Sentiu a cabeça latejar e tudo
ficar embaçado. Por um segundo desejou não acordar... Mas tinha que ser forte e
suportar tudo por ela e por Dan. Tentou se erguer, mas não conseguiu. Céus! Ele
estava deitado sobre ela. Joseph, um homem daquele tamanho deitado sobre Demi.
O empurrou, mas a força aplicada contra o corpo era pouca demais para que ele
se quer movesse. Suspirou frustrada e terrivelmente irritada. Juntou a raiva
das palavras que Joe dissera na noite passada e as que ela tinha dito para ele,
o empurrou com forçar e Joe rolou para o outro lado da cama. Viu-o franzir o
cenho ainda dormindo e virar-se ficando de costas para ele. Joe ainda dormia
que chegara roncar. Maldito. O corpo de Demi doía e para completar Dan começara
a chorar, ele deveria estar com fome ou fralda suja. Não teve tempo de ir ao
banheiro. Tropeçou nos próprios pés e chocou-se com o chão terrivelmente
gelado. Murmurou um palavrão com gosto e levantou-se do chão. Excelente! Estava
brigada com Joe, o corpo doía, a cabeça latejava e o inverno rigoroso era
uma... Respirou fundo e fechou os olhos com força, caminhou até o quarto de Dan
e o chorou dele só fez piorar seu estado de espírito. Mas quando viu o rostinho
do filho avermelhado e molhado de lágrimas a dor e o nervoso evaporaram. O
pegou deixando-o em pé no colo e começou a zanzar com ele como se estivesse o
fazendo dormir.
- Mamãe está aqui.
– A voz dela soara tão angelical. Aos poucos Dan foi se acalmando conforme Demi
o zanzava. Mas as feições de irritação ainda continuavam no rostinho do
pequeno. – Vamos conferir como está a situação ai embaixo. – Demi deu um leve
tapinha no bumbum de Dan e ele a olhou de forma assustada. – Não chora! – Disse
rapidamente quando viu Dan franzir o cenho e depois riu. O bebê ficou confuso,
mas não chorou. Provavelmente achava que ela era maluca. – Você deve está com
fome, não? – Demi tentava o distrair enquanto o deitava no trocador e começava
a despi-lo. – Uau! – Disse ao ver a quantidade de.. ér.. cocô na fralda de Dan.
– Você é um cagãozinho. – Demi gargalhou gostosamente enquanto o limpava, mas
Dan deu o troco. – Eu não acredito. – Disse pausadamente enquanto ganhava uma
bela “chuveirada” de Daniel. Boquiaberta, o olhou. Dan nem parecia saber o que
fazia, olhava fixamente para o teto. – Dan? Bebê? – O chamou e depois de alguns
segundos Dan a olhou fixamente. – Mamãe vai te dar banho. – Demi o limpou e
armou a proteção do trocador, verificou a temperatura do quarto e o cobriu com
a manta mais quente.
Não sabia quanto tempo demoraria para buscar a água no
banheiro mais próximo, não poderia dar banho em Dan em outro local, o risco de
uma corrente de ar o atingir era imensa. Caminhou rapidamente até o banheiro do
corredor e pegou a água quentinha para que pudesse dar banho no bebê. Quando
voltou para o quarto suspirou aliviada quando o viu tentando mexer as perninhas
como se fosse algo novo para ele. – Pronto, agora vamos tomar banho. – Demi
pegou Dan no colo e beijou a testinha dele. O levou até a banheira e o banhou com
todo o cuidado do mundo. Demi ignorou as roupinhas verdes tentando não se
lembrar de um certo sujeito que estava ao quarto ao lado e o vestiu com uma
roupinha azul com detalhes brancos. Dan estava bem aquecido com todas as
“etapas” de roupas, as luvas e a touca branca. – Se eu fosse uma mãe bem
malvada não deixaria você mamar só por que fez xixi na mamãe, mas como eu te
amo muito, tipo muito mesmo vou deixar você mamar o dia inteirinho se quiser. –
Dan sugou-lhes o seio ferozmente. Demi acariciou o pequenino com um sorriso
bobo nos lábios. Amava-o tanto, mas tanto que chegava doer. Suspirou e ficou a
observa-lo. As cenas vinham em sua cabeça. “Eu te odeio” o peito doeu,
sentiu-se culpada.. Aquela mesma culpa que ela sentia quando se cortava, fechou
os olhos com força e espantou aqueles pensamentos e cenas que a assombrava. Dan
parou de mamar e ficou a fitar a mãe. – Ei! Pode mamar, mamãe só estava
pensando em algumas coisas, volte a mamar bebê. – Demi limpou as lágrimas e
forçou um sorriso para o filho. Mesmo sendo um bebê recém-nascido Dan sabia de
alguma maneira que ela não estava bem. Era tão ligado a ela. Demi era sua
protetora e eles estavam juntos desde o começo. Sentia que ela não estava bem.
Ficou um bom tempo com Dan nos braços, ele já tinha golfado e estava dormindo.
Mas Demi continuava com o pequenino nos braços enquanto um filme lhes passava
pela cabeça. Ela tinha que se livrar daquela culpa, era uma terrível confusão
interna. Pôs Dan no berço e depositou um beijo demorado na testa, como sempre, disse
que o amava e foi para o quarto totalmente tensa. Não o encontrou na cama e
suspirou aliviada, não queria o ver. Não agora. Precisava de um banho, estava
com o moletom encharcado de xixi de bebê. Joe não estava no closet e nem no
banheiro. Demi foi diretamente para o banheiro e despiu-se. Ligou o chuveiro e
tomou um banho relaxante. Por um momento pensou em fazê-lo.. Iria se livrar de
toda a culpa, ela tinha certeza. Mas quando olhou para os pulsos soube que
aquele não era o caminho certo. Iria ter que enfrentar o problema.. Enrolou-se
na toalha e quando saiu do banheiro agradeceu mentalmente por ele não estar lá.
Vestiu uma calça de moletom de cor rosa choque e uma regata branca. Prendeu os
cabelos em um rabo de cavalo e calçou meias coloridas e as pantufas. Estava
faminta. Desceu as escadas rapidamente e correu até a cozinha. Droga! Xingou-se
mentalmente. Lá estava ele, cabelos molhados, calça de moletom preta e uma
camisa branca. Pensou em virar-se e voltar para o quarto e não sair de lá pelos
próximos milênios, mas Joe foi mais rápido que ela.
- Bom dia. - Disse
por pura educação. Demi murmurou um bom dia entredentes e tentou agir
normalmente, mas aquela tensão que existe entre eles era sufocante. - Deixei o
seu chocolate quente dentro do microondas. - Joe estava sentado no banquinho do
balcão e a observava discretamente.
- Obrigado. -
Sussurrou sem olha-lo. Sentou a mesa e ficou a bebericar o chocolate quente.
- Não quer bolo de
chocolate? - Perguntou tentando amenizar o clima. Demi o olhou rapidamente e
disse "Não". - Temos cookies, pães, queijo e presunto. Frutas. O que
você quiser. - Demi revirou os olhos mentalmente e o mandou ir para.. também
mentalmente.. Caminhou até a o balcão, pegou um prato sem vontade alguma e
preparou um misto.
- Quer que eu
prepare um misto para você? - Perguntou por educação. Se dependesse dela, eles
estariam em um campo de batalha.
- Não obrigado. -
Joe tinha uma bela fatia de bolo de chocolate no prato que estava a
enlouquecendo. Aquilo era tão estranho, geralmente o café da manhã, como
qualquer outro horário de refeição daquela casa, era animado. Conversavam
bastante e trocavam beijos apaixonados ou roubados. Demi comeu em silêncio e
nem sabia porque ainda estava naquela cozinha com ele. Quando terminou recolheu
o que tinha sujado e pôs na pia, depois ela cuidaria daquilo.
- Como está
Daniel? - Demi praticamente corria da cozinha, ou melhor, de Joe. Virou-se
frustrada e o olhou. Agora percebia que ele parecia cansado. Fitou o braço nu e
franziu o cenho.
- Está bem, eu
cuidei dele mais cedo. - Joe forçou um sorriso e Demi virou as costas. Não iria
ficar com ele. Mas também não tinha nada para fazer. Dan estava dormindo e
Oliver com certeza aprontando por algum cômodo da casa. – O que aconteceu
com o seu braço? – Perguntou com certo receio.
- Acho que Miley estava de TPM na noite
passada. – Demi o olhou assustada e Joe assentiu.
- Isso precisa de gelo. – Ela estava
espantada.. Não esperava que Miley fosse tão longe. Tocou o braço direito de
Joe e ele gemeu de dor. – Está doendo? – Joe assentiu franzindo o cenho em uma
expressão de dor quando Demi tornou a apertar o local, era uma pequena mancha
roxa, não tão pequena... – Vou colocar gelo e pegar uma pomada para massagear o
local. – Dito isto, Demi saiu às pressas para ir buscar o kit médico no
banheiro do quarto. Já Joe não pode deixar de sorrir.
- Você é rápida. – Não deveria ter completo
nem um minuto que Demi subira e ela já estava de volta. – Não acha que está
exagerando? – Demi nada respondeu, deixou o kit em cima do balcão da cozinha e
pegou a compressa de gelo no armário.
- Está doendo? – Era tão constrangedor. Demi
colocava a compressa de gelo no braço machucado, ou agredido, como preferir.. E
tentava não fita-lo.
- Não muito. - Tudo que Joe queria era
beija-la da forma mais apaixonada e pedir desculpas. Ela estava tão linda. Com
certo receio levou a mão até a cintura de Demi e a acariciou. Demi fitou estática
e com cara de paisagem, não sabia o que fazer. Aos poucos Joe foi rodeando o
corpo dela com os braços. Fitou os olhos dela, mas a mesma desviou o olhar.
Então ele a beijou. No começo fora difícil, mas Demi acabou cedendo, acariciou
o peito dele com as mãos e aos poucos foi o empurrando.
- É melhor eu massagear o seu braço. – A voz
dela estava falha e a respiração não ficava para trás. Joe riu quando ela deixou
cair o kit médico no chão e abaixou para pegar as coisas. Demi estava tão
atrapalhada. – Está pomada vai ajudar. – Ela finalmente tinha pego as coisas
do chão, Joe a observava atento intimidando-a.
- Como sabe tanto sobre pomadas? – Perguntou
querendo puxar assunto.
- Não sei nada sobre pomadas. Mas eu li a
bula. – Deu de ombros enquanto massageava o braço dele. Agora quem estava com
cara de paisagem era Joe. – Logo vai melhorar. – Que seja! Queria beija-la.
- O que você vai fazer agora? – Apressou-se
em perguntar antes que ela virasse as costas e o deixasse sozinho.
- Não faço ideia. Acho que vou assistir
televisão ou dormir. – Deu de ombros. Não queria muito papo com ele, mas Joe estava
forçando a barra.
- Você sabe que nós vamos ter que conversar
sobre isto. – Demi fechou os olhos e respirou fundo. Estava com raiva dele e de
si mesma. – Não adianta fugir. – De repente Joe ficara sério, aquilo era
confuso demais.
- Você gritou comigo. – Os olhos de Demi
estava marejados. As feições mostravam o quanto decepcionada ou até mesmo
assustada ela estava.
- Você
disse que me odiava. - Sustentou o olhar dela. Também estava machucado por
dentro. Joe ficara traumatizado em relação a datas natalinas...
- Por
que você não tenta me entender? – Não queria chorar, não com aquele homem a
fitando intensamente.
- Por que você não tenta entender que eu não
quero que você fique longe de mim e do nosso filho? – Cada um tinha seu motivo.
Joe queria que Demi ficasse perto dele. Demi queria estar com ele sempre, mas
também queria viver o sonho de continuar cantando e ajudando as pessoas com sua
música.
- Eu não quero ficar longe de vocês. – As lágrimas
começaram a escorrer pelo rosto e Joe a acolheu com um abraço apertado.
- Tem que ter uma solução. Não quero que
fiquemos mal. – Demi o abraçava com tanta força. Joe não poderia ser um
adversário, ela precisava dele ao lado dela. Precisava que ele fosse seu braço
direito.
- Mas você também não quer me compreender. –
Murmurou entre o choro. Parecia uma criança que acabara de quebrar o brinquedo
preferido.
- E você? Tenta me compreender? – Joe desfez
o abraço e fitou os olhos dela. Aquelas questões deveriam ser resolvidas o mais
rápido possível. Era uma agonia sem fim estar com a pessoa que você ama
naquela situação. Ambos queriam estar juntos e não juntos e brigados.
- Joe! É claro que eu te entendo. Você quer
que eu fique aqui, mas você não entende que eu preciso ir. De qualquer forma eu
iria voltar a trabalhar, mais cedo ou mais tarde iria acontecer. Você também
vai voltar a trabalhar a qualquer dia. Isto é tão simples, mas nós insistimos
em fazer uma tempestade em um copo d’água. – Demi atropelava as próprias
palavras e gesticulava as mãos para aliviar o nervoso e não bater nele.
- Qual é a solução Demetria? – Perguntou irritado.
Mas logo se controlou, não iria gritar com ela.
- Bem, a solução mais óbvia é você ir
comigo. – Disse com certo receoso e Joe franziu o cenho.
- Eu não sou o seu cachorrinho. – Joe
levantou-se bruscamente e virou-se para dar as costas a ela.
- Depois eu quem sou egoísta. – O fez provar
do próprio veneno. Joe estava passando de marido dos sonhos para ogro ambulante e incompreensível. Qual era o problema em tentar compreende-la? Demi com certeza iria
apoia-lo se ele estivesse na mesma situação que ela, iria?
Continua.. Duas cabeças mais que duras.. Será no que isto vai dar? Obrigado garotas! Vocês são incríveis! Beijos e até o próximo capítulo, que, se tudo der certo ainda posto hoje.
Perfeito <3
ResponderExcluirUma briga de vez em quando ate q eh bom pra dar mais emoçao
Orgulho eh foda mesmo
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Omg esse capítulo foi uau. Muito prefeito, eu quero mais :))
ResponderExcluirFabíola Barboza
Podia colocar algo para o joe se arrepender do que disse
ResponderExcluirCapitulo perfeito!!! Joe e Demi dois cabeças duras, tadinho do Dan, ele pode ser pequeno mas deve sentir que não esta nada bem com a mãe :/
ResponderExcluirPosta logo eu estou amando a maratona <3
Ahh ameei mds a fofo a Dem com o Dan imagino a cena dele fazendo xixi nela kkkk
ResponderExcluirMds mais q orgulhosos mds,esses dois gente.. Joseph principalmente,nao custava nada aff bem feito pra ele,Mileu bateu nele..
Tadinha da Dem.. Dois cabecas duras,podendo revolver logo sem brigar.. Vou bater neles dois
Ameei,essas brigas perfeitas
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Xoxo
Joe muito cabeça dura, mas aposto que ele vai acabar indo com ela .
ResponderExcluirLindaaa,to amandooo tudooo <3 <3 <3 <3 <3
ResponderExcluirJoe e demi *-* que amor esses dois.
Essa briga deles ,como eu disse no capítulo anterior e até ótimo para relação deles u.u
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Não demora
Kk....beijos
Perfeição define
ResponderExcluirOs dois são cabeças duras, mas sl acho q entendo melhor o lado do Joe... Isso é tão </3 mas também dá uma emoção a mais.
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