9.12.14

Capítulo 34 - Parte 3/3

Coloque para carregar - The house that built me - Miranda Lambert 

   - Elizabeth, por favor, anjo. - Ainda no estádio Eric não sabia o que fazer, Lizzie estava inconsolável, chorava sem cessar o abraçando. - Meu amor, olha para mim. - Disse carinhosamente a tocando no rosto. Estava preocupado, pois Dianna e Eddie deveriam estar desesperados a procura deles, e quando os achasse pensariam no pior.. Havia mais de meia hora que fugiram de John e quase vinte minutos que Lizzie voltara do ônibus da mãe e chorava em seu peito. - Ei princesa.. - O coração de Eric partiu-se ao ver os olhos da menina carregados de lágrimas, estavam inchados e a mistura de mel com verde estava escura. - Nós vamos dar um jeito, tudo vai ficar bem, você só precisa acreditar. - Eric limpou as lágrimas que rolavam pelo rosto de Lizzie com a manga da blusa e a beijou podendo sentir as lágrimas pesarosas e salgadas tocarem os seus lábios. - Por favor, não chora. - Pediu porque não aguentava vê-la triste, porque doida tanto nele.
   - Eu nunca a vi daquele jeito.. - Sussurrou assustada enquanto tudo que tinha vivido passava em sua cabeça em flashbacks. Lembrara-se de todas às vezes que estava dormindo e beijos carinhosos eram distribuídos em seu rosto, e quando ela abria os olhos sorria ainda sonolenta ao ver a imagem da mãe sentada ao seu lado sorrindo. "Eu te amo.". Lembrara-se de Demi dizer a ela todas às vezes que elas se abraçavam antes de se separarem, de todas às vezes que Demi partia mundo a fora a deixando tão sozinha. O que elas tinham era tão especial, tão diferente de todas as relações entre mãe e filha. "Como ficou? Está bonito?". Elizabeth sempre ouvia aquela mesma frase todos os dias e sempre dizia "Você está completamente linda". E o sorriso da mãe a fazia sorrir e elas se abraçavam e logo estavam no closet fazendo a maior festa com maquiagens e secadores. "Elizabeth, o que aconteceu?" Lizzie ainda podia se lembrar perfeitamente daquele dia.. Tudo estava tão confuso.. na verdade ela se sentia confusa e estranha.. "Eu acho que.." respondeu envergonhada desviando os olhos dos olhos amarronzados da mãe "Acho que aconteceu.." Lizzie pôs-se cabisbaixo envergonhada, mas Demi sentou-se ao seu lado e enlaçou os dedos aos dela. "O que aconteceu meu anjo?" Lizzie ainda podia se lembrar do quão doce era a voz de Demi. "Aquilo mamãe." Então os olhos de Demi estavam fitando os seus procurando uma resposta, Lizzie olhou para os lados a procura de Daniel ou o pai e então sussurrou com tanta vergonha. "Aquilo que acontece com as garotas que a sen.. que você me contou". A risada de Demi tinha a deixado confusa a início, mas depois de ser "instruída", Demi a levou para o quarto, pediu para que ela tomasse um banho e bem.. Depois que estava vestida em seu moletom, Lizzie encontrou a cama pronta para abrigá-la, uma bandeja com um belo prato de sopa que chegara a esfumaçar, um comprimido e um copo d'água. Nunca tinha se sentido tão envergonhada, mas tinha sido tão engraçado conversar com a mãe sobre "aquilo que acontecia com as garotas e porque aquilo não acontecia com os garotos", Lizzie ria tanto que se esqueceu da cólica que quase a matara.
   - Elizabeth? - Lizzie, antes distraída, assustou-se com o quão Anne parecia nervosa. - Pelo amor de Deus, onde vocês estavam? Mamãe está quase chamando a polícia! - Anne parecia Demi quando a mesma tinha os seus dezoito anos, as únicas coisas que as diferenciavam eram a cor dos olhos e a cor dos cabelos. Anne tinha olhos azuis e os cabelos negros herdados da família do pai, já Demi tinha os olhos castanho amarronzados e a cor natural dos cabelos era um pouco mais clara que a dos seus olhos.
   - A culpa é minha! - Disse Eric sabendo que Lizzie não seria capaz de responder naquele momento. - Meu celular estava sem sinal e minha mãe estava me ligando, então nós resolvemos procurar algum lugar que tivesse sinal. - Anne franziu o cenho mais assentiu. Elizabeth tinha apenas os olhos inchados e o nariz avermelhado, mas não chorava. Graças a Deus, pois caso a menina ainda chorasse, eles teriam um problema ainda maior.
   - Você não precisava mentir. - Sussurrou enquanto eles caminhavam com Anne a frente.
   - Você vai contar? - Sussurrou Eric de volta.
   - Eu não sei.. - Lizzie sabia que seria um baque para Dianna saber que Demi voltara a beber.. Não sabia o que iria fazer, talvez precisasse de tempo para pensar..
   - Elizabeth! Onde você estava? - Perguntou Dianna tão preocupada ao ver a neta.
   - A culpa é minha, minha mãe ligou e não tinha sinal, então eu arrestei Lizzie a procura de algum lugar para que tivesse sinal. - Disse Eric tão sem jeito, mas a estória passou despercebida e Dianna apenas assentiu.
   - Vovó, eu quero ir para casa. - Disse Elizabeth agora abraçada com a avó.
   - Meu anjo, você estava tão animada para passar o final de semana em Dallas. - Disse confusa ao lembrar-se do decorrer da semana. Elizabeth estava tão ansiosa, ligava para a mãe todos os dias, fazia tantos planos e falava sobre cada canto da cidade com fervor para o namorado.
   - Eu estou com saudade do papai e do mala do Daniel. - Murmurou e Dianna a repreendeu. Elizabeth e Daniel viviam brigando, mas no fundo não viviam um longe do outro.
   - E a sua mãe? O que eu vou dizer a ela quando ela nos encontrar amanhã em Dallas? - Lizzie arregalou os olhos sentindo o coração congelar e olhou sobre o ombro de Dianna para Eric e franziu o cenho ao ver John a olhar completamente desconfiado.. Será que ele sabia?
   - Mamãe vai nos encontrar amanhã? - Disse confusa.
   - John disse que sim. - Respondeu Eddie a cobrindo com um casaco.
   - Porque não fazemos assim, nós pegamos o nosso voo para Dallas hoje e amanhã você dá um abraço bem apertado na sua mãe antes de partir para Los Angeles? - Lizzie forçou um sorriso e beijou a bochecha de Dianna.
   - Eu só.. - Disse ao se lembrar que não queria abraçar a mãe, que não queria vê-la sobre hipótese alguma, mas não poderia dizer o porquê... - Combinado! - Disse contra-vontade e então estava grudada em Eric enquanto eles caminhavam em direção ao carro que os esperava.
   - Você tem certeza que quer ir para casa? - Perguntou o rapaz ajeitando o casaco no corpo de Lizzie. Estava tarde e fazia frio.
   - Tenho. - Disse certa e então eles partiram para Dallas.

(...)
A noite passada tinha sido a pior de todas, Demi se lembrava vagamente do que tinha acontecido.. Não sabia se Elizabeth tinha ou não estado lá, mas quando John disse que a menina estava com Dianna e Eddie, Demi congelou sabendo que as lembranças da discussão com Lizzie na noite passada eram verdadeiras e não um sonho. Não era para menos, ela tinha acordado rodeada de garrafas, cheirava a álcool e tudo estava quebrado. A cabeça doía tanto assim como o resto do corpo e ela tinha vomitado tanto, o estômago não segurava nada e o ônibus estava na estrada no meio do nada.
   - Merda! - Grunhiu apoiando-se no suporte ao lado do vaso sanitário e então o vômito quase a sufocou, as pernas estavam bambas e ela quase caiu, mas alguém a segurou.
   - Coloca tudo para fora. - Era a voz de John. Demi apoiou as mãos trêmulas nos lados do assento do vaso sanitário e fez como John mandou sentindo-se aliviada e completamente tonta. - Respira fundo. - Antes que Demi pudesse o fazer, ela era apenas vômito e uma terrível dor de cabeça.
   - Minha cabeça está explodindo. - Murmurou depois que colocara tudo para fora.
   - Eu deveria deixá-la sofrer sozinha nesse banheiro para você tomar vergonha Demetria! - Exclamou John irritado com a situação. - Pelo amor de Deus, vá tomar um banho porque se não quem vai vomitar sou eu. - Disse fazendo careta e Demi quase corou caso não estivesse com a cabeça explodindo. - Eu trago aspirina. - John deixou que Demi tomasse um senhor banho gelado, parou o ônibus em uma lanchonete de estrada e só depois que Demi tinha se alimentado, ele lhe deu o remédio enquanto o ônibus era limpo pelo pessoal da equipe. Além de cuidar de Demi, John a vigiou enquanto ela dormia durante toda a viagem. 

Dallas, Texas - USA - 11:02AM

Depois que prometeu a John que não faria mais nenhuma besteira, Demi deixou o hotel luxuoso em uma caminhonete preta seguindo o caminho que tanto conhecia, aliás, não tinha um lugarzinho sequer daquela cidade que ela não conhecia. Estar em casa era tão bom, mas ao mesmo tempo a deixava angustiada apenas de se lembrar que tinha sido ali onde tudo começara.. Os tantos complexos, problemas emocionais e com a aparência, a música e apenas um teste foi o suficiente para que a garotinha de Dallas conquistasse o mundo. Demi se lembrava perfeitamente do dia que estava voltando para casa e um anúncio lhe chamou atenção, tinha insistido tanto e Dianna a levou para fazer o teste, ela tinha sido escolhida.. Seria a nova estrela da disney! A sua vida mudou completamente, abandonara o Texas para viver na califórnia em meio das grandes estrelas da música e da tevê, se apaixonara por Joe e se casara mais tarde com o mesmo, tinha dois filhos maravilhosos que ela não merece. A vida tinha sido tão justa com ela mesmo depois de fazê-la sofrer.. mas agora era Demi quem estava sendo injusta com todos, um tanto mal agradecida, um tanto egoísta..
Antes mesmo que a voz do Pitbull soasse em give me everything, Demi desligou o rádio e estacionou o carro frente a sua antiga casa. Foi impossível não se lembrar da noite antes do seu casamento com Joe. Ela preparava-se para dormir, porém não conseguia.. O antigo quarto a fazia lembrar-se das tantas vezes que ela tinha chorado por pensar que não era capaz, pelas tantas vezes que escutara as coleguinhas da escola insultá-la sem motivo algum, mas então um estalo no vidro da janela chamou-lhe atenção.. Era Joe vestido com aquele casaco que ela tanto conhecia.. Ele escalou a árvore e depois as laterais do telhado.. Demi quase infartou quando ele quase escorregou, mas logo Joe passara pela janela e beijava os seus lábios com paixão.
                                                          PLAY!
Balançando a cabeça negativamente, Demi rodou o chaveiro do carro no dedo indicador enquanto caminhava pela grama em direção a porta. Não precisou bater à porta, levou a chave até o miolo da maçaneta e a girou. Os olhos marejaram e aquela sensação gostosa de matar saudade invadiu o seu peito.  "I know they say you cant go home again... I just had to come back one last time.. Ma'am I know you don't know me from adam.. But these handprints on the front steps are mine... And up those stairs, in that little back bedroom... Is where I did my homework and I learned to play guitar... And I bet you didn't know under that live oak" A cada cantinho era uma lembrança especial, Demi chamou pela mãe, mas ninguém respondeu, mas ela não se importou, passou pelo quartinho onde fazia os deveres de casa e onde tinha aprendido tocar violão e caminhou em direção à cozinha. "My favorite dog is buried in the yard" Ao olhar o quintal pela janela da cozinha Demi se lembrou da vez que ganhou o primeiro celular, tinha o enterrado no quintal! "I thought if.. I could touch this place or feel it.. This brokenness inside me might start healing.. Out here its like I'm someone else.. I thought that maybe I could find myself.. If I could just come in I swear I'll leave.. Won't take nothing, but a memory.. From the house that built me" Tinha mudado tanto, a mulher quem ela era não era nem de perto a menininha simples que um dia ela tinha sido, o mundo tinha a mudado tanto..  "Mama cut out pictures of houses for years.. From 'better homes and garden' magazines.. Plans were drawn, concrete poured.. And nail by nail and board by board.. Daddy gave life to mama's dream" Estava em casa e parecia que por apenas um segundo tudo que estava passando tinha se perdido no tempo "I thought if I could touch this place or feel it.. This brokenness inside me might start healing.. Out here its like I'm someone else.. I thought that maybe I could find myself.. If I could just come in I swear I'll leave.. Won't take nothing, but a memory... From the house that built me" será que se ela subisse as escadas encontraria Dianna dobrando as suas roupas, arrumando a coberta, empilhando as suas revistinhas de quadrinhos e acordes de violão? "You leave home, you move on and you do the best you can.. I got lost in this whole world and forgot who I am...  I thought if I could touch this place or feel it.. This brokenness inside me might start healing.. Out here its like I'm someone else.. I thought that maybe I could find myself.. If I could walk around I swear I'll leave.. Won't take nothing, but a memory.. From the house that built me".
Depois que visitara cada cantinho, Demi ligou para Dianna avisando que ela estava em casa, mas tudo que Dianna disse foi que eles estavam no aeroporto, pois Lizzie estava indo para casa.
Elizabeth não tinha passado a melhor noite de sua vida, bem pelo contrário.. Não tinha conseguido dormir por um segundo sequer, não conseguia esquecer a imagem da mãe bêbada atormentando-a. Fugiu no meio da noite do quarto que era da mãe para o pequeno e modesto quarto de hospedes onde Eric estava acomodado e enfiou-se debaixo das cobertas abraçando o namorado, ele era o único que a entendia. Quando era dia e todos estavam na cozinha tomando café, Dianna avisara que Demi chegaria em poucas horas, para ser exata as oito da manhã, emburrada, Lizzie esperou ainda com uma pequena esperança de que as coisas pudessem mudar, mas o ponteiro do relógio corria, passaram-se segundos, minutos e então horas. Nada de Demi, até que Lizzie se lembrou do estado da mesma na noite passada, como ela tinha sido tola! Demi não iria aparecer tão cedo, estava bebendo e em outra cidade.
   - Faltam dez minutos, eu e Eric estamos indo. - Anunciou determinada se levantando e Eddie balançou a cabeça negativamente vendo-se sem saída.
   - Ela está chegando. - Disse Dianna tentando convencer a menina, mas Lizzie apenas colocou a mochila nas costas e enlaçou os dedos aos de Eric.
   - Eu não quero perder o meu voo. - Disse tão incomodada. Se ela pudesse explicar do que estava fugindo.. - Eu os vejo em LA. - Lizzie despediu-se dos avós e de Anne com um abraço e assim que deu as costas a voz familiar fez o seu coração parar..
   - Elizabeth! - Lizzie não olhou para trás, sentiu o toque em seu ombro e o cheiro que a lembrava de sua casa, natal e biscoitos invadir suas narinas. - Meu amor, eu estou aqui. - A voz doce de Demi quase a fez chorar, porque tinha que ser daquele jeito? Porque ela tinha que ser tão complicada?
   - Não me toque. - Sussurrou sabendo que Demi era a única pessoa que escutaria já que estava próxima demais.
   - O quê? - Demi franziu o cenho confusa e passou para a frente da menina para olhá-la nos olhos.
   - Eu tenho que ir, não vou perder o meu voo por sua culpa. - Disse ríspida e Demi assentiu calada, pois sabia que tinha feito uma tremenda besteira.
   - Eu sei que fui grossa com você, eu só estava... - Estava? O que ela estava? A palavra não saiu, pois Demi não tinha coragem de dizê-la.
   - Bêbada. - Completou Elizabeth fria. - Eu sei, eu vi você bebendo, mas pode ficar tranquila que eu estou indo para a minha casa para te deixar em paz com aquela porcaria. - Disse ao se lembrar de quando entrara no ônibus.
   - Por favor, me desculpe, eu não queria que as coisas fossem assim. - Demi não aguentou e a abraçou com força encaixando a cabeça na curva do pescoço da filha. - Eu.. - Sussurrou, mas antes que Demi pudesse completar a frase Lizzie desfez o abraço.
   - Não. - Disse fria. - Não seja falsa, você não me engana mais. Deus! pensar que Daniel tinha razão esse tempo todo e eu o julgando. - Demi pôs-se cabisbaixo e viu Lizzie partir o mais rápido possível a deixando. Joe, Daniel e agora Elizabeth. Quem mais ela perderia?

(...)

Los Angeles, Califórnia - USA - 04:30PM

O voo para Los Angeles tinha sido um tanto tenso.. Lizzie não falava quase nada, o que era tão estranho, pois a menina era uma tagarela, Eric respeitava o seu espaço, abraçava-a quando sabia que era preciso e conversava quando sabia que Lizzie tinha algo a dizer. Agora a cada cinco minutos uma mala era posta no porta malas do carro, Elizabeth não estava brincando quando havia dito que estava voltando para a casa do pai.
   - Esta é a última. - Disse Lizzie deixando o namorado passar pela porta principal da casa primeiro para que ela pudesse trancar a porta e guardar a chave reserva debaixo de um vasinho de plantas. Estava indo para casa porque não tinha cabimento continuar na casa dos avós, pois quando a turnê encerrasse daqui há oito dias e Demi voltasse para casa, não teria clima para que as duas convivessem. Lizzie deitou a cabeça no ombro de Eric enquanto o taxista a levava para casa. Como isso tudo vai acabar? Perguntou a si mesma. O quando já não importava mais, pois as coisas tinham mudado completamente na noite passada.
   - É esta aqui. - Disse ao taxista quando estavam em frente ao seu lar. Mais uma vez Eric insistiu para que carregasse as malas logo depois que o mesmo esvaziou o porta-malas e pagou o rapaz do táxi. - Meu pai está em casa. - Lizzie insistiu e mesmo que Eric fosse cabeça dura, ela pegou uma mochila para carregar consigo. - Pai? Daniel? - Disse adentrando a casa primeiro que Eric.
   - Lizzie? - Joe levantou-se do sofá da primeira sala como um furação. Era mesmo a sua menina ou ele estava louco? - Ei! - O sorriso dele, apesar de triste, fez com que Lizzie também sorrisse. - Vem cá, eu quero o meu abraço. - Pediu mesmo sabendo que o clima entre eles ainda era tenso. Lizzie o beijou na bochecha, o que fez Joe rir, e o abraçou calorosamente.
   - Anjo, eu posso deixar as suas malas aqui? - O sorriso de Joe morreu ao ver Eric adentrar a sala carregado de malas e mochilas.
   - Claro amor. - Respondeu Elizabeth olhando para Eric ainda abraçada a Joe.
   - Porque você chegou tão cedo? Pensei que passaria o final de semana no Texas com a vovó, o vovó e Anne. - Disse menos tenso. Ainda não era o fã número um de Eric.
   - Eu pedi para vim embora para casa.. - Disse e Joe sorriu ao saber que a sua menina voltara para casa. - Vovó, o vovô e a Anne ainda estão no Texas. - Joe franziu o cenho, olhou de Eric para Lizzie e então de Lizzie para Eric.
   - Espera um pouco.. Vocês estavam sozinhos no avião? - Perguntou incrédulo e Lizzie revirou os olhos. - Eu não estou acreditando nisso! - Lizzie afastou-se mortificada do pai, não acreditava no que ele estava insinuando.
   - Qual é o problema? Nós somos namorados. - Disse como se fosse óbvio.
   - Qual é o problema Elizabeth Jonas? Pelo amor de Deus, você é uma menina de família e esse vaga.. rapaz só está querendo se aproveitar! - Eric nada dizia, apenas os observava ao lado da namorada.
   - Chega! Eu estou cansada, simplesmente cansada! - Gritou. - Até quando você vai tratá-lo assim? Você não percebe que me machuca? Eu o amo e você e ninguém nesse mundo vai mudar isso, entendeu? - Joe cerrou os olhos tentando se controlar..
   - Isso tudo é culpa da sua mãe que te dá muita liberdade. - Grunhiu para si mesmo.
   - Não fala dela! A mamãe sempre soube como cuidar da gente, graças a ela nós tivemos uma vida digna, porque se nós dependêssemos de você estaríamos trancados nessa casa para satisfazer as vontades da vossa majestade enquanto você está enfurnado naquele escritório o dia todo. E se você quer saber a verdade, eu voltei para casa só porque estava com saudade do meu quarto, das minhas coisas, porque eu não tenho um pingo de saudade de você, é melhor ficar com a mamãe! - Um passo a frente, o punho cerrado e então Eric passara na frente da menina e segurara o braço de Joe com toda a força que ele tinha. Era um garoto contra um homem!
   - As coisas não vão se resolver dessa forma. - Disse tentando manter a calma.
   - Deixe-o vir! - Gritou Elizabeth e Eric apenas segurou Joe com mais força.. Ele conhecia muito bem o espírito guerreiro de Elizabeth.. - Eu não tenho medo. - Joe já não tinha mais paciência, em um piscar de olhos envolvia o pulso de Eric com as mãos e então o empurrara facilmente.
   - Ei! Vamos com calma. - Lizzie era uma garota de sorte.. Daniel que acabara de chegar com Jenny agora segurava o pai furioso. - Você está louco? Ela é só uma pirralha chata. - Dan apenas o segurou enquanto Lizzie fugia para o quarto junto com Eric.
   - Elizabeth! - Gritou Joseph com as veias saltando.
   - Pelo amor de Deus, deixe Lizzie em paz. - Disse Daniel sem se intimidar. - Ela não vai fazer nada além de me perturbar. - Daniel sabia que Joe não estava tão bravo com Lizzie, é que depois que ele chegou do Texas estava completamente insuportável.
Foi difícil controlar Joe, mas acabou que ele se trancou no quarto depois que Eric foi embora. Estava tão chateado e confuso com o que Demi tinha o feito passar, não tinha cabimento ela chamá-lo, e depois recursá-lo e chamá-lo de novo, era confuso!
   - Espere um minuto, eu já volto. - Dan deu um selinho nos lábios de Jenny e partiu para o quarto da irmã para afirmar o que tanto queria. - Lizzie, abra a porta, sou eu. - Disse batendo à porta.
   - Você não pode entrar no meu quarto. - Dan revirou os olhos e emburrou a porta abrindo-a. - Está na minha plaquinha! - Disse referindo-se a plaquinha com o seu nome na porta do quarto onde tinha um "No Daniel" escrito de vermelho nas letras miúdas.
   - Deixa de ser boba. - Daniel sentou-se na beirada da cama a espera da irmã. - Por que você está aqui? - Perguntou. Dan, não muito diferente de Lizzie e Joe, estava um caco, mas ele ainda se sentia pior por ter dito a Demi que a odiava.
   - Porque esta é a minha casa? - Disse dando de ombros. - Eu estava com saudades de você e do papai, mas agora só tenho saudades de você, porque aquele outro lá.. - Grunhiu irritada.
   - Você nasceu ontem Elizabeth, eu não. O que a mamãe fez? - Lizzie mordeu o lábio inferior e negou balançando a cabeça.
   - Nada. - Disse sem olhá-lo.
   - Não minta para mim Elizabeth. - Repreendeu-a.
   - Nada Daniel! Ela não fez nada não, o show foi ótimo, mas eu queria vim para casa, algum problema? - Dan sabia que não adiantaria insistir, Elizabeth era mais cabeça dura que Joe, ou seja, ele não conseguiria arrancar nada da menina.
   - Eu te conheço, sei que está mentindo. - Disse, pois os sintomas eram aqueles.. Lizzie mordia o lábio inferior, não olhava em seus olhos e negava duas vezes.
   - Vaza do meu quarto moleque, anda. - Sem saída, Dan se levantou e fez corpo mole para pirraçar a irmã.
   - Eu também senti a sua falta. - Disse esboçando um sorriso triste, porém verdadeiro. Era bom ter Lizzie em casa, ao menos ele não ficaria completamente sozinho.

Continua.. Oi! Tudo bem? Eu to com sono diajdadoai. Espero que vocês gostem desse capítulo, to escrevendo desde seis da tarde e só terminei agora, não ficou boooooom, mas ok né? Até o próximo capítulo.. Beijos e obrigada pelos comentários. 

12 comentários:

  1. Que situação, quando eu penso que vai melhorar.... Não sei nem o que falar da Demi, parece tão real que machuca.
    E sobre o Joseph, esse é idiota ne?
    Acho que ele também precisa de acompanhamento psicológico e remédio de bipolaridade ein, ta foda permanecer team joe...
    Pelo amor de Deus, deu de coisas ruins ne? Vamo que vamo melhorar esse casal, essa família, esse Joe e essa Demi pfvr....
    Não demore a postar pfvr

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  2. Em lagrimas !
    Nao demore pra postar por favor !

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  3. Olá, tudo bem?
    Se puder pode divulgar meu blog por favor? eu agradeceria muito
    http://jemi-historias.blogspot.com.br/ <3

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  4. Ai caralho!!! Eu nao acredifo q a Lizzie nao conto!! Ta me dando um treco aqui ajhsis ai serio!!

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  5. Cara. Eu fiquei um tempinho sem entrar no blogger e já tinha 3 capítulos novos ♡♡♡ não vou comentar muito dessa vez pq esses capitulos foram muito tristes, mesmo sendo perfeitos e eu não gosto de lembrar deles pq senão eu vou chorar.
    só queria dizer que mesmo o Joe ter sido um idiota com Lizzie eu continuo team Joe. Pq a pequena burrada que ele pensou em fazer de quase bater na menina não chega nem perto do que Demi fez com Lizzie e com ele, a começar pela promessa quebrada de que nunca mais beberia e as palavras que ela disse a Lizzie machucaram mais do que se ela tivesse batido nela. Eu só espero que a Demi não se jogue nas drogas tbm e perceba logo que ela esta fazendo com que todos se afastem dela.
    Vixee eu disse que não ia comentar muito e ó eu aqui comentando . não consigo me controlar kkkkkkkkkk
    BEIJOOOS ♡♡♡

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  6. Puta q pariu,Demi q porra tu fez?? Olha a merda..
    Sinceramente se eu fosse o Joseph largava a Demi de mao poxa,ele foi atras dela e ela faz isso,sacanagem,ta q ela ta confusa,mais se a falasse pra ele o q sente ele com certeza iria entender coitado,o Joe ta sofrendo tadinho caran
    E a Lizzie coitada,tadinha dele estou com uma vontade enorme de bater na Demi serio,ela teve uma recaida,fala besteira pra menina q quase apanha do pai,quero abracar a Lizzia agora cara,a Demi prometeu tanto q nunca faria mais nada disso;lutou tanto pra conseguir superar e agora faz essa burrada vei.. Quero bater mt nela
    mds e tanto drama q eu fico querendo mais e mais porra ❤❤❤
    Ta perfeeitoo porra to digitando com os pes e aplaudindo com as maos,merece oscar cara,essa fic ta perfeita porra nunca vou parar de repetir.. Ta triste mais ta perfeito puta q merda
    Posta Logo
    Xoxo

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  7. Que capítulo mais tenso....
    Espero que a demi se resolva com a família dela...poxa...assim vai acabar perdendo todos...
    Enfim...ta perfeitoooo
    Posta logoo
    Beijos

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  8. Com minhas lágrimas pensei em construir um lago no deserto do Saara, sofrimento para todos estou acabada! Joe tem que se resolver com Lizzie para eles tentarem ajudar a Demi.
    Cada dia mais perfeita e apaixonante! Posta o mais rápido que puder!
    Sam, xx

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  9. Gente essa familia precisa participar daqueles retiros de igreja. Meu Deus o Joe queria bater na Lizzie ele ta doido? Mas gente tds largaram a Demi agr ela vai querer se afundar na bebida.E mais uma vez: o Joe ta parecendo psicopata, na moral. POSTA LOGO

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  10. concordo com a mirely ai em cima, aproveita e manda o padre aspergir a aguá benta!
    chamem os paramédicos pq eu não estou bem!
    esse cover da demi acaba com as minhas estruturas, simplesmente amo <3
    eu realmente espero que as coisas se acertem, tô sofrendo juntos! rs'

    SELINHO PRA TI: http://fanficss-jemi.blogspot.com.br/2014/12/tuts-tus-selinho.html

    bjos e posta logo'

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  11. selino pra vc no meu blog http://prettyreallyhurts.blogspot.com.br/2014/12/selinho.html

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  12. Acho que as crianças dessa casa precisam entender melhor o seu pai. O Joe está sofrendo muito, ele sempre deu força para a Demi e ela ficou assim "enlouquecida" depois que a Alex disse aquelas coisas para ela. Ela precisa se lembrar que a sua família se importa com ela e a ama. E por favor que a Lizzie para de dar uma de patricinha mimada e vá se resolver com o seu pai. Vive defendendo aquele namoradinho e esquece do pai que a ama e só está com medo de perde-la... se essa família continuar assim todos irão se perder: a Lizzie vira striper, o Daniel drogado, o Joe vai enlouquecer e virar mendigo e a Demi vai ser umas daquelas estrelas que acabam na merda.

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