Uma coisa era fingir quando estava sozinha; outra completamente diferente era fingir na frente de Summer, especialmente quando a pergunta favorita da filha parecia ser “Quando podemos ver Joe de novo?”. Felizmente, ela sabia que ele estava ocupado com seu turno de vários dias. A cada dia que Summer pedia para ir até o quartel do Corpo de Bombeiros, Demi mantinha-se firme.
— Se ele não está trabalhando, provavelmente está dormindo. Não podemos incomodá-lo. - Summer voltava à escola quando Sophie ligou para Demi marcando um almoço. Claro que ela queria ver a amiga, mas temia que seu disfarce, que já estava muito difícil com Summer, se provasse impossível com a irmã de Joe. Por sorte, o sorriso largo de Sophie dando as boas-vindas do lado de fora do pequeno bistrô foi tudo o que Demi precisou para deixar o nervosismo passar.
— Você está linda.
— Você também. - Apesar disso, Demi desejou ter o estilo simples e sofisticado de Sophie. Em vez de usar um jeans e suéter, como todo mundo no bistrô, a amiga dela vestia uma saia longa de lã que farfalhava em volta dos tornozelos enquanto caminhavam até a mesa. Ela pensou na conversa que tiveram na casinha de jardinagem, quando Sophie estava chateada por causa de alguém. Um homem. Assim que fizeram o pedido, Sophie perguntou:
— Fez alguma coisa legal com a Summer durante o feriado de inverno? - Demi mal conseguia não arregalar os olhos, em alerta. Ela não poderia, de jeito nenhum, mentir para a amiga, mas, ao mesmo tempo, não sabia o que dizer sobre Joe à irmã dele. Não quando os sentimentos dela estavam todos enroscados em um grande nó naquele momento.
— Passamos uns dias esquiando e depois voltamos para casa e fizemos umas caminhadas, alguns projetos de artesanato e decoramos a maioria dos episódios de I-Carly na TV a cabo. E claro que ela ganhou presentes demais dos avós. E você? Por onde andou nas duas últimas semanas? - Sophie tirou um livro de dentro da bolsa.
— Acabei de juntar tudo isso. É o arquivo fechado, antes de mandarem o pedido final para a gráfica. - Demi leu o título em voz alta:
— “As melhores histórias de amor de todos os tempos: uma bibliografia comentada. Agora disponível em uma livraria local. Compilada e editada por Sophie Jonas.” — Ela sorriu para a amiga. — Isso é fantástico. Parabéns!
— Obrigada. — Sophie fez uma cara estranha. — Estou realmente feliz com o livro, apesar de achar que o título seja um pouco equivocado.
— Por quê?
— Nem todas as histórias têm um final feliz. Mas isso não é motivo para torná-las menos interessantes.
— Só mais reais — Demi acrescentou, baixinho. Sophie guardou o livro de volta na bolsa.
— Você deve sentir saudades dele. - Desta vez, Demi não conseguiu impedir que seus olhos se arregalassem. Ah, meu Deus, Sophie sabia sobre Joe! Ela abriu a boca para dizer algo, para tentar explicar a Sophie que não estava tentando magoar o irmão dela. Mas, antes que pudesse encontrar quaisquer palavras que fizessem sentido, a amiga continuou a dizer:
— Gostaria de ter conhecido seu marido. - Uma sensação de alívio tomou conta de Demi tão rapidamente que ela, de fato, desmoronou de volta sobre sua cadeira. Mas Sophie interpretou mal a reação de Demi:
— Me desculpe. Não deveria ter falado nele. Afinal, minha mãe nunca amou ninguém além do meu pai. - Demi franziu o cenho.
— Mas seu pai não faleceu quando você ainda era criança? - Sophie concordou.
— Se ele não está trabalhando, provavelmente está dormindo. Não podemos incomodá-lo. - Summer voltava à escola quando Sophie ligou para Demi marcando um almoço. Claro que ela queria ver a amiga, mas temia que seu disfarce, que já estava muito difícil com Summer, se provasse impossível com a irmã de Joe. Por sorte, o sorriso largo de Sophie dando as boas-vindas do lado de fora do pequeno bistrô foi tudo o que Demi precisou para deixar o nervosismo passar.
— Você está linda.
— Você também. - Apesar disso, Demi desejou ter o estilo simples e sofisticado de Sophie. Em vez de usar um jeans e suéter, como todo mundo no bistrô, a amiga dela vestia uma saia longa de lã que farfalhava em volta dos tornozelos enquanto caminhavam até a mesa. Ela pensou na conversa que tiveram na casinha de jardinagem, quando Sophie estava chateada por causa de alguém. Um homem. Assim que fizeram o pedido, Sophie perguntou:
— Fez alguma coisa legal com a Summer durante o feriado de inverno? - Demi mal conseguia não arregalar os olhos, em alerta. Ela não poderia, de jeito nenhum, mentir para a amiga, mas, ao mesmo tempo, não sabia o que dizer sobre Joe à irmã dele. Não quando os sentimentos dela estavam todos enroscados em um grande nó naquele momento.
— Passamos uns dias esquiando e depois voltamos para casa e fizemos umas caminhadas, alguns projetos de artesanato e decoramos a maioria dos episódios de I-Carly na TV a cabo. E claro que ela ganhou presentes demais dos avós. E você? Por onde andou nas duas últimas semanas? - Sophie tirou um livro de dentro da bolsa.
— Acabei de juntar tudo isso. É o arquivo fechado, antes de mandarem o pedido final para a gráfica. - Demi leu o título em voz alta:
— “As melhores histórias de amor de todos os tempos: uma bibliografia comentada. Agora disponível em uma livraria local. Compilada e editada por Sophie Jonas.” — Ela sorriu para a amiga. — Isso é fantástico. Parabéns!
— Obrigada. — Sophie fez uma cara estranha. — Estou realmente feliz com o livro, apesar de achar que o título seja um pouco equivocado.
— Por quê?
— Nem todas as histórias têm um final feliz. Mas isso não é motivo para torná-las menos interessantes.
— Só mais reais — Demi acrescentou, baixinho. Sophie guardou o livro de volta na bolsa.
— Você deve sentir saudades dele. - Desta vez, Demi não conseguiu impedir que seus olhos se arregalassem. Ah, meu Deus, Sophie sabia sobre Joe! Ela abriu a boca para dizer algo, para tentar explicar a Sophie que não estava tentando magoar o irmão dela. Mas, antes que pudesse encontrar quaisquer palavras que fizessem sentido, a amiga continuou a dizer:
— Gostaria de ter conhecido seu marido. - Uma sensação de alívio tomou conta de Demi tão rapidamente que ela, de fato, desmoronou de volta sobre sua cadeira. Mas Sophie interpretou mal a reação de Demi:
— Me desculpe. Não deveria ter falado nele. Afinal, minha mãe nunca amou ninguém além do meu pai. - Demi franziu o cenho.
— Mas seu pai não faleceu quando você ainda era criança? - Sophie concordou.
— Eu tinha 2 anos. - Demi fez as contas rapidamente. Mais de duas décadas. Isso era muito tempo para ficar sozinha. Tempo demais, especialmente depois que o último dos filhos de Mary Jonas tinha crescido e se mudado há pelo menos cinco anos.
— Com certeza sua mãe deve ter namorado, não?
— Ela namorou alguns homens ao longo dos anos. Alguns deles eram realmente muito legais. — Sophie deu de ombros. — Mas, honestamente, não acho que ela tenha se deixado envolver muito com qualquer um deles.
— Por que acha isso? Seu pai não iria querer que ela encontrasse o amor de novo?
— Não sei — Sophie respondeu, suavemente. — Mas pelo jeito que Nick e Smith falam dele, não acho que ele era esse tipo de homem. — A amiga olhou para ela com uma expressão tão parecida com a de Joe que Demi quase derrubou o garfo. — Acho que ela tinha medo. Medo de amar e de perder de novo.
— Mas ela parece tão corajosa com todos vocês. Até mesmo com Joe, que tem uma profissão tão perigosa. - No entanto, ao dizer isso, Demi entendeu por que Mary Jonas deixou seus filhos viverem as próprias vidas. — Eu costumava observar Summer no parquinho e rangia os dentes quando ela subia na grade de um brinquedo em direção ao topo. Ela era tão menor do que as outras crianças, mas não tinha medo nenhum. Ela ainda não tem; e todos os dias eu me preparo para o momento em que ela me disser que quer ser uma francoatiradora ou uma piloto de carro de corridas. Sophie riu com o comentário e, mesmo Demi sabendo que corria o risco de mostrar seus sentimentos por Joe, que cada dia aumentavam mais, ela precisava saber.
— Como você lida com a ideia de que Joe possa não voltar para casa um dia, depois de um incêndio? - A amiga dela pensou por um momento.
— Nick provavelmente poderia cultivar maçãs em vez de uvas. Kevin poderia pintar em vez de tirar fotografias. — Sophie balançou a cabeça. — Mas, quando éramos pequenos, nas brincadeiras de Halloween, Joe sempre queria ser bombeiro. - Demi arqueou a sobrancelha diante do comentário da amiga.
— Verdade? Todo ano? - Sophie sorriu.
— Ele é muito determinado. - Demi sentiu-se enrubescer. Ela sabia, em primeira mão, o quanto ele era determinado. E quão maravilhoso era ser a mulher que ele estava determinado a ter. Ela olhou para cima e viu Sophie lhe dando um sorrisinho de lamentação.
— E, honestamente, isso pode soar mal, mas tento me lembrar de que, estatisticamente, ele está mais propenso a morrer por atropelamento do que no trabalho. E todos nós entramos em carros sabendo do perigo, não é?
— Acho que sim. - Todos os argumentos de Sophie faziam sentido. Mesmo assim, havia uma desconexão entre o que a mente de Demi entendia e o que o coração dela acreditava. Sophie não tirou os olhos dela.
— Posso perguntar uma coisa? - Demi tentou não ficar nervosa.
— Com certeza sua mãe deve ter namorado, não?
— Ela namorou alguns homens ao longo dos anos. Alguns deles eram realmente muito legais. — Sophie deu de ombros. — Mas, honestamente, não acho que ela tenha se deixado envolver muito com qualquer um deles.
— Por que acha isso? Seu pai não iria querer que ela encontrasse o amor de novo?
— Não sei — Sophie respondeu, suavemente. — Mas pelo jeito que Nick e Smith falam dele, não acho que ele era esse tipo de homem. — A amiga olhou para ela com uma expressão tão parecida com a de Joe que Demi quase derrubou o garfo. — Acho que ela tinha medo. Medo de amar e de perder de novo.
— Mas ela parece tão corajosa com todos vocês. Até mesmo com Joe, que tem uma profissão tão perigosa. - No entanto, ao dizer isso, Demi entendeu por que Mary Jonas deixou seus filhos viverem as próprias vidas. — Eu costumava observar Summer no parquinho e rangia os dentes quando ela subia na grade de um brinquedo em direção ao topo. Ela era tão menor do que as outras crianças, mas não tinha medo nenhum. Ela ainda não tem; e todos os dias eu me preparo para o momento em que ela me disser que quer ser uma francoatiradora ou uma piloto de carro de corridas. Sophie riu com o comentário e, mesmo Demi sabendo que corria o risco de mostrar seus sentimentos por Joe, que cada dia aumentavam mais, ela precisava saber.
— Como você lida com a ideia de que Joe possa não voltar para casa um dia, depois de um incêndio? - A amiga dela pensou por um momento.
— Nick provavelmente poderia cultivar maçãs em vez de uvas. Kevin poderia pintar em vez de tirar fotografias. — Sophie balançou a cabeça. — Mas, quando éramos pequenos, nas brincadeiras de Halloween, Joe sempre queria ser bombeiro. - Demi arqueou a sobrancelha diante do comentário da amiga.
— Verdade? Todo ano? - Sophie sorriu.
— Ele é muito determinado. - Demi sentiu-se enrubescer. Ela sabia, em primeira mão, o quanto ele era determinado. E quão maravilhoso era ser a mulher que ele estava determinado a ter. Ela olhou para cima e viu Sophie lhe dando um sorrisinho de lamentação.
— E, honestamente, isso pode soar mal, mas tento me lembrar de que, estatisticamente, ele está mais propenso a morrer por atropelamento do que no trabalho. E todos nós entramos em carros sabendo do perigo, não é?
— Acho que sim. - Todos os argumentos de Sophie faziam sentido. Mesmo assim, havia uma desconexão entre o que a mente de Demi entendia e o que o coração dela acreditava. Sophie não tirou os olhos dela.
— Posso perguntar uma coisa? - Demi tentou não ficar nervosa.
— Claro.
— Você encontrou com Joe de novo? Desde a festa, quero dizer.
— Sim — ela respondeu, com honestidade. Sophie sorriu.
— Você encontrou com Joe de novo? Desde a festa, quero dizer.
— Sim — ela respondeu, com honestidade. Sophie sorriu.
— Que bom. - Demi torceu para a amiga fazer mais perguntas, para tentar descobrir os “quando” e “como”. Em vez disso, Sophie simplesmente disse:
— Quer dividir um pedaço de bolo de chocolate comigo?
— Claro que sim. - As duas mulheres sorriram uma para a outra e, assim que Sophie levantou a mão na direção do garçom, ele correu para ver o que a mulher mais linda do restaurante queria. Mesmo assim, Demi tinha a sensação de que Sophie não fazia a menor ideia de quanto os homens à sua volta prestavam atenção nela. Por alguns minutos, ela ficou pensando se deveria ficar fora da vida amorosa da amiga. Mas, desse jeito, que tipo de amiga seria? Além disso, Sophie já tinha tateado as coisas entre ela e Joe, não tinha? O bolo veio rápido e, enquanto as duas pegavam os garfos para começar a comer em lados opostos, Demi perguntou:
— Teve sorte com aquilo que fez você ir até a casinha de jardinagem duas semanas atrás? - Sophie olhou para Demi, surpresa.
— A casinha de jardinagem? — Um momento depois, as bochechas dela ficaram vermelhas e ela balançou a cabeça. — Não, não acho que a sorte em relação a esse assunto estará nas cartas algum dia. - Demi franziu o cenho.
— Você está namorando alguém? - De novo, Sophie balançou a cabeça.
— Não de verdade. Uns caras ficam ligando, mas não estou muito interessada. - Obviamente, a amiga de Demi estava se guardando para alguém. Mais uma vez, Demi sabia que a coisa mais fácil a fazer era se afastar desse assunto. Seria mais seguro falar sobre o clima ou sobre os planos para o fim de semana. Entretanto, Demi estava cansada de só ter conhecidos. Ela queria amigos de verdade, mulheres com quem pudesse chorar e rir, mulheres em quem pudesse confiar. Talvez tivesse chegado a hora de sair do limbo.
— O cara em que está interessada vale a pena, Sophie? - A amiga cobriu os olhos com a mão livre e fez um som que era uma mistura entre riso e choro. Ela olhou para Demi com olhos tão tristes a ponto de causar-lhe um nó no estômago.
— Às vezes, tenho certeza que sim, mas, outras vezes... Bem, me pergunto se estou enganando a mim mesma por não querer enxergar quem ele realmente é. - Demi ficou com o coração partido por Sophie aparentemente ter se apaixonado loucamente por um homem que não a merecesse. Enquanto empurrava o pedaço de bolo um pouco mais perto de Sophie e as duas alimentavam seus estados emocionais carentes com chocolate e carboidratos, Demi não conseguia fazer outra coisa a não ser pensar em Joe. E no fato de que ele, definitivamente, valia a pena. Summer pulava no playground enquanto esperava Demi vir buscá-la na escola.
— Está feliz por ter voltado para a escola, hein? — ela disse, bagunçando os cabelos louros da filha.
— Adivinha onde fomos passear com a escola hoje? - Demi tentou lembrar-se do que a autorização dizia quando a preencheu alguns meses antes. Mas, antes que tivesse chance de adivinhar, Summer abriu a mochila e puxou um chapéu de bombeiro de plástico.
— Ah! — Demi exclamou, com a boca subitamente seca. — Nossa, que legal.
— Joe estava lá e foi tão maravilhoso mostrando tudo. Pudemos escorregar pelo mastro que vinha dos alojamentos de cima, passamos um tempo na ambulância e sentamos nos bancos de trás do caminhão. - Durante o bate-papo até o apartamento, Summer contou a Demi as histórias do Corpo de Bombeiros. E, quando começou a cortar queijo e maçãs para o café da tarde, ela não conseguia parar de pensar em uma palavra. Destino. Ela nunca acreditou muito em coisas desse tipo; sempre acreditou que decisões sólidas e trabalho duro eram o que tinha valor. E tinham mesmo. Mas, realmente, estava chegando ao ponto em que todo o Universo parecia gritar para ela: preste atenção!
— E, mamãe, ele me perguntou se você gostava de montanhas--russas tanto quanto eu. - Demi emergiu de seus pensamentos estranhos quando percebeu o que Summer tinha acabado de dizer.
— E você disse o quê?
— Disse que sim. Que você não tinha medo de nada. - Demi abaixou a faca de corte e foi até a filha para lhe dar um abraço.
— Obrigada, meu amor. - Quando Summer a abraçou também, tão forte a ponto de seus bracinhos tremerem, ela ergueu os olhos e perguntou:
— Obrigada por quê?
— Por ser você. E por acreditar em mim quando, às vezes, eu mesma não consigo acreditar. - Alguns minutos depois, enquanto Summer tomava seu café da tarde e pintava sobre a mesa da cozinha, Demi pegou o telefone sem fio e foi até o quarto, fechando a porta. Ela forçou-se a não desligar o telefone quando a secretária eletrônica atendeu.
— Oi, Joe. É a Demi. Sei que ainda está trabalhando, mas, quando voltar para casa e tiver descansado, gostaria... — Ela teve de parar, teve de respirar, teve de se lembrar de Summer dizendo “Você não tem medo de nada”. — Gostaria de ver você de novo. Talvez pudéssemos nos encontrar para almoçar durante a semana. Logo, logo, eu espero — ela acrescentou, antes de desligar o telefone.
— Quer dividir um pedaço de bolo de chocolate comigo?
— Claro que sim. - As duas mulheres sorriram uma para a outra e, assim que Sophie levantou a mão na direção do garçom, ele correu para ver o que a mulher mais linda do restaurante queria. Mesmo assim, Demi tinha a sensação de que Sophie não fazia a menor ideia de quanto os homens à sua volta prestavam atenção nela. Por alguns minutos, ela ficou pensando se deveria ficar fora da vida amorosa da amiga. Mas, desse jeito, que tipo de amiga seria? Além disso, Sophie já tinha tateado as coisas entre ela e Joe, não tinha? O bolo veio rápido e, enquanto as duas pegavam os garfos para começar a comer em lados opostos, Demi perguntou:
— Teve sorte com aquilo que fez você ir até a casinha de jardinagem duas semanas atrás? - Sophie olhou para Demi, surpresa.
— A casinha de jardinagem? — Um momento depois, as bochechas dela ficaram vermelhas e ela balançou a cabeça. — Não, não acho que a sorte em relação a esse assunto estará nas cartas algum dia. - Demi franziu o cenho.
— Você está namorando alguém? - De novo, Sophie balançou a cabeça.
— Não de verdade. Uns caras ficam ligando, mas não estou muito interessada. - Obviamente, a amiga de Demi estava se guardando para alguém. Mais uma vez, Demi sabia que a coisa mais fácil a fazer era se afastar desse assunto. Seria mais seguro falar sobre o clima ou sobre os planos para o fim de semana. Entretanto, Demi estava cansada de só ter conhecidos. Ela queria amigos de verdade, mulheres com quem pudesse chorar e rir, mulheres em quem pudesse confiar. Talvez tivesse chegado a hora de sair do limbo.
— O cara em que está interessada vale a pena, Sophie? - A amiga cobriu os olhos com a mão livre e fez um som que era uma mistura entre riso e choro. Ela olhou para Demi com olhos tão tristes a ponto de causar-lhe um nó no estômago.
— Às vezes, tenho certeza que sim, mas, outras vezes... Bem, me pergunto se estou enganando a mim mesma por não querer enxergar quem ele realmente é. - Demi ficou com o coração partido por Sophie aparentemente ter se apaixonado loucamente por um homem que não a merecesse. Enquanto empurrava o pedaço de bolo um pouco mais perto de Sophie e as duas alimentavam seus estados emocionais carentes com chocolate e carboidratos, Demi não conseguia fazer outra coisa a não ser pensar em Joe. E no fato de que ele, definitivamente, valia a pena. Summer pulava no playground enquanto esperava Demi vir buscá-la na escola.
— Está feliz por ter voltado para a escola, hein? — ela disse, bagunçando os cabelos louros da filha.
— Adivinha onde fomos passear com a escola hoje? - Demi tentou lembrar-se do que a autorização dizia quando a preencheu alguns meses antes. Mas, antes que tivesse chance de adivinhar, Summer abriu a mochila e puxou um chapéu de bombeiro de plástico.
— Ah! — Demi exclamou, com a boca subitamente seca. — Nossa, que legal.
— Joe estava lá e foi tão maravilhoso mostrando tudo. Pudemos escorregar pelo mastro que vinha dos alojamentos de cima, passamos um tempo na ambulância e sentamos nos bancos de trás do caminhão. - Durante o bate-papo até o apartamento, Summer contou a Demi as histórias do Corpo de Bombeiros. E, quando começou a cortar queijo e maçãs para o café da tarde, ela não conseguia parar de pensar em uma palavra. Destino. Ela nunca acreditou muito em coisas desse tipo; sempre acreditou que decisões sólidas e trabalho duro eram o que tinha valor. E tinham mesmo. Mas, realmente, estava chegando ao ponto em que todo o Universo parecia gritar para ela: preste atenção!
— E, mamãe, ele me perguntou se você gostava de montanhas--russas tanto quanto eu. - Demi emergiu de seus pensamentos estranhos quando percebeu o que Summer tinha acabado de dizer.
— E você disse o quê?
— Disse que sim. Que você não tinha medo de nada. - Demi abaixou a faca de corte e foi até a filha para lhe dar um abraço.
— Obrigada, meu amor. - Quando Summer a abraçou também, tão forte a ponto de seus bracinhos tremerem, ela ergueu os olhos e perguntou:
— Obrigada por quê?
— Por ser você. E por acreditar em mim quando, às vezes, eu mesma não consigo acreditar. - Alguns minutos depois, enquanto Summer tomava seu café da tarde e pintava sobre a mesa da cozinha, Demi pegou o telefone sem fio e foi até o quarto, fechando a porta. Ela forçou-se a não desligar o telefone quando a secretária eletrônica atendeu.
— Oi, Joe. É a Demi. Sei que ainda está trabalhando, mas, quando voltar para casa e tiver descansado, gostaria... — Ela teve de parar, teve de respirar, teve de se lembrar de Summer dizendo “Você não tem medo de nada”. — Gostaria de ver você de novo. Talvez pudéssemos nos encontrar para almoçar durante a semana. Logo, logo, eu espero — ela acrescentou, antes de desligar o telefone.
Continua... Oi! Desculpem a demora, eu estava tão envolvida com o outro capítulo de LSS, mas ele já está pronto e já vou postar. Beijos
Posta mais plllz vc nos deve de segunda e terça ! Por favor !!!
ResponderExcluirEu amei isso cara demais. Até que enfim a Demi tomou iniciativa toda fofa. Quero mais u.u
ResponderExcluirFabíola Barboza
Perfeitoo
ResponderExcluirai meu Deus!!! como vc para aí??? não me mate de curiosidade e poste logo!!!
ResponderExcluirquero ver o que o Joe vai fazer quando ouvir a mensagem de Demi... estou super ansiosa para ela dizer que o ama, pq eu sei que ela ama ele
Beijos <3
Pirei com esse capítulo. Oh meu seus posta logo. Quero saber o que Joe vai dizer e fazer quando ouvir essa gravação da demi na secretaria eletrônica l. Posta logo por favor. Ta perfeito demais
ResponderExcluirAi que perfeito >< posta mais 😍
ResponderExcluirque perfeito <3 <3 <3 <3
ResponderExcluirto amando tudooo
posta loooogooo
beijos