8.5.14

Mini Fic - Capítulo 18 - Maratona 3/5

Demi sabia qual era a resposta certa. Três letras. N-Ã-O. Isso era tudo o que precisava dizer e então ele iria embora. No entanto, depois de dois dias adoráveis — e uma noite maravilhosa — com Joe em Lake Tahoe, estava com muita saudade dele. Tinha saudade do sorriso dele; do aconchego; do bom humor. Ela sentia saudade até mesmo daquela sensação de perigo que pulsava dele, quase imperceptível. E agora, como o melhor presente do mundo, ele aparece bem em sua porta. Ela tentou fazê-lo ir embora sendo impertinente e imprevisível, mas ele simplesmente passou por cima de tudo sorrindo... e então a segurou nos braços enquanto ela colocava para fora a dor de velhas feridas. Foi justo contar a ele sobre David, já que ele havia lhe contado sobre Kate. O problema era que ela poderia só ter contado os fatos, sem deixar escapar o quanto tinha ficado enfurecida — e, para sua surpresa, o quanto ainda estava — com aquilo tudo. Entretanto, quando ele colocou os braços ao redor dela, foi tão firme, tão carinhoso, tão presente, que ela não conseguiu parar de falar. Da mesma forma que não conseguiu parar de fazer amor com ele em Lake Tahoe. Então, ela se perguntou quando olhou para cima e o pegou com o olhar fixo nela, como iria se controlar agora para responder?
— Sim, eu irei ver os fogos de artifício do terraço da sua casa. - Os lindos lábios dele mostraram um sorriso ainda maior. E como ela adorava quando ele sorria assim. Como se ela fosse a única coisa que importasse. Exceto Summer, ninguém nunca a tinha olhado daquela maneira e, à medida que a filha deixava, a cada dia, seus anos de bebê para trás, Demi via cada vez menos aquele tipo de olhar. Terminaram o delicioso omelete sem dizer nada mais, e ela surpreendeu-se de novo quando Joe levou o prato até a pia e o lavou.
— Posso me acostumar com esse tipo de serviço — ela disse sem pensar, o que parecia ser seu modus operandi normal quando estava perto dele. Os olhos de Joe se encheram de calor quando olhou de volta para ela. 
— Pode mesmo? - Demi pressionou os lábios e tentou não acompanhar o movimento das coxas embaixo da mesa, mesmo se sentindo muito quente e incomodada. Não havia como ele ver o que ela estava fazendo. Só que parecia que ele estava vendo tudo quando disse:
— Sabia que em alguns países já é Ano-Novo? - O som profundo da voz baixa dele era uma carícia, quase como se as mãos dele tivessem tocado a pele dela. Pior ainda, ela queria aquele beijo tanto quanto ele. E foi por isso que ela empurrou o banco e lembrou:
— É melhor eu ver se as roupas estão secas. - Ele colocou o pano de prato de volta no gancho.
— Ajudo você a dobrar. - Era tanta coisa de que tinha de escapar. Não havia nada nem remotamente sexy na lavanderia. Então, por quê? — ela se perguntava enquanto voltavam para o pequeno porão — sexo era a única coisa em que ela conseguia pensar enquanto enfiava a mão na secadora úmida para tirar as roupas? Enrubescendo diante da ideia de Joe dobrando a lingerie dela, ela procurou-a com cuidado, mas não conseguiu encontrá-la em lugar nenhum.
— Precisa de alguma ajuda aí? - Ela era capaz de ouvir a diversão na voz dele enquanto continuava com a cabeça enfiada dentro da secadora. Só Deus sabia o que aquilo estava fazendo com o seu cabelo, que era famoso por assustar criancinhas — e homens adultos — quando ficava úmido.
— Não — ela disse, com uma voz mais do que animada. — Só estou procurando uma coisa.
— Isto aqui? - Demi finalmente tirou a cabeça de dentro da secadora e viu Joe em pé atrás dela com a calcinha de renda cor-de-rosa pendurada em um dos dedos. Ao vê-lo acariciar a renda com o polegar e o indicador, ela sentiu-se escaldada por um calor ainda maior do que o que saía da porta da secadora.
— Onde a encontrou?
— Enroscada em uma toalha. — Ele apontou para a pilha que ele já tinha dobrado e colocado no cesto de roupas.
— Ah, a renda de vez em quando faz isso mesmo. - Ela sabia que estava ali em pé como uma idiota de cabelo eriçado, balbuciando alguma coisa absolutamente sem importância. Por que não podia agir normalmente quando ele estava por perto? Relaxada e centrada. Ela sabia por quê. Tudo o que ela conseguia pensar era em beijá-lo. Ou melhor, na dor e no sofrimento de ter de esperar para beijá-lo até a 00h01, para que ele pudesse cumprir a promessa que tinha feito a ela. Ela não ia aguentar até lá. Não se quisesse se manter sã, afinal.
— Estava pensando — ela disse, enquanto dobrava um dos vestidos de Summer, tentando parecer indiferente —, essa coisa toda de Ano-Novo é um pouco demais. As pessoas sempre fazem um “auê” sobre isso, mas é só mais um dia. - Ela podia sentir os olhos dele nela, apesar de ele estar dobrando outra toalha.
— E você está certo — ela continuou, no que esperava ser uma voz suave —, há muitos lugares no mundo onde já passou da meia-noite. Em Paris, por exemplo; eles já soltaram os fogos por lá. - Ela segurou a respiração enquanto esperava que ele a agarrasse, puxasse contra ele e lhe desse o beijo que ela tanto queria. Mas tudo o que ele fez foi tirar o vestido amassado de Summer das mãos dela. Sessenta segundos depois, ele tinha dobrado não só o vestido, mas todo o restante das roupas limpas. Ele cozinhava, limpava, lavava roupas... e sabia exatamente como beijá-la, onde tocá-la, como levá-la ao clímax e ainda repetir tudo antes que ela pudesse ter a chance de se recuperar da primeira onda de prazer.
— Vamos levar isso lá para cima. — Ele pegou o cesto azul, como se ela não tivesse dado nenhuma pista sobre aquele beijo que tanto queria. — E então iremos para minha casa. - Demi estava a um passo de derrubar o cesto de roupas e se jogar em cima dele. Mas uma coisa era Joe a seduzir e ela deixar que ele lhe roubasse um beijo depois da meia-noite para comemorar o Ano-Novo. Outra coisa completamente diferente era ela implorar pelos beijos dele. Ainda mais quando nada havia mudado. Ela continuava incapaz de se deixar apaixonar por ele. E, com certeza, não poderia deixar Summer se afeiçoar a ele. Amar um homem como Joe e depois o perder... Bem, ela não acreditava que algum dia pudesse se recuperar de uma coisa dessas. Independentemente de quanto a mãe dela — e todos as outras pessoas — dissessem que ela era forte. Felizmente, o terraço do prédio dele estaria cheio de outros moradores assistindo à queima de fogos; pois, apesar de saber que era melhor não ir, Demi simplesmente não estava confiante de que conseguiria ser forte quando estivesse sozinha com Joe. Eles assistiriam às luzes brilhantes no céu, se beijariam uma vez no meio da multidão e então ela voltaria para casa. Para sua cama. Sozinha, isso mesmo.

Continua... Oi! Então ai está mais um capítulo.. Amanhã acabo com a maratona e se der posto LSS, tipo, estou sem ideias.. </3 beijos, respondo os comentários no outro post. 

4 comentários:

  1. A Dems agarra ele logo, você quer ele tbm já era u.u
    Joe seu lindoooooo .. Amei cara de verdade muito tudo esse capítulo. Quero mais :)
    Continua
    Fabíola Barboza

    ResponderExcluir
  2. divaaaaaaa
    tá perfeito <3 <3 <3
    joe e demi *-*
    posta loogooo
    beijos

    ResponderExcluir
  3. A atração que eles tem um pelo outro é muito forte, basta um olhar e eles já sabem o que o outro está pensando, acho isso muito fofo.
    A Demi tem que parar de ser tão séria, ela tem que agarrar logo o Joe, afinal, não é todo dia que um bombeiro gostoso te salva!!!
    To amando a sua fic e minific.
    Beijos!!!

    ResponderExcluir