17.6.20

Oi?

Ei pessoal, tudo bem? Eu estou aqui, apesar de não postar capítulos da segunda temporada de Em Busca do Amor. Assim, eu confesso que me deu uma desanimada em escrever, ano passado eu passei muito tempo sem escrever a fanfic por conta da reta final do curso e por conta de diversos problemas pessoais que acabaram comigo... Eu tentei escrever o Capítulo 27, ele é crucial para o desfecho da última temporada da fanfic e então o término dela. Eu estava pensando em reposta-la com algumas edições no wattpad e termina-la por lá, o que vocês acham? Acompanhariam por lá? Quem quiser entrar em contato comigo, pode ser pelo twitter: @manndyoca

15.3.20

Capítulo 26



Os raios de sol estavam discretos em meio à nevasca. Senti-los tocando o rosto naquela manhã proporcionava uma sensação deliciosa e saudades do verão. Pela janela da lanchonete dava para observar o movimento de carros, pedestres e guardas de trânsito. Não importava o dia ou estação do ano, Nova York sempre ficaria movimentada e ainda mais tumultuada.


Iria marcar oito da manhã dentro de dois minutos. Demi olhou a hora no relógio no pulso esquerdo e suspirou. Dentro de dois minutos Jordan, o amigo de Ed, chegaria para que eles pudessem negociar o aluguel do espaço onde foram feitas as fotos para o casamento de Selena.


Não era muito convencional mexer com assuntos de trabalho um dia depois do natal, porém Demi insistiu em tratar daquele assunto o mais rápido possível porque queria iniciar o ano com o escritório perto de funcionar. Era importante manter aquele pensamento e se dedicar para realiza-lo, pois quanto mais ela adiava, mas impossível ficava de conseguir.


Foi pensando em como era importante voltar a trabalhar que ela suspirou fitando o cappuccino que chegava esfumaçar. Os com muffins de baunilha com gotas de chocolate estavam uma delícia como acompanhamento. Era para ter esperado Jordan, mas não tinha como uma mulher grávida resistir aos muffins expostos no balcão.


   - Demi? – Em nenhum momento Ed tinha comentado que Jordan era britânico, o que ficava evidente no sotaque do rapaz. Demi assentiu e se levantou para cumprimenta-lo com um aperto de mão fitando os olhos azuis sorridentes. Por que britânicos eram padronizados em cabelo claro, um branco amarelado, olhos azuis e aquele ar sexy elegante diferente dos americados?


   - Bom dia, Jordan! É um prazer conhece-lo. – Gentilmente ela sorriu e sentiu as bochechas esquentarem por que a mão direita tinha sido beijada e os olhos azuis fitavam os dela com curiosidade. O anel de noivado estava no dedo anelar esquerdo!


   - O café daqui é bom? Preciso urgente de um forte e sem açúcar. – Se Demi tinha tomado café ali mais de três vezes era muito, porém ela assentiu porque estava adorando o segundo café da manhã na lanchonete.


   - Eu fui ao estúdio com o Ed e a Selena para tirar as fotos do casamento. Adorei o espaço e acho que ele será perfeito para o escritório de design que quero montar. – Como Jordan já tinha o café em mãos junto aos cookies de chocolate, Demi achou que era melhor tocar no assunto. Ela estava ansiosa pra resolver aquela parte.


   - O Eden comentou. Nós voltamos para Inglaterra no ano passado e desde então o estúdio está parado. – Ele disse a olhando brevemente e Demi assentiu prestando atenção em quem Jordan de fato era. Não adiantava ter um espaço legal sendo que o responsável majoritário iria querer se aproveitar pelo fato de ela ser mulher. Infelizmente ainda existiam questões como aquelas. – Nós podemos fazer um contrato de seis meses, se o seu negócio der certo, estendemos o contrato para que ninguém fique no prejuízo. – Era realmente o ideal. Não dava para investir num aluguel caro sendo que o retorno não cobriria.


   - Eu gostaria de personalizar o espaço. – Ela era uma designer! O que não faltava para Demi era criatividade que envolvia muitas cores e formas. Jordan foi bastante detalhista quando contou a história do estúdio e do valor sentimental do mesmo para a família.


Foram minutos a fio de conversa até que os dois estavam mais familiarizados um com o outro. Simpatia fazia parte da alma do negócio, até porque era melhor que o proprietário fosse um amigo ao contrário. No final das contas, ficou combinado que Demi daria uma resposta a Jordan porque apesar do preço não ter ficado absurdo, ela precisava ajustar o que faria para pagar os próximos meses de aluguel caso o negócio não desse certo.


Ser discreta? Demi definitivamente não conhecia aquela expressão. People Help The People da Birdy tocava no interior do carro trazendo uma deliciosa serenidade. Só que não tinha como parar de olha-lo. Desde o pedido de casamento no dia vinte e quatro, ela não conseguia esconder como o amava, aliás, nunca o fez, era que agora Demi se sentia cada segundo mais apaixonada por Joe e ansiosa para estar com ele.


   - Querida, eu posso te ajudar com o seu escritório. – Comentou Joe concentrado no transito e Demi franziu o cenho e umedeceu os lábios o olhando. Ela simplesmente era a mulher mais sortuda do mundo! – Só que eu acho melhor esperarmos essas festas de fim de ano acabar. – Por que diabos Demi não o respondia? Deveria ser a quarta frase que ele dizia desde que ela adentrou o carro. – O que foi? – Ao olha-la brevemente, Joe sorriu porque ele conhecia muito bem aquele olhar.


   - Não foi nada. – Ronronou Demi enlaçando os dedos aos dele sobre a marcha do carro para depois se roçar ao braço forte como uma gata. – O que foi? – Perguntou ao ouvir a risada baixa de Joe. Ela estava concentrada em sentir o cheiro dele e o calor.


Houve resposta? Joe aproveitou o carro parado no sinal vermelho para surpreendê-la com um beijo lento cheio de mãos bobas que não se decidiam entre apertar o traseiro arrumadinho no jeans, puxar as mechas marrons da nuca ou o seio abaixo da camisa social.


   - Eu acho fofa a forma como você mostra que está carente. – Não dava para prolongar o beijo, Joe o finalizou com um selinho e aproveitou para morder o queixo da namorada. – Meus Deus, Demi. – Foi por um pouco que ele estacionou o carro numa vaga qualquer para trocar beijos intensos com a namorada. Era que não dava para resistir quando Demi ronronava e o apertava na coxa tão perto de lá...


   - Eu só não quero ficar longe de você. – Será que ela sabia que beija-lo na curva do pescoço enquanto ele dirigia poderia resultar num acidente?


   - Eu estou aqui, não precisa ficar longe de mim. Eu também não quero de forma alguma ficar longe de você. – Por bom senso Joe guiou a mão dela para dele sobre a marcha do carro, pois toca-lo na coxa não era algo bom. Não quando ele precisava se concentrar em dirigir para guia-los em segurança para casa.


***


      - Ei, quais são os seus planos para o resto do dia? – Perguntou Joe desabotoando a camisa ao observar Demi sair do closet dele vestindo pijamas. Não era nem meio dia e eles tinham um dia todo pela frente.


   - Amor, eu estou com sono. – Resmungou Demi se espreguiçando de olhos fechados para depois bocejar. – Eu quero dormir agora com você e não pretendo sair da cama pelo resto do dia. – A ideia não era nada ruim. Joe sorriu quando teve as costas nuas tocadas pelas mãos femininas e o peito beijado.


   - Dem, são dez da manhã. Não acha um horário estranho para dormir? À tarde eu vou sair com o Ed para organizarmos a despedida de solteiro e os últimos ajustes do casamento. E nós combinamos de ensaiarmos com eles mais tarde, lembra? – Tudo que Demi notou foi como o queixo de Joe ficava beijável com a barba nascendo. Ensaio de casamento? Despedida de solteiro? Ela sequer queria ir para casa do pai, tudo que importava no momento era ficar agarrada com Joe.


   - Eu acordei muito cedo. – Os lábios dela não iriam deixa-lo. As bochechas de Joe até coraram porque sempre acontecia quando ele tinha os mamilos beijados e depois Demi o olhava toda carente. – Eu não quero sair de casa, está frio. E olha, a cama está nos chamando, amor. Você pode cancelar com o Ed e eu invento uma desculpa para despistar a Selena. – Tinha como ele não concordar com ela? Quando Demi o enchia de beijos e suspirava gostando das mãos dele a tocando, não tinha como negar qualquer pedido.


   - Demi, não tem como desmarcar. – Joe assentiu quando Demi franziu o cenho sustentando o olhar dela. – O Ed precisa de mim, não posso deixa-lo na mão. – Ed já tinha feito tanto por ele, que negar uma tarde com o amigo para ajuda-lo faria com que Joe se sentisse mal. – Nós podemos ficar juntos agora pela manhã e à noite, ou você vai para casa do seu pai? – Perguntou a tocando na cintura por debaixo do moletom diminuindo a distância entre eles.


   - Não vou para casa do meu pai, eu só quero ficar com você, Joe. Nada mais me interessa. – Eram palavras fortes e decididas. Joe franziu o cenho a olhando profundamente nos olhos. Ele confessava que era o que queria ouvir, mas não sabia o porquê de Demi realmente querer passar o dia todo com ele sendo que ela sempre costumava ir para casa de um dos pais.


   - Dem.. Por que você quer ficar comigo? – Não era a forma certa de questiona-la, por isso que quando Demi arqueou uma sobrancelha para depois franzir o cenho se desfazendo do abraço que compartilhavam, Joe soube que tinha estragado o momento com uma pergunta boba.


   - Eu.. – Sentir os braços dele rodeando-a pela cintura e o beijo no pescoço juntamente com um murmuro de desculpas contribuiu para o suspiro pesado e o repentino calor. – Só quero ficar com você. – Demi retribuiu o beijo de forma intensa virando para ficar de frente a ele e abraça-lo pelo pescoço quando foi abraçada pela cintura.


   - O que eu quis dizer é que... – Joe sorriu quando foi interrompido com mais um beijo, então ele focou também em toca-la na cintura e encher as mãos com a fartura do traseiro se sentindo o homem mais sortudo do mundo. – Que eu pensei que você iria querer passar mais tempo com a sua família como vem acontecendo. – As palavras foram ditas rapidamente no tempo em que ele deitava Demi na cama e erguia o moletom para beija-la na barriga. – Mas estou muito feliz que você só quer ficar comigo. – O beijo abaixo do umbigo foi diferente dos que ele tinha distribuído anteriormente, que chegavam arrepia-la, era respeitoso e Demi soube exatamente que era o momento de Joe com o bebê.


   - Você é o papai mais babão que eu conheço. – Foi uma surpresa quando Joe a olhou emocionado. Os olhos dele estavam marejados e mais beijos foram distribuídos na barriga antes de ele se deitar sobre ela. – A ideia de ficarmos nessa cama o dia todo é muito boa, você não acha? – Demi sorriu e o beijou no queixo enquanto as mãos espalmavam o peito nu e conduziam a camisa de botão para baixo dos braços fortes.


   - Você tem razão, Dem. A ideia é muito boa. – Não tinha preço sentir o cheiro delicioso que vinha do cabelo castanho esparramado na cama, os lábios macios e quentes selar a pele dele e todo aquele calor de Demi envolve-lo de uma forma que ia além da física quando ela o abraçou abrigando-o entre as pernas.



 A cada subida e descida do peito de Joe, Demi se deixava levar pelo sono. Era muito bom ouvir o coração dele bater, sentir o calor a aquecendo fervorosamente. Os dedos, lerdos, iam de encontro à trilha de pelinhos da parte debaixo do umbigo, puxando-os num ritmo que fazia Joe desejar repetir o que eles tinham feito. Já o carinho que ele fazia nas costas de Demi contribuíam avidamente para o sono domina-la. O que ela podia fazer? Estava grávida, tinha acordado muito cedo, fazer sexo com Joe a ajudava a relaxar e a coberta junto aos carinhos eram mimos deliciosos de sentir.


   - Dem? – Chamou-a guiando a mão livre para toca-la no queixo para que também pudesse erguer o rosto dela na direção dos olhos. – Como você quer o nosso casamento? – O cenho franzido dela foi porque ele tinha interrompido o sono com uma pergunta importante ou era um futuro problema o local onde se casariam?


   - Confesso que eu nunca fui uma garota de planejar casamento. – Respondeu se erguendo com preguiça para se deitar sobre o corpo de Joe ronronando. Ambos estavam nus, o que resultava em cada pedacinho da frente do corpo se roçando. – A Selena tinha esse costume, provavelmente por isso que a organização do casamento dela está impecável para quem começou a organizar em menos de dois meses. É uma loucura, mas se ela não fosse fanática, com certeza estria careca. – A vida sempre foi cruel e severa desde cedo em todos os aspectos, que Demi tinha um pensamento fixo em sair da casa da mãe e ser independente através do próprio trabalho com design. As contas precisavam ser pagas, e para quem estudava e trabalhava à noite toda numa lanchonete durante a adolescência, o pensamento fixo era de sobreviver.


   - Você não tem ideia do que quer no nosso casamento? – Joe perguntou a analisando minuciosamente aproveitando para espalmar as mãos as costas e se ajeitar mais a cama porque queria que Demi ficasse confortável agarrada a ele.


   - Eu não sei. – As bochechas dela coraram e corariam muito mais se Joe continuasse a olhando fixo, ela podia sentir o olhar dele. – Eu não sei, Joseph. – Ronronou de cenho franzido. Os pensamentos sempre foram até encontrar o cara que a faria verdadeiramente feliz, depois disso, a vida a surpreenderia. – Nós podemos nos casar na igreja, fazer uma festa mais íntima apenas para família e amigos. Para mim, estaria perfeito. – Ela se ergueu para olha-lo nos olhos, apoiou as mãos ao ombro dele quando foi deitada de lado e umedeceu os lábios porque sabia que a conversa seria séria. – Você tem algum plano? – Perguntou atentamente o olhando. Joe assentir foi uma surpresa.


   - O pôr do sol perto do coreto subindo a ladeira da serra da fazenda da vovó é o lugar mais lindo que já vi. Com uma decoração discreta com muitas flores, música instrumental e você atravessando o público com o vestido branco marcado pela barriga de grávida, eu serei o cara mais feliz desse mundo. – Não era a primeira vez que Joe comentava sobre o lugar, e só de olha-lo empolgado e claramente sonhador falando do casamento, como ela iria negar?


   - No Texas? – Perguntou demonstrando um pouco de receio mesmo sabendo a resposta. Joe a olhou apreensivo, mas assentiu porque ele não podia descartar a possibilidade sem antes saber a opinião da noiva. – Parece maravilhoso, Joe. – Disse quase um minuto depois porque precisava pensar a respeito. O tempo não era o suficiente para a decisão concreta, mas a ideia já não era estranha e descartável.


   - Sério? Quer dizer, eu achei que, por mais que você não tenha nada definido, iria querer que fosse aqui. – Havia receio na voz dele, o olhar tímido e as bochechas apresentavam o rubor mais acentuado. – Eu fico muito feliz de saber que é uma possibilidade para nós. Isso é importante para mim, Dem. – O assunto não duraria mais nenhum segundo, não quando Joe foi deitado à cama, e sutilmente teve o peito espalmado pelas mãos femininas, o que contribuiu para a excitação e os pelinhos arrepiados. Como ele podia fazer para controlar o desejo, se Demi estava o beijando no peito com o corpo dele entre as pernas? Nua, ainda por cima!


   - Se é importante para você, é importante para mim, querido. – Joe nem mais fazia ideia do que estavam conversando. As mãos espalmaram as costas para depois apalparem o traseiro quando ele se sentou a cama de pernas estiradas. Os seios estavam próximos da boca, próximos o suficiente para que Joe pudesse flagra-los ter a pele enrugada com o toque curioso no mamilo esquerdo. – Eu acho a ideia realmente muito boa, Joseph. A vista da paisagem da fazenda é de tirar o fôlego, no por do sol com muitas flores e pessoas amadas nos cercando, nosso casamento será inesquecível. – Demi vislumbrou a cena com um sorriso no rosto, desconcentrada dos beijos molhados que recebia na curva do ombro e pescoço, e exclusivamente nos seios.


   - Vai ser um sonho realizado só porque será com você. – Demi sorriu de bochechas coradas porque sempre que Joe estava concentrado em beija-la, ele ficava disperso e muito dedicado no que fazia. E ela tinha que confessar que adorava sentir o toque das mãos em carinhos, apertos e tapas – exclusivamente no traseiro -, os lábios e a língua estudando as curvas dos seios onde os dentes atritavam-se nos mamilos para depois serem sugados nos lábios.


   - Você não pode roubar as minhas frases, Joseph. – O suspiro fundo e os olhos fechados eram resultado da ereção encaixada entre as pernas, dos beijos que recebia no torso, das mãos que corriam pelo corpo, e dos dedos enlaçados as mechas de cabelos castanhas.


***


   - Demi está com vontade de comer carne moída. Sim, eu improvisei aqui. – Falar ao celular ao mesmo tempo em que cortava tomates não era uma tarefa fácil. Laura tinha saído para o centro de Nova York para cuidar de questões pessoais. A ligação era para saber se o sobrinho já tinha tomado os remédios e se alimentado.


   - Nos vemos mais tarde, querido. – Mal deu para ouvir o que Laura disse por que o barulho dos carros abafava a voz feminina.


 Cozinhar não era difícil, mas ter Lucy aos pés chorando e pulando porque estava faminta não ajudava em nada. As patinhas dela pareciam inofensivas e fofas, mas quando colidiram contra os pés e foram apoiadas às pernas nuas, Joe franziu o cenho porque as unhas estavam o arranhando.


   - Ela está mais ansiosa que você para comer. – Se Demi não estivesse em pé, com certeza Lucy iria derruba-lo antes mesmo de conseguir abrir toda a porta do quarto. – Obrigado, querida. – Talvez o que ele tinha feito, equilibrar a bandeja numa mão e segurar a jarra de suco transbordando, não fosse uma ideia inteligente.


   - O cheiro está fantástico! – Demi estava animada, o que era muito bom. Geralmente desde que tinha descoberto sobre a gravidez, comer era motivo de resistência em decorrer dos enjoos. – Adorei a ideia de almoçar na cama, Joseph. – O sorriso preguiçoso e o olhar demorado sobre o dele acontecia quando eles ficavam agarrados como naquela manhã. O que não acontecia tinha certo tempo, porque Demi estava com a vida agitada e compartilhava mais do tempo com a família.


   - Eu estou começando a não gostar dessa ideia. – Ele ronronou coçando o cabelo da nuca porque Lucy estava toda atenta, que as orelhas chegavam estarem rígidas, analisando todos os movimentos de Demi.


   - Deixa de ser mal humorado, ela só está com fome. – Demi sorriu para a cadelinha e quis enchê-la de beijos. Lucy tinha apoiado as patinhas à cama e chorava toda carente a olhando.


   - Vamos fazer o seguinte, eu vou colocar o almoço dela e depois volto para almoçarmos. – E assim ele fez. Pegou um file de frango para guiar Lucy, e antes de sair do quarto com a cadelinha pulando atrás, beijou e mordeu o queixo de Demi até que ela sorriu puxando-o para um selinho.



   - Eu realmente quero cancelar todos os meus planos de hoje para ficar com você. – O suspiro foi de uma mulher muito satisfeita. A mão direita tocava com felicidade abaixo do umbigo e parava no cós da cueca. Joe era um sonho realizado! Fazer sexo com ele mais cedo foi como ir ao paraíso. Descobrir que ele tinha planos para ao casamento só foi mais uma afirmação que o homem que ela tinha era maravilhoso! E de brinde, ele tinha cozinhado o melhor almoço e ainda tinha chocolate de sobremesa.


    - Ei, eu quero muito ficar o resto do dia com você nessa cama, mas nós temos que ajudar a Selena e o Ed. – Ele mal tinha terminado de falar. Os ronronos de Demi negando mal eram percebidos porque ela o beijava no rosto e aos pouquinhos tentava se aninhar a ele. – Dem, você sabe que eu não consigo resistir. – Ele sequer fazia esforço para desviar os lábios dos dela. As mãos tocavam com muito prazer às coxas carnudas apertando-as até que tinha o traseiro maravilhoso em mãos.


   - Eu acho que você que não quer resistir. – Demi sorria exibida e muito feliz de ter toda atenção de Joe. – Eu não quero que você resista. – O cabelo da nuca dele foi puxado por entre os dedos, motivo dos lábios estarem selados aos dela num beijo profundo.


   - Gostosa. – Ele a mordeu na curva da cintura perto do quadril, distribuiu beijos molhados pela barriga. – Você é muito gostosa, Dem. – Diferente dela que mordia o lábio inferior para não sorrir, Joe o fazia de orelha a orelha satisfeito de ter as pernas dela rodeando o traseiro, a ereção abrigada no calor feminino e uma mão segurando os pulsos de Demi acima da cabeça e a outra estudando, pela milésima vez sem cansaço, a curva dos seios.


   - Querido. – Não havia estrutura forte o suficiente para resistir ao furacão chamado Joe. Demi havia o empurrado e para fora do corpo porque gostava de provoca-lo, quem sabe conseguiria o convencer de passar o resto do dia com ela? O beijo na curva do pescoço foi uma surpresa marcante, o carinho era tão leve e quente. Mais beijos foram distribuídos carinhosos como o dono.


O que de fato ela não esperava era ter o corpo conduzido a deitar-se de barriga contra o colchão. Era que as mãos de Joe eram firmes, porém tinham o toque gentil na cintura e linha da coluna. O cabelo foi afastado das costas, e como de costume, daria trabalho para pentear depois.


Por um pouco o gemido alto escapou por entre o lábio inferior que sangraria, caso continuasse sendo mordido. Em troca, um suspiro pesado ecoou pelo quarto. Malditos lábios! Joe não podia beija-la na curva do pescoço, enquanto movia discretamente a ereção sobre as nádegas. Os lábios dele distribuíam beijos molhados e provocantes, que conduziam Demi a deitar a cabeça mais para o lado direto, porque ela queria oferecer toda região da curva do ombro e maxilar para ser beijada e mordiscada da forma que ele escolhesse.

   - Ei, princesa, se você estiver ou ficar desconfortável, nós faremos de outra forma. – Certificar-se que Demi estava confortável e segura para que eles continuassem, não custava nada. Sempre que o clima entre eles esquentava, Joe pensava que havia o bebê, e que nem todas as posições poderiam ser adequadas para uma mulher grávida.


   - Eu estou bem, amor. Vamos com calma. – Demorou alguns segundos para que ela conseguisse controlar-se, mas acabou que a voz soou gentil e nos próximos minutos, o corpo se concentrava em receber o de Joe.


***


   - Eu só vou buscar o meu casaco. – Ed colocou a xícara com o resto de chocolate quente sobre a mesa e saiu às pressas em direção ao quarto. Eram duas e pouca da tarde, e lá fora a temperatura chegava estar negativa nos termômetros.


   - Eu tenho a impressão que vocês dois estão mais colado que o normal. – Disse Selena limpando o queixo de Harry com um guardanapo. Brevemente ela flagrou Demi sorrindo de algo que Joe tinha acabado de cochichar.


   - Ela simplesmente não quer me soltar. – Na verdade era o contrário. Joe sorriu quando olhou para baixo e viu que Demi o olhava tentando mostrar que estava brava, mas sorriu porque ele a abraçou com mais força. Desde que chegaram ao apartamento de Ed, estavam abraçados que nada no mundo seria capaz de separa-los.


   - Você sabe como é, Sel. – Disse Ed adentrando a cozinha enquanto vestia o casaco felpudo. – Nós ficamos uma semana agarrados depois que eu te pedi em casamento, aposto que esses dois não estão diferentes da gente. – Selena assentiu erguendo o rosto para receber o selinho de Ed.


   - Já que vocês dois entendem, eu e o Joe podemos voltar para casa? – Demi sorriu amarelo ao notar que Selena assentia negativamente a observando se agarrar mais aos braços de Joe.


   - Definitivamente não. O ensaio do casamento é no final da tarde e a mocinha tem a tarde toda para me ajudar a conferir as lembrancinhas, os arranjos da festa já que Isabella me ajudou com os da igreja, e temos que definir os detalhes da minha despedida de solteira. – Quando o assunto chegava à despedida de solteiro, Selena e Ed pareciam cão e gato, até um olhar diferente podia gerar uma discussão complicada.


   - Vamos Joseph, temos muito que organizar. – Ed beijou as bochechas de Harry porque era melhor focar nas crianças que discutir com Selena por uma questão de ciúmes que os dois não conseguiriam resolver, ninguém dava o braço a torcer e nem daria.


   - Eu te vejo mais tarde, princesa. – Sentir as mãos de Demi tocando-o no peito para depois puxar o cabelo da nuca, quando ela ficou na ponta dos all stars, ajudou-o a lembrar-se da manhã com a namorada. – Cuida do nosso bebê. – Pediu antes de beija-la. Sorte que as costas dele eram largas e dava para manter a descrição.


   - Eu vou cuidar. Tenha cuidado, grandão. Qualquer coisa me liga. – Demi o olhava séria e concentrada, por um pouco Joe pensou que ela estava preocupada, mas quando foi beijado nos lábios, foi apenas uma mera impressão.


   - Não se esqueça da minha torta, Eden. – Ao contrário de Joe e Demi que trocaram a quantidade de selinhos que puderam, Selena mal tinha olhado para Ed, não que ele o fazia, o rapaz somente assentiu e saiu da cozinha dizendo para Ana:


   - Bebê, o tio já está indo. Comporte-se e trarei chocolate. – Ed nem mesmo ouviu o “cuide-se” de Selena.


   - Uau. Por que toda vez que o assunto é a despedida de solteiro, o clima fecha entre vocês? – Perguntou Demi se acomodando a cadeira ao lado de Selena. Não havia um minuto sequer que Joe saiu e a saudade começava a sufoca-la!


   - Dem, eu aposto com você que os amigos dele vão levar strippers. – Quando Selena arqueou uma sobrancelha de um jeito muito sugestivo e sussurrou “strippers”, Demi entendeu que a palavra significava muito mais.


   - Eu acho que o problema não é esse, Sel. Você tem que confiar nele independente de onde acontecer essa despedida. Traição sempre será traição, e nós duas sabemos muito bem que o Ed sabe diferenciar as coisas. – Ed era mais velho e consequentemente maturo. O conceito de despedida de solteiro não era para ser literal, seria apenas uma noite para se divertir com os amigos, não incluía relacionar-se sexualmente com outra pessoa.


   - Eu estou contando com isso, mas Dem! Homens são idiotas e influenciados, esse é o meu maior medo. – Selena parecia sincera. Demi conseguia perceber apenas pelo olhar.


  - Só confia nele. – Um sorriso ajudaria, porém quando Selena não o retribuiu, Demi franziu o cenho e fez carinho nas bochechas de Harry, o menino quase dormia nos braços da tia com o celular na mão.


   - Você confia no Joe depois do que aconteceu no Texas? – A pergunta foi completamente inesperada. Demi franziu o cenho se sentindo incomodada, e piorou porque Selena a olhava porque esperava que a resposta fosse imediata. – Você está grávida de um filho dele e noiva, Dem! – Reclamou Selena porque já tinha tirado todas as conclusões antes mesmo de ouvir o que Demi teria a dizer.


   - Selena! – O cenho continuou franzido, Demi olhou a janela da cozinha com o vidro fosco por conta da neve e respirou fundo. – Você não me esperou responder. – Resmungou um minuto depois, e quando Sel disse que levaria Harry para a sala junto a Ana, ela soube que a conversa seria séria e que a melhor amiga tinha acordado com o pé esquerdo.


   - Seja honesta. – Demi odiava quando Selena a olhava como se ela fosse uma menina que não sabia o que fazer da vida.


   - Eu acredito que o Joe tem muito a aprender sobre a vida, assim como eu. – Disse Demi depois de muito pensar sobre as atitudes do namorado, que mais a magoou. – Mesmo com o nosso relacionamento, ele continua inexperiente e inocente em alguns aspectos. Seria injusto cobrar atitudes que ele nem mesmo tem noção. – Bebericar o chocolate quente a ajudou a organizar os pensamentos. – Eu confio nele, e compreendo o que aconteceu com a Rose. Foi apenas um mero mal entendido, ele foi drogado e também passou dos limites. Ele tem vinte e três anos, Sel. Eu fui a primeira mulher na vida dele em todos os sentidos, não posso ser injusta. Só não posso deixar passar sobre a insuficiência cardíaca. Isso me magoou, ele jamais deveria ter tomado uma decisão por mim, mas agora eu realmente não tenho forças para ficar magoada, preciso focar no meu bebê e de ter o Joe aqui, forte e saudável, para recebe-lo. Hoje pela manhã conversei com o Jordan, fecharei contrato com ele e terei meu escritório. – Demi revirou os olhos quando Selena arqueou uma sobrancelha e continuou em silêncio a olhando. – Deixa de ser chata. Se você não estivesse grávida, eu diria que esse mau humor é TPM, mas está me parecendo falta de sexo. – O beijo na bochecha foi para pirraçar Selena. Demi a abraçou de lado e ronronou manhosa quando teve a bochecha beijada de volta.


   - Eu diria que a sua situação com o Joe é complicada. Ele é realmente muito imaturo, mas parece determinado sobre o que quer. – Selena a beijou na testa e respirou fundo. – Espero de verdade que não aconteça nada demais nessa despedida de solteiro do Jesse.


***



   - Eu estou muito na dúvida entre Albuquerque, Capadócia e Napa Valley. – Ed não parava de falar um minuto sequer desde que estavam dentro do carro. Joe até tentava acompanhar o melhor amigo, mas eram tantos os lugares que Ed queria passar a lua de mel com Selena, que ficava difícil de acompanhar. – Eu só quero passear de balão com a Selena. Minha lua de mel tem que ser o mais romântica possível. – Joe assentiu mais concentrado no celular que em olhar para Ed. Ora, ele tinha que pesquisar sobre os lugares para conseguir opinar.


   - Ficar nos Estados Unidos parece mais barato que ir para Turquia. – Comentou porque Capadócia ficava do outro lado do mundo. E viagens para o exterior sempre ficavam mais caras e complicadas.


   - Eu sei! Eu realmente não posso gastar muito, mas estou imaginando como seria perfeita a minha lua de mel na Turquia. A Selena merece o melhor. Nós poderíamos ir para França visitar Paris. – Não dava para entender quem estava mais ansioso sobre Paris: se era Ed ou Selena. – Mas você tem razão, ficar no país vai ser mais barato. Eu não estou sendo pão duro, é que o bebê está a caminho e provavelmente muita coisa vai mudar quando ele nascer. Vamos precisar de uma casa maior, não um apartamento minúsculo. – A ideia pareceu perfeita. Joe sabia que o que mais pesaria numa lua de mel para Turquia seriam as passagens de avião, e como ele não tinha ideia de como poderia presentear os noivos, usar a herança para comprar as passagens não resultaria em problemas.


   - Tem muita coisa para acontecer ainda. – Comentou discretamente. Primeiro ele iria conversar com Demi a respeito para saber se era uma ideia boa ou não. – O que você tem em mente para despedida de solteiro? – Perguntou tentando puxar assunto com Ed já que o carro estava parado na sinaleira.



   - A mesma coisa que conversamos. Vou chamar os meus amigos do futebol, alguns da empresa, os seus cunhados e passaremos a noite jogando cartas ou dominó tomando cerveja, e você suco natural sem açúcar. Vai ter pizza e outras besteiras, a gente pensa numa comida apropriada para você. – Ed apenas gostava de pirraçar Selena com a ideia que ele teria uma despedida de solteiro num pub, mas o que de fato foi planejado para a noite era algo simples. – Você acha que se eu chamar o Sr. Gomez, a Selena ficará mais segura? – Perguntou tempo depois porque, por mais que era bom ver Selena toda vermelhinha de nervoso, ele se preocupava. Não queria que a namorada desconfiasse ou ficasse exaltada por conta de uma brincadeira.

   - Provavelmente ela ficará aliviada. – Comentou Joe de cenho franzido pensando sobre a situação. Quando fosse a despedida de solteiro dele, convidar Inácio seria muito estranho. Não porque faria coisas erradas, era que a diversão parecia limitada com o pai da noiva literalmente monitorando a festa. – Você quer convida-lo apenas por conta da Selena? – Perguntou intrigado e Ed franziu o cenho quando o olhou.

   - Eu conheço a mulher que tenho. Joseph, ela está me ignorando agora, imagina depois dessa despedida. Corro o risco de ser deixado no altar. – Ed não conseguia entender o porquê de toda a implicância de Selena. Ela sempre se mostrou segura, uma das características, dentre muitas, que mais admirava na noiva. O problema surgiu depois do assédio na Gyllenhaal e a gravidez. – Até na cama está complicado. – Murmurou um pouco irritado.

   - A gravidez mexe muito com elas, se nós ficamos em estado de alerta o tempo todo, imagina para elas?! Talvez seja isso, Ed. De certa forma, você já está acostumado com a situação por conta das crianças, já para Selena é novidade. – Por mais que eles ofereciam todo suporte para as namoradas, jamais conseguiriam entender como realmente funcionava sentir um desejo ou simplesmente ter enjoo com os mais simples cheiros.

   - Você acha que toda essa insegurança está associada à gravidez? – Perguntou concentrado em estacionar o carro na vaga estreita.

   - Provavelmente está afetando o comportamento, mas... Eu acho que a Selena tem que confiar em você, independente de onde for a despedida. – Era algo que Joe queria dizer desde que Ed tinha comentado sobre as discussões com Sel sobre o assunto.

   - Ela confia, Joe. Ela só está sobrecarregada e tentando se adaptar a tudo que está acontecendo. – Demorou um pouco para que Ed concluísse a linha de pensamento. Mas de certa forma, era verdade. Selena era muito jovem, independente e a única responsabilidade para arcar era ela mesma, então dentro de menos de um ano, havia um bebê a caminho, duas crianças e um casamento.

    - Então conversa com ela, Ed. Você deveria fazer um jantar apenas para vocês dois. Eu e a Dem podemos ficar com as crianças. – Disse Joe com tanta paciência. Realmente muita coisa tinha acontecido entre Ed e Selena, e talvez em meio a tantas mudanças, os dois não tinham muito tempo como casal.

   - É uma boa ideia. Posso deixar as crianças com os pais dela, aposto que você e a Demi não param um minuto quando estão sozinhos. – Pelas bochechas coradas de Joe, era verdade. Ed riu e bagunçou o cabelo do amigo tendo a lembrança de meses atrás quando Joe o enchia de perguntas sobre sexo. – Eu e a Sel estamos precisando urgente, ter esse tempo só nosso vai ajudar. – Ajudaria, e muito! Os dias eram resumidos em trabalhar e cuidar das crianças, os programas de casal tinham ficado de lado e o namoro na rotina.

   - Entendo completamente, Ed. – A pior parte de sair do carro, era a neve. Joe franziu o cenho emburrado quando abriu a porta do carro e já sentiu o calor ir embora dando lugar a um frio desconfortável. Quanto menos tempo ele ficasse exposto à neve, melhor. Por isso caminhou às pressas ao lado de Ed que adentrava o supermercado. – No tempo que a Dem passou se aproximando mais das irmãs, nós acabávamos brigando porque nunca havia tempo para a gente. Mas agora acho que estamos bem. Ontem passamos o dia juntos, e hoje nós namoramos o que deveríamos ter feito em três dias. – Joe sorriu de lado quando Ed o olhou um tanto malicioso, porém abraçou-o de lado e riu das bochechas coradas dele.

   - Até hoje você fica corado! – Ed sabia que Joe era naturalmente tímido, e não importava a quantidade de vezes que eles tocariam no assunto, o rapaz sempre ficaria corado. – Você não fica corado assim quando a Demi..? – Não havia problema se as pessoas estavam o olhando rir alto das bochechas de Joe. Era engraçado porque nem precisava ser uma frase completa para Joe virar um pimentão. – Eu estou brincando, Joseph! Considerando que você tem seis meses de namoro com a Demi, você deve mandar muito bem para conseguir superar essas bochechas coradas. – Joe não teve coragem nem mesmo de abrir a boca. Ele coçou a nuca e quando Ed arqueou uma sobrancelha o olhando e rindo, a resposta foi um soco no braço esquerdo do amigo, que apenas continuou rindo.

***


   - Esse lugar já é lindo, imagina quando estiver decorado. – Demi assentiu observando a igreja tão alheia quanto Selena. As paredes de um branco puro e impecável transmitiam uma sensação de paz sem igual, o silêncio também contribuía. Era até estranho, pois lá fora o barulho da movimentação da cidade até incomodava.

   - Vocês não podem fazer barulho na igreja. – Ed sorriu de orelha a orelha ao ver Selena. A ideia do jantar tinha o agradado, e ele iria coloca-la em prática assim que terminassem o ensaio do casamento.

   - Não vem bancar o bom menino, Eden. De bom menino, aqui só tem o Joe. – Disse Selena, não para implicar com o namorado no sentido de ataca-lo com palavras. Ela o abraçou forte e sorriu quando teve a cabeça erguida para que Ed pudesse olha-la nos olhos e beija-la na testa e boca.

   - Eu senti sua falta. – Demi não perdeu nenhum segundo. Abraçou Joe apertado sentindo o frio que vinha sentido ir embora assim que estava abrigada no lugar mais quente e seguro que já tinha estado. – Você está muito quentinho, meu amor. – Ela sorriu antes de beija-lo no peito e ser abraçada apertado.

   - Eu também senti a sua falta. – Por que o cheiro de Demi fazia o coração dele bater mais rápido? Joe aspirou fundo o cheiro que vinha do cabelo castanho, deu um beijinho discreto atrás da orelha direita da namorada e sorriu a olhando. – Nosso bebê? Está bem? – Perguntou guiando a mão esquerda para acaricia-la à barriga.

   - Está, e com muita saudade de você. – Demi riu se sentindo muito feliz quando Joe ronronou a abraçando, que nenhum pedacinho estava fora do calor do corpo dele. – Ei, você é muito forte. – Ela sempre gostava quando era envolta naqueles abraços apertados e a enchia de beijos no rosto.

   - Vocês dois têm certeza que não querem o casamento junto com o nosso? – Selena perguntou tão agarrada a Ed, quanto Demi estava a Joe.

   - Nosso casamento será no Texas. – Disse Demi trocando um breve olhar com o namorado, e o sorriso de Joe surpresa a fez sorrir.


   - Sim, e o nosso bebê vai estar maior. – Tinha pai mais babão que Joe? Selena sorriu porque o rapaz acariciava a barriga de Demi e sorria todo sonhador.


Continua... Ei!! Boa noite! Como vocês estão? Eu estou bem. Dei um jeitinho de escrever esse capítulo, é bem chato quando a gente tem ideia para escrever, mas não consegue desenvolver muita coisa. Esse capítulo tinha que ser assim mesmo.. Mais para frente vocês entenderão... Um abraço e cuidem-se! 
                        
  

6.2.20

Capítulo 25 - Parte 2


A estátua da liberdade era um ponto longo e borrado por conta da neve que caía. Em época de verão, o restaurante que estavam proporcionava uma vista deslumbrante da ponte do Brooklyn e da escultura. A escolha do local foi feita por Rick, era um lugar rústico com a maioria da mobília à madeira e com cômodos bem iluminados por conta das janelas largas e da luz de vapor de sódio. As pequenas luzes coloridas de natal também iluminavam o ambiente como grãos de arroz coloridos e cintilantes.


    – Vocês não vão acreditar sobre o que eu e o papai conversamos hoje pela manhã. – Isabella bebericou o vinho vermelho sangue que já estava quase na metade de uma taça que fora cheia... O sorriso da moça e o olhar carregavam o tom divertido e alegre que poucas eram às vezes que Bella exibia, já que sempre estava a frente de cuidar das irmãs para ajudar o pai. Estavam todos em casal almoçando na véspera do natal. Demi, Selena e as gêmeas. – Ele está na torcida para ser avô de dois garotinhos. – O sorriso de Bella foi de orelha a orelha. Anna arqueou as sobrancelhas em surpresa e Demi sorriu.


    - Ter um menino seria muito bom, mas eu quero ter uma menininha. – As bochechas de Joe ficaram rosadas porque ele não esperava que fosse receber olhares e sorrisos das mulheres sentadas à mesa, e dentre elas, Demi era a que tinha o sorriso mais radiante. Ela o beijou na bochecha e quis distribuir muitos beijinhos no rosto do namorado, só não o fez porque estavam em público. Toda vez que ele imaginava uma menina, os traços de Demi estavam mais presentes que os dele. A pele rosada, um sorriso largo e feliz, olhos marrons amorosos e de personalidade travessa como a da mãe.


   - Você só não pode dizer isso na frente do Inácio. – O comentário de Scott foi motivo para risos. Joe assentiu prontamente um pouco rosado porque o cunhado tinha razão. Se tudo entre ele e o sogro estava bem, a opinião diferente poderia ser motivo para um novo atrito.


   - Vamos ser realistas, ele tem sete filhas. Todo homem quer ser pai de um garotinho. – Disse Rick trocando um breve olhar com Joe para depois Anna.


   - Ele tem filhas suficientes para enchê-lo de netos e netas. – Disse Isabella tornando a bebericar o vinho. – Demi e a Anna já estão trabalhando a todo vapor nessas demandas. – De sete filhas, pelo menos um neto Inácio teria.


   - Você também deveria se juntar ao grupo. – Selena sorriu ao olhar nos olhos de Bella, e a mesma franziu o cenho e negou balançando a cabeça enquanto tomava mais um gole vinho logo demonstrando um sorriso.


   - Eu vou deixar as minhas queridas irmãs trabalhando com essa linha de produção, já fico muito satisfeita em cuidar dos meus sobrinhos. – A declaração de Bella foi o motivo da careta de Scott, que a abraçou de lado e murmurou:


   - Só um bebê, por favor. – Bella não o respondeu com palavras, beijou-o nos lábios e riu junto com as irmãs do drama do namorado.


***


   - Hoje eu não quero ficar longe de você. – Ronronou Demi enlaçando os dedos de Joe sobre a marcha do carro. A vontade de ficar agarrada com o namorado não passava, e se ela continuasse se esfregando no braço de Joe como uma gata, ele acabaria se desconcentrando do trânsito.


   - Gatinha, mais tarde. – O suspiro o entregava. A noite deles tinha sido agitada, e decorreu-se até mesmo depois que acordaram e tiveram a rapidinha no banho. Joe só não conseguia controlar toda carência que sentia por Demi e adorava o fato dela estar dando atenção exclusiva para ele. – Você está indo ficar na casa do seu pai. Não tem muito que eu possa fazer lá. – O comentário foi só para tentar convencê-la, mais uma vez, que ela não precisava passar à tarde na casa de Inácio para organizar o natal. Eles tinham gente o suficiente para cozinhar, fora os pratos que tinham sido encomendados.


   - Eu não deveria ter prometido que iria passar à tarde lá. – Resmungou Demi levando as mãos ao rosto. O carro das irmãs estava logo atrás. É que naquela tarde tinha algo dentro dela que pedia para que Joe estivesse por perto durante todo tempo. Por boa parte da madrugada e manhã, Demi teve os beijos e o calor do namorado, mas ainda sim não tinha sido o suficiente. – Você deveria me sequestrar, Joseph. – Tornou a resmungar enlaçando os dedos aos dele e se encostando ao braço forte. Com certeza ela estava o atrapalhando a se concentrar no trânsito, mas Joe preferiu não comentar a respeito. Ele a beijou carinhosamente na testa quando teve que parar na sinaleira.


   - Eu vou te sequestrar então. – Disse a olhando nos olhos e sorrindo. A ideia até que não era ruim, claro que não um sequestro propriamente dito por que ele jamais faria mal a namorada. – Você está oficialmente sequestrada, Demetria. – O selinho o fez sorrir. Ele até levaria a brincadeira a sério, se Demi não tivesse franzido o cenho.


   - Queria mesmo que você pudesse me sequestrar. – Comentou resmungona. – Nós vamos terminar a ceia e depois nos arrumar. – Aquela noite seria muito importante porque seria a primeira noite que Demi se arrumaria para o natal com a família. A ansiedade a consumia só de pensar no momento, ruim era lembrar que Selena não estaria presente como elas sempre fizeram. – Você vai com a tia Laura para o Rockefeller Center a noite ver a árvore de natal, certo? – Perguntou ansiosa. Era a segunda vez que ela o fazia, e Joe assentiu com um aceno.


   - Às dez da noite no Rockefeller Center, depois cada um vai para casa jantar com a família. – Ele disse trocando um breve olhar com Demi. Eles não concordaram com aquela parte de cada um seguir um caminho depois do passeio no Rockefeller.



   - Joseph. – Ronronar o nome dele e fazer biquinho era uma das estratégias que ela vinha utilizando nos últimos dias, e às vezes funcionava. Joe concordava sem pestanejar, mas daquela vez ele só arqueou uma sobrancelha e voltou atenção para o transito já que o sinal estava aberto.


            - Nós já conversamos sobre isso. – Ele disse centrado em dirigir. O problema era: Inácio não tinha o convidado com Laura, então ele não iria jantar na casa do sogro mesmo Demi dizendo várias vezes que Rick e Scott iriam.


            - Você deveria ser menos teimoso. – Resmungou emburrada. – Vai ser a nossa primeira ceia de natal juntos, e tem o nosso bebê. – Talvez usar o bebê para convencê-la não fosse o certo, mas seria especial e radiante para Demi ter Joe junto à família numa noite importante.


            - Eu vou pensar. – Joe sabia que Demi iria continuar insistindo enquanto ele estivesse negando. Ele tinha que confessar que queria muito passar a ceia de natal ao lado dela, mas também tinha que considerar que seria mais agradável para todos se o convite partisse de Inácio. – Ei, fica quietinha. – Se ele soubesse que receberia tantos beijos, teria cedido mais cedo. Só era complicado porque no momento dirigir com mais segurança era o importante.


            - Vai ser tão incrível se você realmente for. Só vai ficar faltando a Selena e a minha mãe. – Até o tom de voz de Demi tinha mudado e Joe tinha a certeza que ela estava sorrindo e tinha um brilho sonhador nos olhos. E realmente era a feição de Demi. Ter todos que amava reunidos no natal seria de tirar o fôlego.


            - Vamos ver, está bem? – Rapidamente ele a olhou quando diminuiu a velocidade do carro, comprovando que Demi estava sorridente. A vontade era de beija-la por horas a fio e se esquecer do resto do mundo, mas tudo que Joe fez foi enlaçar os dedos aos dela sobre a marcha e franzir o cenho quando teve o rosto virado para receber um breve beijo molhado na boca.

***

            - Demi, tem horas que você está do mesmo jeito. – Resmungou Hannah olhando a irmã pelo canto do olho. Demi estava deitada no puff desde que Megan tinha começado a tortura da maquiagem. Não era que Hannah não gostasse de ter a irmã a maquiando, era que estava demorando muito.


            - Hann, você não quer borrar o rímel, quer? – Megan e o velho tom ameaçador. Porém ela tinha razão, se Hannah continuasse abrindo os olhos e movendo a pálpebra, o rímel iria ficar borrado porque estava recém feito. – O que você está fazendo, Dem? – Perguntou a menina ao perceber que Hannah estava inquieta.


            - Eu estou conversando com o Joe. – Definitivamente foi uma péssima ideia ficar naquela tarde na casa do pai. Anna e Demi foram proibidas pelo anfitrião da casa de ajudar na ceia do natal, então Inácio tinha pedido que as filhas apenas descansassem no restante do dia e deixassem que ele e Isabella cuidassem da ceia. E realmente, Bella era muito competente e só de observa-la executar as receitas de sobremesas que elas tinham separado, era óbvio que a menina era fera no que fazia. Então Demi tinha dormirdo com Alicia no sofá da sala perto da lareira, e há quase trinta minutos atrás, acordou com o choro da pequena que a essa altura do campeonato deveria estar nos braços de Anna tomando mingau e sendo muito mimada.


   - Você deveria estar se arrumando. – Comentou Hannah e na breve piscada, flagrou Megan a olhando de sobrancelhas arqueadas. A estratégia de Hannah de se arrumar primeiro era motivo que Augusto passaria para vê-la.


   - Eu estou com sono. – Resmungou Demi bocejando. Estava muito gostoso estar embrulhada no cobertor que ela tinha ganhado de Inácio, o puff era muito confortável e a preguiça estava a dominando junto à vontade de se enroscar a Joe.


As mensagens que os dois trocavam estavam repletas de duplos sentidos e referências aos momentos que somente os dois viveram. Parecia que naquele dia a necessidade de Joe era muito maior, não apenas de sexo, Demi queria compartilhar do silêncio ao prazer mais intenso com o rapaz. Queria simplesmente se aconchegar a ele para sentir o calor e o perfume suave que era fator para a ansiedade de tê-lo.


   - Você deveria realmente estar se arrumando. – Disse Megan concentrada em distribuir blush nas maças do rosto de Hannah para depois verificar minuciosamente se estava distribuído por igual no lado direito e esquerdo. – Daqui a pouco não sobrará um secador ou pincel de maquiagem. – Era verdade. O relógio marcava seis e quinze da noite, e elas eram muitas. Anna não tinha se arrumado, assim como Bella, Amber, Megan e a bebê Alicia precisaria de auxilio. Inácio também tinha os momentos de pedir ajuda as filhas para escolher uma camisa e fazer o complicado laço de grava que ele jurava nunca ter aprendido com quase cinquenta anos de vida.


   - Eu prometo que já vou. – O sorriso de Demi não era para as irmãs, não quando Joe tinha enviado uma foto. Como alguém podia compartilhar do ar inocente com o de um homem sexy simultaneamente? O cabelo curto escuro esteva arrepiado na típica bagunça que era quando Joe dormia a tarde, o braço esquerdo tinha o músculo a mostra e ainda por cima a veia destacada, e naquele peito largo nu coberto por alguns pelos escuros havia a pequena Lucy aninhada ao dono que sorria timidamente para a foto.

Só foi uma pena que Joe não pode continuar conversando com ela, pois Laura tinha o chamado. Curtinho preguiça, Demi enviou algumas mensagens para pirraçar Selena e fez tudo, menos se arrumar. Era que ver as fotos com Joe era mais legal que interagir com as irmãs. Os dois sempre ficavam tão bem nas fotos, era sorrindo, trocando beijos, fazendo caretas e palhaçadas. Havia uma sinergia inegável, e Demi arriscava dizer que até mesmo a beleza dos dois combinava. Em meio às fotos, a que a fez rir foi a da tentativa de nudes. Joseph era naturalmente fofo, fofo a ponto de não conseguir dar espaço para o lado mais ousado. Enquanto ela tinha mandado uma foto ousada da boca abaixo com os seios a mostra, a foto do namorado foi motivo de muito riso e das bochechas hiper coradas dele. Não tinha ficado nada bom o volume na calça pelo fato de Joe estar usando pijamas com ursinhos. Foi divertido rir de como ele ficou todo sem jeito e envergonhado, e em troca quando o encontrou, Demi deu tantos beijos no namorado e o mimou. Ela só não contou para ele que aquela era simplesmente a foto proibida preferida de todas.


   - Ainda bem que você chegou, aproveita e avisa pra Dem que quando o papai ficar pronto ele não vai esperar ninguém. – Disse Hannah a Isabella assim que a porta do quarto foi aberta.


   - Isso é verdade. – Murmurou Bella se sentando ao lado de Demi e respirando fundo. Cuidar da cozinha não era uma tarefa fácil. Elas eram muitas e atender a exigência de cada uma dava trabalho. – Mas ele vai ter que esperar, eu estou exausta. – Isabella arqueou a sobrancelha ao flagrar o sorriso de Demi para o celular, e nos minutos que ela observou a irmã, a mesma continua com o mesmo semblante feliz. – O que você está fazendo, Dem? – Perguntou se aproximando e aproveitando para fazer um breve carinho na barriga onde o pequeno bebê estava abrigado.


   - Eu estava conservando com o meu gatinho. – Demi sorriu se sentindo ainda mais preguiçosa e à vontade por estar recebendo o carinho de Bella. – Hoje eu só queria ter ficado com ele. – Disse a irmã porque o sentimento de saudade de Joe não passava ou amenizava nem mesmo com o tempo que ela tinha ficado com ele mais cedo ou com a atenção que tinha recebido no celular.


   - Quando a Anne subir, vou perguntar se é normal gravidas ficarem tão carentes. – A cada vez que Bella deslizava Demi relaxava um pouco mais e teve uma hora que até fechou os olhos. – Agora eu estou entendendo o porquê de você querer ficar com o seu gatinho, mas animo Dem. Daqui a pouco você estará com ele. – O beijo na testa resultou num sorriso e logo os olhos estavam abertos flagrando Bella se levantando para checar como Hannah estava ficando.


            O tempo não parava, porém parecia que estava passando mais rápido que o normal e ficar deitada curtinho preguiça e cochilando já estava fora de contexto. As meninas tinham razão, Inácio não esperaria ninguém quando estivesse arrumado, e não demorou quarenta minutos para ele dar uma batidinha à porta do quarto para depois abri-la pedindo que alguma delas o ajudasse com o nó da gravata.
         

   - Preciso de ajuda com Alicia. – Reclamou Inácio de cenho franzido porque ele só queria um nó de gravata, não Hannah mudando o penteado do cabelo e Megan o importunando com creme facial.


Inácio era realmente um homem bonito. Deitada, Demi o observou em estado de cenho franzido e múrmuros, provavelmente não querendo se exaltar com as meninas que estavam o importunando. Estava barbeado, elegante num terno preto acetinado e o cabelo de fios castanhos e grisalhos tinha ficado melhor depois que Hannah o penteou para trás. Observar o pai elegante para a noite de natal a fez pensar em Dianna e se ela estava arrumada em um dos vestidos de grife que custavam mais caro do que Demi podia imaginar. Pensar nos dois resultava no coração mais acelerado, no cenho franzido e numa ansiedade que a incomodava por conta do frio na barriga. Eles teriam que manter a discrição sobre o envolvimento, pois se uma das mais novas desconfiasse, Megan em específico, muita coisa desandaria.


***

O pente cheio de dentes verdes estava repousado sobre o balcão de mármore do banheiro ao lado do creme de barbear. Ouvia-se um inspirar e expirar mais pesado em decorrer da ansiedade. Estava tudo bem, não estava? Joe olhou para os próprios olhos no reflexo do espelho. Ele tinha que estar perfeito, por isso o rosto estava barbeado, os lábios continham um pouco de protetor labial e o cabelo estava partido de lado com um pouco de gel porque ele não queria que os fios ficassem muito desordenados já que lá fora ventava.


O terno preto tinha direito a colete e gravata também pretos que se destacavam na camisa branca de botões. Toda seriedade e capricho de Joe envolviam a pequena joia guardada no bolso direito.


   - Você aceita casar comigo? – Tudo bem, ele tinha forçado a voz para ser um pouco mais grave, não tinha ficado ruim, mas o cenho franzido não demonstrava um pedido de casamento da forma que ele queria. Era para que Demi entendesse aquele pedido como o desejo que ele sentia de viver a vida, de crescer e construir ao lado dela. – Respira. – Disse baixinho repousando às mãos a pia de olhos fechados cabisbaixo porque ele não tinha condições de saúde para passar muito do limite, porém queria aproveitar a meia noite do dia vinte e quatro de dezembro para fazer aquela proposta à mulher que amava oficialmente. Não dava para dizer apenas da boca para fora, Demi estava grávida e eles queriam ficar juntos, o casamento só seria motivo de celebrar todas aquelas escolhas. – Demi, eu... eu não pude esperar, não vejo um motivo para... Droga! – Era mais fácil dizer apenas a frase tradicional junto ao olhar sincero, Joe tinha certeza que era, só que o nervoso o impedia de agir naturalmente mesmo sendo apenas um ensaio do pedido oficial. – Eu amo vocês com todo o meu ser. Você aceita casar comigo? – Sim, o segredo estava no olhar! Era a primeira tentativa que soava como ele desejava, um tanto sincero e apaixonado.


   - Eu acho que se você relaxar os ombros, ficará mais natural. – A intenção de Laura não era assusta-lo, Joe apenas fechou os olhos brevemente e quando a olhou, ele tinha as bochechas coradas. Era a mesma essência daquele menino gentil e carismático. – Meu anjo, você está lindo. – Elogiou-o se aproximando para arrumar a gravata, mas Joe a abraçou deixando um lagrima rolar.


   - Eu estou nervoso. – Ele não tratou de limpar as outras lágrimas porque não tinha vergonha de demonstrar como estava se sentindo: ansioso e com medo de receber um não, mesmo sabendo que Demi o amava.


   - Não tem como não ficar. – Disse Laura pacientemente espalmando o peito do sobrinho para depois arrumar o terno aos ombros. – Você cresceu, Joseph. Deus! Como cresceu. – Ela o abraçou mais uma vez também emocionada porque tinha o visto nascer e agora aquele homem a frente estava prestes a caminhar sozinho. Joseph não era mais o menino de seis meses atrás. – Não quero você nervoso, lembre-se da sua saúde. – Rapidamente ela recuperava a pose de mãe autoritária, e Joe assentiu limpando as lágrimas. – Vem cá, vamos conversar sobre essa decisão. – A gravata de Joe teve que ser um pouco folgada, e para que ele ficasse tranquilo acomodado a cama, Laura o conduziu a tirar o paletó. – Está melhor? – Perguntou o olhando concentrado no anel que pertencia à família Jonas.


   - Eu só estou nervoso. – Joe se sentiu melhor quando Lucy abriu a porta do quarto e se deitou a cama no colo dele. Às vezes o rapaz tinha a certeza que aquela cadelinha entendia quando ele precisava de apoio. – Eu quero muito casar com ela. – Começou a dizer enlaçando os dedos ao pelo marrom e em troca recebendo lambidas na mão. – Eu quero todo esse pacote: uma casa aconchegante, vários bebês e cães, acordar e dormir ao lado dela sabendo que nós somos pais atenciosos e responsáveis, passar as férias na fazendo com os meus filhos e a minha esposa. Eu não vejo um motivo para não pedi-la em casamento logo. – Os olhos de Laura demonstravam como ela estava atenta a tudo que era dito, já os de Joe carregavam o brilho de um sonhador que amava.


   - Vocês só têm vinte e três anos. – Laura franziu o cenho e o tocou nas costas num gesto de carinho que chamou a atenção de Joe. – Querido, eu entendo, só que não é melhor nós focarmos esses próximos meses na sua saúde? Vocês têm tempo para organizar um casamento depois que tudo estiver mais seguro. – De certa forma, Laura de tinha razão. Joe precisava entender os limites da saúde e respeita-los com a devida atenção que o problema necessitava, coisa que ele não fazia por si só.


   - Ela está grávida. – A respiração foi mais longa e funda, então Joe relaxou um pouco mais ao sentir as costas serem espalmadas e os dedos em contato com o pelo de Lucy. – Eu não quero perder nenhum momento, eu não sei se tenho tempo e nem se terá um depois. – Murmurou cabisbaixo. – Eu não quero pedi-la em casamento por conta disso, é só que... que eu a amo, estou pronto e ela também.


   - Você a conhece tem seis meses, Joseph. – Laura franziu o cenho quando Joe a olhou intrigado. – Eu só me preocupo com você. – Explicou sustentando o olhar dele.


   - Eu sei, mas eu tenho certeza do que eu quero. – As palavras tinham soado firmes, e o silêncio a seguir de Laura indicava que ela não iria mais intervir. Ter os dedos lambidos por Lucy só foi uma afirmação para Joe que a decisão era mesma a certa, ele queria dar aquele passo e não seria a idade ou tempo que conhecia Demi que o impediria.

***

   - Só falta blush nessas bochechas. – Não existia melhor amiga que Selena! Demi a abraçou apertado e se demorou nos braços da amiga. – Você é colírio para os meus olhos, Demetria. – Selena sorriu quando olhou-a nos olhos. Demi estava linda de batom vermelho, cabelo solto e vestido branco moldado ao corpo curvejado e meia calça.


   - Você é a melhor amiga de todo o mundo. – Quem mais iria levar o trench coat que estava no apartamento dela naquela hora da noite? Apenas Selena! – E a mais linda de todas. – Demi a beijou na bochecha e sorriu para a amiga olhando-a de cima a baixo. O volume na barriga de grávida estava lá no vestido vermelho e os olhos de Demi ficaram marejados.


   - Hoje ela está intensa. – Disse Isabella ao adentrar o quarto para cumprimentar Selena com um abraço apertado. – Aliás, vocês duas estão. – Comentou ao notar que Selena estava emocionada como Demi.


   - É véspera de natal. – Selena esperava que o comentário justificasse o olhar centrado em Demi demonstrando carinho e amor. Era uma época importante para as duas, uma vez que Sel sabia como Demi ficava sensível antes de ter conhecimento da família e passava o natal com ela e a família mostrando um sorriso tímido em agradecimento a cada vez que era feita uma típica gentileza à moça. Agora, as coisas estavam diferentes num sentido melhor e só de olhar nos olhos amarronzados da melhor amiga, Sel sabia que Demi estava verdadeiramente feliz.


  - Está muito frio? – Perguntou Demi ao se acomodar a cadeira giratória que ficava em frente à penteadeira. Ela até desviou o olhar do espelho para Selena, mas teve que erguer o rosto na direção de Hannah assim que a menina voltou a assumir o posto depois de ter sido chamada pelo pai minutos mais cedo. – Eu quero saber se apenas esse casaco vai me ajudar com o frio. – Explicou-se olhando Selena arquear uma sobrancelha ao olhar brevemente para o trench coat em mãos.


   - Está muito frio, Dem. – Disse Sel se aproximando para verificar a maquiagem que Hannah finalizava. – Deixei meu outro casaco no cabideiro junto com o meu cachecol e touca. – Só de citar aquelas peças de roupa, Selena se lembrou de Joe e o exagero do rapaz com roupas para combater o frio. Dois suéteres e um casaco? Não, Joseph vestia pelo menos duas camisas por debaixo dos suéteres.


   - O Joe vai estar todo duro de tanta roupa que ele vai vestir. – Comentou Demi como se pudesse adivinhar o que a melhor amiga tinha pensado, o que foi motivo de riso porque todas presentes naquele quarto sabiam como Joe era exagerado para se proteger do frio.


   - Falando em frio. – Hannah umedeceu os lábios, analisou as maças do rosto de Demi com blush rosado. – Eu acho que ir ao Rockefeller mais tarde não é uma boa ideia, está nevando. Vocês podem pegar um resfriado ou algo do tipo. – Disse a menina trocando um breve olhar com Demi. – Nós deveríamos ficar aqui em casa perto da lareira acesa escutando Megan tocar canções de natal no piado e comendo.


   - Por um acaso o Augusto não vai poder ir ao Rockefeller? – Perguntou Isabella com uma sobrancelha arqueada desviando o olhar do celular brevemente para Hannah.


   - Ele estará lá com a família. É que eu realmente estou preocupada com essas meninas grávidas. – Hannah sustentou o olhar de Bella por alguns segundos até a irmã mais velha assentir um pouco desconfiada. Claro que ela estava preocupada com Demi, Anna e até mesmo Selena! Só que a mãe de Augusto não era uma mulher fácil de lidar, só não era pior que Inácio.


   - Talvez a nevasca fique mais forte com o avançar da hora. Mas eu acho que vinte minutos apreciando a árvore de natal do Rockefeller vale a pena. – Disse Selena. Demi sorriu porque entendeu o que a amiga querida dizer. As irmãs podiam entendê-la, mas jamais saberiam como de fato era importante estar com todos que amava naquela noite de natal.

***


As batidas do coração estavam aceleradas, o frio na barriga e o olhar alternado nas ruas de Nova York e o interior do carro, eram causados devido à ansiedade para curtir a noite de véspera de natal ao lado das pessoas que amava. Demi não conseguia nem mesmo prestar a atenção no celular como Megan fazia, ou conversar com Inácio como Anna.


Nova York era de tirar o fôlego. Como em toda véspera de natal, nevava como em nenhuma outra época. O Central Park estava de tirar o fôlego mesmo com as árvores em galhos, já que era comum que naquela estação do ano a falta de folhas. Era interessante porque parecia que foi ontem que as árvores estavam cheias de folhas verdes vistosas e que carregavam o cheiro de natureza sem igual.


Uma certeza, era a paixão pelo lugar onde nasceu. Demi desviou a atenção do Central Park poucas às vezes para assentir sobre algo que Inácio tinha comentado. Só o celular vibrando mostrando uma nova notificação de Joe que foi capaz de entretê-la.


Lucy estava de roupa nova como todos naquela noite. O sorriso de Demi foi sincero enquanto ela observava as fotos enviadas pelo namorado. Primeiro era da cadelinha no banho, até então uma bagunça. Depois havia a foto de Lucy tendo o pelo escovado com secador, Joe a segurava e Laura manuseava o aparelho, e então! A risada foi genuína e a vontade de Demi era de poder brincar com Lucy e enchê-la de beijos. Quem diria que a roupinha de rena de papai Noel ficaria fofa? Eram muitos ângulos para admirar a pequena Lucy, e a foto favorita: Joe de cenho franzido com a rena de natal o lambendo no queixo foi definida como novo wallpaper.


   - Estão ansiosas para essa noite? – Perguntou Inácio concentrado em procurar a vaga para o carro que tinha reservado mais cedo. O público naquela noite era de uma quantidade suficiente para esgotar as vagas para estacionamento antes mesmo das dez da noite.


   - Eu estou feliz, não ansiosa. – Anna estava sorridente, serena e era uma boa companhia para conversar sem se estressar. A moça estava aliviada que a gravidez não tinha sido motivo para brigas, tudo estava dando certo com Rick e a família. Não havia motivos para ficar nervosa, claro que havia Megan que sempre era uma caixinha de surpresas, como quando a menina revelou que tinha feito uma tatuagem e furado o nariz. Mas naquele dia Megan estava tranquila e até mesmo calada, o que não era de muito costume.


   - Confesso que estou pensando nas sobremesas, é o que fará minha noite agradável. – Comentou a menina ainda distraída no celular e Inácio quis saber o que tanto a envolvia e o motivo para não ter escutado mais frases como aquela no decorrer do caminho até o Central Park, provavelmente Megan estava envolvida com jogos de celular, caso contrário estaria perturbando as irmãs.


   - Demetria? – Ele perguntou sentindo falta também de ouvir a voz de Demi. Era realmente estranho estarem todas sossegadas. Aquelas meninas conseguiam enlouquecer qualquer pessoa facilmente.


   - Estou muito ansiosa. – Não havia motivos para esconder a ansiedade, Demi só não esperava receber olhares questionando o motivo. – É meu primeiro natal em família, tem o Joe e o bebê. Está tudo.. fantástico. – O olhar ainda estava através da janela do carro porque Demi estava de bochechas coradas porque estava envergonhada e sem jeito para olha-los.


   - Eu ainda não acredito que vocês duas estão realmente grávidas, isso é uma loucura. Espero que Bella e Hannah não decidam copiar essa moda, porque aí as coisas vão ficar bem bizarras. – Era apenas Megan sendo Megan. A menina mal tinha desviado o olhar do celular, e Demi olhou para Anna flagrando o olhar da irmã porque Inácio tinha murmurado algo provavelmente não aprovando a ideia de ter quatro filhas grávidas, principalmente Hannah que ainda era uma adolescente.


   - Estão todas bem agasalhadas? – Perguntou Inácio assim que estacionou o carro. Ele se virou para arrumar a touquinha de Alicia a cabeça e franziu o cenho ao perceber que a pequenina cochilava na cadeirinha. Não era hora para a mamadeira de mucilon e o movimento do carro contribuíssem para o sono de Alicia, havia muito para mostrar da decoração de natal para a pequena. Inácio apostava que se Dianna não parecesse, a filha caçula e Amber seriam as únicas companhias que dariam atenção para ele.


O pinheiro enfeitado tinha cerca de vinte e cinco metros de altura. Demi nunca tinha o visto com pisca-pisca naquelas cores: vermelho, azul e dourado. No topo da árvore a estrela que brilhava era de cor prata. Era simplesmente delicioso olhar para o pinheiro de natal com todas aquelas cores vivas, sentir os flocos de neve beijarem o rosto quente e escutar as músicas de natal que tocavam naquela noite. A sensação se tornava muito melhor ao olhar para o lado e encontrar Inácio e as irmãs tão envolvidos com a noite quanto ela.


Estava realmente cheio o Rockefeller Center, o motivo em especial? O pinheiro de natal e a pista de patinação. Para compor a noite, havia artistas fantasiados de entidades natalinas que faziam shows de rua para todos os públicos, o que ocasionava em muitos sorrisos. Se os olhos não capturassem a imagem de Joe a poucos metros junto à Laura e a família Gomez, facilmente Demi deixar-se-ia envolver com os entretenimentos da noite.


Flocos de neve tinham o charme apenas em filmes e contribuíam de fato para que as pessoas que não estavam bem agasalhadas batessem os dentes e esfregassem as mãos nos braços na mera tentativa de se aquecer. Joe jamais seria uma daquelas pessoas porque ele era precavido, o que justificava o sobretudo de lã preta, o cachecol e a touca. Demi sorriu porque ele tinha a olhado como se sentisse que ela o fazia, e se aproximou sorrindo lindamente como um menino coradinho. Joe com certeza tinha feito muitas mulheres se apaixonarem por ele. Não dava para julga-las, o homem era de tirar o folego.

   - Ei, boa noite. – Sempre gentil e carinhoso, as mãos dele foram repousadas à cintura para que compartilhassem de um abraço apertado. – Você está linda. – Quando ela não estava? Foi simples e sincero. Joe sorriu emocionado a olhando nos olhos. Eram seis meses ao lado daquela mulher e não teve um só dia que ele não se apaixonou por ela.

   - Você também, Joseph. – O lábio inferior foi levemente mordido para conter um sorriso, mas ele aconteceu quando ela viu que Joe sorria.

   - Não me pergunte o porquê, mas eu me sinto como se fosse o nosso primeiro encontro. – Disse enlaçando os dedos aos dela para depois beija-la a testa. – Estou falando sério. – As bochechas dele coraram porque Demi tinha arqueado uma sobrancelha e sorria.


   - Eu estava ansiosa para ter o nosso primeiro encontro. – Comentou Demi ao se lembrar da primeira vez que recebeu Joe no apartamento como o cara com quem ela estava saindo. – Eu amo ter você. – Como se soubesse o que ele faria, Demi fechou os olhos e pressionou os lábios aos dele o abraçando pelo pescoço.


   - Eu também, Demi. Amo muito ter você e o nosso bebê. – Sempre seria estranho quando alguém a tocasse na barriga, mas nada como o tempo para ajuda-la a se acostumar. – Não podemos nos esquecer da Lucy. – Disse ao se lembrar da luta que foi para sair do apartamento porque Lucy o chamava para brincar com a bolinha claramente necessitada de atenção.


   - Sim, nossa família. – Demi sorriu o olhando, selou os lábios aos dele um breve selinho e enlaçou os dedos. – Vem falar com o pessoal. – Não tinha muito que Joe fazer. Ele resolveu que ficaria tranquilo, aliás, tentaria porque a caixinha com o anel estava no bolso do sobretudo e o pedido seria feito na frente de todos.

Cumprimentar a família de Demi era uma tarefa que sempre o deixava de bochechas coradas porque as meninas eram espirituosas e faziam brincadeiras e lançavam olhares a ele que o deixava sem jeito, mas no fundo Joe sabia que elas estavam apenas brincando. A pior parte de fato era dizer boa noite para Inácio, porém Joe se surpreendeu com o quão passivo o homem estava, o que resultou em até um sorriso e um simpático “Boa noite garoto”.

   - Você tem notícia da minha mãe? – Demi perguntou a Inácio interrompendo a conversa dele com Laura depois de olhar atentamente os detalhes do pinheiro de natal e se acomodar ao abraço de Joe. Todos estavam envolvidos em seus próprios mundos: Anna e Bella conversavam com os namorados, Hannah estava nos braços de Augusto ali perto assistindo ao show de saxofone ao lado de Amber, Megan tinha insistido bastante para patinar na pista de gelo e Inácio a observava com Alicia nos braços porque não queria que a menina se metesse em confusão. Selena estava com os pais, e caminhava com Ed pelo complexo de olho em Ana e Harry que estavam animados com a véspera de natal.

   - Ela está atrasada, até mais cedo estava confirmado que ela estaria aqui conosco. – Disse Inácio brevemente arrumando a touca de Alicia para depois retomar a conversa com Laura.

   - Eu vou ligar para ela. – Murmurou Demi lançando um breve olhar para Inácio e depois para Laura. Era impressão ou Inácio parecia interessado em Laura? Demi bufou irritada caminhando com Joe o puxando pela mão para um lugar mais sossegado. – Meu pai e a sua tia estão se entendendo. – Comentou o olhando nos olhos e como de costume Joe demorou a entender, mas quando o fez, franziu o cenho.

   - Não é nada disso, Dem. – O cenho franzido não seria desfeito pelos próximos segundos porque Joe não gostava nenhum pouco da ideia de Laura se envolver romanticamente com Inácio. – A tia Laura só é simpática, não é como se ela tivesse alguém da mesma faixa etária para conversar além do seu pai. – Murmurou observando Laura e Inácio conversarem.

   - Eu vou ligar para minha mãe, estou preocupada. – Demi deixou que Joe a abraçasse de lado e aproveitou para se aninhar a ele roçando a bochecha a região do peito para ajudar a aquecê-la enquanto esperava Dianna atender ao celular.

   - Onde você está? Estou preocupada. Só falta você. – A mensagem de voz na caixa postal foi a melhor opção já que Dianna não tinha atendido a ligação e pelo visto o celular não estava conectado à internet.

   - Ela deve estar a caminho, princesa. Não fica preocupada. – Disse Joe ao perceber a feição séria de Demi olhando a multidão de pessoas a procura de Dianna.

   - É quase dez e meia, daqui a pouco meu pai vai nos levar para casa para jantarmos e.. eu também queria aproveitar aqui com a minha mãe. – Joe assentiu e a beijou na testa. Era uma observação que ele deveria ficar atento, o tempo estava se passando e o quanto antes o pedido fosse feito, melhor seria. Só que como funcionava para saber se era o momento certo ou não?

Joe enlaçou os dedos aos de Demi e começou a caminhar com a namorada para que eles pudessem aproveitar a noite. Quem diria que se juntariam a Hannah e Augusto? Melhor, para dançarem ao som do saxofone, violino e violoncelo? Demi sorriu porque a ideia tinha sido incrível, havia outros casais assistindo ao simples show, e tinha sido Joe quem a puxou para dançar com ele incentivando os outros casais a ficarem juntinhos como eles e a mover o corpo no ritmo romântico da música.

As risadas exageradas eram causadas por Joe e aquele jeitinho fofo envergonhado que só pertencia a ele, só que quando Dianna chegou toda arrumada num vestido vermelho vinho e um elegante sobretudo felpudo branco, o rapaz recebeu um beijo na bochecha e então Demi tinha toda atenção apenas para a mãe. Não dava para ficar chateado, Dianna era um concorrente que ele jamais iria vencer, Demi estava feliz, claramente feliz e não havia nada que escondia o quão radiante ela estava.

   - Perdeu a namorada para a mãe. – Até mesmo fumaça saía por entre os lábios de Ed em decorrência do frio. Joe sorriu um pouco sem jeito quando o amigo o abraçou de lado e olhou na mesma direção que ele. – Nunca vi a sua baixinha tão feliz. – Demi estava a todos os sorrisos conversando com a mãe e Selena. Dava para perceber a felicidade da moça só de estar ao lado.

   - Quero que ela aproveite a noite ao máximo. – Disse Joe adentrando os bolsos do trench coat verificando, mais uma vez, se o anel estava ali. – É muito bom vê-la feliz com a família. Sabe, a Demi esteve muito preocupada com hoje porque é um dia especial para ela. – Ele tinha a observado nos últimos dias e era intrigante vê-la de cenho franzido só porque não sabia se conseguiria estar com as pessoas que amava na véspera de natal. – Eu vou pedi-la em casamento antes da meia noite. – Joe nem precisou olhar Ed para saber que ele tinha uma sobrancelha arqueada.

   - Joseph! – Se a intenção de Ed era chamar atenção, ele tinha o feito perfeitamente. Os olhos tão verdes quanto os de Joe estavam levemente arregalados e Ed mordeu o lábio inferior claramente curioso porque queria ver o anel. – Por que você não me disse antes? – Perguntou chateado. – Eu poderia te ajudar. A noite está linda e se a gente tivesse bolado algo, ficaria inesquecível. – Ralhou olhando para o melhor amigo e Joe coçou o cabelo da nuca.

   - Estou começando a ficar nervoso. – Quantas pessoas estavam no complexo? Era impossível conta-las porque o movimento era constante, a cada segundo um rosto diferente surgia. – Eu não imaginava que teria esse tanto de gente. – Joe olhou brevemente alguns pontos que tinha achado interessante e franziu o cenho. E se ele gaguejasse? As bochechas iriam ficar vermelhas!

   - Você vai pedi-la em casamento em frente à árvore de natal. – Disse Ed determinado que até apoiava as mãos aos ombros de Joe e o olhava nos olhos atentamente. – Vai ser simplesmente perfeito! – Murmurou atento e Joe arqueou uma sobrancelha porque o maior fluxo de gente estava pela região da árvore, as pessoas se aproximavam para tirar fotos e observar o pinheiro o tempo todo. – Sem chances de ter um lugar melhor. – Ed era um cara muito animado e criativo, e ele não conseguia disfarçar quando estava empolgado. Até porque a ideia do rapaz era muito boa e Joe tinha certeza que custaria as bochechas dele coradas e muito quentes. – Eu vou conversar com o pessoal do violino. Vai ficar simplesmente perfeito se eles tocarem a música favorita da Demi enquanto você a pede em casamento. – E novamente Joe teve que policiar que ninguém conhecido estava próximo para ouvir Ed.

   - Todo mundo vai olhar. – Ronronou Joe se sentindo desconfortável, mas Ed nem mesmo deu oportunidade para a insegurança do amigo.

   - E daí? Vai ser inesquecível para vocês e para todos que vão assistir. Eu tenho certeza que a Demi vai ficar muito mais feliz do que ela já está. – Disse olhando para Demi. Ela tinha Harry nos braços enquanto Selena tinha Ana, e ambas conversavam entre sorrisos e risadas com as gêmeas. – Qual é a música favorita dela? – Ed não estava brincando. Joe fechou os olhos com força depois de sustentar o olhar do amigo por quase um minuto.

   - Com certeza alguma do Michael Jackson. – Resmungou começando a bater um pé e a se sentir ansioso.

   - Não dá para pedi-la em casamento ao som de Thriller. – Disse Ed olhando na direção dos músicos.

   - Human Nature é muito legal. – Era realmente uma música bonita e Joe se lembrava de ter ouvido Demi cantarola-la diversas vezes.

   - Não, você tem que pedi-la ao som de Perfect. – Ed estava ligado a tomada, só podia! Joe mal tinha processado a informação e já era arrastado pelo amigo na direção dos músicos. – Ed Sheeran é o cara mais romântico e não é mera coincidência ele ter o mesmo nome que eu. – Agora Ed estava indo muito longe e Joe ficou ainda mais apreensivo porque não queria chamar muita atenção, ele era um cara tímido para se apresentar no meio de tanta gente.

   - Ed. Calma, por favor. – Pediu ao amigo antes mesmo que Ed dissesse em voz alta sobre o pedido de casamento e uma das irmãs de Demi ouvisse, já que eram muitas e estavam espalhadas pela festa.

   - Você está nervoso por conta do pai dela? – Perguntou Ed ansioso para falar com os músicos, que não conseguia manter o olhar em Joe. – Pensei que vocês tinham se resolvido. Ele já sabe da gravidez.

   - Eu só não quero gaguejar. – Ronronou Joe sentindo as bochechas corarem e alguns flocos de neve cair no rosto. – Eu não estou nervoso por causa do Inácio. Infelizmente a timidez ainda me atrapalha bastante, tem muita gente aqui e tem uma parte de mim que tem muito medo de ouvir o não. – Era melhor assumir em voz alta o que ele sentia sobre o pedido que tanto queria fazer. Ed era um bom amigo e o ajudaria como sempre.


   - Uma das certezas que eu tenho na vida é que a Demi jamais dirá não para você. – Dado os últimos acontecimentos, Ed tinha certeza que aqueles dois ficariam para sempre juntos. O que havia acontecido no Texas era uma prova, assim como a história com Jake. – Eu entendo a sua timidez. Até eu fiquei inseguro quando fui propor a Sel, mas faz parte. Só tente ser o mais sincero possível, você quer fazer isso porque a ama, certo? Se for importante para você, tenho certeza que se arriscar em público para pedi-la em casamento não vai ser nada perto do quão feliz você ficará, assim como ela. – Não tinha muito que contestar, Ed tinha razão. A timidez estaria presente, mas depois ele nem se lembraria porque estaria feliz junto a mulher que amava.

   - Você acha mesmo que com música ficará legal? – Perguntou apreensivo olhando na direção dos músicos.

   - Vocês estavam fofos dançando juntos, a música está boa e tenho certeza que só vai acrescentar. – Disse Ed o olhando e segundos depois Joe assentiu se sentindo sufocado pela repentina ansiedade. Ele só não podia exagerar na emoção porque o plano era ter uma noite feliz, não ir para o hospital. – Perfect, do Ed Sheeran. – Não dava para negar que teoricamente seria inesquecível um pedido de casamento ao som de Perfect em frente ao pinheiro de natal com neve caindo do céu.


   - Tudo bem. – Joe assentiu umedecendo os lábios verificando mais uma vez se o anel estava com ele. – Quase onze horas. Você pode cuidar dos músicos? Preciso me aproximar dela e inventar alguma coisa para conseguir leva-la para perto do pinheiro. – Ele observou Demi agachada e concentrada arrumando algo na roupa de Harry.


   - Fica atento ao celular. – Ed sabia que no momento que Selena se aproximasse, seria complicado até mesmo trocar um olhar com Joe sem que ele fosse questionado pela namorada. Era difícil mentir ou omitir para aquela mulher, parecia que ela tinha um detector exclusivamente para aquelas coisas, então mandar uma mensagem para Joe seria mais seguro.


Como ele faria para se aproximar de Demi e envolve-la mais que as irmãs e Selena? Elas conversavam concentradas e parecia não ter muito espaços para homens já que Rick, Scott e Augusto não acompanhavam as namoradas. Ah! Seria desconfortável se aproximar, mas Joe o fez sentindo as bochechas esquentarem.


   - Gatinha? – Não foi ruim como ele tinha pensado. Demi o abraçou pela cintura toda manhosa e o beijou no peito. Era simplesmente maravilhoso quando ela o fazia, por isso que Joe a beijou na testa e a encheu de beijinhos no rosto. – Senti a sua falta. – Resistir a Demi? Impossível! Joe sorriu encantado porque a namorada mesmo com o sapato de salto ainda tinha que olhar para cima para olha-lo, e foi aí que ele selou os lábios nos dela num beijo demorado. – Eu estava pensando em a gente tirar uma foto perto do pinheiro de natal. O que você acha? – Quando ela envolvia o pescoço dele com os braços e não desviava o olhar, Joe ficava completamente vidrado na mulher que tinha nos braços.


   - É uma ideia muito, muito boa. – Demi o beijou no queixo e suspirou ao ter a cintura apertada pelas mãos dele e os lábios selados. – Eu estou começando a sentir frio. – Ronronou se aconchegando nos braços dele.


Discretamente Joe olhou a hora no relógio de pulso e na direção de Ed que ainda conversava com os músicos. Era realmente o momento de fazer o pedido, quanto mais tempo passava, mais frio ficava e não seria nada bom para Demi e o bebê.


   - Fica aqui quietinha que eu vou te proteger. – Ele ronronou de volta a beijando na testa e apertando-a no abraço. Foram quase dez minutos com Demi nos braços a mimando enquanto Ed providenciava o detalhe que tanto dizia que iria agradar a Demi. E já ela.. Joe apostava que mais cinco minutos nos braços dele e Demi iria dormir, ela nunca ficava quieta daquele jeito, e ultimamente o que mais fazia era dormir. – Como está sendo a sua noite? – Perguntou se afastando um pouco para colocar uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e olha-la nos olhos. Só aquele sorriso para fazê-lo radiante! Joe espalmou as mãos nas costas dela e roubou um beijo assim que Demi gesticulou os lábios para começar a falar.


   - Está sendo fantástica.. – Ela sorriu nos lábios dele e o mordeu no lábio inferior se aninhando ao abraço. – Eu estou muito feliz que todos estão aqui: a mamãe, minhas irmãs, meus amigos, meu pai e o amor da minha vida. – Os olhos de Demi não deixavam que ela mentisse, pois neles estava claro que o que ela dizia era verdade. A típica carência tinha ido embora e só restava o olhar meigo com uma pitada de felicidade que Joe costumava amar.


   - Isso é bom, certo? – Perguntou olhando brevemente para direção de Ed, e quando não o viu no lugar onde o amigo negociava com os músicos, o frio na barriga e o coração absurdamente acelerado porque o celular vibrava no bolso quase fizeram com que Joe passasse mal, mas ele não podia de forma alguma. – Eu es..estou muito feli..li..liz que você está feliz. – Não era hora para gaguejar ou deixar qualquer insegurança domina-lo. Joe franziu o cenho porque ao olhar para Demi encontrou-a com uma sobrancelha arqueada. Ele não gaguejava com ela, foi-se o tempo em que o fazia. – Vamos tirar a nossa foto? – E o quanto ele lutou para conseguir ser firme naquela frase? Os dedos foram enlaçados aos dela e quando Demi assentiu, Joe olhou na direção de Laura que também o olhava. Só através daquele contato ele tinha certeza que a tia sabia o que iria acontecer.


   - Ei, para onde você vai? – Não dava para Isabella os interromper noutra hora? Joe franziu o cenho porque no decorrer do caminho até o pinheiro de natal não era muito longe e Bella os interromper só contribuía para a ansiedade e nervoso.


   - Eu e o Joe vamos tirar nossa foto de natal no pinheiro. – Respondeu Demi toda sorridente. A intenção não era trazer as garotas com eles! As bochechas de Joe estavam vermelhas porque além de Bella e Scott estavam Hannah com Augusto, Anna e Rick. Não era para chamar atenção de forma alguma.


A neve continuava caindo e conforme os ponteiros avançavam no relógio, ficava mais frio. Em contrapartida, a pista de patinação não parecia cheia como mais cedo e as pessoas estavam mais tranquilas tirando fotos em família e curtindo o momento. Cada passo até a árvore de natal parecia uma eternidade para Joe, ele até tentou andar no ritmo normal, mas os dedos enlaçados aos de Demi diziam que ele deveria segui-la, e Demi estava rindo de uma piada de Scott e andando tão devagar que eles não chegariam lá tão cedo. Pobre Joseph! Ele se sentiu sufocado em decorrer da ansiedade, a barriga começou a doer e uma extrema falta de ar como se os pulmões estivessem secos o deixou atordoado. Só não foi pior porque assim que chegaram em frente ao pinheiro, os músicos começaram a tocar surpreendendo a todos.


Ninguém esperava por música. Música, neve e uma enorme árvore de natal enfeitada com centenas de luzes coloridas de natal. Os flocos de neve tocaram o rosto, os olhares estavam um pouco confusos e tortos em direção aos músicos, e Joe viu Ed e Laura juntos o olhando a pouquíssimos metros dali. A música estava tocando como o combinado numa orquestra simples de saxofone, violino e violoncelo na música Perfect. Só que por alguns segundos foi como se tivesse um nó no estomago. Ao invés das bochechas de Joe ficarem rosadas como o costume, o rosto dele ficou um pouco pálido e os dedos apertaram os da amada com um pouco mais de força.


   - Demi. – Não era para assusta-la ou chamar atenção dos outros porque ele tinha a chamado um pouco alto demais. Só que Joe só conseguia ouvir o som do próprio coração quase o ensurdecendo em batidas ágeis. – Eu.. – Ele sabia que estava sendo olhado! E por um pouco a insegurança assumiu o controle num Joe que acabaria no hospital. Só que os olhos dela e a lembrança da vida que ela carregava no ventre o fez arrepiar e sentir como se uma energia contagiante o movesse dali para frente. Joseph umedeceu os lábios, não desviou o olhar do dela por nada e pôs-se de joelhos. – Foram seis meses ao seu lado para saber que eu quero passar todos os dias que estão por vir com você. – O olhar estava no dela, e era aquilo que importava! – Eu aprendi a amar e a enxergar um mundo muito melhor com você, onde há esperanças, dias divertidos, cumplicidade, e o melhor de tudo é o resultado do nosso amor que está crescendo no seu ventre. Você aceita casar comigo? – Ele não tinha perdido a voz ou gaguejado como pensado! E a razão era o olhar marejado de Demi fixo ao dele. Só que nada podia ser perfeito, os dedos estavam trêmulos e buscar a caixinha com o anel no bolso do sobretudo deu trabalho.


   - A resposta sempre foi um sim, meu amor. – Demi não conseguia conter as lágrimas e o sorriso. Era estranho chorar de felicidade, e estava acontecendo! Ficar de joelhos abraçada com o futuro marido sobre uma enxurrada de palmas foi o que ela precisava para sentir a alma se conectar a de Joe e a felicidade florescer e se enraizar profundamente entre eles. – Eu te amo, Joseph. Simplesmente te amo. – No momento os braços dele era o único lugar capaz de fazê-la calma e segura. As mãos foram ao rosto dele e o beijo que trocaram, um selinho, não passou de um poderoso encostar de lábios capaz de deixa-los sem fôlego e ansiosos um no abraço do outro.


   - Eu também te amo. – Até então os dois estavam envolvidos no próprio mundo porque o momento era apenas deles, apesar de estarem em público. Porém quando romperam o abraço para que pudessem trocar as alianças, mais palmas surgiram porque além de beija-la na boca, Joe acariciou-a na barriga e Demi sorriu lindamente levando a mão junto a dele.


   - Vocês são lindos demais juntos! – As felicitações foram muitas! Demi não saía do lado de Joe, e ele do dela. Hannah parabeniza-los com lágrimas rolando só foi motivo para as lágrimas da noiva e do sorriso tímido de Joe enquanto era abraçado.


   - De todo o meu coração, eu quero que você seja feliz nessa nova etapa da sua vida. Verdadeiramente feliz com as suas decisões, a nossa família e a sua própria. Agora que eu estou aqui, prometo que sempre estarei não importa a situação. – Inácio era o lado mais fraco de Demi, os sentimentos que o envolviam estavam muito mais que o amor de filha e pai. Havia o constante medo de perde-lo e uma carência de atenção que a fazia ter um olhar inocente e infantil em decorrência da ausência da figura masculina durante toda a vida.


Ao ouvir as palavras do pai e ser abraçada, Demi assentiu calada porque a própria felicidade a impedia de formular uma resposta mais elaborada, motivo do abraço ter durado mais tempo. O importante era ouvir do pai aquelas palavras e ter a certeza que ele realmente estaria com ela independente da situação.


Para quebra-la em lágrimas, Dianna era a próxima. Pela primeira vez na vida Demi a via com o olhar transparecendo carinho, cuidado e algo que ela suspeitava ser amor materno. O beijo na testa e o abraço valeram mais que uma tonelada de palavras. Dianna a olhou nos olhos, umedeceu os lábios enlaçando os dedos aos dela e disse:


   - Eu tenho muito orgulho da mulher que você é. Eu estou aqui para você, sempre estarei. – Talvez não houvesse mais palavras porque a culpa e a emoção eram predominantes no momento. Só que Demi entendeu muito que a mãe quis demonstrar.


Exagerada, o nome do meio de Selena! Demi era somente sorriso quando a melhor amiga a envolveu num abraço bastante apertado, por sinal. Os beijos nas bochechas e o olhar confiante e feliz de Selena a fez se sentir imbatível, como sempre.


   - Você cresceu tão rápido! Minha bebê está noiva e eu não poderia estar mais orgulhosa. Eu te amo muito. Estarei aqui para sempre. – Mais grudadas que elas não existiam! Demi sorriu lindamente envolvendo Selena num abraço e disse que a amava, era absurdamente sincero o que ela sentia pela melhor amiga.

O que não faltava era gente para felicita-los, até porque a família de Demi era grande demais e aquelas meninas sabiam como fazer qualquer pessoa rir e se sentir querida. E não foi diferente, as bochechas de Joe ficaram coradas e Demi deu boas risadas porque o achava um amor.


   - Eu me diverti bastante essa noite. – Comentou Demi descontraída. Ela estava abraçada a Joe e quando foi questionada por Megan, a resposta foi genuína. – Foi a melhor noite de todas. – Não era algo que se dizia na frente das irmãs com o namorado/noivo por perto. Demi riu porque não demorou nada para que as meninas começassem a fazer comentários não tão santos, e que resultou nas bochechas dela e de Joe coradas.


   - Eu ficarei por aqui. Meu carro está no sentido contrário. – Joe não esperava que Demi fosse o olhar como um gatinho completamente carente. Por mais que a noite tinha sido fantástica, em algum momento eles teriam que se despedir porque o combinado foi de cada seguisse com a família.


   - Joseph. – Como se já não bastasse à despedida com Selena e Ed mais cedo para deixar Demi completamente chorosa, agora era Joe. Antes do pedido, já era muito ruim ficar longe dele, agora ela nem mesmo cogitava a ideia de solta-lo. – Amor. – Fazer biquinho deveria resolver muita situação. Demi o beijou no peito e fez a melhor carinha de cachorro que caiu da mudança o olhando.


   - Dem... – Joe sempre era carinhoso, ele a beijou a testa e arqueou uma sobrancelha. Eles já tinham conversado sobre a ceia de natal, e Demi ficaria na casa do pai e Joe com Laura e Lucy. – É apenas uma noite, princesa. Amanhã nós estaremos juntos novamente. – Para Demi era mais que uma noite, era o natal, a melhor data.


Dianna, que observava o impasse entre a filha e o namorado tocou o ombro de Inácio e bastou que ele olhasse na mesma direção para saber o que acontecia. Mais cedo eles conversaram sobre a possibilidade de Joe participar da ceia de natal, e não havia problemas.

   - Por que você não se junta a nós? – Inácio levou a mão ao ombro de Joe e soou gentil, diferente de como ele costumava a ser com o rapaz.

   - Eu.. – Tinha como dizer não para o biquinho de Demi? A verdade era que Joe queria mordê-lo e apertar a namorada nos braços, mas ele se conteve e olhou para Laura como se perguntasse o que ele deveria fazer.

Demi não pararia de sorrir tão cedo, não era forçado, era só uma expressão automática vinculada a como ela se sentia fantasticamente feliz. Joseph, família, natal. A noite tinha sido de tirar o fôlego, ela estava noiva e agora teria um dos momentos mais sagrados e especiais da véspera de natal ao lado das pessoas que mais prezava. Claro que faltava Selena e Ed, só que eles também tinham a própria família Gomez que por sinal era tão grande quanto a Lovato.

O natal era de fato mágico, e foi a primeira vez em vinte e três anos que Demi soube o que aquele boato realmente significava. Passar a noite de vinte e quatro para vinte e cinco de dezembro com Selena sempre foi bom e ter a amiga naquela data a fazia feliz, porém ter uma família espirituosa e alegre como a dela deixava qualquer pessoa em êxtase. Joe era o complemento fundamental da noite, ele e Dianna.

A noite acabou que Demi nem sentiu. Ela se lembrava de ter desejado feliz natal para cada pessoa da casa quando o relógio marco meia noite, mas o sono era absurdo, o som que vinha do piano tocado por Megan em jingles natalinos, as conversas dos rapazes e das irmãs, o fato de estar sentada ao lado de Dianna e o calor de estar nos braços de Joe conduziram-na ao sono. Um delicioso sono acompanhado das melhores sensações do universo: paz, amor e felicidade.


Continua... Oii! Oii!!! Eu estou muito feliz de ter conseguido escrever esse capítulo. Como vocês estão? Eu estou mais tranquila e em paz depois de toda turbulência chamada faculdade e vida pessoal. Demorei a escrever esse capítulo porque eu tentava e não conseguia escrever um parágrafo.. Acredito que o processo de escrita é complexo e realmente requer muita criatividade e bem-estar, fatores que não estavam me acompanhando devido aos últimos acontecimentos, mas que agora estão voltando. Está aí o capítulo que eu mais almejava nessa temporada. Não sei se ficou bom, então digam aí! Eu vou continuar escrevendo, não se preocupem! Um beijo e abraço para cada pessoa que está aqui lendo essa nota. Até qualquer hora <3