não sabiam, o dia tinha passado num piscar de olhos com Dan e Lizzie dormindo na maior parte do tempo apenas com o café da manhã. Ah droga! Estava tão envolvida em seus pensamentos profundos que se esquecera de alimentá-los. - Elizabeth, acorda. - Depois de sacudi-la e chamá-la diversas vezes a menina acordou assustada por estar na cama que não era dela. O sorriso foi tão fraco e forçado, e os olhos fixaram-se nos de Demi.
   - Está na hora de ir para escola? - Perguntou ainda sonolenta. Demi fitou os olhos da menina por alguns segundos e então balançou a cabeça em negação. - Eu não estava sonhando? - O silêncio tenso instalou-se entre elas. Demi desviou os olhos dos olhos cor de mel da filha e tornou a assentir. - Eu não sei o que pensar. - Murmurou sem jeito. O silêncio novamente. Não era tão ruim.. Pensara Demi. Se Lizzie gritasse ou a rejeitasse seria péssimo. Mas a menina não gritara e não mostrara nenhuma rejeição. Estava sendo surpreendentemente... bom. - Então. - O sussurro lhe chamou atenção, Demi respirou fundo antes de olhá-la. Sentira um pequeno toque no pulso direito onde tinha tatuado "Strong".
   - Então.. - Sussurrou de volta fixando os olhos nas pontas dos dedos da filha sobre o pulso tatuado.
   - Eu não vou pintar as minhas roupas e o meu quarto de preto. - Lizzie forçou um sorriso ao ver a mãe respirar aliviada. - Mas não posso negar que estou assustada. - Vendo-a cabisbaixo, Lizzie entrelaçou os dedos aos dela. - Eu sei que é difícil para você. Mas até quando você pensou que poderia esconder? E se nós descobríssemos através de outra pessoa? - Por mais que fossem perguntas complicadas, a voz de Lizzie ainda era calma e não demonstrara acusação, queria apenas compreender os motivos de Demi. - Eu pensei que nós fossemos amigas, mas voc... - Os olhos de Demi estavam carregados de terror e antes mesmo que a menina pudesse completar a frase o pequeno discurso em defesa saiu sem que ela mesma notasse:
   - Eu estava com medo, nunca pensei que tudo voltaria assim do nada, eu não quero que você me ode.. - Lizzie não permitiu que a mãe disse aquela palavra. Jamais permitiria-se sentir ódio por ela..
   - Eu te entendo. - Disse para o alivio e surpresa de Demi. - Acho que se eu estivesse no seu lugar faria o mesmo. - Sussurrou fitando os pulsos de Demi. Ora, Lizzie sempre tivera aquela atração pelos pulsos tatuados da mãe desde que era apenas um bebê. - Você é a minha melhor amiga e por um lado eu estou chateada por você não ter compartilhado esse segredo comigo, mas você é a minha mãe. Poxa, eu apenas te entendo, não sei explicar, mas eu entendo que como mãe é difícil para você. - Demi estava a beira de ter um ataque do coração de tanto medo que estava de Lizzie não compreendê-la. - Mas como amiga eu estou muito chateada. - Lizzie riu quando Demi arregalou os olhos e então estava sem jeito e envergonhada. - Está tudo bem. - Disse abraçando-a com fervor.
   - Prometo ser uma amiga melhor. - Disse entre o abraço caloroso. Entre os dez e doze anos, Elizabeth desenvolvera um sério problema de relacionar-se. A menina não tinha amigos fora da família, era difícil para qualquer um tentar se relacionar com ela. Lizzie era muito tímida e criara barreias para proteger-se. Mas Demi as quebrou, ofereceu sua amizade e então elas se tornaram melhores amigas mesmo sendo mãe e filha. - Agora a senhorita vai tomar um banho, o seu pai está preparando o jantar. - Ambas tinham sorrisos tímidos nos lábios. Demi a beijou na testa demoradamente e então sorriu vendo-a deixar o quarto. Sua pequena estava crescendo rápido demais.
Sorrindo para o nada, Demi deitou-se na cama e sorriu para o teto. Não podia negar que estava feliz. Pensara no pior e eles a surpreendeu com a "boa" reação a aquela bagunça. Não se importava com o resto. Para Demi, Elizabeth, Daniel e Joe eram a sua prioridade e sem eles não seria possível viver. Algo vibrou assustando-a. Ergueu-se e conferiu os três aparelhos telefônicos sobre o criado-mudo. O Iphone quebrado estava desligado assim como o Iphone que ganhara de Joe. Apenas o Iphone de Joe estava ligado. Curiosa, Demi pegou o aparelho e habilmente o desbloqueou. Humm.. Whatsapp, E-mail, Facebook e Twitter.. Deus! Clicara no ícone do twitter automaticamente. Trend topic. Como não deduzira.. Em letras maiúsculas e em primeiro lugar estava a tag "DEMI LOVATO". Logo abaixo tinha outras tags.. Clicara na primeira. Alguns usuários desejavam forças à ela, outros zombavam e radiavam ódio. Você não se importa. Disse a si mesma mentalmente. Então decidiu checar as notificações de Joe. Os fãs pareciam desesperados, tuitavam para Joe perguntando sobre como ela estava, tuitavam as fotos da noite passada quando ela estava no palco completamente chocada. E alguns tuitavam links de imagens animadas.. De olhos arregalados Demi abriu um dos links e então deixara o celular cair sobre o próprio rosto! Diabos! Como Alex conseguira aquelas informações..? Eram fotos e vídeos.. Vídeos! Demi não se lembrara de nada. Aquela imagem animada era o começo de um vídeo preto e branco no qual Demi estava apenas de sutiã e um short jeans fazendo caras e bocas para a câmera. Voltara para as notificações e abrira outro link. Na foto ela estava rodeada de garotas, usava roupas curtas. Era o centro das atenções. Uma garota puxava o decote da blusa para baixo e outra garota a abraçava por trás. Por Deus! Como Alex conseguira aquela foto.. Seria montagem ou algo do tipo? Como ela iria explicar aquilo para Joe..? Na nova foto que abrira estava abraçada a um cara. Deus! O rapaz era loiro e parecia ser muito alto por Demi estar minúscula perto dele, ele estava sem camisa, era tão forte e tinha o antebraço tatuado. Demi também estava nua da cintura para cima tendo os seios protegidos de serem exposto pelo peitoral do rapaz. Abraçara-o pelo pescoço e tinha a testa encostada no queixo dele. Não se lembrara dele, mas na foto ambos tinham o tipo sorriso de bêbado. Não era para menos, tinha algumas garrafas de bebidas alcoólicas e cápsulas de cocaína espalhadas pelo chão.
   - Demi? - Ai meu Deus! Atrapalhou-se para tirar aquela maldita foto antes mesmo que Joe se aproximasse. - Está tudo bem? O jantar está pronto. - Disse de cenho franzindo ao vê-la pálida e de olhos arregalados.
   - Eu.. Eu.. Sim! Fome. - Disse tão atrapalhada com as próprias palavras.
   - Você tem certeza que está bem? - Perguntou aproximando-se dela. - Hora. - Disse pegando o telefone das mãos dela e Demi estremeceu.
   - O que você fez para o jantar? Eu estou com fome. - Disse fingindo um falso entusiasmo e Joe murmurou "Humm" de cenho franzido.
   - Mamãe está mandando um abraço para você, e uma foto nossa. - Joe revirou os olhos. Denise aprendera usar o celular digital e vivia mandando fotos de quando ele era pequeno ou de quando ele começara com a banda e a namorar Demi. - Camp Rock. - Disse entediado ao mostrar a foto para Demi. Eles eram tão novos naquela época.. Demi ainda com a sua franja e Joe com a dele. Céus! Que tragédia. - Pizza e alguns petiscos, bebê. - Disse guardando o telefone no criado-mudo - Vamos descer? Lizzie e Dan estão nos esperando. - Receosamente Demi enlaçou os dedos aos dele ainda com sentido nas novas fotos vazadas. Ela tinha certeza que Joe iria pirar.
   - Como eles estão? - Perguntou enquanto desciam as escadas.
   - Estão agindo como se nada tivesse acontecido. - Joe a puxou na direção oposta à cozinha. A sala estava arrumada de um jeito tão descontraído. No carpete havia várias almofadas esparramadas. Na mesinha de centro tinha tantas besteiras que eles cozinharam quando era mais cedo. Os jogos de videogame estavam separados assim como alguns filmes e séries.
   - Me sinto como uma adolescente. - Murmurou Demi surpresa com o exagero de Joe. Ele sempre fazia aquelas mini festinhas quando assistia jogo de futebol com os irmãos. Deus! A metade da população mundial não falava palavrões como eles diziam em noventa minutos de jogo.
   - Esse era o objetivo. - Joe esperou que Demi se livrasse dos chinelos e a puxou para o tapete para que pudessem se sentar perto das crianças.
Joe realmente cozinhava bem. E quando se tratava de massa. Por Deus! Ele assara a melhor pizza de todos os tempos. Os brigadeiros praticamente desapareceram num piscar de olhos enquanto assistiam a um episódio de um seriado qualquer. Todos estavam tão envolvidos exceto Demi que não conseguia pensar em outra coisa além das fotos que Alex vazara. Encolheu-se nos braços de Joe quando o medo a invadiu. Por que Alex resolvera se vingar depois de tantos anos? Não fazia sentindo.. Perder o próprio tempo provocando desgraças na vida alheia. Aquelas fotos eram apenas uma lembrança do passado, mas elas tinham o poder de destruir tudo que Demi construíra. Estava com tanto medo de perdê-lo. Era um risco que ela corria.
   - O que foi? – Sussurrou Joe intrigado com o quão Demi estava inquieta. Tentara concentrar-se no seriado, mas Demetria virava-se a cada meio segundo em seus braços.
   - Estou com sono. – Sussurrou como se contasse um segredo. Em certa parte não era mentira. Tinha vontade de chorar, mas o estoque de lágrimas estava esgotado. Tinha medo de perder o homem que amava por conta de fotos que a comprometia. Juntando todos os últimos fatos, Demi estava exausta tanto fisicamente quanto emocionalmente.
   - Quer que eu te leve para a cama? – Perguntou enterrando os dedos aos cabelos da amada.
   - Eu quero dormir com você. – Erguendo-se desjeitosamente, Demi capturou os lábios dele com os dela beijando-o por incontáveis segundos apenas separando-se com as falsas tosses e risinhos de Dan e Lizzie. – Ei! – Ela riu os olhando e então quando eles voltaram a assistir o seriado, Demi tornou a selar os lábios de Joe.
   - Ah Demi! Eu já estava pensando na minha recompensa e você já quer dormir. – Sussurrou pirraçando-a e Demi cerrou os olhos ao olhá-lo. – Você sabe que eu sempre ganho de você em Mortal Combat.. – Corando, Demi mordeu o lábio inferior e desviou os olhos dos dele. Como as crianças tinham brincadeiras, os adultos também tinham.. Brincadeiras diferentes e picantes.. – Apenas um round bebê. – O toque do polegar de Joe arrastando num vai e vem sobre o lábio inferior de Demi foi o suficiente para excitá-la. Por Deus! Ela não precisava de mais um item para a sua enorme lista. Agora estava sonolenta, excitada, com medo e preocupada. Era uma mistura estranha de sentidos.
   - Apenas um round amor. – Sussurrou e então Joe escorregou o polegar para dentro da boca dela sorrindo misteriosamente. – Busca a minha mantinha? Por favor! – Não teve como não gargalhar. Em um minuto Demi chupava o seu polegar de um jeito provocante e no outro minuto ela tinha os olhos brilhando de pura inocência pedindo que ele buscasse a “mantinha”.
   - Eu busco a sua mantinha bebê. – Joe apertou-lhe as bochechas e fez biquinho para beijá-la. – Pirralha manhosa. – Sexy. Não existia coisa mais sexy que fitar os olhos de Joe na luz baixa. Eles ficavam verdes. Demi não deixou de fitá-los enquanto levantava-se olhando-a daquele jeito provocante. Aquele olhar era a promessa que a noite seria longa e muito calorosa. Então Demi sentiu uma sensação estranha de consciência pesada, mas preferiu ignorá-la..
   - Está acabando? – Disse invadindo o pequeno território de Dan e Lizzie deitando-se entre eles.
   - A senhorita deveria saber, mas fica namorando com o papai o tempo todo. – Demi riu da careta de Elizabeth e aninhou-se a ela.
   - Eu não estava namorando com o seu pai meu amor. – Disse pirraçando a menina como Joe sempre fazia com ela. – Nós estávamos apenas discutindo uma pequena questão. – Demi corou bruscamente quando Daniel lançou a ela um olhar sugestivo.
   - Ei. Não negue mocinha. – Puxando-a dos braços da irmã e recebendo um olhar nada bom da mesma, Dan abraçou Demi e beijou-lhe a bochecha. – Você só tem tempo para a Lizzie e para o papai. – Murmurou. Demi ergueu-se e riu da feição frustrada do filho. Daniel quando pequeno vivia numa verdadeira guerra fria com Joe. Os dois disputavam a atenção da única mulher da casa com as mais criativas ações. Quando Demi estivera grávida de Lizzie as coisas pioraram para o lado do pequenino já que os oponentes aumentaram. Era o pai e a irmã. Demi via-se tão sem graça por ser o centro daquela casa. Era Joe, Lizzie e Dan tentando conquistá-la.
   - Não diga besteira, eu tenho todo o tempo do mundo para ficar com cada um de vocês. – Disse o beijando na bochecha. – Humm.. Você está diferente ou é apenas impressão minha. – Tão curiosa! Daniel desviou o olhar divertido da mãe levemente corado. Ela o conhecia perfeitamente..
   - Dan se barbeou. – Disse Elizabeth arrastando-se para perto deles.
   - Uau. – Não! Agora estava com sono, excitada, cansada, preocupada e emocionada. Ele era um bebê! O seu bebê que adorava aprontar pela casa, seu bebê que adorava mamar por incontáveis horas e que sorria sempre. Deus! Aquele pequenino que correra da sala de aula para os seus braços no primeiro dia de aula estava se barbeando! Sim, Demi não iria hesitar em ser o mais dramática que podia. Era o seu filho oras! – Você é um bebê. – Sussurrou o abraçando.
   - Você não pode se barbear menino patinho. – Elizabeth juntou-se ao abraço da mãe e do irmão.
A mente nunca estivera tão cansada. As tantas lembranças de Daniel e Lizzie quando pequenos invadiram a mente como flashbacks. Demi podia se lembrar de cada detalhe como se fosse um segundo atrás. Erguendo-se para limpar as primeiras lágrimas que molhavam o rosto, o coração saltou e Demi arregalou os olhos. Por que ele a olhava daquele jeito? Os olhos tão cerrados, a expressão facial séria e o corpo tenso.
   - Sua manta. – Disse desviando os olhos dos dela. Selando um beijo na testa dos garotos, Demi engatinhou até onde Joe estava deitado.
   - Está tudo bem? – Perguntou enquanto enrolava-se na manta e se deitava sobre ele. Joe não a tocara, não tinha o corpo relaxado e estava sério. Por Deus... E se..
   - Está. – Disse seco virando-se para deitar o corpo feminino, antes deitado em seu peito, ao seu lado. – Apenas sono. – Disse a ela. Demi fixou os olhos aos dele com fim de descobrir o que se passava, mas Joe desviou os olhos dos dela e franziu levemente o cenho. – Vamos jogar? – Percebera que Joe não estava tenso com Lizzie ou Dan. Era apenas com ela..
   - Eu e Lizzie, você e a mamãe. – Disse Daniel fazendo um toque de mãos com a irmã. Eles poderiam brigar, mas sempre acabavam juntos.
   - Eu e Lizzie, você e Demetria. – Dan e Lizzie concordaram satisfeitos com os parceiros de videogame. Demi optou pelo silêncio. Ele a chamara de Demetria, mal a olhara e quando fazia parecia estar fuzilando-a com os olhos. Agasalhando Daniel com a manta junto dela, Demi observou Joe engatinhar para perto de Lizzie. Ele e Lizzie desejaram boa sorte para ela e Dan com o sinal de legal com o dedão. Forçando um sorriso, logo Demi arregalou os olhos quando Joe ficou de joelhos para se sentar. O Iphone estava no bolso da calça.. Pudera perceber porque a tela estava acesa. 


Continua... Bem, espero que vocês gostem desse capítulo.. O bicho pegou haha. Obrigado pelos comentários, beijos e até o próximo capítulo :) 

23.9.14

Capítulo 19

Estar sobre um holofote durante toda a vida não é brincadeira. Era brincadeira para quem não levava a vida a sério e só pensava nos benefícios da fama e do dinheiro. Mas para Demi sempre foi uma responsabilidade mais que séria. Não se tratava apenas da imagem que era mostrada ao público ou uma questão financeira. Tratava-se de pessoas. Apenas aquela questão mudava toda a história. Pessoas. Sentimentos. Vidas. E Demi a reconhecia. Sabia como era ser tratada como um lixo, como era se sentir como um lixo e depois que se recuperara, o trabalho duro de longa data era todo voltado ao bem das pessoas. A fazê-las se sentir bem com a própria imagem, mostra que ser feliz é o que mais importa. Demi trabalhava para mudar o mundo, para mostrar que os padrões só nos levava a beira do precipício. Mostrava as pessoas que existia uma saída, que existia um caminho livre de toda a sujeira e dor que um dia sentira.
Deitada na cama, Demi os observava dormir. Não se sabia ao certo quem estava mais enroscado a ela. Se era Lizzie, que estava deitada com a cabeça sobre o busto da mãe, ou se era Daniel, que estava deitado e abraçado a Demi. Sorriu. Insistia em chamá-los de crianças, mas o tempo passara tão rápido e os seus pequeninos eram adolescentes. Era tão estranho. Demi ainda podia se lembrar perfeitamente de seus quatorze anos, e agora tinha filhos. Um prestes a completar dezessete e o outro quinze. Oh droga! Sentia-se.. Como era mesmo aquela palavrinha...? Velha? Isto! Velha. Mas ela só tinha trinta e cinco anos. Não era velha. Era uma mulher madura que tivera filhos quando era nova demais.
   - Dan, deite aqui. - Disse depois que se levantou. Ajeitara-os na cama e os cobrira com o cobertor. Quando era mais cedo Demi revelara toda a sua vida a eles. E a reação deles não foi ruim. Demi pensara que seria julgada e rejeitada como mãe, mas tudo que Dan e Lizzie fizeram foi perguntas amedrontadas e derramaram lágrimas durantes horas e horas até que adormecessem.
   - Bebê? - O sorriso nasceu no rosto ao escutar voz dele. Agora se sentia segura e com uma ótima sensação de estar em casa. - Uau. O que você fez? - Perguntou surpreso. - Há quanto tempo que eu não vejo essa cena? - Perguntou abraçando a esposa por trás. Joe sorria como um bobo. Anos atrás, toda noite quando chegava do trabalho Joe encontrava Demi no quarto e Lizzie e Dan dormindo na cama. Sempre era assim. Tivera noites que Joe trabalhara como DJ nas grandes festas da Califórnia, tinha sido um tempo difícil para ele. Mal tinha tempo para ficar em casa. Passava três dias da semana em Nova York trabalhando para o jornal e quando voltava para Los Angeles trabalhava como DJ nos finais de semana, modelo de cueca e no estúdio junto com os irmãos nos dias livres. Era uma verdadeira loucura e ele quase perdeu Demi. Ambos não tinham tempo. Demi com as megas turnês que rodeavam o mundo e Joe com os tantos trabalhos cansativos. Naquela época todo o tempo que eles tinham juntos era gasto em sexo e com os filhos. Apenas isso.
   - Eu contei tudo a eles. - Sussurrou. - Estou com medo. - Confessou virando-se para abraçá-lo. Demi tinha medo da reação deles quando acordassem. Sabia que estava sendo difícil para eles assim como tinha sido difícil para ela contar toda aquela sujeira.
   - Não tenha medo, eu tenho certeza que eles vão entender. Dê tempo ao tempo. - Joe estava certo. Era uma questão de tempo até porque ninguém jamais entenderia uma bagunça daquele de um minuto para o outro. Era preciso de tempo para que as coisas se encaixassem em seus devidos lugares. - Agora você está oficialmente sequestrada. - Sorrindo para ela, Joe envolveu-lhe a cintura com os braços apertando-a contra ele.
   - Sequestrada? - Forçando um pequeno sorriso, Demi espalmou o peito dele como sempre fazia.
   - Sim, sequestrada. - Demi piscou para ele assim que ele piscou para ela e logo riram baixinho para não acordar Dan e Lizzie. - Vou obrigá-la a tomar banho comigo, preparar um jantar muito calórico e jogar videogame a noite inteirinha. - Erguendo-se na ponta dos dedos dos pés, Demi depositou uma série de selinhos molhados nos lábios de Joe.
   - Obrigado por não piorar as coisas, você é incrível. - Disse fitando os olhos dele. - Agora você já pode me sequestrar. - Joe riu da piscadela engraçada dela e não se moveu quando Demi o puxou pela mão.
   - Nós vamos tomar banho frio. Quero ver se a água gelada apaga esse incêndio que é a sua perseguida. - Joe controlou-se para não gargalhar. Demi estava tão constrangida que chegara estar avermelhada. - Mas primeiro eu tenho que te dar uma coisa. - Calada, Demi apenas ficou a fitá-lo. Joe buscou no bolso do paletó uma caixinha comprida de pouca espessura. - Abra. - Disse entregando a caixinha a Demi. Como prometera compara um novo Iphone para Demi e em troca recebeu um demorado selinho.
   - Obrigado. - Depois de guardar o Iphone na gaveta do criado-mudo, Joe a puxou para o banheiro. O dia tinha sido tão cansativo e tudo que ele queria era ter alguns minutos com Demi.
   - Como foi o seu dia? - Perguntou Joe enquanto Demi despia o paletó que ele vestia.
   - Eu não fiz nada, fiquei a tarde toda com as crianças. - Depois de jogar o paletó no chão, agora era a vez de se livra da camisa branca de botões. - Como foi o seu dia? - Perguntou folgando a gravata.
   - Chato. - Murmurou emburrado e Demi riu. - Você sabe, relatórios e relatórios, broncas e mais broncas. - Disse puxando a blusa de Demi para cima. - Estou pensando em me demitir. - Demi voltou a despi-lo pacientemente.
   - Eu gostei da ideia. - O sorriso de Demi foi de orelha a orelha. Depois de anos casados, talvez eles finalmente teriam um tempo só para eles. O casamento tinha sido uma loucura em todos aqueles longos anos por conta falta de tempo de ambos.
   - Demissão seria o paraíso. - Passar metade do dia trancado no escritório era a coisa mais chata que Joe já tinha feito em toda a sua vida. Mas tinha sido a única opção quando a banda acabou, então ele precisava de um emprego bom o suficiente para que ele pudesse cuidar de Demi e das crianças.
   - Seria. Mas você não pode ser radical a esse ponto. Sara ficaria chateada. - Joe observou aquela baixinha caminhar até o espelho e olhar-se minuciosamente. Censurara-a. Demi tinha aquela péssima mania de procurar um defeito em si mesma sempre que podia. - Droga. - Joe balançou a cabeça negativamente vendo-a apertar-se na barriga e logo nas coxas.
   - Demetria! - Joe franziu o cenho quando Demi virou-se quase de costas para o espelho para tatear o bumbum e as coxas. - Você está perfeita, ok? - Abraçando-a por trás Joe mordiscou-lhe o ombro e sorriu quando seus olhos encontraram com os de Demi pelo reflexo do espelho.

18.9.14

Capítulo 18 - Parte 2/2

Antecipar o sofrimento nunca era bom. Demi tinha medo que Daniel e Lizzie a julgasse sem conhecer a real história. Era um risco que ela corria até porque viviam numa sociedade sem respeito ao próximo, e pelos tantos boatos falsos e cabeludos que existiam mundo a fora, Demi corria sérios riscos de ter os filhos contra ela. Seria difícil, mas não impossível.. O segredo era dizer a verdade. Apenas a verdade e tudo ficaria bem. Os batimentos cardíacos duplicaram e estava tensa. Acabara de adentrar a cozinha onde estava Dan, Lizzie e Dianna. Eles mereciam a verdade...
   - Sente-se para comer. - Ordenou a mãe e Demi se sentou em frente a Dan. - Açúcar no chá querida? - Dianna perguntou a Elizabeth. Olhando para a menina discretamente, Demi percebeu que Lizzie continuara nervosa. Queria tomar a menina nos braços e dizer que tudo iria ficar bem, mas se sentia tão intimidada e deslocada para fazer tal coisa. Fora que não sabia qual seria o rumo daquela confusão, mas sabia que Alex encontraria uma forma de piorar tudo.
   - Obrigado. - Gaguejando, Lizzie deu dois longos goles no chá que a avó oferecia. Demi mordeu o lábio inferior para conter um sorriso ao ver a mão de Dan sobre a de Lizzie. Sorte realmente teria a mulher que conquistasse aquele garoto. Daniel era um verdadeiro menino de ouro.
   - E você? O que quer para o café da manhã? - Dianna perguntou a Demi. Optara pelo suco natural de laranja e misto. Demi estava tensa o suficiente para recusar a variedade de pratos de café da manhã que a mãe com certeza prepararia caso ela pedisse. Os olhos de Dianna sempre brilhavam quando Demi pedia para que ela cozinhasse. Até a mãe Demi deixara traumatizada. Tudo isso por conta de um complexo.
   - Como está o papai? - Demi perguntou quebrando o silêncio. Era tão desconfortável estar sobre os olhares intimidantes e cheios de incertezas dos filhos.
   - Demi, você sabia que Anne está namorando o Bryan? - Arregalando os olhos, Demi franziu o cenho de tão surpresa que estava.. - Ontem Bryan foi na nossa casa pedir a mão de Anne em namoro. O seu pai está uma fera. - Demi simplesmente engasgou com o suco, o que atraiu mais olhares sobre ela.
   - Bryan? O meu afilhado? - Perguntou ainda surpresa e engasgada. - O filho da minha melhor amiga com o Nick? - Tornou a perguntar e Dianna assentiu.
   - O senhor Eddie não gosta dos Jonas com as garotas dele. - Dianna balançou a cabeça negativamente em descrença. Eddie não gostava muito de Joe e pelo visto não gostava de Bryan.
Silêncio. De novo o silêncio. Lizzie tentava ser discreta, mas não conseguia.. Demi percebia o olhar da menina sobre ela o tempo todo.. Daniel estava tão quieto e não tocara na fatia de bolo de chocolate, ele apenas a virava com o grafo e a olhava como se fosse a coisa mais interessante de todo o mundo. O que era bastante estranho, pois Daniel simplesmente era apaixonado por bolo de chocolate.
   - É o seu pai. - Disse Dianna assim que o celular começou a tocar. Demi assentiu entre uma mordida no misto e outra.
   - Pode me passar a geleia de morango? - Pediu Demi a Lizzie. Foi um tanto estranho, mas Lizzie passou a geleia para a mãe. E lá estava ele. Oh não. Era tão irritante, tão mega hiper irritante! A Deus! O silêncio não, ele não. Céus que diabos de silêncio insuportável! Demi revirou os olhos mentalmente e respirou fundo irritada.
   - Demi, eu tenho que ir para casa. - Disse Dianna completamente frustrada. - Pelo que entendi seu pai não está se sentindo bem. - Demi gritou um "Oh Droga" mentalmente e olhou para mãe como se pedisse socorro. Pela primeira vez na história ela realmente não fazia ideia de como iria conversar com aqueles adolescentes.
   - O que aconteceu com o papai? - Perguntou.
   - Seu pai e torradas não são uma boa combinação. -  Demi assentiu já pensando em como as coisas seriam quando Dianna não estivesse presente. E pelo visto não seria nada fácil. - Qualquer coisa entre em contato. - Disse enquanto se despedia dos netos. - Não desligue o celular Demetria, eu tentei ligar a noite toda. - Dianna beijou a testa da filha calorosamente com pesar por ter que ir embora. Caso Eddie estivesse bem, Dianna passaria o dia inteiro cuidando de Demi. - Tchau meus amores. - Demi acenou para a mãe antes de a mesma partir, e então ela estava sozinha com Lizzie e Dan.
   - Vocês querem que eu prepare alguma coisa? - Apressou-se em perguntar.
   - Eu estou bem, e você Lizzie? - Daniel pronunciou-se e a menina balançou a cabeça negativamente.
   - Vocês me ajudam com a cozinha? - Demi pensava em algo para que pudesse quebrar aquele clima chato entre eles, mas não tinha ideia alguma. Sabia que ela tinha que começar contando a verdade, mas não sabia como iria contá-la.
Não foi tão ruim como Demi imaginou.. Com a colaboração de todos em questão de segundos a cozinha estava organizada e limpa. - Hmm.. Eu vou arrumar o meu quarto. - Demi revirou os olhos mentalmente para si mesma, a única coisa que ela conseguia dizer era exatamente a errada.
Silêncio. Silêncio. Silêncio! Diabos! Oferecendo apenas um pequeno e forçado sorriso, Demi saiu o mais rápido possível da cozinha, subiu as escadas odiando-as e finalmente adentrou o quarto deixando a porta encostada.
Trocara a roupa de cama e depois abraçara o travesseiro de Joe sorrindo ao se lembrar do quão fofo ele tinha sido na noite passada. Joe tinha sido o herói da noite. Salvara-a no palco, abraçara-a o tempo todo e quando estavam deitados na cama, ele a distraiu e a amou a noite toda sem se importa com o que viria depois. Ainda sorrindo ao se lembrar da noite passada, Demi pegou o Iphone de Joe sobre o criado-mudo e digitou um rápido e-mail desejando que ele tivesse um bom dia no trabalho e que o amava muito.
   - Daniel! - O sussurrou indiscreto chamou-lhe atenção. Demi mordeu o lábio inferior para conter um sorriso nervoso quando a porta do quarto rangeu e Dan a chamou.
   - Oi crianças. - Disse com o sorriso nervoso ainda nos lábios. Daniel adentrou o quarto em meio de empurrões com Elizabeth, e então, depois das cotoveladas trocadas, os dois enfatizaram a fala e Demi arqueou as sobrancelhas e riu.
   - Mãe, nós podemos conversar? - Lizzie perguntou incerta e o coração de Demi acelerou.
   - Claro. - Infelizmente ela gaguejou e as mãos começaram a suar frio. O Iphone foi ao chão quando atrapalhou-se para colocá-lo no criado-mudo e Demi forçou um sorriso para Dan e Lizzie.
   - Vem Lizzie. - Sério, Daniel puxou a irmã pela mão e a guiou para que eles se sentassem na cama junto com Demi. - Como você está? - Perguntou apoiando a mão no joelhe de Demi.
   - Bem. - Aos poucos a mascara ia caindo e a realidade voltava devastando-a, Demi mal conseguia olhá-los. No peito o coração doía e parecia desesperado. Infelizmente Joe não estava por perto para distraí-la e agora teria que enfrentar algo bem pior que aquele público da noite passada. Demi não se importava se o mundo inteiro a julgava por sua história, muitos não entendiam, outros não ligavam e alguns a admirava. Que era importante de certa forma era, mas o que Dan e Lizzie pensariam quando soubesse de toda a verdade da história de vida da mãe? Desta questão Demi tinha medo.
   - Bem mesmo? - Lizzie perguntou segurando a mão da mãe firmemente.
   - Sim meu amor, estou bem. - Demi olhou rapidamente para a menina e forçou um sorriso. No fundo queria desabar, gritar e chorar sem cessar. Mas ela não podia, não na frente deles..
   - Você não mente bem. - Demi não teve coragem suficiente para olhá-lo nos olhos, apenas respirou fundo e abaixou as pálpebras dizendo a si mesma freneticamente: Não chore, não chore, por favor, na frente deles não.
   - Daniel! - Elizabeth o olhou feio. - Eu sempre vou te amar independente de tudo. - Lizzie beijou as costas da mão de Demi e entrelaçou os dedos aos dela. - Não chora mamãe. - Lizzie a beijou e a abraçou mostrando que sempre iria amá-la como dissera.
   - Eu também te amo. - Daniel disse ainda sério. - Nós somos uma família e sempre vamos nos defender. - As lágrimas começaram a rolar incansavelmente, Demi sabia que não precisava mais esconder a verdade e deixou-se ser amparada nos braços de Dan e Lizzie.
   - Dan, você pode buscar um copo d'água? - Enquanto Dan buscava a água, Lizzie acolhia a mãe nos braços sussurrando que tudo ficaria bem. Ontem Demi a amparava e hoje Lizzie a amparava. Lizzie lembrou-se de todas as vezes que pensou que o mundo iria desabar, que ela não era boa e forte o suficiente, mas Demi, como a boa mãe que era, sempre esteve ao lado da menina apoiando-a e dando todo o amor e carinho que ela precisava. - Está mais calma? - Perguntou quando percebeu que Demi não soluçava mais.
   - Estou. - Demi ergueu-se dos braços de Lizzie e respirou fundo algumas vezes recuperando o controle.
   - Eu trouxe a sua água. - Disse Daniel adentrando o quarto com um belo copo d'água em mãos.
Depois de um gole d'água Demi secou as lágrimas e tornou a respirar fundo preparando-se para contar tudo que eles tinham direito de saber. Eram uma família como Dan disse, e estariam sempre unidos uns defendendo aos outros.
   - Eu não sei por onde começar. - Disse forçando um pequeno sorriso.
   - Comece pelo começo. - Daniel deitou-se ao lado da mãe abraçando-a de lado, o que fez Demi sorrir verdadeiramente. De um lado ela tinha Lizzie com os dedos entrelaçados aos dela e a cabeça apoiada no ombro, e do outro lado ela tinha Daniel deitado abraçado a ela.
O começo.. Lembrara-se de quando ainda era uma menina. Sempre pensara no porquê de ser tão gordinha e as outras meninas eram "normais", crescera com a ideia que ela não era boa o suficiente, que não era como as outras crianças. Os problemas começaram... Contara sobre a escola, uma das fases mais difíceis de toda a vida. Foi ali onde realmente começara a provocar o vômito para perder peso. Tivera aquela vez que vomitara ao menos seis vezes em um dia, e no final das contas perdera treze quilos em questão de poucos meses. Foi nesta fase que desenvolvera a anorexia e a bulimia. Mas não era o suficiente.. Nada era suficiente quando você tem uma doença mental e um terrível vício. Para afastar a dor que sentia por não se sentir suficiente, começara a se automutilar. Começara pelos pulsos, razão pela qual eram tatuados, mas tivera que "cortar" outros lugares do corpo onde as pessoas certamente não poderiam ver.. Cortar-se funcionava como uma válvula de escape, Demi o fazia porque se sentia mal e não sabia como extravasar. Então contara a parte mais difícil.. Drogas e bebidas alcoólicas. Demi com certeza tinha a ficha mais suja que muitos roqueiros cinquentões, começara a consumir bebidas alcoólicas assim que estreara como estrela da disney com apenas quinze anos e poucos anos mais tarde começara a fumar maconha, cheirar cocaína e outras drogas que nem mesmo ela se lembrara. Conforme contava, Lizzie e Dan pareciam mais assustados que estavam. Era difícil para eles, mas a dificuldade para Demi contar cada fato era extremamente dolorosa. Como era mãe, Demi tinha medo da reação dos filhos, mas sabia que eles mereciam saber a verdade. Contara praticamente sobre tudo. Da bulimia a anorexia, da anorexia a automutilação, da automutilação ao consumo de bebidas alcoólicas, das bebidas as drogas e das drogas a reabilitação. Claro que não se esquecera de contar sobre Joe e o quão importante ele tinha sido em sua vida. Demi considerava o amor que eles construíram a sua salvação.
   - Isso é loucura. - Murmurou Daniel. Céus! Ele tinha os olhos tão arregalados e parecia mais pálido que o normal. - Mas faz sentido. - Sussurrou para si mesmo ainda em estado de choque. Na escola muitos garotos e garotas sempre diziam coisas a ele que nunca faziam sentido. Justificara também o motivo da "monitoração" na internet, as tantas campanhas contra o bullying e outras campanhas que a mãe sempre participava. O trabalho de Demi não era como os dos outros artistas, por isso que tinha fãs tão "intensos" e apaixonados. Muita coisa se justificara agora.
Depois que contara toda a história Demi não conseguia olhá-los. Daniel estava tão pensativo e Lizzie tinha os olhos fixos em um ponto qualquer, ela estava tão quieta que Demi chegara a ficar assustada. Talvez fosse preciso tempo para que eles digerissem toda aquela história cabeluda.
   - Você...? - Finalmente Lizzie dissera algo, mesmo que não tivesse muito sentindo, depois de tantos minutos calada. - Se cortava? - Perguntou engolindo seco e Demi assentiu fitando os olhos da filha carregados de angustia. Lizzie respirou fundo e então buscara os pulsos da mãe. Analisara as tatuagens e então as tateou e pode sentir a linha das cicatrizes onde Demi disse que cortava. Por isso que estava escrito "Stay" no pulso esquerdo e "Strong" no pulso direito. Por Deus! Nada era por acaso. Elizabeth estava tão assustada e cheia de medo. Nunca pensara que a história da mãe pudesse ser tão cheia de voltas como era.
   - Elizabeth? - Demi a chamou um tanto desesperada. A menina deitara-se bruscamente na cama e lágrimas grossas escorriam pelo rosto freneticamente. - Por favor. - Choramingou tão assustada por ver a filha naquele estado por culpa dela mesma.
   - Você não faz mais, faz? - Demi quase não entendera o que a menina dissera, Lizzie levara as mãos ao rosto e soluçava tanto. - Eu não quero te perder. - Puxando Lizzie para o colo, Demi a abraçou como fazia quando Lizzie era apenas um bebê e a beijou na testa.
   - Vocês não vão me perder, isso está no passado. - Que o mundo todo desabasse sobre ela. Que tudo de ruim acontecesse a ela. Não iria se importar. Doía muito mais ver os seus pequenos mergulhados em lágrimas. - Eu prometo que tudo vai ficar bem. - Sussurrou os amparando nos braços. Nunca se sentira tão instável e assustada como se sentia.

Continua... Oi! Imagina se você fosse filho(a) da Demi Lovato e do Joe Jonas. Dai você descobre tudo sobre o passado da sua mãe assim de um minuto para o outro. Tenso né? Pois é. Eu como fã já fico zonza com essa história da Demi >< Bem, as coisas vão piorar.. só é o começo da bagunça, mas logo tudo se resolve e a fic acaba :''') Beijos e obrigado pelos comentários! Comentem mais e mais!

15.9.14

Capítulo 18 - Parte 1/2

Dormir nunca tinha sido tão impossível. O dia deveria estar amanhecendo e Joe não conseguira ao menos cochilar um pouco. Os telefones não paravam de tocar, os celulares vibravam a cada meio segundo e Joe nem pensara em abrir alguma rede social. Tudo estava um caos. Aos redores da casa tinha paparazzi até em árvores e eles tentaram invadir a casa quando era mais cedo. Pelo menos Demi dormia como um anjo envolvido pelos braços dele. Ela ficara tão quieta por incontáveis minutos nos braços dele até que adormecera. Não era difícil apenas para ela, Joe era quem segurava as pontas quando Demi não podia. Era inacreditável que depois de tanto tempo Demi estaria envolvida numa polêmica como aquela. Joe a reconhecia nas fotos.. Sabia que era ela porque foi naquela época que Demi estava completamente impossível, tão rebelde que acabara não suportando-se e acabara numa clinica de reabilitação. Não seria fácil para que as coisas voltassem ao normal e também não era justo com Demi. Ela trabalhara tanto e quando finalmente conseguira férias, as coisas desmoronaram do nada. Talvez agora fosse o momento certo para que eles pudessem ter apenas o tempo deles juntos e longe daquele mundo louco de Hollywood. Mas o trabalho o prendera. Não tinha alternativa a não ser esperar e trabalhar durante aquele prazo até que as merecidas férias chegassem e então ele levaria Demi para longe. Acariciara os cabelos da sua amada e ela aninhara-se a ele como sempre fazia. Às vezes Joe pensara em como as pessoas poderiam ser tão egoístas e exageradas. Estar na mídia não era como a maioria das pessoas pensava, não era nada agradável ter a vida pessoal invadida e exposta a todo o mundo. As pessoas não respeitavam quem você era e queriam te moldar aos padrões hollywoodianos, tinha sido o que acontecera com Demi. De um complexo com a imagem desenvolvera uma doença, de tentar se encaixar acabara como uma alcoólatra e viciada em drogas. Estar em Hollywood não era o paraíso, e sim o inferno. Aquela vida só trazia desgraças. Apenas isto. O celular vibrara com tanta intensidade que Joe tivera vontade de arremessá-lo contra a parede. Mas não era apenas uma estúpida notificação, e sim uma ligação. Joe atendeu ao telefone, mas arrependeu-se. O homem gritava palavras chulas sobre o quão Demi era uma "vadia" e que jamais iria permitir que ela voltasse a mídia. E então Joe  jogou o telefone longe. Quase ficara surdo por conta de um produtor enfurecido. Mas não se importara, se o discurso de Demi trouxera prejuízos financeiros à empresa, não era problema. Ele enviaria um cheque que cobriria todos os prejuízos. Jamais deixaria alguém humilhar a mulher que ele amava por conta de alguns dólares.

   - Joseph? - Demi o chamou assustada por conta do barulho do celular se chocando contra algo.

   - Volte a dormir anjo, foi apenas o celular. - Erguendo-se, Demi ligou o abajur e o olhou ainda sonolenta.

   - Por que você não está dormindo? - Perguntou ainda o fitando com os grandes olhos amarronzados esperando por uma resposta.

   - Estou sem sono. - Não passara em um minuto sequer em sua mente a possibilidade de dormir, cochilar, descansar ou qualquer outra coisa. Joe estava apenas em seu estado de alerta com principal objetivo de proteger a sua garota.

   - Você tem trabalho amanhã. - Sussurrou aninhando-se ao peito dele.

   - Eu sei, mas não consigo dormir. - Acariciando os cabelos de Demi, Joe tombou a cabeça encostando-a na cabeceira. Seria impossível trabalhar no estado que ele se encontrava. - Volte a dormir, eu vou ficar bem. - Vencendo a vontade de voltar a dormir como Joe sugerira, Demi sussurrou um não e beijou o peito dele agradecendo-o por estar ao lado dela.

   - Eu não quero que você deixe de dormir por culpa minha. - Hesitou em dizer ainda em seu estado de choque. - Você precisa descansar para poder trabalhar, e não ficar ligado o dia todo. - Realmente Joe estava praticamente ligado a tomada. Na noite passada, quando tudo estava normal, Demi invadira o escritório de Joe e a noite seguira entre gemidos e orgasmos até o começo do dia, minutos depois ele tivera que ir trabalhar, mas não aguentara por conta do cansaço e Demi o buscou no trabalhou e cuidou dele durante toda a tarde, mas quando anoitecera a confusão estivera a todo vapor e agora, no novo dia Joe ainda estava acordado.

   - Eu só não tenho sono Dem. - Murmurou exausto.

   - Você quer conversar? - A voz dela soou tão estranha assim como o clima entre eles. Eles simplesmente conversavam, e aquela pergunta não soara bem porque sempre acontecia naturalmente.

   - Qual o lugar que você gostaria de passar a sua segunda lua de mel comigo? - Perguntou quebrando aquele silêncio chato.

   - Nós poderíamos passar a nossa segunda lua de mel em algum lugar do Caribe longe de tudo e de todos. - A ideia era excitante e tentadora. Estar apenas ele e Demi numa ilha era tudo que Joe sonhara.

   - Eu e você numa ilha. - Um sorriso sugestivo nasceu nos lábios de Joe enquanto ele acariciava as costas de Demi lentamente em movimentos circulares.

   - Não! - Ela riu. Céus! Joe a abraçou e a beijou tão feliz por ela está voltando ao estado normal.

   - Sim! Eu estou pensando seriamente em te engravidar, o que você acha? - Arqueando as sobrancelhas, Demi o olhou e riu. Ah! Era tão bom escutar o som da risada dela.

   - Você me engravidou duas vezes. - Ela disse sorrindo.

   - Sempre há uma terceira, uma quarta ou uma quinta vez.. - Piscando para ela, Joe guiou a mão da mesma até o membro e a fez apertá-lo. - Esse menino está tão louco para plantar as sementinhas dele no seu jardim que chega está duro. - E mais uma vez o som contagiante da risada de Demi encheu os seus ouvidos deixando-o tão aliviado e feliz por estar conseguindo distraí-la depois de tudo.

   - Fala para o seu menino que o meu jardim não está aceitando mais sementinhas. - Demi ofereceu a Joe um sorriso de orelha a orelha tão envolvida naquela brincadeira que surgira do nada que até esquecera-se da bagunça que ela estava envolvida.

   - Humm.. Mas nós adoraríamos plantar a nossa sementinha no seu jardim, juro que é apenas uma. - Virando-se, Joe encaixou o corpo sobre o dela apertando-a contra o colchão. - Olha para mim Demi. - Demi tinha os olhos vidrados aos lábios dele e nem percebera que Joe abria suas pernas com os joelhos. - Eu prometo que tudo vai acabar bem. - Disse quando os olhos dela estavam fixos aos dele. - Prometo com todo o meu amor. - Levando as mãos ao rosto dele, Demi o beijou intensamente enquanto ele tratava de livrar-se das próprias calças do jeito mais estranho. - Eu não vou deixar ninguém te machucar, você confia em mim? - Sentando-se na cama junto com ela, Joe deixou que Demi despisse a camisa que ele vestia e logo despiu a que ela vestia.

   - Confio. - Deitando-se, Demi arqueou o corpo para ajudá-lo a livrar-se da calça que vestia. Acreditara em Joe, acreditara nas promessas dele e sabia que ele iria cumprir cada uma delas. Demi tocou os lábios dele com os dela repetidas vezes, fixou os olhos aos dele durante intermináveis minutos sentindo o corpo dele aquecê-la e excitá-la. Amava-o tanto que chegara a doer o peito.

   - Eu amo você Demi. - Os olhos castanho-esverdeados estavam tão próximos e fixos aos dela, eram tão intensos e transbordavam desejo enquanto ele preenchia centímetro por centímetro do íntimo. Joe a beijou cessando os suspiros pesados que escapavam dos lábios de Demi, beijou-lhe o rosto e enterrou a cabeça no pescoço quando começou a se mover vagarosamente. Levou os dedos aos mamilos e os atiçou, beijou demoradamente os pulsos tatuados, entrelaçou os dedos aos dela dando um lento e intenso giro aprofundando-se naquele pequeno e acolhedor espaço enquanto acomodava-se a ela deixando os músculos roçarem os dela naquela intensa conexão. Moveram-se juntos, gemeram juntos e alcançaram o limite juntos tão apaixonados um pelo outro que mal conseguiram se separar. Estavam tão suados e incansáveis daquele calor, beijaram-se tantas vezes e amaram-se muito mais vezes do que se beijaram até que adormeceram juntos.

(...)

   - Oh droga. - Maldito despertador! Por Deus, estava tudo tão bom em seu sono e a droga do despertador alarmara no pior toque e na pior hora.

   - É melhor você se levantar. - Ronronou Demi tão aninhada a ele ainda dormindo. Como ele iria se levantar sendo que ela o impedia?

   - Só se você tomar banho comigo. - Abraçando-a, Joe desceu as mãos estrategicamente das costas de Demi até o traseiro nu e o apertou.

   - Você não cansa? - Joe riu ao vê-la o olhando ainda sonolenta.

   - O seu cabelo está parecendo um ninho vermelho de passarinho, mas você continua linda. - Demi o olhou feio, mas voltou a aninhar-se onde mais gostava: No peito de Joe. Era largo, macio e quente. - Ei anjo, bom dia. - Ele disse a beijando no topo da cabeça.

   - Bom dia. - Demi o beijou no rosto tão agradecida por ele ter sido tão compreensível e amável com ela. Caso fosse o seu Joe ciumento, eles teriam brigado na noite passada. Mas Joe tinha sido um amor e tão fofo, ele conseguira quebrar aquela barreira que Demi começara a construir.

 Em questão de minutos tomaram banho e se vestiram, Joe formalmente já que iria trabalhar e Demi com um de seus pijamas de estampa de ursinho já que não pretendia sair de casa tão cedo.

   - Querida, acho que quebrei o seu Iphone. - Joe sorriu completamente sem graça ao ver o aparelho com o visor trincado perto da parede. Ficara com tanta raiva das palavras chulas daquele homem que ligara, que acertara o iphone contra a parede.

   - Tudo bem. - Demi franziu o cenho um tanto confusa ao pegar o telefone, estava inutilizável.

   - Quando eu sair do trabalho compro outro para você. - Disse. - Você pode usar o meu se quiser. - Joe ofereceu o telefone a Demi, e ela o colocou junto com o quebrado sobre o criado-mudo. Ficar sem Iphone estava fora de cogitação, ela certamente ficaria sozinha durante toda a manhã e os jogos do telefone eram ótimos passatempos.

   - Eu estava pensando sobre a nossa lua de mel. - Disse enquanto caminhavam para fora do quarto.

   - Você podia fazer uma pesquisa sobre os lugares mais românticos do planeta, nós podemos visitar todos eles. - Demi sorriu para ele e então enlaçou os dedos quando Joe aproximara-se da porta do quarto. Ela teria que ser forte.

   - Não tenha medo, você é forte anjo. - Beijando-a na boca, Joe destrancou a porta do quarto e então lançou um olhar ansioso a Demi. Seja lá o que acontecesse, ele estaria ao lado dela.

Então abriu a porta e eles caminharam pelo corredor em silêncio de dedos enlaçados. Desceram as escadas e já puderam escutar o barulho vindo da cozinha e alguns latidos vindos da sala.

   - Bom dia. - Joe disse assim que adentrou a cozinha e encontrou Daniel, Lizzie, Anne e Dianna.

   - Oh meu amor! - Dianna correu até Demi e a abraçou calorosamente. - Você está bem? - Se Demi era uma mãe preocupada, Dianna era uma mãe ao menos quatro vezes mais preocupada que Demi. Preocupara-se com Anne e preocupara-se com Demi, Dan e Lizzie.

   - Mãe, eu estou bem. - Murmurou sufocada com tanta proteção.

   - Você não pode fazer uma coisa dessa comigo Demetria, meu coração não aguenta! - Demi olhou rapidamente para Joe pedindo socorro e então a mãe a abraçou calorosamente mais uma vez. - Eu estava tão preocupada com você! - Encostando a testa a de Demi, Dianna agradeceu a Deus numa rápida oração por sua menina estar bem. Ficara durante toda a noite acordada tentando entrar em contato, mas Demi não dera nenhum sinal de vida então a última alternativa de Dianna fora ir a casa da filha.

   - Eu estou bem. - Demi a abraçou sentindo-se tão culpada por deixá-la preocupada.

   - Sente-se bebê da mamãe, eu vou cuidar de você. - Os olhos de Demi encontraram com os de Anne e então elas riram.

   - Você nos deixou preocupadas bebê da mamãe. - Disse Anne abraçando-a calorosamente. - Papai está muito bravo com nós duas. - Sussurrou entre o abraço. Sim, elas eram terríveis. Demi com seus problemas e Anne no mesmo caminho, claro que sem a parte dos vícios, mas também era uma adolescente rebelde.

   - Imagino.. - Sussurrou e logo desfez o abraço para sentar-se a mesa. - Bom dia. - De repente Demi parecia uma menina intimidada sobre os olhares dos filhos. Lizzie tinha os olhos marejados, Demi sabia que ela iria desabar a qualquer minuto, Daniel estava sério, mas mostrou um pequeno sorriso para a mãe.

   - Vocês não estão prontos para ir a escola? - Joe quebrou aquele silêncio agoniante.

   - Nós decidimos não ir a escola hoje. - Pronunciou Daniel olhando para o pai.

   - Eles podem ficar comigo. - Interferiu Demi sabendo que Joe não gostava quando os filhos faltavam a escola. - Tudo bem? - Disse quando ele aproximou-se dela.

   - Se você acha melhor assim. - Curvando-se, Joe depositou um beijo na testa de Demi e sorriu quando os olhos encontraram com os dela. - Eu tenho que ir. - Disse forçando um sorriso ao vê-la suspirar frustrada.

   - Eu definitivamente odeio o seu trabalho. - Disse emburrada. - Droga, daqui a pouco eles vão querer que você trabalhe em tempo integral. - Resmungou enquanto Joe a puxava para fora da cozinha depois de despedir-se dos demais. - Isso é tão fod.. - Antes mesmo que Demi pudesse completar a frase, Joe a beijou com ardor prendendo-a contra a parede.

   - Eu sei. - Disse ofegante. - Mas daqui poucas semanas eu vou estar livre. - Já mais calmo do beijo avassalador, Joe fixou os olhos aos dela enquanto seus corpos se roçavam.

 - Daniel e Lizzie, Dem. Eles estão estressados com toda essa situação. Ontem Dan pediu para que nós contássemos sobre.. Eu estou tão preocupado com você e com eles. - Respirando fundo, Joe adentrou os cabelos com os dedos e ficou a pensar na possível guerra que aconteceria naquela casa enquanto ele estava atrás de uma mesa de escritório governando uma empresa.

   - Eu vou conversar com eles. - Disse incerta e cheia de medo.

   - Você vai ficar bem? Por favor, diga que sim. - Sussurrou colando o corpo ao dela. - Eu não vou suportar se alguma coisa acontecer. - Tinha medo que tudo voltasse, que a antiga Demi voltasse..

   - Eu vou ficar bem. - Envolvendo o pescoço dele, Demi selou a promessa com um beijo lento e quente.

   - Promete? - Sussurrou nos lábios dela.

   - Prometo. - Mordendo o lábio inferior dele, Demi prolongou aquele beijo por minutos e mais minutos até que ambos estavam ofegando.

   - Até mais tarde bebê. - Disse numa tentativa frustrada de si afastar dela. - Qualquer coisa me liga, prometo vir o mais rápido possível. - Joe se afastava lentamente ainda com os dedos entrelaçados aos dela. - Eu amo você. - Disse ainda tocando os dedos dela.

   - Eu amo você amor. - Demi esboçou um sorriso triste quando eles realmente estavam separados, mas Joe correu até ela e roubou um selinho rápido e deixou-a com um sorriso de orelha a orelha.

   - Amo você! - Ele gritou da garagem e Demi riu abobalhada naquele típico estado apaixonado que Joe sempre a deixava, tanto que ela esbarrou com Anne. A menina estava tão avermelhada e apressada.

   - Joseph! Preciso de uma carona até o colégio! - Anne gritou enquanto corria e Demi riu. Agora era a hora de dizer a verdade... Contando de um até dez, Demi caminhou em lentos passos até a cozinha.. Não tinha como adiar, agora era hora da verdade nua e crua.



Continua... I'm here haha. Oooi! Depois de uma série magnifica de comentários e sugestões, eu já sei o que vou fazer nessa fic.. Obrigado pelas sugestões garotas, vou dar os devidos créditos a cada uma de vocês. Bem, eu tinha pensado em algumas coisas.. E tem uma sugestão do capítulo anterior que já iria acontecer, spoiler.. Ok, chega! Eu gostei desse capítulo, ele surgiu do nada, simplesmente fluiu. Espero que vocês também gostem. Beijos e até qualquer dia ou hora hehe ;p