**Capítulo 32 de LSS aqui
Demi Lovato acordou com a filha nos braços. Elas costumavam se enroscar uma na outra, depois de um filme à noite ou se Summer tivesse um pesadelo, porém algo parecia diferente. Não só a cama, mas aquele local coçando na parte de dentro do cotovelo de Demi, a garganta parecia seca e machucada. Ela sentiu o cheiro de fumaça no seu cabelo e no cabelo de Summer e torceu o nariz diante do cheiro pesado de fogo que seus poros pareciam exalar. Ela acordou de verdade com um suspiro profundo, os olhos se abrindo de repente no quarto do hospital. Havia duas camas estreitas colocadas uma ao lado da outra, mas a cama de Summer estava vazia, porque obviamente decidira subir na cama da mãe em algum momento durante a noite.
O fogo. Ah, meu Deus, o fogo. Ela quase perdera... Não. Summer estava bem ali, nos braços dela. Demi puxou a filha para mais perto de si e Summer se mexeu para olhá-la.
— Mamãe?
— Oi, meu amor. — As palavras saíram secas e entrecortadas, como se ela tivesse engolido fogo. Na verdade, era o que realmente tinha acontecido. Demi beijou sua garotinha na testa e na bochecha e continuou com os beijos até lhe dar uma bitoca estalada nos lábios macios. — Como está se sentindo? Summer se mexeu um pouco. — Tudo bem, mas quero que tirem esse tubo do meu braço; coça muito. — Ela levantou o braço esquerdo e olhou para o braço de Demi. — Estamos combinando. - Sorrindo através das lágrimas que insistiam em cair, ela concordou.
— Estamos mesmo. - E então levantou quatro dedos. — Quantos dedos eu estou levantando?
— Seis. — O sorriso sapeca da filha lhe dizia que estava brincando. — Quatro. — Summer ergueu um dedo. — E eu?
— Mamãe?
— Oi, meu amor. — As palavras saíram secas e entrecortadas, como se ela tivesse engolido fogo. Na verdade, era o que realmente tinha acontecido. Demi beijou sua garotinha na testa e na bochecha e continuou com os beijos até lhe dar uma bitoca estalada nos lábios macios. — Como está se sentindo? Summer se mexeu um pouco. — Tudo bem, mas quero que tirem esse tubo do meu braço; coça muito. — Ela levantou o braço esquerdo e olhou para o braço de Demi. — Estamos combinando. - Sorrindo através das lágrimas que insistiam em cair, ela concordou.
— Estamos mesmo. - E então levantou quatro dedos. — Quantos dedos eu estou levantando?
— Seis. — O sorriso sapeca da filha lhe dizia que estava brincando. — Quatro. — Summer ergueu um dedo. — E eu?
— Um — Demi confirmou, dando um beijinho na ponta do dedo da filha.
— Que tal chamarmos a médica para ver se podemos ir embora? -Uma médica de meia-idade entrou assim que Demi tocou a campainha,claramente satisfeita por vê-las acordadas e passando tão bem. A médica verificou rapidamente os sinais vitais, sorrindo enquanto escrevia no relatório.
— Vocês são bem-vindas para ficarem um pouco mais por aqui se quiserem, mas estou feliz em dizer que, aparentemente, nenhuma das duas apresenta quaisquer dos sérios efeitos colaterais pela inalação prolongada de fumaça, provavelmente porque são jovens e saudáveis. - Demi olhou para Summer.
— Que tal chamarmos a médica para ver se podemos ir embora? -Uma médica de meia-idade entrou assim que Demi tocou a campainha,claramente satisfeita por vê-las acordadas e passando tão bem. A médica verificou rapidamente os sinais vitais, sorrindo enquanto escrevia no relatório.
— Vocês são bem-vindas para ficarem um pouco mais por aqui se quiserem, mas estou feliz em dizer que, aparentemente, nenhuma das duas apresenta quaisquer dos sérios efeitos colaterais pela inalação prolongada de fumaça, provavelmente porque são jovens e saudáveis. - Demi olhou para Summer.
— Obrigada, mas gostaríamos de ir para casa. — Tarde demais, percebeu que não tinham mais uma casa para onde ir. A médica lançou-lhe um olhar compreensivo.
— Tenho certeza de que gostariam de tomar banho e trocar de roupa. — Antes que Demi pudesse lembrá-la de que não tinha roupas limpas para usar, a médica entregou uma sacola. — O hospital mantém algumas peças de roupas para pessoas na situação de vocês. Sinto muito pelo que aconteceu, mas estou feliz por estarem tão bem. As lágrimas ameaçaram cair de novo. Ela estava em uma situação delicada. Como desejava que suas situações delicadas tivessem ficado para trás. Bem, ela pensou enquanto tentava esconder as lágrimas a todo custo, ela e Summer haviam sobrevivido à primeira situação delicada cinco anos atrás e sobreviveriam a essa também. Puxa vida, já tinham sobrevivido, não tinham? Agora era só mais um detalhe. E se havia uma coisa com a qual Demi sabia lidar era com detalhes. Seu trabalho como contadora significava que ela era mestra em reunir os detalhes financeiros geralmente desorganizados da vida de seus clientes e transformá-los em contas e planilhas limpas e bem organizadas. Agora ela simplesmente teria de fazer isso para si mesma.
Ainda bem que era metódica com o backup dos arquivos de seus clientes. Pelo menos estaria bem nesse quesito, até encontrar outro lugar para ficar e estar pronta para voltar ao trabalho. Antes de saírem, a médica lembrou-as de não abusarem por alguns dias e pediu que voltassem ao hospital caso tivessem algum problema para respirar, crises de tosse ou se sentissem tontura e confusão mental.
Ainda bem que era metódica com o backup dos arquivos de seus clientes. Pelo menos estaria bem nesse quesito, até encontrar outro lugar para ficar e estar pronta para voltar ao trabalho. Antes de saírem, a médica lembrou-as de não abusarem por alguns dias e pediu que voltassem ao hospital caso tivessem algum problema para respirar, crises de tosse ou se sentissem tontura e confusão mental.
Quando ficaram sozinhas novamente, Demi disse à filha:
— Vou tomar um banho e então você pode entrar e se limpar. - Summer concordou, alcançando o controle remoto e virando seus grandes lhos verdes e pidões para a mãe.
— Posso ver TV?- Apesar de Demi geralmente ser muito rígida com relação a não assistir à TV durante o dia, ela rapidamente decidiu que não pensar em nada seria uma coisa boa para sua filha neste momento. Ela concordou, bagunçando os cabelos curtos e louros de Summer antes de escorregar para fora da cama.
— Só um pouquinho.
— Oba!
Ao dirigir-se para o banheiro onde iria tomar o melhor banho de sua vida, Demi estava feliz em saber que, até onde conhecia a força de sua filha, parecia que ela ficaria bem. Entretanto, enquanto estava embaixo da ducha morna que lavava vagarosamente as manchas pretas de fumaça de sua pele, bem como o que percebera serem as pontas queimadas de seu cabelo, ela não tinha ideia de quanto tempo levaria para sentir-se bem também. Não com as visões do que poderia ter acontecido lhe passando pela cabeça, uma após a outra, imagens mentais da dura experiência pela qual tinham passado, manchadas pelos contornos escuros de uma nuvem espessa e negra. No entanto, apesar da exaustão e da total falta de energia, nunca se esqueceria do bombeiro heroico que as tinha resgatado do apartamento em chamas. Ele arriscou a vida dele por elas. Assim que ela e Summer estivessem recuperadas, iria encontrá-lo. Não só para agradecer-lhe, mas para encontrar uma maneira de recompensá-lo pela dádiva fantástica que ele lhes dera. A valiosa dádiva da vida, quando a morte esteve tão terrivelmente perto. Fechando os olhos com força, como se isso pudesse manter as visões sinistras de lado, ela ergueu o rosto e deixou que a água lavasse as lágrimas de choque e alegria por poder viver outro dia com a garotinha que significava absolutamente tudo para ela.
Enquanto caminhavam por uma loja Target perto dali, umas duas horas depois, Demi estava impressionada ao ver que, apesar dos horrores pelos quais tinham passado, Summer tinha recuperado quase imediatamente sua personalidade normal e cheia de energia. Demi desejou poder se recuperar com a mesma rapidez. Obviamente, os dois milhões de formulários que acabou de preencher para a companhia de seguros não ajudaram muito o seu estado de espírito. Estava acostumada com muito trabalho burocrático, mas aquilo tinha passado dos limites até mesmo para ela. Ela havia comprado o pequeno, porém charmoso, apartamento no inverno passado e estava reformando-o nas horas livres. Agora, tudo o que tinha restado de seu trabalho árduo era a promessa de dinheiro da companhia de seguros. Depois que fizessem a vistoria, é claro. Até lá, lhe deram dinheiro suficiente para sobreviver durante um tempo até que pudesse contatar seu banco e pedir novos cartões de débito e crédito. Também lhe informaram que haviam feito uma reserva no hotel Best Western, perto do hospital, até que ela tivesse condições de tomar outras providências. Assim que comprasse um telefone celular novo, ligaria para seus pais para tentar contar sobre o incêndio sem lhes provocar um ataque cardíaco. Sem dúvida, eles pegariam o próximo voo vindo de Minneapolis para cuidar dela e de Summer. Obviamente, queria vê-los, queria sentir os braços calorosos ao redor dela, mas, ao mesmo tempo... bem, não estava ansiosa por uma repetição do que ocorrera cinco anos antes, quando David morrera. Com certeza eles fariam pressão para que ela “voltasse para casa”. Usariam esse incêndio como um exemplo perfeito de quanto ela e Summer estariam mais seguras na cidadezinha onde Demi crescera. Sem perceber, Demi levantou o queixo. Ela tinha orgulho de como se saíra bem criando a filha sozinha. E, independentemente da opinião dos pais, ela aprendera as lições sobre segurança perfeitamente bem. Os homens com quem tinha namorado nos últimos dois anos eram contadores como ela, ou professores, ou engenheiros. Ela nunca cometeria o mesmo erro de novo, de entregar-se a um homem que vivesse de riscos, que corria em direção ao perigo em vez de fugir dele, como qualquer pessoa prudente e sensata. Summer arrastou a mãe em direção à praça de alimentação e, ao comprarem dois cachorros-quentes, nachos e dois enormes frozen de cereja, Demi quebrou outra de suas regras, dessa vez sobre comer “porcarias”. Apesar de Summer estar comendo tudo, Demi não conseguiu dar mais do que duas mordidas naquela porcariada cheia de gordura.
Sabendo o quanto sua filha gostava de roupas novas — ah, a quem ela estava enganando, as duas gostavam de roupas novas —, Demi lhe disse:
— Hoje só vamos comprar algumas coisas essenciais, como jeans e camisetas.
— Mas vamos precisar comprar um monte de outras coisas logo, logo, certo? - Agradecendo silenciosamente a Deus por sua filha estar mais contente em comprar roupas novas do que triste por perder as antigas no incêndio, foram experimentar várias peças e estavam a caminho da frente da loja para pagá-las, quando Demi percebeu que esquecera algo muito importante. Sim, elas precisavam de roupas e, claro, precisavam de comida. Mas, apesar do bom humor de Summer diante daquela situação, a filha tinha perdido tudo,inclusive a boneca Rapunzel com a qual dormia toda noite. Assim, sabendo que precisavam ser muito cuidadosas com o dinheiro nesse momento, Demi desistiu de uma das camisetas que tinha colocado no carrinho do provador e levou a filha até a seção de brinquedos.
— Olha, acho que devem ter bonecas Rapunzel aqui.
Os olhos de Summer se iluminaram e ela jogou os braços ao redor da mãe.
— Você é a melhor mãe do mundo! - Enquanto corria pelo corredor para pegar a boneca, Demi deu por si em pé no meio da gigantesca loja, com as lágrimas ameaçando cair novamente. Quando estavam presas na banheira, ela esperou e rezou para que ela e a filha pudessem viver para desfrutarem de algo tão comum quanto fazer compras juntas, mas, à medida que o fogo ficava cada vez maior e mais quente, à medida que as sirenes tocavam cada vez mais alto sem que ninguém viesse resgatá-las, ela quase perdera a esperança. Mais do que depressa, enxugou a evidência da emoção que ameaçava aflorar novamente. Quando Summer voltou com a boneca nova em folha, perfeita em sua embalagem brilhante, Demi sabia que tinha muito a aprender com o rostinho sorridente da filha, com a felicidade com algo tão pequeno quanto uma linda boneca. Elas perderam as coisas, mas ainda tinham uma à outra. Tudo o que queria agora era fazer o check-in no hotel e se enroscar em Summer para tirarem a soneca da qual tanto precisavam. Assim que chegaram ao hotel, porém, sua vizinha e amiga, Susan Thompson, puxou-a de lado.
— Demi, Summer, graças a Deus que estão bem! - A senhora puxou-as para um abraço. Mais uma vez, as lágrimas ameaçaram cair e Demi teve de segurar a respiração e se concentrar em um pedaço de chiclete seco no tapete para não chorar. Ela normalmente não era uma chorona, não se permitira cair em lágrimas até mesmo após a morte de David. Na época, estava muito ocupada tentando cuidar de sua filhinha de 2 anos, tentando manter seu emprego como contadora, tentando colocar comida na mesa e um teto sobre a cabeça, tentando lidar com a pressão dos pais para fazê-la voltar para casa imediatamente e não sair de lá nunca mais.
A Sra. Thompson, no entanto, não tinha restrições às lágrimas. Assim que as deixou cair, elas cobriram-lhe o rosto.
— Quando eu disse ao bombeiro que vocês estavam lá dentro, ele correu direto para salvá-las.
Durante as últimas horas, volta e meia o cérebro de Demi trazia de volta o bombeiro que as tinha resgatado na banheira, a voz firme e confiante dele lhe passando instruções. A pele, os músculos e os ossos dela ainda sentiam a sensação-fantasma das mãos dele, da força com que ele erguera, movera e empurrara Summer e ela em direção a um lugar seguro. Susan sentou-se no sofá desbotado do lobby perto delas. — Ele tinha acabado de ajudar a mim e ao Larry a chegar até a calçada quando olhei em volta e percebi que você e Summer não estavam lá com o restante de nós. — A boca da idosa tremia. — Tinha visto você entrar um pouquinho antes; sabia que tinha alguma coisa errada.
Demi engoliu em seco, esticando o braço para cobrir as mãos da mulher. — Muito obrigada — ela murmurou. — Se não tivesse dito a ele... Não, ela pensou, olhando para Summer, que estava feliz desempacotando a boneca. Demi não conseguiu terminar a frase. Sua filha parecia estar totalmente envolvida pelo brinquedo, mas Demi sabia muito bem que Summer estava atenta a cada detalhe ao redor dela. Cada expressão, cada palavra. Demi não queria que Summer transformasse o que quase acontecera em um medo que levasse com ela para o futuro. No entanto, a Sra. Thompson balançava a cabeça.
— Vou tomar um banho e então você pode entrar e se limpar. - Summer concordou, alcançando o controle remoto e virando seus grandes lhos verdes e pidões para a mãe.
— Posso ver TV?- Apesar de Demi geralmente ser muito rígida com relação a não assistir à TV durante o dia, ela rapidamente decidiu que não pensar em nada seria uma coisa boa para sua filha neste momento. Ela concordou, bagunçando os cabelos curtos e louros de Summer antes de escorregar para fora da cama.
— Só um pouquinho.
— Oba!
Ao dirigir-se para o banheiro onde iria tomar o melhor banho de sua vida, Demi estava feliz em saber que, até onde conhecia a força de sua filha, parecia que ela ficaria bem. Entretanto, enquanto estava embaixo da ducha morna que lavava vagarosamente as manchas pretas de fumaça de sua pele, bem como o que percebera serem as pontas queimadas de seu cabelo, ela não tinha ideia de quanto tempo levaria para sentir-se bem também. Não com as visões do que poderia ter acontecido lhe passando pela cabeça, uma após a outra, imagens mentais da dura experiência pela qual tinham passado, manchadas pelos contornos escuros de uma nuvem espessa e negra. No entanto, apesar da exaustão e da total falta de energia, nunca se esqueceria do bombeiro heroico que as tinha resgatado do apartamento em chamas. Ele arriscou a vida dele por elas. Assim que ela e Summer estivessem recuperadas, iria encontrá-lo. Não só para agradecer-lhe, mas para encontrar uma maneira de recompensá-lo pela dádiva fantástica que ele lhes dera. A valiosa dádiva da vida, quando a morte esteve tão terrivelmente perto. Fechando os olhos com força, como se isso pudesse manter as visões sinistras de lado, ela ergueu o rosto e deixou que a água lavasse as lágrimas de choque e alegria por poder viver outro dia com a garotinha que significava absolutamente tudo para ela.
Enquanto caminhavam por uma loja Target perto dali, umas duas horas depois, Demi estava impressionada ao ver que, apesar dos horrores pelos quais tinham passado, Summer tinha recuperado quase imediatamente sua personalidade normal e cheia de energia. Demi desejou poder se recuperar com a mesma rapidez. Obviamente, os dois milhões de formulários que acabou de preencher para a companhia de seguros não ajudaram muito o seu estado de espírito. Estava acostumada com muito trabalho burocrático, mas aquilo tinha passado dos limites até mesmo para ela. Ela havia comprado o pequeno, porém charmoso, apartamento no inverno passado e estava reformando-o nas horas livres. Agora, tudo o que tinha restado de seu trabalho árduo era a promessa de dinheiro da companhia de seguros. Depois que fizessem a vistoria, é claro. Até lá, lhe deram dinheiro suficiente para sobreviver durante um tempo até que pudesse contatar seu banco e pedir novos cartões de débito e crédito. Também lhe informaram que haviam feito uma reserva no hotel Best Western, perto do hospital, até que ela tivesse condições de tomar outras providências. Assim que comprasse um telefone celular novo, ligaria para seus pais para tentar contar sobre o incêndio sem lhes provocar um ataque cardíaco. Sem dúvida, eles pegariam o próximo voo vindo de Minneapolis para cuidar dela e de Summer. Obviamente, queria vê-los, queria sentir os braços calorosos ao redor dela, mas, ao mesmo tempo... bem, não estava ansiosa por uma repetição do que ocorrera cinco anos antes, quando David morrera. Com certeza eles fariam pressão para que ela “voltasse para casa”. Usariam esse incêndio como um exemplo perfeito de quanto ela e Summer estariam mais seguras na cidadezinha onde Demi crescera. Sem perceber, Demi levantou o queixo. Ela tinha orgulho de como se saíra bem criando a filha sozinha. E, independentemente da opinião dos pais, ela aprendera as lições sobre segurança perfeitamente bem. Os homens com quem tinha namorado nos últimos dois anos eram contadores como ela, ou professores, ou engenheiros. Ela nunca cometeria o mesmo erro de novo, de entregar-se a um homem que vivesse de riscos, que corria em direção ao perigo em vez de fugir dele, como qualquer pessoa prudente e sensata. Summer arrastou a mãe em direção à praça de alimentação e, ao comprarem dois cachorros-quentes, nachos e dois enormes frozen de cereja, Demi quebrou outra de suas regras, dessa vez sobre comer “porcarias”. Apesar de Summer estar comendo tudo, Demi não conseguiu dar mais do que duas mordidas naquela porcariada cheia de gordura.
Sabendo o quanto sua filha gostava de roupas novas — ah, a quem ela estava enganando, as duas gostavam de roupas novas —, Demi lhe disse:
— Hoje só vamos comprar algumas coisas essenciais, como jeans e camisetas.
— Mas vamos precisar comprar um monte de outras coisas logo, logo, certo? - Agradecendo silenciosamente a Deus por sua filha estar mais contente em comprar roupas novas do que triste por perder as antigas no incêndio, foram experimentar várias peças e estavam a caminho da frente da loja para pagá-las, quando Demi percebeu que esquecera algo muito importante. Sim, elas precisavam de roupas e, claro, precisavam de comida. Mas, apesar do bom humor de Summer diante daquela situação, a filha tinha perdido tudo,inclusive a boneca Rapunzel com a qual dormia toda noite. Assim, sabendo que precisavam ser muito cuidadosas com o dinheiro nesse momento, Demi desistiu de uma das camisetas que tinha colocado no carrinho do provador e levou a filha até a seção de brinquedos.
— Olha, acho que devem ter bonecas Rapunzel aqui.
Os olhos de Summer se iluminaram e ela jogou os braços ao redor da mãe.
— Você é a melhor mãe do mundo! - Enquanto corria pelo corredor para pegar a boneca, Demi deu por si em pé no meio da gigantesca loja, com as lágrimas ameaçando cair novamente. Quando estavam presas na banheira, ela esperou e rezou para que ela e a filha pudessem viver para desfrutarem de algo tão comum quanto fazer compras juntas, mas, à medida que o fogo ficava cada vez maior e mais quente, à medida que as sirenes tocavam cada vez mais alto sem que ninguém viesse resgatá-las, ela quase perdera a esperança. Mais do que depressa, enxugou a evidência da emoção que ameaçava aflorar novamente. Quando Summer voltou com a boneca nova em folha, perfeita em sua embalagem brilhante, Demi sabia que tinha muito a aprender com o rostinho sorridente da filha, com a felicidade com algo tão pequeno quanto uma linda boneca. Elas perderam as coisas, mas ainda tinham uma à outra. Tudo o que queria agora era fazer o check-in no hotel e se enroscar em Summer para tirarem a soneca da qual tanto precisavam. Assim que chegaram ao hotel, porém, sua vizinha e amiga, Susan Thompson, puxou-a de lado.
— Demi, Summer, graças a Deus que estão bem! - A senhora puxou-as para um abraço. Mais uma vez, as lágrimas ameaçaram cair e Demi teve de segurar a respiração e se concentrar em um pedaço de chiclete seco no tapete para não chorar. Ela normalmente não era uma chorona, não se permitira cair em lágrimas até mesmo após a morte de David. Na época, estava muito ocupada tentando cuidar de sua filhinha de 2 anos, tentando manter seu emprego como contadora, tentando colocar comida na mesa e um teto sobre a cabeça, tentando lidar com a pressão dos pais para fazê-la voltar para casa imediatamente e não sair de lá nunca mais.
A Sra. Thompson, no entanto, não tinha restrições às lágrimas. Assim que as deixou cair, elas cobriram-lhe o rosto.
— Quando eu disse ao bombeiro que vocês estavam lá dentro, ele correu direto para salvá-las.
Durante as últimas horas, volta e meia o cérebro de Demi trazia de volta o bombeiro que as tinha resgatado na banheira, a voz firme e confiante dele lhe passando instruções. A pele, os músculos e os ossos dela ainda sentiam a sensação-fantasma das mãos dele, da força com que ele erguera, movera e empurrara Summer e ela em direção a um lugar seguro. Susan sentou-se no sofá desbotado do lobby perto delas. — Ele tinha acabado de ajudar a mim e ao Larry a chegar até a calçada quando olhei em volta e percebi que você e Summer não estavam lá com o restante de nós. — A boca da idosa tremia. — Tinha visto você entrar um pouquinho antes; sabia que tinha alguma coisa errada.
Demi engoliu em seco, esticando o braço para cobrir as mãos da mulher. — Muito obrigada — ela murmurou. — Se não tivesse dito a ele... Não, ela pensou, olhando para Summer, que estava feliz desempacotando a boneca. Demi não conseguiu terminar a frase. Sua filha parecia estar totalmente envolvida pelo brinquedo, mas Demi sabia muito bem que Summer estava atenta a cada detalhe ao redor dela. Cada expressão, cada palavra. Demi não queria que Summer transformasse o que quase acontecera em um medo que levasse com ela para o futuro. No entanto, a Sra. Thompson balançava a cabeça.
— Aquele bombeiro foi um verdadeiro herói. Não queriam deixar mais ninguém entrar no prédio, mas ele não hesitou em correr lá dentro para salvar vocês. Só espero que esteja bem depois do que aconteceu com ele. Demi olhou horrorizada para a amiga.
— Ele se machucou? - Susan franziu o cenho.
— Você não sabia?
— Não. — Ela não conseguia se lembrar de nada depois que tinham descido as escadas.
— Mamãe? - Demi sabia que precisava se controlar por causa da filha, que era a coisa mais importante a fazer, mas, em vez disso, tudo o que conseguiu perguntar foi:
— Ele se machucou muito? - A amiga suspirou fundo, parecendo ainda mais chateada.
— Tiveram de carregá-lo para fora em uma maca. - Demi sentiu-se exatamente da mesma maneira de quando estavam presas na banheira: como se mal pudesse respirar, como se a escuridão a encobrisse novamente. Ela pulou do sofá.
— Não. — Ela não conseguia se lembrar de nada depois que tinham descido as escadas.
— Mamãe? - Demi sabia que precisava se controlar por causa da filha, que era a coisa mais importante a fazer, mas, em vez disso, tudo o que conseguiu perguntar foi:
— Ele se machucou muito? - A amiga suspirou fundo, parecendo ainda mais chateada.
— Tiveram de carregá-lo para fora em uma maca. - Demi sentiu-se exatamente da mesma maneira de quando estavam presas na banheira: como se mal pudesse respirar, como se a escuridão a encobrisse novamente. Ela pulou do sofá.
— Tenho de ligar para o hospital. Preciso saber como ele está. — Susan ficou em pé com ela e seguiu-a até a recepção do hotel. — Preciso usar seu telefone, por favor. - O homem atrás do balcão concordou prontamente, e ela percebeu que ele poderia estar escutando a conversa delas.
— Claro, sem problema. - A mão dela tremia ao pedir ao serviço de informações o número do telefone da Central. Ela pediu que lhe transferissem para o Corpo de Bombeiros de seu bairro. Quando a ligação foi completada, ela estava à beira de um ataque de nervos. A voz baixa de um homem mal disse olá antes de ela anunciar:
— Sou a mulher que o bombeiro salvou ontem. A mim e à minha filha. Acabei de saber que se machucou. Preciso saber como ele está. Ele se machucou muito? Quanto tempo vai demorar para ele ficar bem de novo? - O homem do outro lado da linha ficou em silêncio durante um longo momento.
— Desculpe-me, senhora, mas não posso lhe dar essa informação.
— Ele se colocou em uma situação terrivelmente perigosa para salvar a mim e à minha filha. Preciso agradecer-lhe; preciso que saiba o quanto significa o que ele fez por nós.
— Compreendo que esteja preocupada, mas... — Ele parou de falar e ela ouviu outra voz ao fundo. — Espere um momento. - Outro homem pegou o telefone.
— É a Sra. Lovato? - Por um momento, ficou surpresa pelo homem saber o nome dela.
— Sim, aqui é Demi Lovato.
— Meu nome é Todd Phillips. Sou o capitão do Pelotão 5. Como você e sua filha estão passando?
— Saímos do hospital há poucas horas — ela respondeu prontamente.
— Fico feliz em saber disso. E sinto muito pelo incêndio em seu apartamento. Demi sabia que chegaria a hora em que ficaria de luto pela perda dos momentos preciosos dos tempos em que a filha era bebê e de David. A perda de bens materiais, porém, não significava nada diante do terrível fato de que um bombeiro se ferira tentando salvá-las.
— Preciso agradecer ao bombeiro pessoalmente pelo que fez tentando ajudar a mim e a minha filha. - Ela quase podia ouvir o capitão dos bombeiros balançar a cabeça do outro lado da linha.
— Desculpe-me, Sra. Lovato, mas...
— Por favor — ela implorou —, devo tudo a ele. Tudo. - Depois de um breve silêncio, ele propôs:
— Preciso falar com Joe primeiro.
— Muito obrigada. - Ela deu ao capitão o número do telefone da recepção do hotel antes de desligar, mas, mesmo subindo com Summer para sua nova casa temporária, tendo a filha hipnotizada novamente em frente ao canal da Disney, Demi não conseguia parar de se preocupar com o homem — Joe — que havia colocado a própria segurança em risco para garantir a segurança delas. Ela estava ao telefone do quarto, resolvendo mais algumas burocracias com o representante do banco, quando ouviu uma batida na porta. O jovem rapaz da recepção havia lhe trazido um recado.
— Um capitão dos bombeiros ligou. Vai se encontrar com a senhora no hospital em meia hora.
— Desculpe-me, senhora, mas não posso lhe dar essa informação.
— Ele se colocou em uma situação terrivelmente perigosa para salvar a mim e à minha filha. Preciso agradecer-lhe; preciso que saiba o quanto significa o que ele fez por nós.
— Compreendo que esteja preocupada, mas... — Ele parou de falar e ela ouviu outra voz ao fundo. — Espere um momento. - Outro homem pegou o telefone.
— É a Sra. Lovato? - Por um momento, ficou surpresa pelo homem saber o nome dela.
— Sim, aqui é Demi Lovato.
— Meu nome é Todd Phillips. Sou o capitão do Pelotão 5. Como você e sua filha estão passando?
— Saímos do hospital há poucas horas — ela respondeu prontamente.
— Fico feliz em saber disso. E sinto muito pelo incêndio em seu apartamento. Demi sabia que chegaria a hora em que ficaria de luto pela perda dos momentos preciosos dos tempos em que a filha era bebê e de David. A perda de bens materiais, porém, não significava nada diante do terrível fato de que um bombeiro se ferira tentando salvá-las.
— Preciso agradecer ao bombeiro pessoalmente pelo que fez tentando ajudar a mim e a minha filha. - Ela quase podia ouvir o capitão dos bombeiros balançar a cabeça do outro lado da linha.
— Desculpe-me, Sra. Lovato, mas...
— Por favor — ela implorou —, devo tudo a ele. Tudo. - Depois de um breve silêncio, ele propôs:
— Preciso falar com Joe primeiro.
— Muito obrigada. - Ela deu ao capitão o número do telefone da recepção do hotel antes de desligar, mas, mesmo subindo com Summer para sua nova casa temporária, tendo a filha hipnotizada novamente em frente ao canal da Disney, Demi não conseguia parar de se preocupar com o homem — Joe — que havia colocado a própria segurança em risco para garantir a segurança delas. Ela estava ao telefone do quarto, resolvendo mais algumas burocracias com o representante do banco, quando ouviu uma batida na porta. O jovem rapaz da recepção havia lhe trazido um recado.
— Um capitão dos bombeiros ligou. Vai se encontrar com a senhora no hospital em meia hora.
Continua.. Garotas, vou deixar o aviso de quando postar LSS na mini fic, igual fiz agora.. Comentem lá, estou louca para saber o que estão pensando sobre o Joe.. Beijos
Quero saber o que aconteceu com ele? Quero mais por favor :))
ResponderExcluirFabíola Barboza
essa mini-fic está perfeita!!!! eu estou apaixonada <3
ResponderExcluirestou morrendo de pena de Demi e Summer, e de Joe tbm eu espero que ele esteja bem, e quem saiba não chame elas para morarem com ele??? hum... adoraria que isso acontecesse!!!
beijos e posta logo <3
posta maisss
ResponderExcluirNova seguidora.
ResponderExcluirPosta logo *-*
Amei esta mini - fic.
Demi awn *-* ( estou com pena dela)
Ajuda? Divulgar , segue, comenta, acompanhar?
http://amorquematajemi.blogspot.com.br/
perfeito u.u
ResponderExcluiradorando essa fic
ansiosa Aqui
beijos