24.2.15

Capítulo 51 - Parte 2/2

Controlar o sorriso era impossível. A cada vez que ele a olhava o sorriso estava em seus lábios. A mão não saia de sua barriga enquanto ele dirigia tranquilamente, vez ou outra Demi chamara a sua atenção, caso contrário era perigoso Joe bater o carro.

   - Nós já podemos comprar as roupinhas dele? - Perguntou Lizzie quebrando o silêncio agradável. Demi mordeu o lábio inferior admirando a beleza da Califórnia e virou-se para olhar a menina.

   - Hum.. Nós podemos comprar aos poucos. - Disse já pensando na ideia de sair as compras. Era melhor comprar o enxoval enquanto ela ainda poderia andar sem que a barriga enorme fizesse com que ela ficasse cansada a cada passo.

   - Vai ser tudo azul ou verde? - Perguntou curiosa. Lizzie estava tão ansiosa para a chegada do seu irmãozinho, a princípio ela gostaria que fosse uma menina para brincar com ela, mas estava satisfeita com o pequenino ainda na barriga da mãe.

   - Seria legal se fosse duas cores. Tipo azul e verde, não sei, mas nós poderíamos comprar roupinhas de muitas cores. - Comentou Daniel e Demi assentiu adorando a ideia. Ela estava tão feliz por saber que Dan e Lizzie estavam aceitando a ideia de ter outro irmão sem questionar ou odiar nada, eles estavam a apoiando e aquilo era tudo que Demi precisava..

   - Sim, nós vamos comprar várias roupinhas de cores diferentes. - Disse assim que Joe parou o carro em frente à escola. Eles tinham almoçado juntos, foram ao hospital para a consulta e agora era a hora de deixar as crianças na escola. - Prestem atenção na aula. - Advertiu-os. - Nada de confusões. - Lizzie arqueou as sobrancelhas e olhou para Daniel com um sorrisinho sugestivo.

   - Escutou Daniel? - Disse para provocá-lo e o menino apenas revirou os olhos e tomou a sua frente para beijar a bochecha da mãe e abraçá-la.

   - Tchau meu pequenino, estou ansioso para te ensinar a perturbar Elizabeth. - Dan beijou a barriga da mãe e logo se despediu do pai deixando Lizzie furiosa.

   - Ah! Esse moleque! - Disse irritada quando Daniel saiu do carro sem esperá-la. - Até mais tarde, eu amo vocês. - Disse aos pais e beijou a barriga da mãe antes de sair do carro às pressas atrás do irmão, e quando Lizzie o alcançou, Demi riu ao ver ela brigar com Daniel. Eles eram tão unidos mesmo que sempre estavam em pé de guerra.

   - Eu vou ter que voltar para o escritório, vou te deixar em casa, tudo bem? - Perguntou Joe dando partida no carro. Deus! Ele não podeira parar por míseros segundos que as buzinas e palavrões já começavam.

   - Não vou para casa, pode me deixa no centro da cidade? - Joe franziu o cenho, mas assentiu envolvendo os dedos aos dela sem olhá-la.

   - Vou ligar para os seguranças. - Disse sem desviar o olhar do trânsito e Demi respirou fundo.

   - Joe, eu só estou grávida, não quero andar pelo shopping ou ir ao salão de beleza com um exército de armários na minha cola. - Disse do jeito mais simpático que podia. Andar com seguranças era sempre tão chato até porque chamava mais atenção das pessoas e provavelmente se alguém se aproximasse dela para pedir um autógrafo ou tirar uma breve foto, os seguranças barrariam ou até mesmo assustariam os pobres adolescentes eufóricos causando confusão.

   - Querida, é para a sua proteção. - Disse a olhando brevemente. - Não é seguro para você sair sozinha por Los Angeles. - Demi revirou os olhos e bufou irritada. Ela não era uma criança, sabia muito bem se defender sozinha.. E bem, ir aos lugares que ela pretendia ir não seria nada agradável com um bando de homens a cercando.. Principalmente o sex shop.. As bochechas coraram só de imaginar-se examinando aqueles brinquedos eróticos estranhos que sempre chamava a sua atenção, mas que ela jamais os compraria.

   - Nada de seguranças. - Disse com a voz firme e dessa vez foi Joe quem bufou irritado. - Eu sei me cuidar amor, prometo que qualquer movimento suspeito eu ligo para o seu exército de armários. - Joe riu balançando a cabeça.

   - Tudo bem, é o nosso acordo. - Era a única alternativa que lhe restara, ir contra ela não era o que ele queria.. As coisas estavam cada vez melhores entre eles e estragar tudo não estava em seus planos. Joe dirigiu por mais alguns minutos e parou o carro em frente ao shopping center da cidade. - A mocinha está entregue. - Demi livrou-se do cinto de segurança sobre o olhar bobo dele. - Precisa de alguma coisa? - Perguntou e logo riu ao ver o sorriso malicioso dela.

   - O limite do meu cartão está estourado. - Joe arqueou as sobrancelhas e acariciou o queixo enquanto a olhava curiosamente. - E o seu não. - Demi curvou-se e deu um beijinho na bochecha dele.

   - Tudo bem, você pode levar o meu cartão. - Disse buscando a carteira no porta-luvas. Joe sorriu maliciosamente ao ver a calcinha de ursinho que pertencia a Demi enroscada a sua carteira. - Cuida do nosso pequeno. - Disse assim que entregou o cartão para ela. Às vezes lembrar-se do coma e de que Demi tinha agido como uma alcoólatra quando eles estavam esperados o deixava louco. E se algo acontecesse ao bebê? Não.. Não aconteceria nada, Joe sabia que Demi e o seu pequenino estavam sobre a guarda de um anjo que Deus enviara para protegê-los quando ele não podia.

   - Obrigada, até mais tarde. - Ela curvou-se e o beijou na boca com carinho e cuidado.

   - Demi.. - Chamou a segurando gentilmente pelo braço antes que ela pudesse sair do carro. - Você.. - Ele perdeu a fala quando ela o olhou com aqueles lindos olhos marrons brilhando. - Você quer.. você aceita jantar comigo essa noite? - Ver o leve rosado espalhar-se pelas bochechas dela fez com que as bochechas dele também corassem.

   - Sim, eu aceito jantar com você essa noite. - Demi arrumou uma das mechas negras teimosas de seus cabelos atrás da orelha sorrindo assim como ele também sorria. 

   - Ótimo. - Disse corado.

   - Ótimo. - Os dois riram envergonhados e antes que Demi pudesse deixar o carro, Joe a puxou novamente pelo braço e colou a boca a dela deliciando-se daquele gosto que tanto amava. - Até mais tarde, eu amo você. - Deus! Ela era simplesmente maravilhosa! Deixara-o com um sorriso bobo nos lábios e acenara para ele sorrindo enquanto rebolava aquele bumbum maravilhoso.

(...)

Há quanto tempo ela não andara e comprara como tinha feito em praticamente toda a tarde? Demi estava exausta com todas as letras! Comprara tantas coisas.. Joe iria matá-la! Mas era por uma boa causa. Primeiro ela tinha passado na loja sex shop para comprar velas aromatizadas, e acabou comprando algumas calcinhas e sutiãs que escolheria para usar com Joe.. A loja de chocolate quase a enlouqueceu, Demi quase desmaiou de satisfação ao comer chocolate preto com morango. Ela simplesmente adorava aquilo, ou melhor, adorava tudo que envolvia chocolate. Então depois de comprar alguns chocolates para Dan e Lizzie, Demi aproveitou para escolher o presente de aniversário de Anne, e algumas roupas para si mesma. E a pior parte simplesmente foi escolher o presente de Joe. O que ela compraria? A indecisão a matou por quase uma hora e meia, mas no final ela acabou escolhendo dois paletós que tinha certeza que Joe amaria. Se escolher o presente de Joe tinha sido complicado, Demi choramingou ao entrar no spa. A depiladora já a esperava.. Tudo bem, ela tinha pensado em meio a cada grito e choramingo enquanto o serviço era feito que Joe a recompensaria com tantos beijos e carinhos.. Era por uma boa causa, não seria nada interessante quando eles fossem fazer amor Joe encontrar uma floresta entre as pernas dela.. Mas a cera doía muito! Depois da sessão de depilação, lê-se sessão de tortura, Demi relaxou enquanto tomava milk shake de morango pensando no seu bebê. O sorriso não saia de seus lábios, ela teria outro menininho para proteger e mimar. Pensar no seu bebê a ajudou a relaxar cada vez mais, até que o cansaço foi embora e restou apenas um sorriso feliz enquanto ela comprava mais algumas coisas e caminhava serenamente como se não tivesse pressa. Quando era mais tarde ela partiu para casa feliz e cansada, admirara a beleza da Califórnia incansavelmente duramente todo o percurso que o taxista fizera até deixá-la em casa.

Demi sorriu enquanto repousava as sacolas na mesa da cozinha, colocara os chocolates e os morangos que tinha comprado na geladeira. Era tão bom estar em casa depois de tanto tempo longe, cada cantinho daquele lugar guardava uma lembrança que a fazia se sentir tão amada. Ali ela poderia ser realmente quem ela. Pensando nas crianças e Joe, Demi preparou a massa de bolo e o colocou para assar, era o tempo suficiente para que ela fizesse uma breve limpeza em seu quarto e trocasse as roupas de cama.

   - Não sobe na cama menino. - Buffy acabara de assustá-la batendo a pata na porta e entrando no quarto. - O que foi com você meu amor? - Perguntou acariciando atrás das orelhas dele. Buffy a olhava com aquele olhar pidão e apoiara as patinhas em suas pernas. - Você está com fome? - Demi riu quando os olhos dele brilharam e o rabinho começou a ir da esquerda para a direita tão rápido. - Ei meu menino, a mamãe vai te dar comida. - Ela o amava tanto! Ainda se lembrava como se fosse ontem do dia que o levou para casa. Daniel iria completar um ano, Demi queria presenteá-lo com um presente especial que ele jamais se esqueceria. Então a ideia de adotar um filhotinho para o filho foi o melhor que ela tinha pensado, voara para Nashville junto com Nick e escolheu o único filhote branco de Elvis. E lá estava ele depois de anos, Buffy havia crescido com Dan e era como um filho para Demi.

Dito e certo, Buffy estava faminto! Demi sentiu-se tão culpada ao vê-lo comer a ração vorazmente assim como os filhotes. Não era para menos, eles tinham comido na hora do café da manhã e já era tarde. Enquanto enchia as tigelas de leite, Demi escutou o forno apitando e correu para a cozinha para desligá-lo. Eram tantas coisas a serem feitas que às vezes ela pensara no porquê de não contratar uma empregada doméstica, mas dai se lembrara que das vezes que ela contratara sempre surgiam problemas e mais problemas. O que ela iria fazer com aquele quarto? Demi levou a mão à cintura observando todo o quarto escorada ao batente da porta. As pétalas vermelhas das rosas combinavam com o lençol vermelho de seda, a luz baixa e amarela das velas criaria o clima perfeito.. O chocolate e os morangos, Deus! Aquilo seria tão intenso, Demi apertou uma coxa contra a outra imaginando a boca quente dele em seu pescoço a beijando como se não tivesse pressa, as mãos grandes dele a tocando com vontade e carinho. Os dedos cumpridos lambuzando chocolate em seus mamilos.. Não pense, não pense. Disse a si mesma. Só de imaginar ela poderia chegar ao ápice de tão excitada que estava. Demi o queria tanto, aquele desejo era tão selvagem e enlouquecedor e também um desafio para ela e Joe, que em todas as suas tentativas de fazer amor não conseguiram nem começar.. As coisas mais estranhas os atrapalhavam, e a frustração era tão grande que ambos desistiam e fingiam que nada tinha acontecido.. Mas naquela noite tudo mudaria, Demi só tinha que conseguir arrumar o quarto como pretendia e a noite seria deles, sem nada para interrompê-los. As crianças dormiriam na casa de Denise e os cachorros na garagem, ou seja, nenhum fenômeno natural ou sobrenatural os atrapalharia. O lençol já estava na cama e a colcha cor de avelã o escondia, as velas estavam no closet assim como as pétalas de rosa. O chocolate já estava na geladeira junto com os morangos, ela só teria que ser muito rápida para quando eles chegassem do restaurante tudo desse certo. Como o lençol já estava trocado e o quarto limpo, Demi estudou um lugar estratégico onde poderia deixar as velas e as pétalas de rosas onde Joe não poderia encontrá-los.

   - Demi? - A voz dele fez o seu coração bater mais rápido. Conforme os passos firmes se aproximavam, Demi arrumava os cabelos e estudara o rosto para saber se tudo estava em perfeita ordem. - Dem? - Quando ela o viu adentrar o quarto a procurando com os olhos, os lábios curvaram-se num sorriso que ela mal podia disfarçá-lo. Ela o via há praticamente dezesseis anos vestido daquele jeito: o paletó perfeitamente dobrado descansava no antebraço direito dele, a camisa branca tinha os punhos desabotoados e levados até a dobra do braço e como sempre os três botões estavam desabotoados e a gravata frouxa; e mesmo assim aquela cena não deixara de ser uma das mais sexy que ela já vira em toda a sua vida.

   - Oi. - A timidez a invadiu brutalmente.. Aquilo era tão incrível.. Demi adorava sentir-se atraída por ele; O seu corpo o reconhecia como a sua outra metade. - Chegou cedo. - Comentou ainda tão tímida. 

   - Já são quase quatro da tarde, ainda passei para cortar o cabelo e fazer a barba. - A cabeleira negra ainda era aquela bagunça sexy, porém mais curta nas laterais da cabeça, não o suficiente para desabrigar os seus dedos quando ela os envolvessem nas mechas da nuca, e em cima ainda maior e arrepiado. - Chegou há muito tempo? - Perguntou dando passos suficientes para que ele estivesse em frente a ela e pudesse tocá-la assim como fez numa carícia sem segundas intenções no braço esquerdo.

   - Acho que quase uma hora. - Mesmo afetada pela beleza dele, Demi envolveu-lhe o pescoço com os braços quando ele a puxou gentilmente pela cintura.

   - Como foi lá no shopping? - Perguntou depois de roçar os lábios aos dela carinhosamente.

   - Humm.. No shopping? - Demi roçou os lábios demoradamente adorando o sabor de canela mais algo que pertencia somente a Joe enquanto sentia o corpo ser dele roçando o dela emanando calor a deixando cada vez mais louca para tê-lo. - Foi ó..timo. - Tombara a cabeça para o lado para dar a ele toda a liberdade para depositar beijos quentes e demorados por toda a extensão de seu pescoço. - Eu só.. hum.. estourei o limite do seu cart...ão. - Ele apertou o bumbum dela a fazendo arregalar os olhos e o sorriso não tinha nada de inocente.

   - Não tem problema, nós damos um jeito. - Sussurrou dando um passo junto com ela em direção a parede. A essa altura do campeonato Demi já estava a um passo de ceder.. Não poderia aguentar mais, queria-o tanto. - Deus! Você é tão linda. - Os olhos dele examinaram o rosto dela com admiração, uma mão ainda estava sobre o bumbum dela e a outro corria suavemente pela bochecha esquerda, rodeava os lábios delicados com o dedão e por último acariciou-lhe o queixo. - Tão linda minha pequena. - A boca dele cobriu a dela num beijo que começara calmo e conforme o roçar de línguas, transformava-se em um beijo exigente de ambas as partes com Joe a imprensando contra a parede mal lhe dando qualquer que fosse o espaço, as mãos deles já voltaram a apertá-la ousadamente e Demi até agora tentava entender como ele tinha conseguido separar suas pernas e pôr-se entre elas pressionando o volume da calça contra o seu íntimo.

   - Joe. - Disse tentando empurrá-lo. Não daria nada certo trocar amassos com ele.. Eles acabariam na cama na hora errada. - Amor.. Vamos descer, eu preciso arrumar a cozinha. - Disse entre um beijo e outro. O pior era controlar os gemidos por conta daquele tanto de aperto e do corpo grande dele roçando contra o dela deliciosamente. - Você não está com fome? Eu fiz bolo. - Demi fechou os olhos lutando para não render-se a ele. Mas era impossível! Maldito homem gostoso! Ele tinha erguido a perna direita dela no intuito de fazê-la envolver as pernas na cintura dele. - Joseph! Cozinha agora! - Disse exasperada o assustando.

   - Mas.. mas aqui está tão bom. - Disse sem graça coçando os cabelos da nuca sem deixar de olhá-la.. ou melhor, de olhar para o pequeno decote da blusa dela.

   - Não quero saber! Você acabou de chegar do trabalho, precisa se alimentar. - Tudo ficou tão confuso quando ela enlaçou os dedos aos dele e saiu o puxando quarto a fora em direção a cozinha.

   - Mas Demi. - Ele a tocou no bumbum e Demi o olhou feio.

   - Mas nada, senta na cadeira e fica quieto. - Agora ela finalmente poderia respirar. Eles fariam amor mais tarde depois do jantar, não agora. Demi sentia que se Joe a tocasse mais uma vez, ela simplesmente envolveria as pernas na cintura dele e gritaria muito pelo resto do dia e quem até sabe pelo começo do novo dia até que não restasse um pingo sequer de força. - Vou preparar a cobertura do bolo, não vai demorar. - Espiando-o, o seu coração partiu em milhares de pedaços ao vê-lo encolhido na cadeira com o corpo curvado sobre a mesa, a cabeça estava apoiada nos braços e o olhar era aquele mesmo olhar que Buffy lhe lançara mais cedo quando tentava dizer que estava faminto.. E bem, ela ignoraria o volume na calça.

   - Hum.. Eu não quero bolo. - Disse emburrado quando ela levou uma fatia do bolo já com a cobertura para ele num pratinho.

   - Você quer sim. - Agora Joe sabia o que Dan e Lizzie passavam. A mulher o olhava como se fosse matá-lo caso ele não comesse aquela fatia de bolo.

   - Mas eu não quero. - Cala a boca e coma. Era o que o olhar de Demi dizia. E Joe o fez mesmo estando emburrado. Ah! Ela não poderia simplesmente mandá-lo parar de tocá-la e beijá-la para obrigá-lo a comer bolo. Droga! Mil vezes droga! Joe revirou os olhos e arrependeu-se quando mordeu a língua com toda a força que tinha. Oh merda! E para completar a sua situação nada agradável, Demi empinara aquela maravilha de bunda quando se curvou para pegar Lola, a única filhotinha de Buffy no colo.

   - Você quer bolo menina? - Demi acariciou o pelo de Lola toda boba com o quão linda era a sua menininha. Lola estava tão fofa, Lizzie havia colado pequeninos lacinhos cor de rosa no alto de suas orelhinhas. - Joe, dá um pedaço de bolo para Lola. - Por que ela falava com Lola de um jeito tão carinhoso e com ele daquele jeito tão... normal? A contra gosto, Joe tirou um pedacinho da sua fatia de bolo e a entregou para Demi, que ficara boba enquanto brincava com Lola e a alimentava. - Vamos para a sala bebê? Você quer ir para sala, quer? Nós podemos cochilar juntas. - Cochilar juntas! Oh diabo! Ele estava duro e ela iria cochilar com a cachorrinha. - Joseph, deixa de ser enrolado e termina logo para você buscar as crianças na escola. - Demi teve que se controlar para não gargalhar e enchê-lo de beijinhos. A cara emburrada dele ficava pior e mais fofa a cada segundo.

   - Sim querida, claro querida. - Demi não aguentou-se e riu escondendo o rosto com a almofada do sofá. Era por uma boa causa!

   - Você é uma menininha tão linda. - Demi a deitou em seu colo e enterrou os dedos no pelo cor de caramelo de Lola. - Você viu como Joe estava? Sabe, os garotos são tão diferentes de nós meninas.. É melhor você ficar longe deles.. mas às vezes é bom estar com os garotos, eles podem ser um pouquinho legais..  Bem, você é uma menina e eu não vou te contar o que eles querem fa... - Demi fingiu que nem percebeu que ele estava caminhando para o sofá perto do sofá que ela estava deitada completamente mal-humorado. - Que menina mais linda. - Do sofá onde estava, Joe cerrou os olhos ao olhá-la brincando com a cachorrinha como se ele nem existisse naquela sala. Oh droga! Porque as coisas tinham quer ser assim? Estavam sozinhos em casa, poderiam fazer amor no pouco tempo que tinham, seria maravilhoso, porém Demi o repeliu no mesmo instante que ele começou a beijá-la.

   - Agr.. - Grunhiu levantando-se do sofá. Joe a olhou, mas Demi brincava com a cachorrinha o ignorando. - Ei menina, vai brincar com os seus irmãozinhos. - Disse pegando a cachorrinha do colo de Demi.

   - Joseph! - Demi o olhou feio. - Eu estava brincando com ela! - Tivera que engolir seco quando ele deitou-se sobre ela a imprensando contra o sofá abocanhando a boca dela com a sua num beijo apaixonado. Já lá fora, Daniel corria pela estradinha de pedra do jardim rindo. Ele tinha trancado Elizabeth e Eric do lado de fora de casa, a irmã estava uma fera! Assim que o garoto viu Lola saindo pela porta da frente, acariciou-lhe o pelo e fez carinho em sua barriga.

   - Vai brinca Lolinha. - Disse carinhosamente a vendo partir em direção a garagem. Dan riu por mais alguns minutos ao se lembrar de Lizzie toda nervosa o insultando e adentrou os bolsos com as respectivas mãos. Será o que tinha para comer? Ele estava faminto! Daniel aproveitou que a porta estava aberta e adentrou a casa caminhando direto para a cozinha, onde sorriu bobo ao encontrar uma bela travessa de vidro perfeitamente envolta com papel filme protegendo o bolo que lhe dera água na boca. Chegara fechar os olhos ao sentir a massa macia contra a sua língua. Ele definitivamente adorava bolo! Ou melhor, tudo que podia comer. Cortando mais um pedaço, Dan caminhou despreocupadamente para a sala, e ao chegar lá quase engasgou com o bolo. Mais que droga! O pai acobertava todo o corpo da mãe com o seu, beijava-a na boca ferozmente enquanto sua mão repousava sobre o seio esquerdo ainda sobre a blusa e o apertava. Ele tinha a cintura envolvida pelas pernas de Demi e movimentava a pélvis contra o íntimo dela. Puta merda! Daniel escondeu-se atrás da pequena prateleira quando eles interromperam o beijo ofegando.

   - Eu quero tanto você, tanto. - Disse Joe para o alivio do menino, porém os lindos olhos verdes de Daniel continuavam arregalados espiando entre um livro e outro da prateleira a mãe ganhar um selinho nos lábios. - Dem, vamos fazer amor, por favor, eu sinto sua falta. - Mesmo sussurrando enquanto beijava o maxilar dela, Daniel não pode deixar de escutar e arregalar mais os olhos, claro, se fosse possível. Deus! Ele queria sumir dali, mas se fizesse qualquer movimento seria descoberto.

   - Joseph.. - Céus! Ele nunca a tinha visto daquele jeito.. Ela parecia tão envolvida.. um tanto excitada.. A respiração de Demi estava falha, os cabelos tão desgrenhados e os lábios levemente inchados por conta dos beijos, supôs Daniel.

   - Vamos bebê.. por favor. - Ele sussurrou mordiscando o queixo dela. - Eu estou louco para me enterrar em você bebê. - O rubor espalhou-se pelas bochechas de Dan quando os dois gemeram em meio a um beijo tão intenso.. - Por favor.. eu sinto a sua falta, quero tanto você pequena.. Essa é a oportunidade perfeita para nós conseguirmos fazer amor Dem, você só tem que dizer sim. - Mesmo sem querer Daniel observou como eles se olhavam, era como se nada existe a volta deles, tinham olhos apenas para o outro, estavam conectados pelo olhar e ofegantes. - Nós já tentamos tanto, mas nunca conseguimos. - Disse Joe acariciando o rosto de Demi.

   - Huum.. amor. - Ela tinha gemido! Ai meu Deus! Dan sentiu o bolo todo ameaçar voltar com força quando a mãe apertou as pernas envolta da cintura do pai e o beijou brevemente na boca. - Eu te amo querido. - Quando os lábios dela cobriram os dele e os corpos estavam tão colados, Daniel percebeu que eles fariam.. um.. que eles fariam amor.. Mas que droga! Agora o pai levantava a blusa da mãe lentamente. Era a oportunidade perfeita dele sumir daquela sala e correr para o banheiro para vomitar, mas antes mesmo que pudesse estar distante e seguro o suficiente da transa na sala, o grito voraz de Elizabeth fez com que todos os seus cabelos se arrepiassem. Oh sim, ele estava completamente lascado!

   - Daniel! - O grito estava tão próximo.. - Daniel, Daniel! - Lizzie gritou mais uma vez pisando duro.. E na sala, Joe separou-se bruscamente de Demi de olhos arregalados, como eles tinham chegado em casa? Merda, merda e merda! - Daniel! - Lizzie gritou já adentrando a casa com Eric ao seu lado pedindo para que ela não gritasse e ficasse calma. - Seu moleque! - Gritou novamente e Demi correu na direção de onde vinha os gritos.

   - Elizabeth! - Repreendeu-a arrumando os cabelos. - Por que você está gritando? - Perguntou repousando as mãos na cintura no típico papel de mãe brava. Ora, por um lado ela agradecia Lizzie eternamente por interromper a quase transa dela e de Joe no sofá, mas por outro lado ela estava louca para ser dele.

   - Daniel mãe! - Disse a menina exasperada. - Aquele moleque! - Gritou irritada e Demi tornou a olhá-la feio.

   - Sra. Jon.. Demi, Daniel nos trancou lá fora para pirraçar Elizabeth. - Eric teve que morder o lábio inferior para não rir ao ver Joe surgir na sala tão descabelado quanto Demi e com aquele típico maldito volume que sempre era um problema para os homens..

   - Ele trancou o portão para me pirraçar. - Disse a menina mais calma. - Só porque eu disse que estava louca para fazer xixi. - Demi revirou os olhos sem saber o que fazer com aquela rixa dos filhos. Às vezes Daniel era tão infantil.. Ele sempre estava perturbando Elizabeth de todas as formas que conseguia..

   - Daniel Henri Jonas! - Gritou e olhou feio para Joe, ele tinha a abraçado por trás e aquela coisa a cutucava no bumbum. - Daniel! - Gritou novamente e em questão de segundos o garoto apareceu um tanto corado e com um pratinho em mãos cheio de bolo.

   - Oi mamãe. - Disse forçando um pequeno e tímido sorriso para a mãe, que apenas cerrou os olhos o medindo dos pés a cabeça.

   - Peça desculpas a sua irmã. - Demi revirou os olhos e aproveitou para beliscar Joe "disfarçadamente". - Não quero que você a pirrace, estamos entendidos? - Daniel pediu desculpa para Lizzie sem nenhuma vontade. Ora, ela estava o pirraçando no carro e tinha sido o único jeito que ele conseguira para se vingar.

   - Com licença. - Depois que Lizzie sumiu pela casa, Demi convidou Eric para o café da tarde. Ela estava tão feliz por ver Joe conversar normalmente com o namorado da filha como se eles fossem amigos há anos. Eric tinha sido o seu herói e Demi era eternamente grata por ele ter sido tão esperto no dia que a encontrou submersa na banheira do seu quarto.. Se não fosse por ele... Mais tarde, depois de Eric ir para casa, Demi evitou o máximo ficar sozinha com Joe, mas ele insistia em tentar agarrá-la nos lugares mais improváveis possíveis roçando aquela ereção enorme no seu traseiro. Oh Deus! Ele estava a irritando. Já Lizzie e Daniel estavam numa harmonia duvidável, por muitas vezes Demi os flagrara cochichando ou até mesmo trocando olhares, mas como ela precisava se arrumar para o jantar, preferiu não interrogá-los até que eles dissessem tudo que escondiam.

   - Mãe? - O murmuro de Elizabeth a assustou. Ela tinha acabado de sair do banho e planejava mentalmente como iria arrumar o quarto sem que Joe descobrisse.

   - Oi meu amor. - Demi cobriu-se com a toalha um pouco corada, ela estava nua.

   - Desculpe entrar. - Disse a menina sem graça se sentando na poltrona. - Já sabe o que vai vestir? - Perguntou estudando o closet enorme com os olhos. Geralmente quando a mãe iria sair, o closet virava uma bagunça de roupas, acessórios e sapatos. As roupas de Demi eram grande parte do closet, e as de Joe não ficavam para trás, mas ele perdia para as dela por pouquíssimos números.

   - Comprei esse vestido. - Disse Demi pegando o vestido vermelho longo. - O que você acha? Não vou ficar feia nele? - Elizabeth revirou os olhos enquanto caminhava até ela.

   - Claro que não, aliás, às vezes eu penso em como você consegue ficar maravilhosamente linda em todas as roupas que veste. - Disse tomando o vestido das mãos dela para olhá-lo melhor. - Tomara que caia e fenda? É lindo, aposto que o papai vai surtar. - Demi assentiu desejando que fosse verdade o que a menina dizia. Aquela seria a noite deles, tudo teria que ser perfeito.

   - Eu vou prender o meu cabelo, o que você acha? - Lizzie assentiu depois de imaginar como ela ficaria linda com aquele vestido e com o cabelo preso. - Você pode me ajudar? - Arrumar o cabelo foi simplesmente a parte mais complicada de todas, Demi tentava o prender um coque não muito alto, um pouco folgado, mas não tanto para não parecer bagunçado. Tanto ela quanto Elizabeth tinha uma boa experiência com penteados, mas bolar um topete e coque foi quase impossível, Demi tentava arrumar de um lado e Lizzie de outro. - Foi? - Perguntou de olhos arregalados sem mexer um músculos.

   - Foi! - Elizabeth comemorou com um pulinho feliz por ter conseguido fixar a parte de trás, ora, foram cinco vezes que o cabelo havia desmoronado em cascatas negras. - Já escolheu os brincos? - Perguntou virando-se de costas para que Demi pudesse vestir sua calcinha fio dental vermelha às pressas.

   - Não, mas separe os brincos e uma gargantilha de brilhantes. - Disse enquanto terminva de se secar. - Você tem certeza de que não quer ir conosco? - Perguntou enquanto vestia o vestido arrependida por ele ser tão complicado de vestir. Eram botões e um zíper que mataria qualquer um de raiva. Oh Deus! Joe demoraria séculos para conseguir desabotoar os botões bem escondidos e como eles eram sortudos, o zíper com certeza emperraria na metade das costas dela.

   - Não quero segurar vela. - Disse rindo. - E também não rola nós quatro sairmos para jantar em um dos restaurantes mais românticos de Los Angeles na beira da praia. Seria estranho.. Você e o papai trocariam aqueles olhares apaixonados enquanto o Daniel jogaria os caroços das azeitonas em mim, e se nós pedíssemos lagosta, ele jogaria as garrinhas dela em mim. Traduzindo, nós iriamos estragar a noite de vocês. - Demi fez careta, mas riu imaginando Dan jogar as garrinhas da lagosta em Lizzie enquanto ela e Joe trocavam olhares apaixonados.

   - O seu irmão não é tão terrível a esse ponto. - Defendeu o garoto, mas sabia que para pirraçar Elizabeth, Daniel faria o possível e o impossível.

   - Não, claro, se você desse moral, ele jogaria caroços de azeito em você. - Disse emburrada e Demi riu. - Deixe-me ajudá-la. - Lizzie que era habilidosa com zíperes e botões havia franzido o cenho e demorado um pouco para abotoar todos os botões e fechar o zíper, imagina Joe..

   - Busca o celular para mim, por favor? - Perguntou Demi educadamente ao escutar o celular tocar no interior do quarto. Aproveitando que Lizzie fora buscar o celular, Demi arrumou os seios nas copas do próprio sutiã do vestido. Graças a Deus o vestido não decotado, tinha apenas um sutil e leve decote. - Quem é? Perguntou assim que Lizzie adentrou o closet tão pálida...

   - Tia Selena. - Disse a menina entregando o celular para a mãe. Demi franziu o cenho, mas quando aceitou a chamada o telefone desligou.

   - Descarregou. - Disse repousando o telefone na penteadeira. - Mais tarde eu retorno a ligação, vamos terminar a maquiagem? -  Elizabeth assentiu calada buscando a maravilhosa paleta de sombras de todas as cores. Aquilo era um sonho! - Por que você estava tão pálida? Está tudo bem? - Perguntou Demi percebendo que por mais que Lizzie estivesse empolgada com a maquiagem, ela não tinha gritado feliz como sempre fazia, a menina estava era calada, muito calada por sinal..

   - A tia Miley também ligou. - Comentou Lizzie verificando os pinceis. Droga! Como ela tinha se esquecido? Mil vezes droga! Tudo daria errado. - Nós estamos planej.. - Antes mesmo que Lizzie pudesse terminar a frase, Joe adentrou o closet junto com Daniel.

   - Querida, eu preciso de sua ajuda. - Disse ainda batalhando com o punho da camisa branca.

   - O que foi Joseph? - Demi respirou fundo preparando-se psicologicamente para descobrir o que Joe e Daniel tinham aprontado.

   - A gente estava brincando e o botão do punho da camisa simplesmente caiu. - Disse Daniel. Demi olhou de pai para filho de olhos cerrados. Ela conhecia bem as brincadeiras deles. - Foi sem querer. - Apenas assentindo ainda os olhando, Demi pediu para que Joe se aproximasse.

  - Sente-se no puff. - Joe não pode evitar sorrir de orelha a orelha ao ver como ela estava linda. Ele adorava quando ela prendia o cabelo porque ele poderia admirar o rosto dela minuciosamente. O beijo que dera na bochecha dela causara um verdadeiro incêndio no rosto de Demi, que aqueceu-se e as bochechas estavam coradinhas. - Dan, pegue, por favor, dentro da gaveta do criado-mudo o tubo de linha branca e verifique se a agulha está nele. - Quando Daniel assentiu sem deixar de olhá-los, Demi corou, pois Lizzie também fazia o mesmo e ainda sorria.

   - Qual base, mãe? - Perguntou Lizzie indecisa entre as tantas paletas de base.

   - Humm, não esconda as suas sardinhas princesa, elas são tão lindas. - Demi o olhou rapidamente mordendo o lábio inferior para não sorrir. Parecia ter borboletas em seu estômago apenas por saber que ele estava ali tão pertinho dela a olhando com tanto amor.

   - Fica quietinho. - Demi repousara a mão de Joe sobre a sua coxa coberta pelo vestido para posicionar o botão no centro de sua casa. - Obrigada. - Disse esboçando um pequeno sorriso para Dan. O silêncio reinou enquanto ela pregava o botão em meio as tantas passadas da linha e da agulha pelos buraquinhos centralizados no miolo e no tecido macio da camisa branca. - Nada de aprontar. - Disse quando terminara de pregar o botão. Joe arqueou as sobrancelhas e Demi riu enquanto arrumava a gravata borboleta em seu devido lugar e espalmara o peito dele arrumando a camisa nos ombros largos.

   - Obrigado princesa. - Joe a beijou demoradamente na testa e depois sorriu tocando delicadamente o rosto dela. - Você está tão linda. - Disse a olhando fixamente, mas não fez nada, apenas afastou o puff para observar as suas garotas.

   - Vamos usar qual sombra? - Perguntou Lizzie se aproximando da mãe com as paletas menores.

   - Vamos esfumar bebê. - Joe observou atentamente enquanto elas discutiam sobre as cores que usariam, ele não entendia muito o que elas estavam fazendo. Eram lápis, "coisas" da ponta fina e a única coisa que ele sabia o que era, era a sombra, mas acabou que Demi tinha um olhar de deixá-lo duro. Porém o que mais lhe chamou a atenção foi a cor dos olhos dela destacada em meio das cores escuras da sombra. - Rímel. - Demi controlou-se para não rir enquanto alongava os cílios, pois caso o fizesse estragaria todo o trabalho. - Por que você está rindo? - Perguntou olhando para Joe.

   - Nada! - Disse rindo e ela o bateu, mas também ria. - O que foi? Você está linda querida. - Demi mostrou língua e finalizou a maquiagem dando atenção a pele e passando um belo e matador batom vermelho que combinara com o vestido.

   - Já arrumaram as coisas que vão levar para a casa de Denise? - Perguntou a Lizzie e Dan enquanto calçava as sandálias cor de ouro que a deixava quase da altura de Joe.

   - As minhas já estão prontas, só preciso de um pedaço de bolo. - Elizabeth revirou os olhos e deu uma cotovelada no braço de Dan.

   - Tudo bem, podem me esperar lá em baixo, os três, só preciso arrumar algumas coisas. - A contra gosto eles saíram, Daniel e Elizabeth entre sussurros estranhos e Joe tentou agarrá-la, porém Demi o colocou para fora do quarto e trancou a porta. - Seja rápida. - Disse para si mesma. Primeiro ela puxou a colcha cor de avelã e a embolou jogando-a no closet. Demi traçou um caminho das pétalas de rosas da porta do quarto até a cama, posicionou as velas nos lugares mais estratégicos e que não os colocariam em perigo. - Droga! - Disse ao se lembrar do chocolate, dos morangos, do champanhe sem álcool no refrigerador escondido e de alguns aromatizantes que tinha na gavela do banheiro. Antes descer a escada praticamente correndo, Demi espalhou alguns aromatizantes perto das velas. Agora era a luta para subir a escada com um balde de gelo, duas taças de cristal, uma vasilha redonda de vidro onde ela tinha derretido o chocolate a todo custo sem que Daniel a flagrasse junto com os morangos.

   - Você demorou. - Disse Joe de cenho franzido vê-la adentrar o carro ofegando. - Está tudo bem? - Perguntou  quando Demi repousou no banco respirando fundo várias vezes.

   - Está.. - Ao menos o quarto estava arrumado como ela queria. O balde de gelo com o champanhe estava sobre o criado-mudo, as taças de cristal perto do balde de gelo, e ali naquele espaço apertadinho ainda coubera a vasilha de vidro com o chocolate. As pétalas estavam onde Demi tinha planejado assim como as velas e os aromatizantes, o quarto estava perfeito!

   - Oi mãe. - Disse Joe assim que atendeu a ligação de Denise no viva voz.

   - Joseph? Você está chegando? - Joe riu e disse que já estava a caminho. - Será que dá tempo de Demi comer um pouquinho de canjica? Eu preparei pensando nela. - Gargalhar foi inevitável ao espiar Demi de olhos arregalados. Denise havia a traumatizado com aquela história de produzir leite para que os filhos de Joe tivessem uma alimentação saudável.

   - Eu não sei mamãe, mas acho que ela quer canjica. - Demi o beliscou fazendo Lizzie e Dan rirem gostosamente.

  - Nada de canjica Joseph! - Sussurrou gesticulando mãos.

   - Demi querida? - Denise a chamou e Demi revirou os olhos quando Joe gargalhou.

   - Oi tia Dê. - Disse num murmuro. Tudo bem, Denise era como uma segunda mãe para Demi, mas quando se tratava de bebês.. - Joe está me pirraçando, eu não quero canjica. - Disse antes mesmo que Denise começasse o discurso sobre como o seu netinho precisaria do leite materno que só a sua mãe poderia oferecer a ele.

   - Você não quer? A canjica vai ajudar Demi, nós já conversamos sobre isso. - Sim, elas já tinham conversado e discutido.. - Você quem sabe, o nosso menininho vai precisar muito de você. Daniel e Bryan costumavam mamar muito, lembra? Alena e Lizzie também mamavam muito, mas os nossos meninos Jonas sempre ganham das meninas quando o assunto é mamar. - Demi ignorou o olhar malicioso de Joe pensando no que Denise disse. Realmente, os meninos Jonas costumavam mamar mais que as meninas. Tinha sido uma luta para tirar Daniel do peito e Bryan também, porém Miley tinha passado mais sufoco que ela.

   - Tudo bem, eu aceito, mas não hoje. - Foi impossível não rir de Denise gritando Paul para comemorar. - Vamos combinar uma consulta com a minha nutricionista, podemos ir eu, a senhora e a mamãe. - Demi havia conversado com Denise por praticamente todo o caminho, elas conversaram sobre o bebê e sobre Joe.

   - Cuida do meu irmãozinho. - Disse Daniel beijando a barriga dela carinhosamente. - Cuida da mamãe. - Joe levantou as mãos e assentiu rindo.

   - Tchau bonitão, eu te amo. - Ah! Joe adorava ser mimado por Lizzie, ela o abraçou com tanta força e o beijou na bochecha com tanto carinho. - Tchau mamãe, cuida do nosso menino. - Demi assentiu e elas trocaram um beijinho de esquimó.

   - Comportem-se, nada de bagunça. - Disse os olhando. - Pode puxar a orelha deles Denise, e não deixa Daniel dormir muito tarde. - Denise riu assentindo. Ela era mestre em puxar orelha de menino desobediente. - Mamãe ama vocês bebês. - Joe sorriu ao vê-la dar beijinhos neles e abraçá-los demoradamente.

   - Amanhã vou passar cedinho para levá-los para a escola. Amo vocês meu anjinhos. - Agora tinha sido Demi e Denise que sorriam como bobas ao ver Joe beijar Lizzie e depois Daniel. Ele não dizia que os amava com tanta frequência, mas demonstrava todo o amor que sentia pelos filhos quando estavam juntos.

   - Já sabe Demi, se esse mocinho passar dos limites pode me chamar que eu vou ter o prazer de puxar a orelha dele. - Demi riu ao ver a cara emburrada de Joe. Ora, ela não hesitaria em chamar Denise apenas para pirraçá-lo como ele sempre fazia com ela. - Feliz aniversário meu amor. - Denise curvou-se e deu um breve abraço sem jeito pela janela do carro em Joe.

   - É para se comportar mocinho. - Disse para pirraçá-lo quando Joe deu partida na carro. Estranho.. Demi observou as crianças e Denise conversarem e logo Miley se juntar a eles.. O caminho até o restaurante foi tão silencioso e cheio de olhares apaixonados. Quando Joe finalmente estacionou, ele fez questão de abrir a porta do carro para ela e depositar um beijinho nas costas de sua mão.

   - Senhora. - Disse educadamente enlaçando os dedos aos dela para ajudá-la a se levantar. - Permita-me dizer que está fabulosa. - Demi sorriu de orelha a orelha enlaçando o braço ao dele para caminharem lado a lado. Realmente, Lizzie tinha toda a razão quando disse que não seria interessante se aquele jantar fosse em família. Conforme caminhava pelo chão impecável que a refletia, Demi descobria que o lugar era mais romântico e reservado que ela tinha imaginado. No hall havia uma mistura ousada de quadros inexpressivos e plantas tão bonitas e bem cuidadas, as mais que se destacavam entre elas eram os lindos coqueiros plantados em vasos perto das portas de vidro, e a solitária orquídea num vaso de cristal era exuberante. - Boa noite. Joseph Jonas. - Enquanto Joe conversava com o senhor todo engravatado, Demi fitava o local. Parecia que quanto mais próximo do restaurante em si, mais elegante e sofisticado aquele local era. - Vamos querida? - A voz de Joe a despertou e eles seguiram o homem engravatado. A luz de baixa potência criava aquele clima romântico e tão sexualmente carregado. A música formada da voz rouca e das notas do piano negro era sexy. Demi olhava atentamente para tudo, para as paredes à madeira, para o chão perfeitamente polido, para as mesas onde havia casais completamente alheios a sua presença, apenas trocavam olhares intensos e apaixonados. - São apenas alguns degraus. - Sussurrou Joe antes que a rápida subia de quase quinze degraus em poucos segundos a deixou ofegante, mas Demi estava sem palavras quando viu onde estava. Ainda não havia escurecido completamente, o sol tentara se esconder atrás de algumas nuvens no horizonte do oceano, porém a sua luz era tão forte que as nuvens assumiram os tons alaranjados e amarelados em seus silhuetas. Era absurdamente lindo! Demi olhou a sua volta e encontrou toda a Califórnia. Desde o mar lindo aos conjuntos de arranha-céus. - Só não é mais lindo que você. - O elogio de Joe a fez corar. Como ele poderia dizer aquilo? O lugar era incrível, o mais lindo e fascinante que ela já tinha visitado.

   - O senhor pode tirar uma foto nossa? - Perguntou sem jeito ao sujeito engravatado e tão sério que os guiava para uma das mesas em meio a aquele tanto de casal apaixonado jantando no terraço mais romântico de todos os restaurantes luxuosos que Demi conhecia. - Não vamos demorar. - Demi puxou Joe para a direção oposta atravessando tantas mesas, as vezes pedia desculpa por esbarrar nos garçons e sem querer esbarrar nas pessoas sentadas, mas ela tinha que registrar aquele momento.

   - Senhora. - O homem olhou discretamente para a mesa no outro lado do terraço e relutante aceitou o Iphone que Demi pegara do bolso de Joe.

   - Apenas uma foto. - Disse enlaçando o pescoço de Joe com os braços. - Por favor, capture o mar e o sol. - Joe repousou delicadamente as mãos na cintura de Demi, curvou-se para que a testa encostasse na dela e selou seus lábios castamente enquanto o homem engravatado guardava aquela cena junto ao por do sol. - Eu te amo. - Sussurrou o olhando nos olhos. Se os olhos de Joe já eram lindos por si só, com aquela luz divina os irradiando eram os olhos mais lindos que ela já tinha visto.

   - Eu também te amo. - Depois de roçar os lábios aos dela, Demi insistiu, com sucesso, para que a mesa que estavam fosse trocada por uma mesa ali perto da extremidade esquerda onde tiraram a foto que já circulava na internet com a legenda mais óbvia: eu te amo. - Não vou nem perguntar se você gostou. - Ele tinha a ajudado a sentar-se à cadeira que ficava de frente a sua.

   - É simplesmente incrível. - Admirar o mar junto ao sol se escondendo estava fazendo o seu coração bater mais rápido. As emoções tomavam conta de Demi. Era a ansiedade para ser dele, o sentimento de gratidão por estar ao lado dele há vinte anos, o seu bebê, a linda visão do sol indo embora e o homem magnifico que a olhava com paixão. Demi não sabia se ela merecia tanto.

   - Eu me apaixonei por esse lugar. - Comentou Joe buscando os dedos dela sobre a mesa para enlaçá-los aos seus. - Eu queria compartilhar isso com você, não só porque hoje é o meu aniversário e o dia que nós ficamos noivos. É tão lindo, quando vim aqui pela primeira vez eu me imaginei ao seu lado, mas você estava naquela cama de hospital inconsciente. - Demi apertou os dedos aos dele e levou a outra mão para cobrir as dele.

   - Obrigada por compartilhar isso comigo. - O sorriso tímido dela o conquistou ainda mais. Observar a noite cair sobre eles foi o que mais fizeram em meio aos olhares apaixonados e a conversa curta. Demi já não estava mais sentada de frente a Joe, ela havia puxado a cadeira para sentar-se ao lado dele, enlaçando o seu braço e repousando a cabeça em seu ombro enquanto observavam o céu negro.

   - Vamos pedir? - Perguntou depois de dar um selinho nos lábios dela. Tinham apenas petiscado alguns frutos marinhos. - Ou você prefere esperar mais um pouco? - Dessa vez foi ela quem o beijou.

   - Está com fome? - Joe deslizou os dedos delicadamente pelo rosto dela, tocou-lhe o lábio inferior com o dedão desejando borrar o batom vermelho com a sua boca.

   - Estou com fome de você. - Sussurrou no ouvido dela quando a beijou na bochecha. Demi ofegou ao olhá-lo, sorriu ao ver o sorriso sapeca dele e o beijou na boca.

   - Bobo. - Disse e eles riram. - Vamos fazer assim, nós podemos pedir e dançar enquanto nosso pedido é cozido. - Joe arqueou as sobrancelhas e olhou na direção onde a música tocada por três músicos dava ao ambiente um clima especial e romântico.

   - Você quer dançar pequena? - O apelido carinhoso a fez sorrir enquanto ela assentia. - Então vamos dançar meu anjo. - Joe não conseguia não beijá-la, não tocá-la.. Ela estava tão linda e naquela noite eles finalmente fariam amor, ao menos ele esperava que sim. Enquanto caminhavam de dedos enlaçados depois de pedirem, Demi podia perceber o olhar interessado das outras mulheres sobre Joe.. Whoa! Ela sabia que Joe era o sonho de qualquer mulher, mas pensar naquilo nunca tinha sido algo que a deixasse.. enciumada? Bem, ela tinha ciúmes dele, mas nunca tinha a incomodado. Demi olhou feio para algumas das mulheres que encaravam Joe e colou-se a ele. - Tudo bem minha pequenina? - Perguntou ao vê-la um pouco corada e um tanto pensativa.

   - Tudo. - Demi rodeou o pescoço de Joe com os braços e ele a cintura dela. O ritmo da música era calmo e lento, os corpos zanzavam quase que preguiçosamente, Demi quebrou a troca de olhares deles com um beijinho rápido e repousou a cabeça no ombro direito dele de olhos fechados sentindo aquele simples contato confortá-la e excitá-la. Nos últimos dias estava sendo impossível tocá-lo, pois se ela o fizesse o desejo corria por suas veias e a deixava louca. Ignorando os pensamentos de como eles fariam amor daqui a algumas horas ou quem sabe minutos, Demi abriu os olhos e franziu o cenho. Merda! Porque aquela mulher não parava de olhar para Joe? Ainda por cima sorria e bebericava o líquido que supostamente era champanhe. Demi cerrou os olhos e buscou a boca de Joe com a sua a envolvendo com fervor e logo estava com a cabeça repousada no ombro dele novamente. Droga! A mulher ainda não parava de encará-los. Demi a mediu de cima a baixo enquanto sentia o beijinho de Joe em seu pescoço arrepiá-la. A mulher era bonita! Morena e alta, vestia vestido preto que batia um pouco acima de seus joelhos e abraçava perfeitamente o seu corpo esbelto e em forma.

   - Dem, olha para mim. - O murmuro manhoso de Joe a desconcentrou e Demi desviou os olhos da morena para fitar os olhos do homem que dançava com ela. - Os seus olhos são tão lindos. - Disse admirado fitando o castanho que agora estava negro por conta da luz baixa. - Eu quero me perder neles minha menina linda. - O sorriso não saiu de seus lábios. Joe era maravilhoso!

   - Os seus também são tão lindos. - Disse admirada fitando a mistura de verde com mel que a deixava de pernas bambas. - Quero que você me abrace mais Joe. - O pedido foi atendido no mesmo instante, Demi gemeu satisfeita encostando a testa na dele. Dançaram por tantos minutos, Joe se moldava cada vez mais nela sentindo-se amado e protegido nos braços da mulher que ele amava.

   - Vamos voltar para a mesa? Eu estou faminto e quero ir para casa logo. - Demi assentiu sentindo arrepios percorrem o seu corpo só de imaginar o que eles fariam em casa.. - Está ficando muito frio aqui. - Antes mesmo que pudessem caminhar para a mesa, Joe tirou o casaco preto e o vestiu em Demi para protegê-la do frio. - Sua mão está gelada princesa. - Disse preocupado tentando aquecer as mãos dela com as suas. - Vamos jantar, depois damos um jeito de nos aquecer. - Demi enlaçou o braço ao dele tentando ficar o máximo que podia colada a Joe enquanto eles caminhavam, estava tão frio.

   - Joseph Jonas? - Demi empalideceu ao escutar a voz rouca daquela mulher no nome do seu marido.

   - Desculpa? - Joe franziu o cenho ao virar-se e encontrar a morena de pernas cruzadas e bebericando champanhe.

   - Não se lembra de mim Sr. Jonas? - Demi fez careta e encolheu-se a ele. Oh merda! A mulher havia se levantado e cono Demi supôs, ela era muito alta. 

   - Srta? - Joe forçou a memória e por um pouco ele quase não se lembraria quem era aquela mulher. - Srta. Miller? Alexia Miller? - A morena assentiu e Demi sentiu o frio cruel imundar o seu corpo quando Joe se afastou dela para cumprimentar aquela mulher.. - Como estão as coisas na editora? - Ele perguntou animadamente.

   - Estamos trabalhando muito, graças a nossa parceria. - Demi comprimiu os lábios em uma linha os analisando.

   - Isso é muito bom, estou feliz por vocês. - Joe esboçou um rápido sorriso profissional e puxou Demi para si a envolvendo com os braços para aquecê-la. - Essa é a minha esposa. - Disse com tanto prazer que Demi segurou-se para não sorrir de orelha a orelha.

   - Prazer, Demi Jonas. - Ambas trocaram um aperto de mão uma analisando a outra.

   - Alexia Miller, Sra. Jonas. - Demi forçou um sorriso não gostando nadinha de como Alexia a olhava. - Espere, Demi Lovato? - Perguntou e Joe e Demi assentiram. - Você não estava em coma? - Joe respirou fundo e assentiu. Ele não gostava de escutar e lembra de como tinha sido duro ver a sua menina inconsciente.

   - Estava.. mas graças a Deus já está tudo bem com a minha pequena, agora estamos a espera do nosso menininho. - Demi mordeu o lábio inferior para não sorrir sentindo a mão dele percorrer a sua barriga.

   - Meus parabéns! - O sorriso falso não a enganou. Demi havia visto como Alexia olhava para Joe minuciosamente como se fosse comê-lo com os olhos.

   - Vamos amor? - Antes de se afastarem depois de se despedirem de Alexia, Demi a olhou de cima a baixo assim como ela a olhava e disse silenciosamente as palavras "ele é meu" fazendo Alexia revirar os olhos. Ora, para uma mulher tentar tomar o seu homem, ela teria que ser corajosa demais.. Ninguém tocava no que pertencia a ela.

   - Finalmente, eu estou faminto. - Demi riu da animação de Joe ao ver os garçons se aproximarem com toda a elegância e delicadeza que era exigida para que pudessem trabalhar naquele local. A comida cheirava tão bem, tinham escolhido alguns pratos que já conheciam e adoravam e outros para experimentar. - Ainda com frio? - Perguntou enquanto a servia.

   - Não, está melhor, o seu casaco é quentinho. - E tinha o cheiro dele! Observá-lo sorrir e cuidar dela a encantava. Tinha sido sempre daquele jeito, mas agora algo tinha mudado. Ele havia mudado. Estava mais maduro e tão compreensivo. Joe sempre foi um homem encantador e doce desde muito jovem, porém os anos, a responsabilidade de ter uma família e o trabalho puxado o deixava tão preocupado que as vezes ele agia sem pensar. As lutas para conseguir um bom emprego e cuidar da família eram cruéis, mas no final valia a pena ver o sorriso lindo daqueles que ele tanto amava. Ainda o observando, o coração encheu-se de orgulho e amor por quem ele tinha se tornado. Do ainda menino que ela tinha conhecido e se apaixonado ao homem forte que ela não podia imaginar-se sem, o pai dos seus filhos e aquele que fazia tudo ter sentido.

   - Ainda com frio? - Perguntou novamente enquanto saíam do restaurante depois da conta paga. O jantar tinha sido incrível e maravilhoso. A maior parte do tempo estavam em silêncio, mas quando se olhavam riam ou piscavam um para o outro numa brincadeira boba. Essa era a melhor parte de ser casado com Demi, ela não era como aquelas mulheres chatas que sempre estavam sérias e procurando uma brecha para causar confusão. Demi às vezes era um pouco nervosa, mas também era boba como ele, tinha aquele espírito alegre, era brincalhona e adorava namorar com ele nos lugares mais improváveis que existiam.

   - Você está louco que eu diga que sim. - Disse esboçando o mesmo sorriso sapeca que ele tinha nos lábios. - Eu quero caminhar na praia amor. - Aquele biquinho que ela fazia era tão fofo que Joe o mordeu enquanto a abraçava calorosamente. - Sentir a areia quente cobrir os meus pés, escutar o barulho violento das onda e te beijar sobre a luz da lua. - Joe arqueou as sobrancelhas e fingiu que iria mordê-la fazendo Demi rir enquanto tentava se soltar dos braços dele.

   - O que mais você quer fazer comigo sobre a luz da lua Demetria? - O sorriso divertido dele enquanto ela sussurrava em seu ouvido o que queria fazer sobre a luz da lua a fez corar. - Vou contar para dona Denise que você está me levando para o mau caminho! - Joe riu quando ela se soltou dos braços dele e correu para descer alguns degraus da pequena escada que dava para a praia. - Ei! Demi! Não vale! - Gritou. Deus! A mulher tinha sido tão rápida que quando ele terminou de descer os degraus ela já tinha tirado as sandálias de salto alto e corria livre o deixando encantado. Algumas mechas do coque caiam pelo pescoço dela, o vestido abraçava todo o corpo de Demi marcando as curvas perfeitas. E ela era tão pequena em comparação a ele, que em alguns passos da sua breve corrida Joe a abraçou por trás a fazendo rir. - Te peguei! - Ele gritou a beijando na bochecha.

   - Você ainda está de sapatos. - Comentou rindo ao ver os sapatos negros brilhantes em contado com a areia.

   - Sim, eu estou. - A caminhada tranquila pela praia trazia uma paz inigualável, era como se todos os problemas tivessem sumido e tudo que existia era apenas eles. - Você ainda está com frio Demi? - Perguntou quando pararam de caminhar para fitar o mar e a lua brilhante no céu.

   - Só um pouquinho. - Ora, ela estava com frio e molhava os pés com o resto das ondas que chegavam até eles. Joe a observou admirado segurar a saia do vestido e correr molhando os pés.

   - Pensei que estivesse com frio. - Quando deu por si ele já estava descalço, com as calças encolhidas nas suas panturrilhas e corria atrás dela. - Meu Deus! Está congelando. - Murmurou a fazendo rir.

   - Pensei que você fosse me aquecer. - Gritou Demi e Joe só entendeu o que ela havia dito porque ele estava próximo demais, caso contrário o barulho violento do mar não permitiria que ele a puxasse para si e a beijasse na boca com fervor enquanto a água fria cobria os seus pés e o mar traiçoeiro os puxava para um nível mais baixo.

   - Eu vou te aquecer. - Joe a olhou nos olhos e logo a tinha nos seus braços caminhando contra o mar. Ele tinha perdido uma das meias e não fazia ideia de como tinham conseguido pegar os sapatos da areia com Demi nos braços, mas uma vez que os pegara, Joe caminhou em passos largos com ela nos braços para o carro com o membro pulsando em sua calça. - Oh meu Deus. - Gemeu assim que a colocara no banco do carona e Demi o puxou pelo colarinho da camisa para beijá-lo. Mas eles estavam no estacionamento, não poderiam começar, ou poderiam, mas não terminariam. Foi quase impossível parar, mas o barulho do motor de carro se aproximando os assustou. Automaticamente a mão pequena sobre o seu volume o apertando e a mão que puxava os cabelos de sua nuca sumiram, uma das dele deixou o seio dela e as bocas se separaram. Que loucura! Joe estava dentro e fora do carro ao mesmo tempo enquanto ela estava deitada de mau jeito no banco do motorista e do carona.

   - Gostoso! - O tapa na bunda que Demi lhe dera o fez gemer e corar ao mesmo tempo, pois um dos seguranças que tomavam conta do estacionamento acabara de arquear as sobrancelhas para ele. Que vergonha! Joe nada disse, estava tão envergonhado que adentrou o carro e Demi gargalhou ao vê-lo. - Ei, vamos para casa meu amor. - Disse quando o riso finalmente cessou.

   - Se sair no jornal que eu fui flagrado te traindo no estacionamento de um restaurante levando um tapa na bunda a culpa vai ser sua. - Demi fez careta, mas tornou a gargalhar tombando a cabeça para trás. Ela não resistia! A bunda dele era ótima de apertar.

   - Não seja dramático. - Disse tentando não rir. - Vamos bebê, eu te amo. - Demi beijou a bochecha dele e encostou mesmo sem jeito a cabeça em seu ombro e instantaneamente Joe relaxou concentrado no trânsito.

   - Eu também te amo. - E assim seguiram caminho, sempre com os olhares apaixonado e as breves conversas que morriam no sinal vermelho para que eles pudessem se beijar. Conforme se aproximavam de casa, a cabeça de Demi virava uma confusão. O que ela faria primeiro? Vendaria-o e pediria para que ele esperasse alguns minutinhos enquanto ela preparava tudo. Tudo o que? Acenderia as velas ou os aromatizantes primeiro? Não, droga, ela teria que acender a luz do quarto para depois acender as velas e depois os aromatizantes.. Ai! A bagunça a deixou tonta, a rua conhecida a deixou ansiosa e o homem ao seu lado a deixou nervosa. Seria a primeira vez deles em três meses! Significava muito mais que matar um desejo. Mas por que o seu corpo não a obedecia? Ela estava toda dura e desconfiada enquanto Joe estacionava na garagem. O que fazer? O que fazer?

   - Então? - Murmurou nervosa quando o carro já descansava. Ele estava calado! Aquilo não era bom, nunca era bom.. E piorou quando a luz do interior do carro foi acesa e aqueles olhos hipnotizantes a fitaram. Respira! Respira! Respira! A mente de Demi gritava, xingava e pedia, pelo amor de Cristo, que ela reagisse. Respira! E aos poucos ela retomou o controle de si mesma respirando fundo e umedecendo os lábios sem ousar em desviar o olhar dele. Pensar em como eles tinham se divertido naquela noite foi como um calmamente, Demi relaxou os ombros, mordeu o lábio inferior enquanto se livrara do cinto de segurança para que pudesse se aproximar com o seu jeitinho tímido de menina. Ela sabia que era por isso que Joe esperava, até porque ele não era de fazer cerimônias, colava logo a boca a dela e a apertava um seio daquele jeito selvagem que ele sempre fazia. Ele queria que ela começasse. Respiraria fundo mais uma vez, e o fez. Tocou o rosto dele com a ponta dos dedos e ele fechou os olhos. Enlaçou os dedos da sua mão esquerda aos dedos da mão direita dele, curvou-se e com muito carinho o beijou nas bochechas, esfregou o nariz ao dele num beijinho de esquimó, beijou-lhe a testa, depositou leves beijos um atrás do outro em seu pescoço e só depois de vê-lo com algumas marcas vermelhas que formavam os seus lábios na pele morena, Demi o beijou. Beijou-o na boca. Devagar e leve quase num beijo inocente, mas os olhares carregados do sentimento que os movia, o amor, acendeu a chama da paixão. Os corações batiam mais rápido e um podia escutar o do outro. Joe ajeitou-se no banco para que pudessem ficar cara a cara, peito a peito e deixou que ela continuasse com aquele jeito especial de dar amor a ele. Foi tão fofo e quente como ela o beijou na boca e sem cerimônias invadiu a boca dele com a língua enquanto a sua mão apalpava os seus cabelos da nuca no mesmo ritmo que a língua dela brincava com a sua. Lentamente.

Eram tantos beijos quem revelavam como um precisava do outro, como se amavam e se desejavam. Mas infelizmente e felizmente ainda precisavam de ar. E quando cessaram os beijos, encostaram as testas e sorriram como bobos trocando carinhos. Aquele clima estava tão perfeito, Demi podia sentir o coração saltitar de alegria só por estar pertinho do dele.

   - Eu tenho uma surpresa para você. - Disse sorrindo sem conseguir desviar o olhar dele.

   - Eu adoro surpresa. - O jeito que ele pressionou os lábios nos dela a fez sorrir mais ainda. Como não amá-lo?

   - Você vai precisar de.. Hum.. - Murmurou enquanto buscava a venda preta dentro de sua bolsa de mão. - Tudo bem se eu te vendar? - Joe assentiu sorrindo. Então era por isso que ela estava tão nervosa. - Prometo que não vou deixar você esbarrar em nada. - Ele tornou a assentir rindo e quando viu que ela abriria a porta do carro, correu para fazê-lo. - Obrigada querido. - Joe ganhou um selinho por ajudá-la a descer do carro. - Está pronto? - Perguntou sorrindo nervosa. Ela teria que ser rápida.

   - Pronto. - Aos poucos tudo ficava escuro conforme Demi o vendava, nenhum raio de luz era possível enxergar, mas ele confiava nela. - Eu sou péssimo com essas coisas Dem, não me deixe cair. - Abraçando-o de lado, Demi o auxilou durante todo o caminho até a porta principal, ela destrancou a troca de vidro e o ajudou a adentrar a casa. Céus! Estava tudo tão escuro, tão escuro! O que tinha acontecido com a luz do corredor que tinha ficado acesa? Não teria como enxergar naquele escuro. Franzindo o cenho, Demi buscou o celular de Joe, já que o seu estava descarregado para iluminar o caminho para procurar o interruptor da luz, mas antes mesmo que ela pudesse achá-lo, as luzes se acenderam e ela quase morreu do coração.

   - Surpresa! - Que merda era aquela?

Continua.. Oii! Demorou, mas saiu. Espero que vocês gostem desse capítulo e que não me matem por ele ser absurdamente grande e não ter hot. Está mais perto que vocês pensam.. Não fiquem chateadas ok? Eu gostei do que fiz nesse capítulo, o Joe e a Demi ficaram juntos e se divertiram como não se divertiam há tempos. Lembrem-se que o importante não é só o hot ;-) Beijos, vou tentar escrever o próximo capítulo e postá-lo ainda essa semana. 

16.2.15

Capítulo 51 - Parte 1/2

Manhoso. Era o suficiente para defini-lo.. Não.. Tarado também se encaixara assim como carente e muito, mais muito mesmo manhoso e tarado. Dormir no calor era praticamente impossível. Demi não sabia ao certo se realmente estava tão quente na Califórnia ou eram os seus hormônios enfurecidos.. Bem, a previsão de tempo para a Califórnia não era baixa e nem alta.. Então a segunda opção era válida. Ela estava a um passo de enlouquecer, e ele não ajudava. Oh não! Bem pelo contrário. A lua já deveria estar dando lugar ao sol. A típica umidade da madrugada estava indo embora e os pássaros começavam timidamente com o seu canto. E ele estava lá. A perna pesada e quente entre as dela. O cotovelo roçando a sua cintura e a mão moldada sobre o seu seio. Oh sim! Ele tinha feito aquilo a noite inteirinha, Demi até ficara irritada, mas quando viu que ele estava dormindo e envolvendo o seu seio com a mão desistiu de dar uma bela bronca nele e tentou dormir. Tentar dormir. Tinha sido o que ela tinha feito praticamente durante toda a noite. A perna de Joe era pesada, a mão dele não a apertava no seio, mas o braço forte também era pesado e a incomodava. E o castigo, sim, só poderia ser castigo! Ele dormia apenas de cueca samba canção e a ereção roçava o traseiro dela fazendo com que os malditos e impiedosos hormônios a deixasse encharcada e louca para acordá-lo e fazer muito barulho.. Mas ela não poderia fazer.. Tinha prometido a si mesma que não iria fazer amor com ele durante aqueles dias que se passaram. Fazia parte da sua surpresa de aniversário. O dia quinze de agosto finalmente tinha chegado e Demi não acreditava que era aniversário dele. O tempo tinha passado tão rápido.. Ela ainda se lembrara de estar em seus braços  há vinte anos no aniversário de vinte anos dele. E agora ele completara quarenta.

Libertando-se do braço dele, aos poucos Demi se afastou e levantou-se sem deixar de olhá-lo. Ele estava tão lindo dormindo tranquilamente. Os cabelos bagunçados, o tronco forte nu e agora ele tinha envolvido o travesseiro dela com os braços já sentindo a falta de abraçá-la. Demi riu de como ele era manhoso e carente e correu para o banheiro para higienizar-se e fazer muito, mais muito mesmo xixi. Tinham sido os três dias mais difíceis de toda a gestação e mais um motivo para ela não tentar fazer amor com ele. Os enjoos a deixara sufocada e ela vomitara tanto que tinha até receio de comer e estar perto de tudo que tinha o cheiro inebriante demais. No dia passado até o gosto da pasta de dente a deixara enjoada, era tão frustante.. Pois ela queria ao menos poder trocar beijos e carinhos com Joe, mas além dos enjoos, o sono também estava tomando grande parte do seu tempo.. Mas naquele dia ela teria que tentar superar todos aqueles enjoos e sonolências para colocar o seu plano em prática. Iria agir normalmente, talvez desejaria feliz aniversário a Joe, passaria o dia como se fosse um dia qualquer, mas no final da noite o levaria para o quarto, que ainda iria arrumar, e eles fariam amor até o dia amanhecer, claro, se ela não dormisse. Seria o presente perfeito. 

Balançando os pés e cantarolando, Demi sentiu-se a pessoa mais aliviada de todo o universo... Espreguiçou-se e caminhou para o box para tomar um banho frio, ajudaria a despertar.. O frio da madrugada ainda dominava o ambiente, a tremedeira começou assim que ela se livrara do pijama de algodão. Ficando na ponta dos pés e com a ajuda do pente de pentear cabelo, Demi trocou a temperatura do chuveiro do morno para o frio e assim que o ligara e molhara o corpo... Oh Deus! Ela gritou e desviou o corpo da água gelada. Diabos! Ela não tomaria banho frio nem se alguém a pagasse! Resmungando palavrões, Demi trocou a temperatura do chuveiro para o morno e deliciou-se de um banho maravilhoso por algum tempo enquanto conversava com o seu bebezinho. A ansiedade para tê-lo em seus braços era tanta, Demi contava os dias para tê-lo. Queria saber quem ele se pareceria mais, se dessa vez os seus traços vingariam já que tanto Daniel como Elizabeth herdaram a fisionomia da família de Joe. E se fosse uma menina? Ou um menino? Aquela questão definitivamente não importava, ela queria que o seu pequenino tivesse muita saúde independente de ser uma menina ou um menino.

   - Amor? - Chamou assim que saiu do banheiro enrolada na toalha branca. Joe continuara a dormir abraçado ao travesseiro dela. Ele perderia a hora e chegaria atrasado no trabalho. 

O suéter verde mais parecia um vestido em seu corpo, era confortável e tinha o cheiro dele que ela tanto adorava. Prendendo os cabelos num coque casual, Demi vestiu shorts confortáveis que ficavam escondidos por conta do tamanho do suéter de Joe, calçou as sandálias e levou a toalha até a lavanderia. Pelo visto todos perderiam a hora, Demi revirou os olhos e subiu as escadas pacientemente, adentrou o quarto e encontrou Joe dormindo que chegara a suspirar. Foi impossível não se lembrar de Daniel quando era bebê, ele suspirava enquanto dormia como o pai!

   - Joseph, acorda. - Chamou sentando-se na beirada da cama. - Joe, acorda, você está atrasado. - Disse depois de espiar a hora no relógio. Mas ele não escutava, apenas dormia e abraçava o travesseiro dela. - Amor, acorda. - Demi sentou-se na beirada da cama e o cutucou. No dia passado ele estava tão ansioso para que o dia quinze chegasse, mas agora que finalmente tinha chegado, ele só queria dormir.

   - Dem.. - Ronronou tão manhoso a puxando para ele. - Deita comigo. - Murmurou ainda dormindo a puxando cada vez mais para ele. A princípio Demi revirou os olhos, mas não resistiu e deixou que ele a abraçasse e se aninhasse a ela repousando a cabeça um pouco abaixo dos seus seios e envolvendo o braço esquerdo em sua cintura.

   - Joe? - Chamou deslizando a mão carinhosamente pelo braço nu dele, mas a resposta não veio, apenas o suspiro pesado que indicava que ele estava dormindo. Como um homem poderia ser tão absurdamente lindo como ele era? O pequeno sorriso não saiu do seu rosto enquanto ela o observava dormir serenamente agarrado a ela. - Joseph, acorda. - Sussurrou no ouvido dele e o beijou atrás da orelha. - Joe, acorda amor. - Ela arrastou os beijos para o maxilar e os desceu pelo pescoço para mordiscar o ombro largo o fazendo gemer. - Acorda bebê. - Demi se sentiu como a mulher mais privilegiada de todo o mundo quando ele abriu preguiçosamente os olhos e levantou a cabeça para olhá-la. Eram tão lindos! Tão lindos! A cor de mel misturada ao verde era tão sexy. - Bom dia. - Deslizando a mão pelo rosto dele, Demi curvou-se e depositou um selinho rápido em seus lábios.

   - Bom dia princesa. - O apelido carinhoso fez com que um sorriso apaixonado se instalasse nos lábios de Demi e ela quase derreteu quando ele beijou a bochecha dela e depois a abraçou. - Ei, como está o filhotinho do papai? - Quando a mão grande e masculina deslizou por debaixo do suéter acariciando a sua barriga, Demi sentiu aquele calor fascinante envolvê-la por completa. - Promete para o papai que hoje você não vai dar trabalho para a mamãe? Nós temos que cuidar da nossa menina. Eu tenho certeza que você vai se apaixonar por ela. Ela é tão linda, a mais linda que eu já vi. Me ajuda a cuidar dela? - O beijinho carinhoso em sua barriga a fez sorrir de orelha a orelha. Como ele poderia ser tão fofo?

   - Fala para o seu papai bebê, que ele tem que levantar para ir trabalhar. - Demi não deixou de sorrir ao vê-lo aproximar a cabeça na barriga dela como se escutasse o que o bebê diria. - A única coisa que você vai escutar é o meu estômago roncando. - Disse rindo e Joe fez careta ao olhá-la. - Vou preparar o café da manhã. - Ah não! Ele tinha a envolvido com os braços impedindo que ela pudesse se levantar. - Joseph! - Murmurou tentando se soltar sem sucesso.

   - Demetria. - Disse a olhando intensamente. Era fugir dos braços dele ou ela cometeria uma besteira. Aquele olhar era tão intenso, tão apaixonado e carregado de desejo.

   - Café da manhã. - Demi teve que morder o lábio inferior com força para não gemer quando ele beijou o pescoço dela roçando a barba mal feita em sua pele e a boca quente lhe mordiscando. - Café da manhã Joe. - Infelizmente ela o empurrou e levantou-se mesmo sentindo as pernas trêmulas.

   - Ei, vem cá meu bebê. - Os bochechas coraram ao olhá-lo. Ele estava deitado de costas para o colchão e estava quase nu! Olhava-a com aquele olhar de cachorrinho carente e bem... O volume na cueca era assustador. - Só um abraço. - Não caía na armadilha dele! Malditos hormônios que a deixava boba! Demi caminhou até a beirada da cama e se deitou sobre ele o abraçando carinhosamente assim como ele a abraçava.

   - Eu te amo muito. - Sussurrou timidamente o beijando na bochecha. - Feliz aniversário meu amor. - O sorriso de menino dele a deixou radiante. Ele tinha pensado que ela tinha se esquecido! - Eu prometo que vou te fazer o homem mais feliz desse mundo. - Acariciando o rosto dela com as mãos, Joe a olhou nos olhos emocionado. Ela estava ali com ele depois de tudo dizendo que o amava e que o faria feliz.

   - Ei. - As mãos dele acariciavam o corpo dela delicadamente como se examinassem uma obra prima tendo todo o cuidado para não machucá-la e apreciá-la com toda a paixão que tinha. - Você não precisa prometer nada, você me faz tão feliz desde o dia que eu te conheci naquele cabeleireiro. - Joe a beijou na testa e sorriu ao olhar para a sua menina. - Você era tão menina, tão pequena meu bebê, mas nós aprendemos a nos amar da forma mais verdadeira e pura. Nós construímos a nossa família juntos. - A mão dele acariciou a sua barriga e Demi corou sorrindo, aproximou-se e o beijou brevemente na boca.

   - Eu te amo bebê. - Disse distribuindo beijinhos pelo rosto dele. - Agora vai tomar o seu banho e se arrumar que eu vou preparar o café da manhã. - Joe gemeu quando ela se afastou o deixando sozinho na cama.

   - Dem.. - Choramingou a olhando com cara de cachorrinho.

   - Nada disso, você está atrasado. - Arqueando as sobrancelhas, Demi apontou na direção do banheiro e preguiçosamente Joe se levantou e caminhou emburrado.

Demi tentou preparar tudo que Joe adorava comer no café da manhã o mais rápido possível para que ele não chegasse mais atrasado do que já estava no trabalho, porém não deu muito certo. Aquela cena só acontecia uma vez no ano, era tão fofo e emocionante. Todo ano Lizzie escrevia uma cartinha para o pai e sentava-se no colo dele enquanto ele lia a cartinha derramando tantas lágrimas. Joe era tão mimado pela filha e também a mimava. Era simplesmente fofo vê-los juntos. Já Daniel preferiu dar um sutil abraço no pai e desejar suas felicitações pessoalmente deixando Lizzie e Demi curiosas. E Joe, mais uma vez chorou. Ele era tão fofo. Quem o via todo arrumado não imaginava que quando se tratava da família ele era pior que uma garotinha. Quando eles finalmente terminaram o café da manhã Demi recebeu abraços carinhosos e Joe roubou um beijo de deixá-la de pernas bambas. Mais tarde, aproveitando que estava sozinha e que ainda era manhã, Demi organizou tudo que precisaria numa lista e o sono a venceu, pois ainda era cedo e a consulta seria no horário de almoço.

(...)

Pelo incrível que pareça, aquela era a primeira vez na vida que andar com sapatos de salto alto a deixara assustada. Céus! Ela tinha perdido o jeito de andar com aquilo, pensara que iria cair a qualquer segundo. Mas aquele pequeno detalhe não a deixava nenhum pouco deselegante. Demi estava tão linda vestida com calças jeans escuras, a blusa folgadinha branca disfarçava a barriga e combinara perfeitamente com o blazer rosa choque. Os cabelos negros estavam tão bem cuidados, demorara tanto tempo para arrumá-los como ela realmente queria, porém agora estava perfeito. Caminhando sobre os olhares curiosos dos clientes do restaurante, Demi guardou os óculos de sol na bolsa e sorriu ao ver Daniel acenando para ela.


   - Boa tarde. - Disse educadamente esboçando um sorriso enquanto se sentava entre Daniel e Elizabeth ficando de frente a Joe.



   - Boa tarde. - Disse Elizabeth sorridente e tão admirada. Ela tinha a mãe mais linda de todo o mundo. - Como foi a sua manhã? - Demi sorriu envergonhada com o olhar de Joe e detalhou a sua manhã para a menina, que não deixou de rir quando ela contou sobre a batalha para conseguir arrumar o cabelo.



   - Você está linda. - Daniel a elogiou. - Ela é a mulher mais linda desse restaurante, você não acha pai? - Daniel observou o sorriso do pai enquanto ele assentia e como a mãe tinha ficado corada. - Melhor, a mulher mais bonita desse mundo. - Disse a beijando na bochecha.



   - Muito linda. - Joe piscou para Demi e ela ficou semelhante a um pimentão fazendo Lizzie e Dan gargalharem.



   - Ainda bem que eu puxei a mamãe. - Disse Elizabeth jogando beijos para o irmão.



   - Ei. - Joe a olhou feio e Lizzie deu de ombros. Ela era realmente a cópia perfeita da mãe. - Você tem os meus olhos. - Disse emburrado e Lizzie assentiu curvando-se para beijá-lo na bochecha.



   - Eu sei papai. - Disse fitando os olhos dele. - Nós já podemos pedir? Eu estou faminta. - Daniel assentiu concordando com a irmã. Ele estava faminto, passara a manhã estudando e praticando muitos exercícios que o deixava exausto. Depois de pedirem e almoçarem, eles finalmente estavam a caminho do hospital para consultar o sexo do bebê. Elizabeth não parava quieta, toda hora perguntava sobre o bebê e se ele era menina ou menino. Daniel arriscou alguns palpites, mas ainda sim estava indeciso. E bem, Joe estava mais ansioso que todos daquele carro, acariciava a barriga de Demi nos sinais vermelhos e até mesmo quando estava dirigindo, conversava com o bebê e a cada cinco segundos perguntava para si mesmo se seria um menino ou uma menina.



   - Ansiosa? - Perguntou Daniel andando ao lado de Demi e ela sorriu tendo que olhar para cima para poder fitar os olhos dele. Seu menino estava tão grande e tão lindo.



   - Estou. - Disse o abraçando de lado para que eles pudessem caminhar juntos. - Eu juro que vou bater no seu pai e na sua irmã. - Dan riu ao olhar para trás e encontrar Joe e Lizzie numa discussão seríssima sobre o sexo do bebê. Eles faziam apostas e já planejavam o enxoval.



   - Por mim tudo bem. - Disse rindo. Ele adoraria ver a irmã levar umas boas broncas e quem sabe alguns tapas da mãe, já que era ele sempre quem levava broncas e tapas e era motivo de zoação para a irmã. Seria a vingança perfeita. - Já pensou em um nome? - Perguntou. Por mais que tinha arriscado se o bebê seria menino ou menina, Dan não tinha preferência, queria apenas que o seu irmãozinho ou irmãzinha tivesse muita saúde e que gostasse de brincar com ele mesmo que a diferença de idade entre eles fosse grande.



   - Eu ainda não pensei em nenhum nome, acho que nós podemos fazer isso juntos. - Daniel devolveu o sorriso da mãe tão feliz por estar tudo certo entre eles. Brigar com ela de novo era a última coisa que ele queria na face da terra, ela era o seu porto seguro e sem ela nada acontecia. Não iria negar que ele tinha sido muito machucado por ela assim como também sabia que tinha a machucado muito, mas eles tinham se resolvido da melhor forma possível um dando uma nova chance para o outro.



   - Demetria Jonas. - Disse Joe assim que se aproximou do balcão da recepção do hospital interrompendo o funcionário que já iria trocar o Jonas pelo Lovato. Demi engoliu seco e o olhou apenas por segurança. Não seria nada interessante se ele resolvesse ter uma crise de ciúmes logo agora.



   - Dra. Cristiane está a espera da Sra. Jonas. - Disse o rapaz intimidado. Joe sorriu assentindo e caminhou tranquilamente ao lado de Lizzie e Demi. Ele estava tão ansioso para descobrir o sexo do seu bebê.



   - Tudo bem? - Demi o olhou com receio e ele franziu o cenho assentindo.



   - Claro, está tudo bem? - Perguntou confuso e ela assentiu um tanto aliviada. Era coisa de sua cabeça, Joe não estava com ciúme e ela estava agradecendo a Deus mentalmente por ele não ter feito uma cena como às vezes acontecia. Chegar na sala da obstetra que cuidara de Demi foi praticamente impossível uma vez que Demi sempre parava para cumprimentar um funcionário. Primeiro foi uma das faxineiras que ela fizera amizade e logo depois uma enfermeira se juntou a elas para uma breve conversa. Virando o corredor foi a vez de Demi encontrar um dos fisioterapeutas da clínica de Marissa junto com a mesma. Foi tão engraçado ver Marissa corar a cada olhar malicioso que Demi lhe lançara.



   - Não some, eu sinto sua falta.  . - Disse Demi abraçando Marissa. Depois de abraçar Marissa, Demi seguiu caminho com um sorriso bobo só de imaginar que daqui a pouco tempo ela descobriria o sexo do seu bebê.



   - Demi! - Demi sorriu de orelha a orelha assim que foi recebida no consultório da Dra. Cristiane. Era tão bom ser querida por todos. - Você está radiante! - Cristiane a analisou sorrindo. Demi estava tão diferente e parecia saudável, as bochechas chegavam a estar mais coradas e o brilho nos olhos era incomparável. - Por favor, entrem. - Disse educadamente sem deixar de sorrir para que todos adentrassem o consultório. - Sr. Jonas. - Disse abraçando Joe brevemente. - Meu Deus! Esse menino não para de crescer? - Demi riu ao olhar para Daniel, ele realmente estava muito alto e bonito. - Já Lizzie está a cópia da mãe. - Lizzie e Demi trocaram um sorriso cúmplice.



   - Nós podemos..? - Disse Joe sem jeito e Demi riu. Ele era tão fofo quando se tratava do seus bebes, Demi tinha certeza que tinha feito a melhor escolha para o pai dos seus filhos.



   - Papai coruja? - Perguntou Cris enquanto observava Joe dar a bolsa de Demi para Daniel segurar e ajudá-la a se deitar na espécie de maca onde as mamães repousavam na posição certa para que o ultrassom pudesse ser realizado.



   - O mais coruja que existe. - Comentou Elizabeth fazendo careta e todos riram. Joe era tão pegajoso e carente.



   - Está tudo bem bebê? - Perguntou Joe analisando se tudo estava nos conformes com Demi deitada naquela maca. Demi assentiu o olhando daquele jeito meigo que só pertencia a ela. E Joe curvou-se e a beijou na testa. - Eu posso fazer isso? - Perguntou quando a médica pegou o potinho de gel.



   - Tudo bem? - Perguntou Cris olhando para Demi e ela assentiu. Joe só passaria um pouco de gel em sua barriga para ajudar o aparelho a deslizar sobre a barriga. E ele o fez com tanto cuidado. Primeiro a ajudou a tirar o blazer e depois levantou a blusa, vestiu as luvas descartáveis e deslizou o gel sobre a barriga de Demi levemente avantajada com cuidado e respeito. - Preparados? - Joe descartou as luvas e enlaçou os dedos da mão esquerda aos dedos da mão de Demi.



Não demorou muito para que o silêncio da expectativa fosse preenchido pelo som milagroso que ia e vinha do coração do pequenino ainda na barriga da mãe. A primeira lágrima rolou livremente pelo rosto de Joe e ele enlaçou os dedos aos de Demi sentindo-se exclusivamente feliz. Não tinha presente melhor que aquele. Era o seu bebê que estava crescendo com muita saúde na barriga da mulher que ele tanto amava. Rolaram mais lágrimas quando a imagem preta e branca formou-se no monitor e tudo que Joe sabia era que o as curvas que se destacavam em meio ao preto era o seu bebê. Demi não estava muito diferente de Joe, as lágrimas rolavam compulsivamente por seu rosto, os dedos enlaçados aos dele lhe passava força e o seu coração batia mais rápido. Aquele sentimento era tão especial, tão vivo e único.



   - Vocês conseguem ver aqui? - Daniel e Lizzie assentiram ansiosos e também com lágrimas rolando. - Preferem menina ou menino? - Bem, eles queriam apenas que o bebê tivesse muita saúde. - Hum.. - Joe mordeu o lábio inferior corroendo-se de ansiedade, olhou para Demi e sentiu a necessidade de selar os lábios aos dela e ele fez. - Está ansiosa Demi? - Perguntou a médica.



   - Muito ansiosa. - Disse com a voz carregada de emoção.



   - O bebê está ótimo, muito saudável e forte. - Aquelas palavras eram tudo que uma mãe queria escutar. Assim que tinha recuperado a memória logo que acordara do coma, a primeira coisa que Demi tinha pensado era na saúde do seu filho que ainda estava na sua barriga. Ela teria o prejudicado agindo como uma alcoólatra por praticamente um mês? Jamais se perdoaria se algo de ruim acontecesse a aquele pequeno inofensivo ser que Deus lhe entregou para que ela cuidasse e protegesse com a sua vida, porém tudo tinha dado certo, as suas orações e as de Joe não tinham sido em vão. - Papai, o seu menininho está aqui. - Demi sorriu de orelha a orelha quando Joe a olhou nos olhos como se ele pudesse enxergar a sua alma. O sorriso dele a confortou, ele estava tão emocionado e radiante, não parava de chorar por um minuto sequer escutando os batimentos cardíacos e tentando decifrar as partes do corpo do seu pequenino. Não tinha coisa melhor no mundo que ver aqueles que ela mais amava felizes.



Continua... Oi! Como vocês estão? Assistiram 50 tons? Eu ainda não assisti.. ainda 66'

Espero que vocês gostem do capítulo, eu demorei para escrever e postar porque estava complicado para escrever, minhas ideias para escrever fugiram.. Enfim, espero que gostem! Um bom feriado para todas, cuidem-se e comentem! Beijos