29.8.14

Aviso

Pessoal, eu não sei que dia vou postar, pois estou sem internet e tempo. Mas quem sabe amanhã não saí um capítulo.

25.8.14

Capítulo 13

Quando o dia finalmente amanhecera, Demi despertara dos pesadelos estranhos.. Os pesadelos nada mais eram que borrões e emoções do passado, o que a deixara muito perturbada. Espreguiçando-se, Demi levou as mãos ao rosto ao sentir uma leve dor de cabeça formar-se. Nunca fizera bem a ela lembrar-se da adolescência conturbada. Das lembranças das noitadas e... Olhando para o lado, a visão turva e as pálpebras quase fechando-se automaticamente, os olhos de Demi encontraram Joe acordado.
   - Bom dia. - Ele disse ainda sonolento sorrindo timidamente para ela. Demi esticou o braço para alcançar o criado-mudo para alcançar os óculos de grau.
   - Bom dia. - Murmurou aliviada por estar enxergando normalmente. Só agora também percebera que estava suada.
   - Está tudo bem? – Perguntou Joe percebendo o quão receosa e quieta Demi estava. Ela ainda não o olhara feio.. Ainda.
   - Apenas pesadelos. – Murmurou encolhendo-se debaixo do cobertor. Não lembrara-se ao certo o que fora o sonho, mas a Demi antiga estava nele.. E ela a perturbava.
   - Quer que eu prepare um banho? Pode ajudá-la. – Joe aproximou-se de Demi e a mesma encolheu-se mais. – O que posso fazer? – Perguntou preocupado.
   - Eu estou bem. – Demi o olhou nos olhos tentando passar toda a certeza para ele. – Apenas pesadelos. – Disse ainda o olhando.
   - Não posso fazer nada para ajudá-la? – Insistiu aproximando-se cada vez mais dela.
   - Não Joseph, eu estou bem. – Disse o empurrando. – E nós ainda estamos brigados. – Agora Joe reconhecia a mulher que tinha. Demi lançara aquele olhar furioso e ele soube que ela realmente estava bem e muito furiosa. – Agora se você me der licença, eu gostaria de dormir. – Virando-se ficando de costas para ele, Demi murmurou um palavrão, colocou os óculos de grau no criado mudo e ajeitou-se para dormir.
   - Eu não quero te dar licença. – O arrepio percorreu o corpo quando ele a pegou de surpresa abraçando-a por trás.
   - Escuta bem, se você não me der paz para dormir, eu vou arrancar as suas bolas e vou fazer churrasquinho com a sua linguiça. – Demi virou-se para olhá-lo e sorriu maliciosamente adentrando o cobertor com as mãos e logo a calça de moletom de Joe. – Posso temperá-lo com muita pimenta, o que acha amor? – Joe olhou para o rumo do cobertor e depois para Demi, e por incrível que pareça estava duro de medo e porque ela o apertava.
   - É m-melhor você dormir um pouco. – Gaguejando e engolindo seco, Joe cerrou os dentes para não gemer quando ela o apertou com mais força e logo o soltou.
   - Boa noite amor. – Deslizando o dedo pelo rosto dele, Demi curvou-se e deu um leve selinho nos lábios entreabertos de Joe e deitou-se de costas para dormir. O recado estava dado e Demi gargalhou assim que Joe saiu do quarto depois de alguns minutos no banheiro.
Tentara entendê-lo e conseguira. Joe era um pai presente e que amava os filhos. Ele cuidava de Lizzie e Dan quando ela estava fora, participava das travessuras, dos momentos divertidos e dos momentos tensos. Era apenas medo o que Joe sentia, deduzira Demi, pois ela também sentia o mesmo medo. Mas não era porque sentia medo que o deixaria dominá-la. Uma das coisas que Demi aprendera com a vida era que jamais deveria permitir-se sentir medo, pois o medo é alimentado pelo próprio medo, insegurança e desconforto. E se ela deixasse o medo vencê-la seria impossível pensar numa solução adequada para o caso de Elizabeth. Era mais natural do que eles imaginavam, Lizzie era uma menina excepcional com seus pontos baixos e altos, e era mais que obvio que um dia iria se apaixonar por um rapaz e vice-versa. Joe só teria que aceitar e mesmo que não gostasse da ideia, supunha Demi, teria que se acostumar de qualquer forma. O sono acabara vencendo-a e Demi finalmente conseguiu dormir tranquilamente livre de pesadelos.
(...) 
Aquela risada era familiar.. Virando-se, Demi murmurou um “Não” e voltou a dormir. Um beijo estalou em sua testa e uma mão a tocava nas costas e mais algumas risadinhas..
   - Joseph! – Grunhiu. Levantando-se bruscamente, Demi preparou-se para acertá-lo, mas surpreendeu-se ao ver Daniel segurando-se para não gargalhar. Demi lembrara-se que Dan fazia aquilo desde que era pequeno. 
Flashback On
Murmurou um "Hum" ao sentir algo pesado e fofo cair bruscamente em seu peito. Tentou abrir os olhos, mas desistiu. Estava morrendo de sono. Ajeitou a cabeça no travesseiro e virou-se de lado. Pareceu uma risada familiar, mas preferiu ignorar. Sentiu o peso da coisa macia sobre seu braço beliscando-lhe. Droga! O que Demetria queria o beliscando àquela hora da manhã? A gargalhada novamente. Virou-se de vez a assustando.
   - O que foi? - Perguntou mal humorado. Quando abriu os olhos deparou-se com uma miniatura de olhos verdes e arregalados o encarando. Daniel estava assustado. Joe ergueu-se e olhou para o bebê sentado na cama também o olhando.
   - "Papa" - Ele disse com certo receio. Envolveu o corpo do pequeno com as mãos e o levou para o colo. Dan estava atento a qualquer movimento do pai o olhando com os olhos marejados.
   - Papai te assustou? - Joe deitou o bebê no peito e ficou a brincar com os cabelos dele. Sentia-se mal por ter o assustado. Daniel era tão pequeno e indefeso. - Gostou de dormir com o papai e a mamãe? - Joe o pôs de pé e Dan, como sempre, levou as mãos até o rosto de Joe e riu com o roçar da barba a suas pequenas mãos.
   - "Mama" - Dan apontou para Demi sorrindo timidamente.
   - Vamos acordá-la? - Sorriu maliciosamente. Sabia que Demi odiava ser acordada antes da hora. Ela iria ficar uma fera. - O que nós vamos fazer? Podemos pegar um balde d'água. - Dan riu achando divertido o jeito que Joe falava. - Ou quer enchê-la de beijos? - Joe sabia que um balde d'água seria a mesma coisa que assinar divórcio. Deixou que Dan engatinhasse para cima da mãe e aproximou-se deles. Era uma pena acordá-la, ela estava tão linda dormindo tranquilamente. Deslizou as pontas dos dedos pelo rosto de Demi e beijou-lhes a bochecha carinhosamente. Joe riu quando Dan repetiu o que ele fez, só que o pequeno beijou o nariz da mãe. Demi franziu o cenho e virou-se para o lado. Joe e Dan trocaram sorrisos maliciosos e voltaram a beijá-la por toda região do rosto.
   - "Mama" - Dan deu um de seus gritos super animados de bebê seguido por uma gargalhada e levou as mãos até as bochechas de Demi apertando-as com suas mãozinhas cheinhas.
   - Daniel! - Joe riu quando Demi fez uma das piores caretas que ela um dia fizera. - Vem aqui. - Joe tentava não rir, mas era impossível. Tentou pegá-lo, mas ele fez birra.
   - "Mama" - Dan dizia freneticamente todo animado esperando a mãe acordar. Era tão engraçado vê-lo tentando acordá-la, às vezes Dan olhava para Joe rindo ou se concentrava em beijar a mãe.
   - Joseph! - Oh meu Deus! Ele estava morto. O que diabos aquelas duas criaturas tinham na cabeça? Ela ainda estava cansada, cansada de um dos momentos mais constrangedores de toda a sua vida. - Daniel! - Em nove meses, era a primeira vez que Demi queria dar uns belos tapas na bunda daquela danura. Daniel era ligado na tomada!
   - Era para ser um bom dia romântico, mas... - Joe riu quando o pequeno abraçou a mãe. Era evidente o quão grande era o afeto de Dan por ela. Aliás, Demi passava boa parte do tempo com Dan.
   - Tudo bem. - Forçou um sorriso. - Bom dia meu príncipe. - Demi ergueu-se e aninhou Dan nos braços.
Flashback Off 
   - Bom dia! – Daniel selou a bochecha da mãe com um beijo carinhoso sentando-se a beirada da cama. – Dorminhoca, só falta você para começarmos o café da manhã. – Demi assentiu sonolenta. Não existia nada melhor que dormir, existiam coisas equivalentes como comida e sexo, mas dormir era dormir e Demi, como qualquer outra pessoa, adorava dormir por longas horas e sempre o fazia, pois quando estava trabalhando mal tinha tempo para um cochilo.
   - Bom dia Dan. – Demi sorriu timidamente ao olhá-lo. Sentia tanta falta do seu bebê bobinho de olhos verdes e que era muito sorridente. Agora seu menino crescera e transformara-se em um rapaz incrivelmente lindo e apaixonante.
   - Bem senhorita, a banheira está te esperando. - Dizendo isto, Daniel saiu do quarto deixando apenas uma piscadela misteriosa.
   - Daniel! – Demi o chamou. – Dan? – Chamou novamente, mas o menino patinho, apelido que Lizzie dera ao irmão quando eram pequenos, já estava longe demais para escutá-la. Como era curiosa demais, Demi mal calçou o chinelo e correu cambaleando para o banheiro.
“Bom banho.. – Joseph.” – Era a letra dele em um bilhete no espelho. Demi mordeu o lábio inferior, mas não foi o suficiente para conter o sorriso. Ele preparara o banho! Banho de banheira! Despindo o moletom dele, Demi deu pulinhos e bateu palminhas de tanta felicidade ao sentir o aroma agradável dos sais de banho. Deus! Quase tivera um orgasmo enquanto sentia a água morna abraçar o corpo deliciosamente.
Sensacional, demasiado maravilhoso, incrível! Aquele banho caíra do céu! Demi estava mais que feliz enrolada na toalha branca, se fosse por ela, jamais sairia daquela banheira, mas quando os dedos estavam enrugados e ela começara a sentir um frio, claro que não admitira que fosse frio, tivera que sair da banheira.
   - Tudo bem? – Disse assim que saiu do banheiro na mesma hora que Lizzie adentrou o quarto.
   - Oh, desculpe. – Disse envergonhada. – Papai e Eric vão conversar depois do café da manhã. – Demi arqueou a sobrancelha completamente surpresa.. – Eu acho que vou infartar. – Murmurou andando de um lado para o outro.
   - Vamos fazer o seguinte, porque você não me ajuda a escolher uma roupa e nós podemos conversar para distraí-la. – Lizzie apenas assentiu e seguiu a mãe até o closet roendo as unhas. – Elizabeth! – Demi a repreendeu, não era para tanto.. Daqui a pouco a menina estaria descabelando-se.
   - Eu estou nervosa. – Choramingou.
   - É apenas o seu pai e o seu namorado em uma conversa. – Disse acalmando-a. – Não é como se o seu pai fosse, hipoteticamente falando, arrancar as bolas do Eric e fazer churrasco com a linguiça dele. – Só depois que dissera o que não deveria que Demi corou ao olhar Elizabeth mortificada e muito vermelha de pé. Era diferente, ela poderia dizer aquilo para Joe, mas para Lizzie era diferente. – Merda.. Eu não vou deixar seu pai agir como um ogro com o Eric. Vamos escolher uma roupa? – Assentindo receosamente, o vermelho do rosto de Lizzie foi sumindo conforme a conversa com a mãe fluía.
   - Quieta mamãe, sua trança ficará torta. – Quando Lizzie terminou a trança, Demi sorriu ao olhar-se no espelho. O cabelo trançado em uma trança espinha de peixe caía pelo ombro esquerdo.
   - Uau. Obrigado. – Disse sorridente. Demi vestia um típico vestido simples de praia branco soltinho de alcinhas que batia na metade das coxas. Sentia-se bem e muito confortável consigo mesma, pois se fosse alguns anos atrás o complexo com a aparência jamais permitiria que ela vestisse aquele vestido. E o melhor de tudo depois da época sombria de sua vida, Demi descobrira que ela era linda com a contribuição de Joe para a imagem “positiva”.
   - Você está linda. – Lizzie a elogiou. – Vamos descer? – Demi assentiu entrelaçando o braço ao da menina. A conversa fluía naturalmente e as duas riam enquanto caminhavam para a sala de café da manhã.
   - Bom dia. – Demi ofereceu um belo sorriso de bom dia para todos que pareciam eufóricos para iniciar o café da manhã e Demi sentiu-se culpada.
   - Dem, bom dia. – Primeiramente tivera vontade de acertá-lo, mas depois que lembrou-se do incrível banho que Joe preparara, Demi virou-se e sorriu para ele.
   - Bom dia Joseph. – Surpreendendo-a, Joe a envolveu pela cintura com um braço puxando-a para ele e com a mão livre acariciou-lhe o rosto e beijou os lábios rapidamente.
   - Eu preparei um lugar especial para você na mesa. – Roubando um selinho, Joe entrelaçou os dedos aos dela e a guiou até os dois únicos lugares vagos a mesa. – Sente-se pequena. – Demi tentou não sorrir, mas foi impossível. Joe puxara a cadeira para ela e a ajudou sentar-se.
Demi realmente estava sem graça. Joe colhera uma rosa e a colocara em um lindo vaso de cristal cilíndrico. Ele preparara o café da manhã como ela gostava e serviu-a de bom grado. Por Deus! Por mais que fossem familiares, Demi ficara corada com os olhares de todos sobre eles. Miley e Nick estavam numa típica melação sentados juntos, roubavam um selinho atrás do outro e as vezes os olhava. Kevin e Dani trocavam sorrisos tímidos e sussurravam um para o outro. Denise e Paul pareciam estar confortáveis e mantinham a conversa animada com Eddie e Dianna. E pela primeira vez Demi franziu o cenho. Bryan estava sentado ao lado de Anne e talvez por ilusão ótica ou algo do tipo, estavam juntos demais.. íntimos demais.. E mais para a extremidade direita da mesa Daniel e Lena conversavam animadamente e tentavam integrar Lizzie a conversa, mas a menina apenas assentia e fitava o celular de minuto em minuto impacientemente.
   - Obrigado Joe, estou satisfeita. – Disse educadamente quando Joe insistira para que ela provasse mais um pouco da torrada com geleia de uva. Demi perdera a fome. Lizzie pedira licença e caminharam para os fundos da casa..
   - Não fique tensa, nós vamos apenas conversar. – Disse Joe ao ver a repentina palidez de Demi. Foi impossível não estreitar os olhos ao vê-los. Os dedos entrelaçados e os sorrisos bobos. Joe quase teve um infarto.
   - Bom dia. – Disse o rapaz tão embaraçado e envergonhado. Ao menos Eric era corajoso.
   - Bom dia. – Levantando-se rígido, Joe estendeu a mão para o rapaz o fuzilando com os olhos e Lizzie o olhou como se pedisse socorro, mas tudo que Joe fez quando o rapaz o cumprimentou com um aperto de mão foi praticamente esmagar a mão de Eric.
   - Bom dia Eric. – Demi pôs-se ao lado de Joe e o beliscou no bumbum ao mesmo tempo em que sorria largamente para Eric e Lizzie.
   - Escritório. – Grunhiu virando-se bruscamente e Demi o acompanhou entrelaçando o braço ao dele.
   - Joseph! – Repreendeu-o num sussurrou enquanto era praticamente arrastada por Joe. – Pensei que iríamos conversar civilizadamente. – Sussurrou cravando as unhas ao braço de Joe.
   - E nós vamos. – Disse ainda emburrado. – Entrem. – Murmurou abrindo a porta do escritório e logo o adentrando após Lizzie e Eric. – Sentem-se. – Cumprindo a instrução, Joe sentou-se na cadeira giratória de couro atrás da mesa e entrelaçou os próprios dedos e os observou. Lizzie e Eric estavam nervosos e Demi estava sentada ao lado da filha como advogada do casal aparentemente muito entediada. – Sim.. – Disse depois de minutos de silêncio.
   - Como vocês se conheceram? – Demi já sabia da história completa, mas tentara amenizar o clima tenso.
   - O Sr. e a Sra. Lovato frequentam a mesma igreja que os meus pais que trabalham aqui. – Disse Eric um pouco nervoso por conta do olhar ameaçador de Joe. – Eu sou amigo de Anne, e um dia a encontrei com Lizzie. – Houve um grunhido quando Demi chutou a perna de Joe por baixo da mesa e Eric e Lizzie ficaram mais tensos do que estavam.
   - Quais são as suas intenções com a minha filha? – Joe perguntou um pouco mais amigável apenas para não levar outro chute de Demi.
   - Eu a amo. – Disse mais nervoso que tudo e Lizzie entrelaçou os dedos aos dele. – Eu quero namorá-la e gostaria da sua benção. – Joe adentrou os dedos aos cabelos e respirou fundo. Olhou para Demi e logo para o casal. Lizzie lançou-lhe um olhar esperançoso e Joe tornou a respirar fundo.
   - Tudo bem. – Disse contragosto. – Você tem a minha permissão para namorar a minha filha. – De repente Demi estivera aliviada e Lizzie deitara a cabeça no ombro de Eric. – Mas existem regras. – Levantando-se da cadeira, Joe estalou os dedos e pôs-se a caminhar de um lado para o outro calmamente. – Não para namoro até às dez da noite, não para ficarem sozinhos em locais fechados demais e não se empolgue demais rapazinho, Elizabeth só tem quinze anos e espero que você já esteja pensando no casamento. – Demi mordeu o lábio inferior para não rir. Por Deus! Ela gostaria tanto que Eddie tivesse feito o mesmo com Joe, seria tão engraçado vê-lo mais embaraçado que Eric. – E se você partir o coração dela considere-se um homem morto.
   - Claro. – Eric assentiu mais aliviado que tudo. – Eu jamais partiria o coração de Lizzie. – A menina corou assim que Eric a olhou e sorriu timidamente.
   - Estamos livres? – Pronunciou-se Elizabeth pela primeira vez e Joe assentiu.
   - Juízo. – Murmurou Joe apertando a mão de Eric ainda cheio de cuidados com Lizzie. – Meu Deus. – Assim que Eric e Lizzie saíram da sala com sorrisos felizes no rosto, Joe jogou-se na cadeira ao lado de Demi e ficou a choramingar sem cessar.
   - Eu estou orgulhosa de você. – Surpreso, Joe finalmente parou de choramingar para olhar para Demi.
   - Estou perdoado? – Perguntou sem rodeios.
   - Um pouquinho. – Oferecendo um sorriso, Demi sentou-se no colo dele e o beijou carinhosamente na bochecha. – Eu estou muito feliz por você ter aceitado o namoro de Beth. – Joe não pensou duas vezes e a beijou na boca intensamente, estava com tantas saudades de beijá-la, de tocá-la.. Mas quando o beijo começara a esquentar, afastaram-se assustados quando alguém abriu a porta. Joe virou-se e engoliu seco, Eddie o olhou feio e tornou a fechar a porta.

Continua.. Oi! Desculpem pela demora, eu estava sem tempo. Bem, espero que gostem do capítulo, no próximo... Haha! Bem, as coisas vão começar acontecer... Preparem-se porque a partir do próximo capítulo o que não vai faltar é hot e começar a.. Obrigado pelos comentários! Beijos

24.8.14

Selinho

Obrigado Mari e Jéssie pelo selinho :)



Regra (s): Não poderá dar o selinho quem lhe deu (Imagina a pessoa ficar com 02 selos iguais?)
                Não mude as perguntas!
                Não tente tirar os créditos!

03 Perguntas: 01. Já pensou em desistir do blog e abandonar tudo?
                        02. O que pensa que é indispensável numa Fanfic?
                        03. O que prefere escrever? Sinopse ou a lista de Personagens?
Respostas 

01.Já pensou em desistir do blog e abandonar tudo?
 Acho que toda blogueira já pensou em excluir o blog ou abandoná-lo. Acontece que às vezes, ou quase sempre, as coisas vão se acumulando, o tempo é curto e os leitores cobram demais, a falta de criatividade te pega e a ideia de desistir ou abandonar o blog é a melhor que passa por sua cabeça. Eu mesma estou sofrendo disso, mas não pretendo desistir/abandonar o blog, mas sim inovar de alguma forma..

02. O que pensa que é indispensável numa Fanfic? 
O que é indispensável numa fanfic.. Bem, eu não tenho a melhor gramática do mundo, mas também não tenho a pior. Acho que o que é indispensável em uma fanfic é uma boa gramática, narração, estrutura e a simplicidade das frases/palavras. Tem que ser algo que o leitor entenda de primeira e não algo que você tem que ler ao menos três vezes e continuar sem entender ou ter que consultar ao menos três dicionários diferentes e o google para entender o significado da palavra. E também prestar atenção no que está fazendo, eu mesma costumo trocar palavras, as mais frequentes são "vou" por "você" ou "cabelo" por "cabeço" hsuahsa
Um bom roteiro também é importante, não precisa ser algo que te faça chorar ou espernear, mas algo que transmita positividade e te faça refletir a respeito de.

03. O que prefere escrever? Sinopse ou a lista de Personagens? 
Sinopse. Prefiro-a porque quando penso numa história a personalidade dos meus personagens não está completamente desenvolvida, eles sempre amadurecem no decorrer da fanfic ou eu aperfeiçoo a personalidade.. E também posso apresentar pequenos dados no decorrer da sinopse, o que já forma a lista de personagens, claro que os principais, pois quem conhece as minhas fanfics sabe que eu não sou fã de personagens/casais terciários.

Indicações:
















20.8.14

Capítulo 12

Nunca pensara que Demi ficaria tão chateada. Geralmente as brigas não passavam de um curto tempo no qual, depois de estarem calmos, o diálogo voltava, os beijos voltavam.. E bem, eles voltavam a conviver normalmente. Mas agora era diferente. Demi nunca estivera tão fria. Mal o olhava, mal dirigia a palavra a ele e evitara toques. Talvez ele merecesse.. Talvez Demi estivesse fazendo drama, ou talvez não. Talvez ele devesse analisar o caso de Elizabeth como Eddie pedira. Entretanto, chega de talvez! Não existia meio termo. O valor lógico é sempre a verdade ou a mentira, basta! A consciência estava pesada.. Ele tinha que admitir: Merecia a frieza de Demi; Demi não estava fazendo drama e era o dever dele, como o bom pai que era analisar o caso de Elizabeth e compreendê-lo da melhor maneira possível. Aliás, Eddie estava tão certo, que ao pensar nas palavras do pai de Demi, Joe sentiu o rosto corar em um leve rubor e ele mexeu-se desconfortavelmente na cama.
Agora pensara na estratégia para reconquistar a mulher que tanto amava. O que diabos ele estava pensando quando agiu como um brutamonte? Demi era uma romântica nata, uma mulher apaixonada por casais fofos e amorosos. E ele fora contra os princípios dela e deu no que deu. Provavelmente era para Demi estar enroscada a ele suspirando de paixão, o beijando e sussurrando que o amava mais que tudo, mas ela estava deitada quase na beirada da cama, aquele era o aviso que ela queria distância, e as costas viradas para ele afirmava isso mais uma vez. Idiota! A consciência gritou e Joe encolheu-se como um menininho reprimido pela própria besteira. Dessa vez teria que ser algo maior que um buquê de flores, teria que ser maior que uma noite de amor, mas o que existia maior que isso tudo? Apenas o amor dele por ela. Não, não era essa a questão. Sempre ficara claro o amor que existia entre eles e ambos jamais duvidaram e duvidariam disso. E o ciúme também era bem nítido... Demi com o ciúme moderado e fofo, ela não gostava quando uma mulher tentava flertar com Joe, e quando ele as olhava muito intensamente.. Mas era fofo, e bem.. era Demi. E no caso dele. Céus! Que tragédia! Joe não gostava das saias curtas, não gostava dos vestidos curtos, não gostava das calças coladas, não gostava dos decotes longos, e de todas as peças de roupas que mostravam um pouco a mais do corpo da sua mulher. Claro, o vestimento era apenas um item da lista de Joe. Depois das restrições às roupas, Joe não gostava da presença masculina perto da sua garota. Segundo ele, Demi, realmente, era uma verdadeira femme fatale com uma pitada de "inocência" e meiguice. Concluindo isto, Joe afirmava que os caras com más intenções sempre estavam rondando-a com o objetivo de agarrá-la, de capturar o belo ângulo da abertura do decote que mostrara os belos seios, de apertar o bumbum e de fantasiar as belas pernas da SUA amada nas cinturas deles. Bem, a quantidade de itens da lista de ciúmes de Joe era grande demais.
O suspiro pesado de Demi foi como uma volta para a realidade. Joe ergueu-se e estendeu o braço para que pudesse alcançar o crido-mudo e verificar a hora no Iphone. Onze da noite. Droga, ele estava sem sono algum. Claro, é o que acontece quando o namorado da sua filhinha vai a sua casa com o objetivo de conversar sobre o relacionamento com a garota e você simplesmente se tranca no quarto e dorme muito, muito mesmo para fugir da situação. Demi tinha razão, ele tinha sido bastante imaturo, mas quem sabe quando ele conversasse com Lizzie as coisas se resolveriam por completo.
   - Dem? - Chamou-a pelo apelido. Demi estava dormindo, caso estivesse acordada iria acertá-lo com uma bela palmada no rosto. Não era brincadeira, Demi estava muito furiosa e Joe suspeitava que ela também estivesse naquela terrível fase de três dias que acontece todo mês com as mulheres. - Eu amo você. - Sussurrou beijando-a no rosto e então levantou-se e arrumou o cobertor nela. Demi tinha feito o amor nascer no coração dele. Não qualquer amor, mas sim aquele amor inigualável. O amor que era forte, o amor que era paciente, generoso, protetor e sem fim. Primeiro o sentimento era primitivo, era novo demais assim como eles na época que o coração começou a gritar por aquele amor. Segundo o tempo ajudou aquela sementinha inocente do amor firmar-se em raízes fortes e expandir-se quebrando todas as barreias e gerando flores e logo frutos como uma árvore-mãe. Terceiro, era como se todos os dias se apaixonassem. Uma paixão louca e muito violenta..
Demi era a mulher ideal. Claro que nesse contexto "mulher ideal" não seria como nos velhos clichês da vida. Maquiagem, Demi não gostava muito daquela coisa quando estava em casa. Problemas, Demi tinha muitos problemas, tantos emocionais quanto do cotidiano. E os problemas emocionais eram sérios demais, que em um deslize ela poderia colocar a perder o tratamento de anos e anos. A cada dia era uma nova recuperação, uma nova lição a ser seguida e cumprida. A imagem, claro, nesse quesito Demi era como todas as outras mulheres, mas com um problema sério que era a baixa autoestima e problemas para aceitá-la da forma que era. Tinha também a questão dos vícios que eram um perigo. Demi ficara longe de bebidas alcoólicas e drogas, não permitia-se ingerir uma gota de álcool sequer por puro luxo ou "diversão". Eram problemas e problemas. Mas tinha a parte do brilho radiante. Ela sorria com sinceridade, ria com naturalidade e amava com intensidade. Pijamas, camisas de numeração que eram três vezes maiores que a numeração dela, pantufas com enormes orelhas de coelhos de pelúcia cor de rosa e algumas até com garras felinas, caretas no espelho, piadas sem graça, TPM bipolar e Joe tinha direito a várias Demetrias. Tinha as versões de Demi em: fogosa, tarada, romântica, fofa, agressiva, carinhosa, meiga e repetindo, tarada e fogosa..
Descendo os degraus da escada, Joe percebeu a movimentação estranha..
   - Merda Daniel, eu não acredito que você fez isso. - Joe concentrou-se e capturou o sussurro da filha.
   - Você vai ficar quieta Elizabeth. - Mais um passo e Daniel e Lizzie arregalaram os olhos ao ver o pai.
   - O que estão fazendo? - Joe tentou ser o mais simpático possível e viu-se aliviado quando a tensão sumiu do rosto de Lizzie.
   - Nada. - Disseram juntos bastante desconfiados.
   - Lizzie, você tem um tempinho para mim? - Joe levou a mão aos cabelos da nuca e sorriu envergonhado.
   - Claro, Lizzie tempo todo o tempo do mundo. - Daniel empurrou a menina exasperado, e Lizzie franziu o cenho.
   - Você sabe que sim. - Olhando feio para o irmão, Lizzie aproximou-se do pai.
   - Que tal se nós caminharmos um pouco? - Joe aproximou-se mais da menina e a abraçou de lado timidamente.
   - Eu gostaria de uma xícara de chocolate quente, o que você acha? - Joe sorriu ao sentir a mão da sua menina em suas costas quando ela retribuiu o abraço. Deus! Ele a amava tanto e não queria perder a sua garotinha.
   - Podemos preparar juntos, o que acha? - Joe encostou-se mais a menina completamente aliviado por ela facilitar as coisas para ele.
   - Ótimo, nós podemos preparar para a mamãe e para o Dan, acho que somos os únicos acordados mesmo. - Joe percebeu que tinha alguma coisa fora do lugar quando Lizzie disse que achava que eles eram os únicos acordados, mas preferiu deixar passar..
   - Sua mãe está dormindo. - Disse enquanto buscava os ingredientes no armário e Lizzie buscava uma panela.
   - Ela está muito brava? - Lizzie riu da surpresa do pai quando ela tocou naquele assunto.
   - Ela quase me bateu quando tentei beijá-la. - Murmurou e a garota riu. - É melhor deixá-la, aposto que é tpm. - Lizzie corou enquanto começava a preparar o chocolate quente.
   - O que Daniel está fazendo? - Perguntou enquanto pegava as xícaras no armário.
   - Ah, acho que ele está jogando videogame com Bryan. - Murmurou tensa e Joe preferiu deixar passar novamente.
   - Está pronto? - Joe moveu-se desconfortavelmente e Lizzie assentiu.
   - O que acha de sentarmos perto da piscina enquanto tomamos nosso chocolate quente? - Joe sorriu ao ver a menina distribuir a bebida em cada xícara. As sardas a mostra, o cabelo preso em um coque casual e Lizzie também vestia um moletom gigante. Ela era a cara da mãe.
   - Por mim tudo bem, mas acho melhor sentarmos nas espreguiçadeiras. - Joe segurou as duas xícaras enquanto a menina servia outra xícara para Daniel. Logo eles caminharam cautelosamente para a sala e Joe franziu o cenho ao ver Daniel de braços cruzados e apoiado a armadura que sustentava a porta claramente entediado com alguma coisa.
   - Chocolate quente. - Disse assim que entregou a xícara para o garoto. - Nós estamos aqui fora. - Daniel apenas assentiu enquanto bebericava o chocolate quente.
   - Ele está muito tenso. - Comentou Joe enquanto caminhavam para fora da casa. - Uau. Aqui é muito bonito. - Disse surpreso ao ver o céu azul marinho cheio de pontinhos brilhantes fascinantes. O ambiente cheirava a mar e a leve brisa do mar trazia uma sensação incrível de paz.
   - Eu adoro olhar para o céu, é tão lindo. - Disse a garota enquanto se acomodavam as espreguiçadeiras que estavam próximas a piscina. Joe bebericou o chocolate quente e ergueu a cabeça para fitar o céu. Lizzie tinha razão, era tão lindo. Uma imensidão de azul marinho com muitos pontinhos brilhantes. O céu era inacabável, tão imenso e intenso, tão intimidante e completamente lindo que chegara ser assustador. Respirando fundo, Joe bebericou mais um pouco do chocolate quente e olhou para a filha.
   - Eu fui tão estúpido. - Disse com toda a sinceridade que tinha. - Eu nunca me senti tão intimidado em toda a minha vida. E bem, são quase quarenta anos. - O sorriso tímido surgiu automaticamente assim que a menina o olhou nos olhos. - Você é a minha menina, minha menininha que a cada dia cresce um pouquinho e se torna mais independente. Eu não fiz por mal, eu só queria te proteger e me proteger. Não estou preparado para perder a minha menininha para um cara. - Lizzie riu ao vê-lo franziu o cenho. Joe era tão fofo e tão protetor ao mesmo tempo.
   - Eu sempre vou ser a sua menininha independente de estar ou não com um cara. - Disse com a voz carregada de bom humor. - Isso que nós temos nunca se perderá porque eu sempre vou ser a sua garotinha, papai. - Joe puxou a menina para o colo e a beijou no rosto.
   - Deus! Vocês crescem rápido demais. - Disse ao lembrar-se de toda a trajetória dos seus pequeninos. -  Você era um bebê manhoso que me seguia pela casa ontem, e hoje é uma menina que tem um namorado. - Lizzie riu mais uma vez ao ver a careta do pai e o abraçou.
   - Mas eu ainda sou a sua menina. - Abraçando-a carinhosamente, Joe sentiu-se bem por escutar aquelas palavras de Lizzie. Esse era o seu maior medo, que um dia Lizzie não se importasse mais com ele por causa de um cara.
   - Amanhã nós vamos ter uma conversa muito séria com aquele cidadão que você está namorando. - Joe não deixou de rir junto com a menina ainda abraçado a ela. - E você tem que me ajudar a convencer a sua mãe que eu não sou tão idiota. - Antes mesmo que pudessem desfazer o abraço, Joe franziu o cenho e cerrou os olhos ao ver o que via.. Deus! - Elizabeth! - Exasperou apontando para a janela. Lizzie virou-se e murmurou "droga".
   - Não faça nada. - Disse a menina e Joe apenas focou-se mais no que via. Uma das salas da mansão tinha os janelões de vidro virados para a piscina.  O lustre de cristais estava aceso assim como a lareira criando uma iluminação baixa e cintilante um tanto semelhante a luz de velas o que deixava o ambiente romântico, a mesa estava posta em um típico jantar de adolescentes cheio de besteiras e bem.. Bryan beijava Anne. Beijava a menina na boca! Parecia ser um beijo lento e casto. Estavam em pé perto da lareira e Anne deixava Bryan segurá-la pela cintura. Joe franziu o cenho quando eles partiram o beijo e então Anne olhou para cima, até porque Bryan era bem mais alto que ela, e sorriu. E então eles se beijaram novamente.
   - O seu avô vai ter um infarto. - Disse Joe desviando os olhos do casal para olhar a filha.
   - Não conte nada a ele, por favor. - Murmurou Lizzie. - Daniel descobriu que Bryan gosta de Anne, e bem.. Anne é a primeira garota que Bryan beija, e você conhece Daniel.. Ele armou um encontro para os dois, e parece que eles se gostam. - Lizzie espiou o casal, e logo franziu o cenho.
   - Todo mundo resolveu namorar agora? - Quando olhara para uma das janelas do andar de cima, Joe franziu o cenho ao ver silhuetas próximas uma das outras.. O casal se beijava e pelo visto despiam-se também.. E quando ele desviou o olhar para o janelão da sala ainda pudera ver Bryan beijando Anne. Mas que droga! Pelo visto todos estavam com seus parceiros em noites românticas e quentes da Califórnia, exceto ele, que mal ganhara um beijo de Demi durante as quase quinze horas que estavam brigados. Maldição! Nunca se sentira tão ferrado e abandonado como se sentia.

Continua... Então. Oi! Finalmente o Joe se resolveu com a Lizzie. Agora só falta o mais difícil, o que ele vai fazer para conquistar a Demi? Daniel aprontando.. Haha. Obrigado pelos comentários e comentem mais que eu posto mais. Beijos.
ps: HOJE É O ANIVERSÁRIO DE MÔZONA! CAAAAARA, VINTE E DOIS ANOS? ESTOU JOGADA NA SARJETA DA VIDA CHORANDO, DEMI É UM BEBÊ DE COLO CHORÃO E ABOBALHADO! </3

17.8.14

Capítulo 11

   - Toc, toc. - Demi observava o vai e vem das ondas no fim da tarde, o por do sol da califórnia era incomparável. Só Deus sabia o quão chateada ela estava. Joe estragara tudo. - Posso me sentar com você? - Daniel perguntou com certo receio, a mãe parecia tão concentrada fitando o mar. Sem obter resposta, Dan sentou-se colado a ela. - Está tudo bem? - Daniel sabia que a resposta era não. Quando era mais cedo, antes do almoço Lizzie voltara para casa junto com Eric, e Joe simplesmente trancou-se no quarto sem dar um sinal sequer de vida.
   - Dan, eu sou uma boa mãe? - Perguntou sem olhá-lo.
   - A melhor que existe. - Daniel entrelaçou os dedos aos dela fazendo-a olhá-lo. - Às vezes você me surpreende. São tantas coisas, tantos shows, tantas entrevistas, e no final do dia, não importa onde e o quão cansada você esteja, você sempre está presente. Quando está longe, liga e ainda pergunta como foi o nosso dia. E quando está perto cuida da casa, cozinha e ainda acha um tempinho para brincar conosco. - Meio atrapalhada, Demi sentou-se entre as pernas do garoto e ele a abraçou com força. - Você é a melhor mãe do mundo, e eu te amo muito. - Disse beijando-a no rosto.
   - Não me faça chorar. - Demi afundou o rosto no pescoço de Dan já deixando a primeira lágrima rolar pelo rosto.
   - Eu não estou mentindo, você é a melhor. - Fixando os olhos no mar, Daniel deslizou as mãos pelos cabelos da mãe acariciando-a. - Eu não gosto quando você está triste. - Disse. - O papai é muito teimoso, e seja lá o que ele disse, não dê importância, você é maravilhosa. - Olhando para o lado, Dan viu a irmã se aproximar.
   - Mãe. - Lizzie a chamou. Ela estava se sentindo tão culpada. Os pais estavam brigados e a culpa era toda dela. - Não chora. - Sentando-se ao lado de Dan, Lizzie a abraçou de lado de um jeito muito estranho.
   - Eu amo vocês. - Murmurou Demi sendo abraçada pelos filhos.
   - Vamos conversar, eu não sou muito fã dessa coisa de chorar. - Reclamou Daniel. Ele apostara que em questão de segundos Lizzie e Demi estariam chorando abraçadas, era sempre assim.
   - Insensível. - Elizabeth o empurrou e ele revirou os olhos.
   - Por que vocês estão chorando? Chorar é tão inexplicável. - Dan nunca sabia como agir quando uma mulher começava a chorar agarrado a ele. Era tão sem lógica, e se ele dizia alguma coisa, qualquer coisa que fosse ele sempre era esbofeteado.
   - Tudo para vocês, homens, é inexplicável. - Murmurou Elizabeth. - Coisa que futebol tem alguma explicação lógica. - Daniel olhou para a irmã fuzilando-a com os olhos.
   - Se você não entende arte, eu não posso fazer nada. - Percebendo que a guerra começara, Demi sentou-se entre os dois. Era a única forma que encontrara para que eles não pudessem brigar fisicamente como sempre acontecia.
   - Quieto Dan, preciso de um ombro largo. - Murmurou Demi e Daniel lembrou-se do dia do estádio quando pirraçara Lizzie. - Eric foi para casa? - Perguntou Demi olhando a menina.
   - Ele pediu desculpas por não se despedir, mas disse que vai mandar flores. - Daniel revirou os olhos quando a mãe e Lizzie tiveram aquele tipico surto de garotas. - Eu só queria conversar com o papai, mas ele ainda está trancado no quarto. - Daniel cerrou os olhos quando a irmã o olhou esperançosamente.
   - Não olhe para mim. Eu estou fora disso e não gosto desse cara. - Demi o olhou junto que Lizzie, e elas fizeram caretas. Tal mãe, tal filha.. - E o papai tem razão, você é uma pirralha e já quer namorar. - Disse de cara feia.
   - Daniel! - Demi o repreendeu. - Aliás, qual é o problema com a ideia da sua irmã namorar? Você namora, por que ela não pode? - Lizzie arqueou as sobrancelhas e abraçou a mãe de lado.
   - E se ele partir o coração dela? Elizabeth já é chata naturalmente, com o coração partido seria impossível conviver com essa pirralha. - Lizzie jogou-se nos braços do irmão e o beijou no rosto. Talvez ele não queria que ela namorasse porque ele ficaria sozinho.. Mas Dan era orgulhoso demais para admitir.
   - Você está preocupado comigo menino patinho? Que fofo. - Beijando-o novamente na bochecha, Lizzie sorriu para a mãe.
   - Muito bem, menininho da mamãe. - Demi o beijou na bochecha.
   - Parem com isso. - Daniel empurrou a irmã para o colo da mãe e fez careta. - Vocês duas são grudentas demais. - Murmurou se levantando.
   - Deixe bolo de chocolate para mim. - Lizzie gritou conforme Dan se afastava. - Ele vai comer todo o bolo. - Suspirou frustrada.
   - Deixe-o, ele adora chocolate. - Daniel vivia um senhor romance com o chocolate desde que era bebê. Tudo começou quando Miley ofereceu um simples tabletinho para Dan, e a paixão pelo chocolate seguia firme e forte. - A senhorita tem muitas coisas para me contar. - Demi correu os dedos pela barriga da menina fazendo-a rir.
   - Mãe! - Elizabeth chegara ficar vermelha de vergonha. - Ele é maravilhoso. - Lizzie deitou-se entre as pernas da mãe e escondeu o rosto no corpo da mesma.
   - E? Só não entre em muitos detalhes. - Demi adorava a relação que tinha com os filhos. Acreditara ela que muitas mães jamais conversariam sobre namoro com seus filhos, mas ela era diferente e gostava de participar da vida dos filhos e tê-los também como amigos. Era muito bom compartilhar algum segredo, fazer parte de alguma brincadeira. Com ela não tinha aquela coisa de mãe careta e anti-social. Claro, tinha coisas que eles tinham que estabelecer limites..
   - Nós caminhamos pela praia, fizemos nosso piquenique debaixo de uma árvore e namoramos um pouquinho. - Lizzie encolheu-se com o olhar da mãe e corou bruscamente quando a mesma gargalhou.
   - Ele beija bem? - Perguntou rindo. Lizzie sentia o rosto pegar fogo e mal conseguiu olhar para a mãe de tão vergonhada que estava. - Vamos me diga. - Demi correu os dedos pela barriga da menina e Lizzie gargalhou. - Conte para a mamãe bebê. - Demi gargalhou junto com Lizzie quando a mesma a atacou com cócegas. As duas rolavam na areia gargalhando.
   - Beija! Ele beija muito bem. - Lizzie arrumou os cabelos e sorriu ainda ofegante. Demi com certeza era a mãe mais divertida que existia no mundo.
   - Hum.. Eu sabia sua danadinha. - Demi e Lizzie prendiam os cabelos em um coque, até nisso eram identificas. - Eu estou tão feliz por vocês. - Depois de finalmente prender o cabelo, Demi abraçou a menina sorrindo de orelha a orelha.
   - E eu estou feliz por você me apoiar. - Lizzie pôs uma mecha teimosa do cabelo da mãe para trás da orelha e sorriu. - Mas eu não queria que você brigasse com o papai. - Demi fixou os olhos nos da menina por uma fração de segundos, e logo desviou o olhar para o mar. - Eu estou me sentindo muito mal. - Disse com pesar.
   - Não se sinta. - Demi dobrou as pernas e apoiou o queixo no joelho abraçando-se. - Eu só estou cansada dessa coisa estúpida de ciúme. - Era mais que cansaço.. O tal ciúme era desgastante, era insuportável. - Vamos entrar? As meninas devem estar curiosas para saber sobre o seu encontro. - Demi preferia guardar aquele sentimento apenas para si. Não queria que os pontos baixos do seu relacionamento com Joe fossem expostos a Lizzie. Uma vez quando era pequena sofrera com a época difícil do relacionamento dos pais, e não iria fazer o mesmo com Lizzie.
   - Vocês vão ficar bem? - Perguntou enquanto a ajudava a se levantar e Demi apenas assentiu.
   - Está com fome? Eu posso cozinhar para você. - Disse enquanto caminhavam pela praia indo para casa.
   - Acho que preciso de um banho, alguém me sujou de areia. - Demi riu e abraçou a menina de lado. - Você vai falar com o papai? - Respirando fundo, Demi apenas assentiu. De qualquer forma ela teria que falar com ele.
   - Então eu cozinho para você depois, tudo bem? - Demi arregalou os olhos e quase foi ao chão assim que esbarrou em Dan. - Daniel! - Repreendeu-o.
   - Desculpe, estou atrás de Bryan. - Beijando a bochecha da mãe, Dan apressou o passo.
   - Daniel está aprontando. - Murmurou Elizabeth, ela conhecia muito bem aquele menino..
   - Ele sempre está. - Demi arregalou os olhos e corou ao ver Miley e Nick aos beijos no sofá.
   - Vocês aí! - Kevin acabara de chegar assim como Lizzie e Demi, e os acertou com uma almofada antes caída no chão. - Vão para o quarto. - Disse os acertando novamente e Miley encolheu-se no peito de Nick.
   - Que música estranha. - Murmurou Lizzie, e assim que Demi olhou para a sala, os pais dançavam uma música lenta juntos.
   - Oh meu Deus. - Demi gargalhou e puxou a menina para que elas subissem as escadas. - Essa casa está uma loucura. - Disse rindo. - E nós estamos sujas de areia. - Demi sabia que se ela não se livrasse de toda aquela areia espalhada pelo corpo, daqui a minutos estaria cor de rosa de tanto coçar-se.
   - Boa sorte. - Lizzie a beijou na bochecha e adentrou o quarto. Demi respirou fundo, caminhou lentamente sem vontade alguma de estar com Joe. Aquilo era tão estranho.. Ela sempre queria estar nos braços dele, mas agora estava tão chateada com toda a palhaçada que ele fizera que não queria vê-lo por bons dias. Infelizmente ela chegou a penúltima porta do segundo andar. Uma batida, duas batidas e então ela o chamou. Segundos mais tarde houve o barulho da porta sendo destrancada e logo a porta estava aberta. Demi o olhou sem muita vontade. Os cabelos úmidos e arrepiados, creme de barbear no rosto, o peito largo e moreno muito molhado e uma toalha preta envolvia a cintura.
   - Preciso me barbear. - Demi nada disse, apenas adentrou o quarto.
   - Você está usando o banheiro? - Demi revirou os olhos, se ele estava se barbeando, obviamente estava no banheiro. Por Deus! Ela já estava começando a se coçar. - Preciso tomar banho. - Disse o olhando.
   - Você pode usar o chuveiro e eu fico com a pia. - Demi ignorou a piscadela dele e caminhou ferozmente para o banheiro. - Quer caminhar na praia? - Perguntou enquanto a espiava pelo espelho despir-se.
   - Não. - Demi chutou as roupas para o canto da parede e ignorou o olhar de Joe sobre ela. A água morna da ducha caindo pelo corpo era excitante, fechando os olhos, Demi ensaboou o corpo adorando livrar-se de toda areia.
   - Pensei que você gostaria de caminhar comigo na praia. Seria ótimo. - Abrindo os olhos, Demi tivera vontade de gargalhar ironicamente. Joe estava a poucos centímetros dela completamente nu e barbeado.  
   - Não mesmo. - Disse pondo-se na ponta dos pés para pegar o frasco de shampoo, mas antes que ela pudesse alcançá-lo, Joe o pegou com facilidade por ser mais alto que ela, e derramando uma pequena porção na palma da mão esquerda, o derramou em seus cabelos loiros surpreendendo-a. Não, ela não queria que ele a banhasse. Não agora que estavam brigados.. - Eu posso fazer isso. - Murmurou quando ele pegou a esponja, encharcou-a com o sabão de cheiro de frutas e começou a esfregá-la como se estivesse acariciando-a.
   - Eu gosto de cuidar de você. - Disse ainda ensaboando-a.
   - Acontece que eu não sou uma criança que precisa de cuidados. - Tomando a esponja da mão dele, Demi continuou a se banhar ignorando a presença masculina intimidante de Joe.
   - Demi, você vai ficar chateada comigo até quando? - Perguntou não aguentando mais o silêncio insuportável e a carranca de Demetria.
   - Até quando você deixar de ser um imbecil. - Arregalando os olhos e dando um passo para trás, Joe ergueu as mãos em gesto de inocência. - Você tem noção da merda toda que está fazendo? Eu, Lizzie e Eric ficamos te esperando a tarde inteirinha e você simplesmente se trancou no quarto. - Esbravejou. - Quanta maturidade. - Ironizou. - Fugindo dos problemas Joseph? Eu esperava mais de você. - Demi cerrou os olhos quando ele se aproximou mais imprensando-a contra a parede.
   - Eu vou conversar com Lizzie. - Disse com os olhos fixos aos dela. - Eu só preciso de um tempo para colocar as coisas no lugar. - Demi fechou os olhos ao sentir a mão dele acariciar a maçã do rosto em movimentos circulares, o corpo dele já colado ao dela.
   - Joseph, para. - Nadando contra a maré, Demi juntou forças e o empurrou. Não iria deixar-se vencer tão fácil.
   - Olha nos meus olhos e diz que não me quer. - A voz rouca soou contra o ouvido e Demi respirou fundo. As mãos de Joe puxaram-a pela cintura e Demi envolveu o pescoço dele com os braços. Entreabrindo as pernas dela com a dele, Joe curvou-se e a beijou lentamente. - Demi, por favor. - Disse assim que ela o empurrou. 
   - Eu estou cansada dos seus joguinhos de sedução, se você quiser o meu perdão terá que batalhar por ele. - Alcançando a toalha na ponta dos pés, Demi enrolou-se e saiu do banheiro às pressas. Não iria se render assim tão fácil.

Continua... Oi! Aqui estou eu, postando para vocês :D Bem, eu não posso fazer maratona, não agora.. Tipo, eu não tenho capítulos prontos, só estou postando com "frequência" porque estou me dedicando a escrever, mas maratona no momento fica complicado porque tenho que trabalhar bastante as minhas ideias para alcançar as metas do história, ok? Mas não percam as esperanças... Haha! O que vocês acham? A Demi está certa, está exagerando? É drama? Eu acho que ela tem razão.. Se vocês analisarem todas as temporadas direitinho vão perceber que o Joe pega pesado no ciúme. E a Lizzie? Acham que o Joe vai aceitar o namoro..? E o que o Dan está aprontando? Beijos, obrigada pelos comentários e comentem maais bitches!!
Esse gif <3 

16.8.14

Capítulo 10

   - Joseph? - Demi estava cansada de chamá-lo. Quando acordou a minutos atrás não o encontrou na cama e nem no quarto, e quando finalmente desceu para tomar café da manhã depois de um belo banho, Denise dissera que Joe estava na sala. Demi só não sabia que ele estava dormindo na sala. - Amor, acorda. - Demi sentou-se na beirada do sofá e o acariciou no rosto. - Estão todos nos esperando para tomarmos café. - Demi sorriu quando o viu despertar.
   - Eu estou com sono. - Disse ainda em sono. Era isso que dá passar praticamente oito horas pensando em uma coisa só. - Deixe-me dormir, eu posso comer alguma coisa mais tarde. - Murmurou fechando os olhos pesadamente.
   - Não, acorda. - Demi tinha aquele sorriso travesso nos lábios. Já que Joe não queria acordar, ela deitou-se sobre ele no sofá pequeno. - Joe, acorda. - Cantarolou sapeca.
   - Não Demi. - Choramingou tentando esconder o rosto com almofadas para que Demi não o perturbasse. Mas ela não deixou. Beijou a bochecha dele o pirraçando e quando ele murmurava "Não Demi", ela ria e o beijava.
   - Não Demi.. - Murmurou o imitando. - Acorda amor, acorda. - Por Deus! Como um ser vivo poderia resistir a Demetria? Bons adjetivos não faltavam para caracterizá-la. - Joe.. acorda. - Sussurrou e depois riu. E já dizia o velho ditado "Se você não pode vencê-los, junte-se a eles!" Joe gargalhou junto com ela. Deus! Que mulher impossível! Pegando-a de surpresa, Joe a abraçou e a beijou na bochecha enquanto Demi ria como uma menina feliz.
   - Bom dia pestinha. - Joe a deitou no sofá e distribuiu beijinhos pelo rosto de Demi. - Bom dia Demetria! Bom dia! - Disse finalmente acordado e Demi riu.
   - Bom dia amor. - Demi alcançou os lábios de Joe com os dela e o beijou. - Vamos? Estão nos esperando. - Joe a deixara radiante, enquanto caminhavam ele a abraçava por trás e a fazia rir.
   - Bom dia. - Joe sorriu ao ver a família reunida. De um lado estava Miley, Nick, Dianna e Eddie. Do outro lado estava Denise, Paul, Kevin e Dani. E bem, os adolescentes estavam distribuídos entre os adultos, em exceção Daniel que fora flagrado pelo pai comendo uma bela fatia de bolo de chocolate. Anne cochichava para Lena que cochichava para Bryan, que estava sentado ao lado de Lizzie. A menina estava quieta e parecia pensativa.
   - Deixe-me pensar.. Daqui a nove meses nós vamos ter um bebê? - Demi revirou os olhos com o comentário de Miley e a acertou com a capinha do celular. - Vamos, sente-se anã de jardim. - Miley e Demi viviam em pé de guerra. Aliás.. Todo pé de guerra Demi estava envolvida..
   - Vem bebê, sente-se comigo. - Joe sentou-se na cadeira livre entre Kevin e Eddie junto com Demi, com certeza eles eram o casal mais incomum naquela mesa. Trocavam selinhos, às vezes entrelaçavam os dedos e riam das trapalhadas de Miley.
   - Vocês estão me deixando enjoada. - Comentou Dianna fazendo todos gargalharem.
   - Hum.. - Demi arqueou as sobrancelhas e riu. - Anne, nós vamos ter um irmãozinho ou uma irmãzinha. - Anne arqueou as sobrancelhas e sorriu como Demi deixando Dianna vermelha.
   - Mãe.. - Lizzie a chamou no meio de tantas gargalhadas e conversas sobre Dianna estar grávida. - Dan, chame a mamãe. - Lizzie sussurrou para o irmão. Daniel era realmente quem tomava café da manhã já que todos conversavam, e alguns estavam deprimidos, no caso de Lizzie.
   - Mãe! - Daniel a chamou entre mordidas na fatia de queijo. - Mãe. - Quando Demi finalmente o olhou, Dan apontou para Lizzie e Demi entendeu.. - Você está ferrada. - Sussurrou para a irmã assim que o pai a olhou.
   - Se eu me ferrar, você se ferra junto. - Daniel engoliu seco e voltou a fazer o que fazia de melhor. Comer. - O que eu faço? - Sussurrou assim que a mãe agachou-se perto dela.
   - Sobre? - Demi sorriu para Daniel, ele brincava com os cabelos dela e a olhava com admiração. 
   - Você sabe.. Eric está me esperando lá fora, vovó me ajudou a preparar uma cesta de piquenique.. - Demi arqueou as sobrancelhas e olhou em direção a porta de vidro. Lizzie falara desse garoto a mais ou menos seis meses. Contara a menina que no começo era só amizade, e que ela pensara que Eric gostava de Anne, mas Lizzie surpreendeu-se quando o garoto dissera que gostava dela. Demi só não esperava que aquela história vira à tona logo agora.
   - Papai vai surtar. - Cantarolou Daniel pirraçando a menina.
   - Ele já está surtando. - Murmurou Demi. - Nós vamos ter que organizar este.. namoro? Vocês estão começando errado, e por isso que seu pai está uma fera. - Quem Demi queria enganar? Joe colocaria Eric para fora de casa a socos e pauladas.
   - Eu sei, mas o que eu faço? - Demi enterrou os dedos nos cabelos e respirou fundo. Joe iria surtar de qualquer forma.
   - Vamos, pegue suas coisas que eu vou te levar até ele. - Oh Deus! Joe iria matá-la. Mas o que ela poderia fazer? Apoiava a felicidade dos filhos. - E você fique quieto. - Advertiu Daniel. Discretamente Demi puxou a menina para fora da cozinha sem que Joe e os demais percebessem.
   - Droga.. -  Lizzie murmurou tremendo. - Eu não quero chateá-lo. - Disse enquanto caminhava com a mãe.
   - Você não vai. - Demi enlaçou o braço ao da menina. A praia estava a poucos metros do fundo da casa. Tivera vontade de sentar-se na areia e admirar o mar azul por longas e longas horas. - Mas se vocês quiserem que isto dê certo, não tem como fugir. Seu pai só está com medo, ele só quer te proteger. - Demi avistou o rapaz a poucos metros delas e respirou fundo. Não tinha como negar, ela estava nervosa e com medo. - Por favor, Elizabeth. - Demi pôs a cesta na areia e segurou as mãos da menina. - Pelo amor de Deus, tenha juízo. Juízo Elizabeth! - Lizzie assentiu rindo. - Não faça nenhuma besteira. Quero você em casa meia hora antes do almoço, e traga Eric para que nós possamos conversar e resolver essa situação. - Demi arrumou os cabelos da menina bagunçados pelo vento e a beijou na testa. - Juízo, juízo, juízo bebê. - Disse repetidamente depois de um abraço caloroso.
   - Elizabeth? - Demi se afastou da menina completamente surpresa. Lizzie era uma garota completamente sortuda. Eric era tão bonito que Demi chegara ficar intimidada. O rapaz era mais alto que Joe, forte e dono de um sorriso incrível. - Sra. Jonas? - Demi assentiu corada. Ele sorria para ela.
   - Hum.. Oi. - Demi sorriu para o rapaz e logo para Lizzie. - Eric? - O rapaz assentiu. - Então Eric, cuide da minha menina, e nós precisamos conversar. - Droga.. Por que diabos ela estava corada? Era apenas o namorado de Lizzie.
   - Eu vou cuidar de Lizzie. - Demi o observou puxar a menina delicadamente para abraçá-la de lado e tivera vontade de chorar. Deus! Era Elizabeth, sua bebê! - Nós voltamos antes do almoço, então podemos conversar. - Demi pensara.. Será se Eric fazia ideia da fera que o esperava? Joe iria matá-lo!
   - Não vão muito longe, cuidado e juízo! - Lizzie assentiu com um sorriso envergonhado e Demi riu. - Juízo! - Gritou fazendo o jovem casal rir. Demi os observou afastar-se cada vez mais. Eric abraçava Lizzie de lado e eles conversavam animadamente. Quanto tempo tinha se passado mesmo? Demi sentou-se na areia da praia e fixou os olhos no mar. As ondas iam e viam, o céu estava limpo e o sol radiante depois do dia passado de tempestade. Mal acreditara Demi que passaram-se tantos anos, ela ainda poderia se lembrar do dia que conheceu Joe, da primeira noite juntos, dos tantos eu te amo e do dia do casamento. E agora lá estava ela, sentada na areia da praia apreciando o mar da califórnia porque acabara de entregar a sua menininha para um rapaz. Levantando-se, Demi afundou os pés na areia e caminhou despreocupadamente para casa. Na verdade os fundos da casa era a praia privada. Demi passou pelos coqueiros altíssimos, pelas roseiras da mãe chegando finalmente no jardim da casa. Na piscina Kevin, Anne e Lena nadavam com Bryan, e na cobertura onde tinha as espreguiçadeiras Nick e Daniel tocavam violão. Quando passou pelo filho, Demi o beijou na testa e sorriu para Nick. Caminhando mais um pouco, Demi cumprimentou Eddie e Paul, que estavam perto da churrasqueira conversando. Na sala Miley cochilava no sofá e Dani assistia televisão, quando Demi finalmente traçou a cozinha encontrou Dianna e Denise conversando.
   - Lizzie? - Dianna perguntou sorrindo para a filha.
   - Acabei de deixá-la na praia. - Percebendo o sorriso forçado, Dianna a abraçou. - Eles crescem tão rápido. - Choramingou.
   - Agora você sabe como é? Eu me sentia assim todas as vezes que você sumia com o Joe. - Agora Demi tinha noção de como aquilo funcionava.. E para Dianna deveria ter sido muito pior por conta de tudo que ela passou quando era adolescente. O namoro, a fase rebelde, a anorexia, as bebidas e as drogas, e por fim a reabilitação.
   - Nem me lembre. Vocês dois deveriam levar boas palmadas por tanta rebeldia. - Demi sorriu ao ver Joe, Denise o abraçava e ele fazia careta.
   - Não é minha culpa, Demi era terrível. - Demi arregalou os olhos e riu. - Ou melhor, ela ainda é terrível. - Pegando-a dos braços de Dianna, Joe a abraçou calorosamente. - Onde você estava pestinha? - Demi olhou para cima e encontrou os olhos dele nos dela.
   - Por aí. - Disse disfarçando o nervoso com um sorriso.
   - Quer namorar na rede? - Denise arregalou os olhos e Dianna riu.
   - Joseph! - Demi encolheu-se o abraçando e assentiu.
   - Nós vamos namorar na rede. - Beliscando-o, Demi o puxou para fora da cozinha.
   - Idiota. - Disse rindo enquanto caminhavam para a rede. - Depois nós podemos caminhar na praia? - Joe deitou-se na rede e a puxou para os braços.
   - Claro que podemos. - Disse acariciando-a nos cabelos. - Eu gostaria muito de cochilar, estou com sono. - Demi o olhou nos olhos maravilhada. Os olhos dele ganhavam um tom esverdeado na luz do dia, sem hesitar, ela o beijou na boca, o deixou apertá-la contra o corpo e gemeu adorando estar nos braços dele quando finalizaram o beijo com selinhos.
   - Eu realmente gostaria de fazer amor aqui. - Sussurrou.
   - Nós podemos dar um jeito. - Demi riu quando ele a apertou no traseiro e olhou rapidamente para os lados. - Acho que não. - Suspirou frustrado. - Dan e Nick estão tocando violão aqui perto.. Kevin, Lena, Anne e Bryan estão na piscina. Papa e Eddie estão perto da churrasqueira. Que vergonha Demetria! - Joe riu quando ela o mordeu no pescoço.
   - Você disse que nós iríamos namorar na rede. - Defendeu-se o olhando. - Namorar, fazer amor, transar, fazer sexo. É tudo a mesma coisa. - Joe arqueou as sobrancelhas e inverteu as posições, ficando agora por cima dela.
   - Não senhora, namorar é só trocar alguns beijinhos e amassos. - Joe a beijou e Demi riu. - Bem, se nós fossemos fazer amor nesta rede ela iria balançar muito.. Se fossemos transar você chamaria muita atenção e se fossemos fazer sexo, nós quebraríamos a rede e você iria gritar muito. - Demi não resistiu e gargalhou gostosamente.
   - Hum, e você pensou no que nós vamos fazer na cama? - Perguntou o provocando traçando os lábios dele com o dedo.
   - Pensei. - Joe tornou a olhar para os lados, e quando viu que ninguém os olhava aproximou o rosto do dela. - Eu estou dodói bebê.. Preciso de uma enfermeira para cuidar de mim. - Demi arqueou as sobrancelhas e riu. - Você poderia usar uma mini fantasia de enfermeira e cinta liga, prefere chantili ou chocolate? Halls extra forte ou de hortelã? - Demi acabou corada e muio encolhida.
   - Eu não sei. - Disse escondendo o rosto com as mãos e Joe riu. - Está tudo quieto. - Demi levantou-se e olhou a sua volta. Eram eles que estavam envolvidos demais flertando, ou o pessoal estava desanimado?
   - Miley está cochilando. - Joe sorriu divertido ao olhá-la, mas o sorriso desmanchou-se e ele olhou atentamente para todos. - Onde está Elizabeth? - Demi respirou fundo e voltou a se deitar na rede. - Lizzie, Demi. Onde está a minha filha? - Demi apertou as pálpebras e tomou ofegou para enfrentá-lo.
   - Joseph, por favor. - Pediu sem olhá-lo.
   - Eu não acredito. -Joe praticamente saltou da rede deixando-a sozinha. - Onde está Lizzie, Demi? - Perguntou enquanto Demi se levantava. - Não me diga que ela está com aquele moleque! - Demi o seguiu para dentro de casa mal conseguindo acompanhar os passos largos. - Vocês estão brincando com fogo! - Joe despia-se rapidamente deixando Demi confusa.
   - Você está maluco? Qual o problema dela namorar? - Disse entredentes. Homem impossível! - Elizabeth é uma mocinha e tem todo o direito de se apaixonar e de namorar. - Joe adentrou o closet ferozmente deixando-a sozinha.
   - Eu estou maluco? Você entrega a sua filha de bandeja para um sujeito que mal conhece e eu estou maluco? - Demi tivera vontade de acertá-lo com bons tapas, Joe vestia-se para ir atrás da menina! - Eu não quero que a minha filha namore. - Demi respirou fundo e correu para fora do closet para trancar a porta do quarto.
   - É a nossa filha! Nossa filha Joseph, e você não tem o direito de dizer o que ela pode ou não fazer. - Escondendo a chave na gaveta do criado-mudo, Demi voltou para o closet com o coração na mão.
   - Ela é uma criança! - Disse enquanto abotoava a camisa.
   - E o que você vai fazer? Trazê-la esperneando nos braços para casa? - Demi cruzou os braços e ficou a observá-lo. - O que diabos você está pensando? Agora é hora de Beth receber o nosso apoio, apenas isto. Nós temos que apoiá-la e não proibir tudo.
   - Se for preciso vou trazê-la para casa amarrada. No que eu estou pensando? - Joe sorriu cinicamente. - Eu estou pensando que alguém dessa família tem que ter consciência pelo menos uma vez na vida, eu não vou deixar aquele moleque arruinar a vida da minha filha só porque você não tem um pingo de juízo. - Demi arregalou os olhos e pisou duro.
   - O que você está insinuando? Eu sempre cuidei dos meus filhos, sempre! - Disse aos berros. - Eric não vai estragar a vida de Elizabeth! Você está cego de ciúmes, cego! - Disse andando de um lado para o outro. - Quer saber? Eu estou cansada dessa droga de ciúme. - Joe a olhou assustado, Demi ofegava de tanto nervoso. - É o meu trabalho, é a minha roupa, é um cara que gosta de Beth, o que mais Joseph? Você não percebe que só estraga as coisas com essa droga de ciúme? - De repente Joe parara para pensar. Ciúme.. Por que ele era tão possessivo? Uma vez quase perdera Demi por causa do maldito ciúme, e agora lá estava ele arriscando de novo.
   - Demi, ela é a minha princesa. - Sussurrou olhando-a.
   - E o que você quer fazer? Trancá-la no alto de uma torre para o resto da vida vossa majestade? Nós não vivemos num conto de fadas, não podemos ser submissas a sua vontade. Eu e Beth não vamos mais viver fazendo as coisas do seu jeito! Nós estamos no século vinte e um, somos mulheres livres e vamos fazer o que nós quisermos independente da sua vontade. - Demi saiu o mais rápido possível do closet e destrancou a porta.
   - Demi.. - Joe a chamou.
   - E é melhor você não arrumar mais confusão, entendeu? Elizabeth voltará antes do almoço e nós quatro vamos conversar civilizadamente e vamos resolver essa situação. - Demi bateu a porta e o deixou sozinho. Oh sim, ele estava ferrado.

Continua.. Eu não sei escrever treta. Isso está horrível cara. Eu estou sem ideias.. Mas vou tentar piorar as coisas haha. Obrigado pelos comentários, até o próximo capítulo!

Feliz aniversário Mozão <3