25.4.14

Mini Fic - Capítulo 7

À medida que a festa dos Jonas ficava mais tranquila, a maioria dos irmãos de Joe gravitava um em volta do outro, reunidos ao redor do fogo. Normalmente, Joe ficaria junto com eles, mas Sophie puxara Demi para ficar com o grupo e ele ainda não conseguia se controlar muito bem quando estava perto dela. No entanto, não havia nada entre eles. E também não haveria nada no futuro. Além disso, de vez em quando é bom ter uma folga de alguns olhos questionadores, que podiam ver o que ele não queria que vissem. Joe manteve-se ocupado brincando de barco pirata com as crianças na casa da árvore, depois de esconde-esconde com lanternas no quintal, até que sua mãe o chamou avisando que colocara um filme no porão para eles assistirem. A essa altura, Joe tinha de encarar o que estava fazendo. Ao longo dos anos, podia ter sido chamado de muitas coisas, mas tinha certeza de que nunca fora chamado de covarde. Dani estava bocejando quando ele chegou ao braseiro.
 — Desculpe-me por ir embora bem quando você está chegando — ela disse a ele com cara de sono, e Kevin se levantou. — Não sei por que, mas estou exausta. - Depois do irmão e da noiva se despedirem e de ele sentar-se em um dos lugares vagos, o amigo deles, Jake McCann, juntou-se ao grupo e ocupou o outro lugar.
— Ei, Jake. — Lori Jonas, a gêmea de Sophie, deu uma olhadela por sobre o ombro dele. — O que aconteceu com sua convidada? - Jake sorriu para a mulher que havia tratado como uma irmãzinha durante os últimos vinte anos de convivência na casa dos Jonas. Um dia, quando estavam no quarto ano, Zach o trouxe para casa e a piada era que ele se tornara o nono Jonas. Nos últimos seis meses, Jake saíra do estado para trabalhar em uma rede de pubs irlandeses; então, era a primeira vez que os via depois de muito tempo.
— Tive que enfiá-la em um táxi. - Lori revirou os olhos. 
— Você tem um péssimo gosto para mulheres — ela brincou com ele. E então disse: — Vamos brincar de verdade ou desafio. Vamos lá, brinque com a gente. - Não fazia diferença que fossem todos adultos agora; as brincadeiras não mudaram. Todo Dia de Ação de Graças eles ainda brincavam de futebol americano e, a cada ano, as garotas davam golpes cada vez mais fortes nos irmãos; e, no Natal, todos ainda queriam saber os segredos uns dos outros. Lori jogou um marshmallow por cima do fogo para a irmã. 
— Sophie, por que você não começa? - Sophie pegou o pedaço de doce um pouco antes de tocar-lhe o rosto, olhando para Lori enquanto o atirava para dentro do fogo. Enquanto as chamas sibilavam, ela disse:
— Verdade. - Há tempos o relacionamento entre as irmãs não ia bem. Ninguém sabia por que, e, apesar de a mãe estar muito preocupada, nem Lori nem Sophie diziam o que tinha acontecido. Mesmo brigando, eram fiéis na solidariedade para manter as coisas só entre elas. Elas eram uma unidade fechada na qual nenhum deles jamais conseguiu penetrar, nem mesmo Joe, que era o mais próximo em idade e passara mais tempo com elas do que todos os irmãos, exceto Nick, que basicamente as criou desde pequenas.
— Por que estava se escondendo esta noite? — Lori perguntou à gêmea. Os olhos de Sophie estavam arregalados, preocupados, enquanto concentrava-se nas chamas. Ela nunca fora boa em esconder os sentimentos, por isso o apelido de Boazinha, enquanto Lori, que adorava confusão, era a Mazinha. Finalmente, Sophie disse com voz reticente:
— Eu não estava me escondendo. - Lori estreitou os olhos. 
— Vi você saindo da casinha de jardinagem da mamãe.
— Foi culpa minha — Demi explicou, com voz animada. — Estava procurando Summer e sem querer fui parar lá. - Tendo a primeira vítima salva pelo gongo, Lori se voltou para Jake.
— Verdade ou desafio? - Ele balançou a cabeça lentamente enquanto esticou as mãos em direção ao fogo para aquecê-las. 
— Se você é quem está lavando a roupa suja hoje, Mazinha, vou escolher verdade, obrigado. - Ela deu-lhe um sorriso malicioso antes de colocar os cotovelos sobre os joelhos, apoiar o queixo nas mãos e inclinar-se para a frente.
— Algum dia já se apaixonou, Sr. McCann? - Joe notou que Sophie tremia ao lado dele.
— Está com frio, irmãzinha?
— Não. — Ela balançou a cabeça com força. - Ele fez uma expressão de desconfiança. Certamente, alguma coisa estava acontecendo com ela aquela noite, mas ele estivera tão focado em Demi que não conseguiu descobrir com o que Sophie estava preocupada. A risada de Jake ressoou no pátio frio. 
— Apaixonado? — ele repetiu. — Nem perto disso. E não vejo isso acontecendo num futuro muito próximo. - Claramente desapontada por não ter tirado mais segredos sujos de Jake, Lori virou-se para encarar Joe.
— Sua vez. - A última coisa no mundo de que ele estava a fim era desse jogo, mas geralmente era mais fácil dançar conforme a música de Lori.
— Desafio. — Deus sabia que a verdade não era uma opção aquele dia, não com Demi sentada tão próxima, tão linda sob a luz da fogueira. Lori deu um sorriso levemente maldoso.
— Cante uma canção de acampamento. - Nick gemeu e pôs as mãos sobre os ouvidos de Miley.
— Pedir ao Joe para cantar é judiar do resto de nós. - A namorada pop star de Nick tirou as mãos dele de seus ouvidos e sorriu para Joe.
 — Adoro quando outras pessoas cantam. - Em vez de ficar bravo com Lori, Joe concluiu que, apesar de tudo, deveria agradecer à irmã pelo pedido, pois, depois de ouvi-lo cantar, não haveria a menor chance de acontecer qualquer coisa entre ele e Demi. Ele começou a cantar uma versão de “Home of the range”, que fez todos os gatos e cachorros que estavam por perto o acompanhar. Diante do sorriso incerto de Miley, Joe resolveu soltar a voz, e logo ela mesma tinha as mãos sobre os ouvidos. Nick, cuja voz era tão ruim quanto a de Joe, juntou-se a ele em uma “harmonia” atroz, e todos riram muito, inclusive Demi, que, por um minuto, Joe se esqueceu de não ficar olhando para ela na frente de todos. Sim, ela era uma mulher maravilhosa, mas também era divertida e se encaixava perfeitamente na família dele. Que merda! Os olhares deles se encontraram e ambos pararam de rir. Ela empurrou a cadeira para trás abruptamente.
— Já passou muito da hora de Summer dormir. - Joe ficou em pé também.
— Eu levo vocês de volta para a cidade. - Enquanto se despediam, ele rezava para que ninguém dissesse nada que deixasse Demi constrangida por irem embora juntos. Estavam quase de volta a casa quando Zach gritou:
— Não se esqueça de ligar quando acordar amanhã, Demi, e eu darei uma passada para consertar o pneu furado. Tem meu celular, não tem? - Joe já subira e descera inúmeras vezes ao longo dos anos centenas de degraus com visibilidade zero. Ouvir que seu irmão já tinha combinado de ver Demi de novo — usando a desculpa de ajudá-la com o carro —, porém, o deixou com o nó preso no peito. Sabia que não precisava ficar tão transtornado com isso. Se ele era metade do homem que achava que era, ficaria feliz que seu irmão finalmente tivesse escolhido uma garota legal. Afinal, ele mesmo não acabara de reconhecer o quanto Demi se encaixava bem entre seus irmãos e irmãs? Entretanto, nada disso ajudou a soltar o nó no estômago enquanto ele e Demi iam em direção ao porão, onde encontraram Summer dormindo em frente da velha TV. Algumas das crianças mais velhas ainda estavam acordadas vendo um filme da Disney, mas ela estava toda enrolada no velho sofá que a mãe dele cobrira com a mesma manta de lã de quando ele era pequeno. Demi foi pegá-la, mas ele disse “Deixe-me fazer isso”, em voz baixa, para não acordar Summer, e tirou a garotinha do sofá. Enquanto Demi agradecia e se despedia da mãe de Joe, ele acomodou Summer gentilmente no andar de cima e foi buscar a caminhonete. Quando ele voltou, elas o estavam esperando na calçada, Summer nos braços da mãe, do mesmo jeito que ele as tinha encontrado. Summer não era grande para a idade dela, mas ele sabia que era pesada para Demi. Joe saiu para ajudá-la a colocar o cinto no banco de trás da caminhonete, usando um moletom como travesseiro. Na escuridão da autoestrada de volta a São Francisco, nem ele nem Demi falaram, uma repetição da viagem de ida. À noite, um pouco mais cedo, ele ficara feliz com as perguntas frequentes de Summer e a conversa para preencher o espaço, para que não cometesse o erro de chegar mais perto de Demi. Deveria estar feliz com o silêncio dela agora também. Mas por que não estava? Por que, em vez disso, gostaria de conhecê-la melhor? Um pouco mais tarde, ao estacionar em frente ao prédio de Demi, ele tirou o cinto de segurança de Summer e carregou-a para dentro do apartamento. Enquanto ela acendia várias luzes para ajudá-lo a encontrar o caminho através dos ambientes pequenos, ele notou o quanto a casa dela era confortável. Ela estava lá havia apenas dois meses e ele sabia que era temporário. Mesmo assim, Joe pegou-se gostando de estar ali. A casa de Joe tinha uma localização maravilhosa, com muito sol e vista belíssimas dos quartos do último andar. Mas ele nunca se sentiu tão à vontade. Não como ali.
— Muito obrigada pela carona — Demi agradeceu, enquanto puxava as cobertas suavemente sobre a filha, beijava-lhe o rosto e fechava a porta do quarto. Na sala de estar, as luzes da pequena árvore de Natal piscavam atrás dela, iluminando-a feito um anjo. Ela parecia um pouco nervosa. Era a primeira vez que estavam juntos sozinhos. Summer não contava. Considerando que ela não havia se mexido nem uma vez durante todo o percurso do porão até o carro e, depois, até o apartamento, sabia que ela não acordaria tão cedo.
— Gostaria de tomar um café? - Qualquer um com sangue nas veias teria percebido que a oferta fora por educação, nada mais. Ele sabia o que tinha que fazer: ater-se ao seu modus operandi e sair de perto dela o mais rápido possível. Sem grandes conversas, sem baixar a guarda. Mas, mesmo com toda a sua força de vontade e com todo o seu autocontrole, esta noite Joe não conseguia ir embora. Não agora, quando finalmente tinha Demi só para ele. Tudo bem, então ele ainda não iria embora. Mas usaria os próximos poucos minutos como a forma perfeita para provar que podia se controlar perto dela... e que ela não era uma tentação tão grande assim.
— Claro — disse, com voz tranquila —, um café seria ótimo. - Demi pareceu momentaneamente surpresa por ele ter concordado. Não à toa, já que ele não tinha se esforçado para ser amigável com ela. Não tanto quanto Zach ou Ryan foram na festa.
— Vou demorar só um minuto; sente-se, se quiser. - Joe estava puxando um banco do balcão da cozinha quando ela pegou um saco de grãos de uma pequena despensa no caminho e chacoalhou, para descobrir que estava quase vazio. Ela deu-lhe um olhar consternado e ele ficou imaginando se fora causado somente pela falta de grãos de café ou se tê-lo ali, no espaço dela, era a verdadeira razão.
— Tenho mais grãos de café — disse — em algum lugar. — Ela virou-se e começou a procurar no resto dos armários antes de admitir: — Ainda não me acostumei direito com o novo apartamento. Às vezes, tenho certeza de que tenho alguma coisa e então me dou conta de que foi destruído pelo fogo e eu nunca repus. - Joe praticamente teve de sentar em cima das mãos para evitar puxá-la para seus braços e consolá-la. Em vez disso, ele disse:
— Demora um pouco para processar o que aconteceu, Demi. - Ela suspirou.
— Nunca achei que fosse me sentir tão perdida e sem chão sem as minhas coisas. Porque são só coisas, sabe? — Ela balançou a cabeça e sorriu para ele.
— Summer e eu estamos bem e é isso o que importa. - Mais uma vez, ele ficou estupefato ao ver quanto ela exigia de si mesma para ser forte, e queria falar algo mais, dizer a ela que não tinha problema passar pelo luto da perda, mesmo que fosse de pequenas coisas, quando Demi estalou os dedos e exclamou:
— Sei onde está o pacote de grãos de café! — Ela apontou para um armário que ia até o teto. — Lá em cima. - Ela estava pegando um banco que ficava entre a geladeira e o balcão, quando ele ofereceu:
— Eu pego para você. - Ele conseguia alcançar facilmente o pacote de grãos de café na última prateleira, mas não percebera quanto a cozinha era pequena para duas pessoas. E, de alguma forma, quando se virou, Demi ficou presa contra as prateleiras da despensa.
— Obrigada.
— De nada. - Entretanto, ela não pegou o pacote, nem ele o entregou para ela. Em vez disso, ficaram se olhando fixamente. Quando viu o desespero dos seus olhos refletidos nos olhos dela, Joe largou o pacote de café sobre o balcão atrás dele e pegou o rosto dela entre as mãos. Ele abaixou a cabeça e, ao mesmo tempo, ela ficou na ponta dos pés, enlaçou os braços em volta do pescoço de Joe e levantou o rosto até o rosto dele. Seus lábios se encontram momentos depois, quentes e famintos, muito além da delicadeza e da doçura. Era um beijo que esteve prestes a acontecer mais de uma vez e que agora estava completamente fora de controle. Demi tinha gosto de açúcar e champanhe e algo mais que era só dela. Os cabelos macios enroscados nos dedos dele e os gemidinhos de prazer que ela fazia em sua boca enquanto se beijavam o deixavam louco. Ele passou a língua sobre os lábios carnudos dela, fazendo-a derreter-se ainda mais dentro dele, enquanto explorava suas curvas tão macias e doces, sentindo o sabor do canto de seus lábios antes de mergulhar novamente dentro da boca de Demi, enroscando novamente suas línguas. Assim como o beijo tinha ido de zero a cem em uma fração de milésimo de segundos, também o desejo de Joe aumentara na mesma proporção. Rápido e vigoroso de pé contra a parede, as portas da despensa batiam, enquanto ele se esfregava nela para desfrutar o intenso prazer desse primeiro beijo, que já se revelava muito promissor. Mesmo assim, por mais que a desejasse, Joe sabia que tinha que parar por ali — e rápido. Entretanto, no momento em que começou a se afastar, as mãos de Demi saíram abruptamente de seu pescoço e se colocaram sobre o peito dele, para que pudesse se desvencilhar de seus braços. As palavras “Não devia estar beijando você” saíram dos lábios dela ao mesmo tempo em que ele disse “Não posso fazer isso”.


10 comentários:

  1. MORRENDO !!! OMG
    COMO ASSIM??
    BEIJO JEMI VEI .................. FELIZ

    POSSTA LOGOO

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  2. Beijoo Jemi uhuuuuuul!!!!!!! \o/
    *----------------------------*
    Capítulo perfeito, como sempre haha!!
    Esses irmãos são bem unidos :)
    A Sophie é muito legal e doida, me lembra um pouco a Miley :)
    O Joe e o Nick não cantam bem??? Wtf??? Kkkk

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    Amei o capítulo!!

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  3. caralho!! que beijo foi esse cara? posta logo pfvr

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  4. Até que enfim o primeiro beijo!!! Amei quero mais :))
    Fabíola Barboza

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  5. Adorei l!! Posta mais!! Quantos capitulos tem?

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  6. OMG TO MORRENDO, TO SURTANDO MEU DEUS ME SOCORRE GENTE DO CÉU TO NO CÉU ASDFGHJKL BEIJO JEMI ATÉ QUE ENFIM *-------------*
    Scr, posta maiiis

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  7. AHHH AMEEI
    ELES SE BEIJARAM AIN CARALHO <3
    Ta perfeito,ate q enfim o Joe foi corajoso e beijou ela
    Ai vai e ficam com o papo de nao tinha q ter acontecido tinha sim e mt mais meus filhos
    Ameei
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    Xoxo

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  8. que perfeito
    eles se beijaram...
    to amando tudooo
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    beijos

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  9. Posta logo pelo amor de deus !!!!! Fanfic mais que perfeita

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