- Está tudo bem? Você está estranho. – A voz de Demi soou entre os
acordes de Wish You Were Here do Pink
Floyd e Joe não soube a imediato responder a pergunta. Estavam a caminho do
restaurante que jantariam, só que Dianna não estava acomodada no banco de trás
como deveria. Não, ela estava logo atrás no SUV preto de Inácio.
- Está tudo bem. – Limitou-se a dizer e quando percebeu que tinha soado
duro, ele a olhou rapidamente porque estava dirigindo e levou a mão para cobrir
a dela. Mais cedo, no instante que Inácio surgiu justamente quando eles estavam
saindo, Demi resolveu chama-lo para se juntar a eles. E Joe não tinha ficado
feliz. – Por que você o convidou? – Perguntou tentando parecer mais relaxado.
- Porque eu acho que a mamãe
gosta dele. – Disse inocentemente e Joe engoliu em seco sem saber lhe dar com a
situação. – Hoje no café da manhã nós conversamos sobre ele. Ela disse que é um
velho amigo da época da adolescência e que ele é viúvo. Então eu pensei: por
que não? Seria muito bom para ela ter alguém, Joe. Quem sabe assim ela consegue
ter uma vida.. Melhor? – Tudo bem, ele não a julgaria porque Demi estava
pensando numa forma de melhorar a vida da mãe. Porém era tão absurdamente
irônico. Inácio era o cara que tinha a violado! Não tinha como aquilo dar
certo! Jamais. E Joe se perguntava como Dianna estava suportando estar naquele
carro com o homem. Será que ele estava a ameaçando? Era uma alternativa.
- Ela disse que ele é um velho amigo da época da adolescência? –
Perguntou de cenho franzido guiando o carro o mais passivamente possível.
- Sim. Ele é um amigo. – Demi colocou uma mecha do cabelo atrás da
orelha e olhou pelo vidro da janela o carro de Edward ao lado. – Ele conheceu a vovó. – Comentou e Joe assentiu
tentando encaixar a informação as que ele tinha sobre o caso Dianna e Inácio. –
É muito bom ela ter amigos. Ainda mais um que a conhece dede que ela era
adolescente. Acho que pode ajuda-la a largar essa vida, sabe? Pessoas que
querem que ela fique bem. – Estava difícil de concordar com ela. Joe assentiu
por obrigação porque não queria levantar suspeitas. A situação por si só já era
demais e criar um clima estava fora de cogitação.
- Você vai dormir comigo hoje? – Ele perguntou mudando de assunto quando
pararam num sinal vermelho.
- Você quer dormir comigo? – Demi sorriu quando ele se curvou para dar
um selinho nos lábios dela e sussurrar um “Sim” a olhando nos olhos. – Então eu
vou dormir com você. – Ela o puxaria para trocar um beijo longe de ser inocente,
mas Joe teve que seguir com o carro quando o sinal abriu.
O restaurante que Demi tinha
escolhido não ficava longe, só foi ruim encontrar um lugar para estacionar. O
que ele faria? Joe observou Demi tirar o cinto de segurança e relutante ele
tirou o dele. Alguém precisava contar a verdade a ela!
- Joseph? – Ele ficou tão perdido em pensamentos que só percebeu que
Demi o chamava quando ela o sacudiu levemente. – Você está bem? – Tornou a
perguntou e Joe engoliu em seco.
- Eu só estava pensando. – Ele acabou forçando um sorriso porque, por
mais que queria contar a verdade, infelizmente não era algo que ele deveria se
meter. – Pronta? – Joe deu um beijinho no pescoço de Demi e por alguns segundos
ele ficou com a cabeça repousada na curva do pescoço da amada adorando sentir o
cheiro dela.
- Se você não estiver se sentindo bem, nós vamos ao hospital, tudo bem?
– Ela disse erguendo o rosto dele com as mãos e Joe assentiu recebendo o
selinho demorado. – A sua saúde vem em primeiro lugar, querido. – Disse o
olhando nos olhos mesmo com o interior do carro sendo iluminado apenas com a
luz do exterior, mas ainda sim era o suficiente para Demi conseguir fitar os
olhos verdes de Joe e eles os marrons dela.
- Prometo que vou falar se alguma coisa estiver errada comigo. – Ele a
beijou na bochecha e sinceramente, não queria soltá-la e muito menos sair
daquele carro. Era tão bom e tranquilo ficar com Demi. Com ela, Joe sabia que
tudo seria bom e ele teria momentos felizes, já com Dianna acompanhada por
Inácio a história era completamente diferente e ele estava com medo de onde
aquilo tudo iria dar.
- Vamos? – Ela perguntou acariciando a bochecha dele e Joe assentiu um
pouco relutante.
A cena simplesmente embaralhou os
pensamentos de Joe ainda mais. Ele tinha acabado de descer do carro e se
preparava para abrir a porta para Demi. E poucos metros dali Inácio fazia a
mesma coisa com Dianna, e quando ele estendeu a mão para ela, Dianna sorriu
verdadeiramente. E lá estava Demi de novo o acordando do transe, dessa vez ela
deu batidinhas no vidro da janela e Joe abriu a porta do carro um pouco
atrapalhado.
- Tem certeza que você está bem? – Demi perguntou estranhando o
comportamento dele e Joe assentiu prontamente. – Amor, você está bem? –
Perguntou preocupada enlaçando o pescoço dele com os braços e Joe ficou sem
saber o que fazer.
- Estou Dem. – Ele praticamente foi obrigado a enlaçar a cintura dela
com os braços porque Demi o olhava daquela forma que ele conhecia muito bem.
Ela queria um beijo e as bochechas de Joe estavam coradas porque ele se
lembrava constantemente dos conselhos de Ed. E neles não estavam inclusos
beijos, apenas selinhos. Porém Demi encaixou os lábios e aos pouquinhos
conduziu a língua para acariciar a dele que cedeu segundos depois se permitindo
relaxar nos braços da amada. – Eu te amo, ok? Se tiver alguma coisa te
incomodando, é só falar que nós damos um jeito. – Ela tinha olhado nos olhos
dele e foi tão sincera nas poucas palavras.
- Eu também te amo princesa, e muito. – Joe acariciou o rosto dela e deu
um selinho demorado nos lábios de Demi que acabou sorrindo e abraçando o
namorado.
- Ei pombinhos, nós estamos esperando. – A voz de Dianna fez Demi sorrir
envergonhada e Joe corou sem saber como ele fitaria os pais da namorada.
- Não precisa ter vergonha, eu estou com você. – Disse Demi apenas para
que Joe pudesse ouvir e ele assentiu enlaçando os dedos aos dela para que eles
pudessem caminhar com Dianna e Inácio ao lado. Pareciam dois casais apaixonados
tendo uma noite agradável. Adentraram o restaurante com apenas Demi e Dianna
trocando pouquíssimas palavras, Inácio e Joe estavam rígidos e eles preferiam
não trocar olhares, principalmente Joe. – Amor, está sujo de batom aqui. –
Porque ela tinha que conversar tanto? Joe franziu o cenho quando Demi limpou o
batom da bochecha dele, mas ele acabou sorrindo quando ela o olhou nos olhos e
também sorriu o puxando para que eles se acomodassem a mesa. O lugar não era
como os convencionais, as mesas eram mais reservadas e a iluminação, assim como
a decoração, dava um ar romântico e elegante ao restaurante.
- Você é muito tagarela, Demetria. – Disse Joe arrancando um sorriso de
Demi que envolveu os dedos aos dele e fitou Dianna ainda com aquele sorriso
lindo nos lábios. Ela só estava feliz por ter as duas pessoas mais especiais de
toda a vida ali com ela compartilhando aquela noite. Só faltava mesmo Ed e
Selena para que tudo ficasse perfeito.
- Vamos pedir agora? – Perguntou Demi fitando os olhos da mãe para
depois os de Edward. Ela queria que
desse certo aquele relacionamento de Dianna, e faria de tudo para ajuda-la.
- Dianna? – Demi olhou para Inácio com certa admiração. Ele era um homem
muito bonito. Os olhos castanhos dele eram intensos e carregavam um brilho admirável de segurança e maturidade. O
cabelo grisalho tinha o seu charme penteado de um jeito despojado com direito
até mesmo um topete. Ele era sexy, e como era! A barba também apresentava
alguns dos fios grisalhos e estava por fazer. E fato dele ser mais alto que Joe
e forte, o deixava ainda mais atraente. – O que você quer querida? – Ele disse quando Dianna o olhou e Demi mordeu o lábio
inferior quando Inácio e Dianna trocaram um olhar intenso, e bem, ele tinha o
braço na cabeceira da cadeira onde Dianna estava sentada.
- Crianças? – Disse Dianna a
olhando e Demi sorriu sem jeito porque ela estava gostando demais da ideia da
mãe ter um namorado.
- Amor? – Demi olhou para Joe desejando beijá-lo na boca da forma mais
intensa que ela poderia. Ele também estava lindo todo vestido de preto e o fato
dele estar envergonhado o deixava fofo e ainda mais beijável.
- Você quem decide, princesa. – Ela sorriu envergonhada, mas mesmo assim
beijou a bochecha do namorado e deitou a cabeça no ombro dele completamente
apaixonada.
- Nós podemos pedir um bom vinho e conversar, o que vocês acham? – Disse
Inácio. Conversar? Joe engoliu em seco porque ele não queria conversar com
Inácio e Dianna, a única ideia que o agradava era ficar bem longe daqueles dois
porque eles cheiravam a encrenca para o lado dele. Mas não teve jeito, Dianna e
Demi assentiram e Edward pediu pelo
vinho que foi servido em pouquíssimos minutos. Então lá estava Joe, o único na
mesa que estava realmente sem jeito. Demi tinha a cabeça deitada no ombro dele
e vez ou outra ela bebericava um pouco do vinho. Dianna estava tranquila
observando o movimento do restaurante e Inácio
vez ou outra lançava olhares para Joe claramente não aprovando como ele e
Demi eram grudados. – Vocês estão juntos há quanto tempo? – Inácio perguntou
com certa curiosidade fitando os olhos de Joe para depois os de Demi, que se
ergueu para tomar mais um pouco do vinho.
- Bem.. – Ela começou a dizer e por mais que Joe estava tenso, ele
sorriu quando teve os dedos enlaçados pelos da namorada. – Nós estamos
oficialmente namorando tem uma semana. – Disse Demi fitando os olhos de Joe.
- Oito dias, princesa. – Corrigiu o rapaz com o cenho um pouco franzido
e Demi sorriu. – Oficialmente desde o dia dois desse mês. – Ele disse orgulhoso
e Demi tornou a sorrir o achando fofo.
- Mas nós estamos juntos há
quase dois meses. – Ela disse fitando os olhos de Inácio.
- Como vocês se conheceram? – Disse Inácio e Dianna aproveitou para dar
um tapinha no joelho dele por debaixo da mesa porque ela sabia aquele não era o
momento para ele encher Demi de perguntas, principalmente para sondar o namoro
dela e até mesmo proibi-la como ele fazia com as outras garotas.
- É uma longa história. – Disse Demi fitando os olhos de Dianna com um
pouco de receio e ela não soube ser muito discreta quando repreendeu Inácio, o
que fez Demi rir baixinho. – Eu estava com os meus amigos numa pizzaria. –
Começou a dizer mais para Dianna do que para Inácio porque o que aconteceria
naquela noite, caso Joe não tivesse impedido, seria o suficiente para fazê-la
desistir de tudo. – Eu quis ir para casa sozinha mesmo com a insistência da Sel
para me levar, então eu fui. No meio do caminho um homem me abordou. Ele queria os meus pertences e... E assim que eu
os entreguei, ele me encurralou num beco. O Joe me salvou naquela noite. – Ela
forçou um sorriso fitando o namorado que beijou a testa dela com todo o cuidado
e respeito. Ele jamais se perdoaria se tivesse deixado aquele monstro violar
qualquer que fosse a mulher na presença dele.
- E..eu jamais vou deixar nenhum homem te machucar. – O desafio estava
lançado. Oh sim. Joe umedeceu os lábios quando trocou um breve olhar com Inácio
antes de olhar para Demi esboçando um sorriso tímido. Ela estava sem jeito
porque tinha sido daquela forma bruta que Dianna jurava que ela tinha sido
gerada, e contar a história na frente da mãe complicava a situação ainda mais.
- Eu não sei o que passa na cabeça desses homens. – Dianna respirou
fundo quando Inácio encheu mais a taça de vinho e tomou o líquido num gole só
claramente irritado.
- Eu também não. – Por que diabos Joe estava tão na defensiva? Ele mesmo
se repreendeu porque não deveria afrontá-lo com indiretas.
- Você fez certo rapaz. – Comentou enchendo mais a taça de vinho
chamando a atenção de Demi e Dianna. – Se eu pudesse, eu não permitiria que
essa barbaridade acontecesse com as mulheres. – Estava claro que ele tinha dito
aquela frase especialmente para Dianna, e Demi percebeu que eles eram realmente
amigos desde adolescente e que Edward
sabia da forma brutal que ela tinha sido gerada. – Eu tenho sete princesas para
cuidar e eu não me perdoaria caso acontecesse alguma coisa com elas. – Joe
assentiu pensando em Hannah e em Augusto. Inácio só queria protege-la assim
como as outras garotas. O estranho era: se ele tinha abusado de Dianna, porque
ele dizia aquelas palavras com tanta revolta e convicção? Joe observou
brevemente a mãe da namorada que estava calada e optando por apreciar o vinho.
- Você tem sete filhas? – Perguntou Demi impressionada e Inácio assentiu
a olhando de uma forma tão especial que a fez sorrir verdadeiramente mesmo
envergonhada.
- Tenho as minhas três primogênitas de vinte e três anos. – Ele disse
sorrindo e Demi franziu o cenho, mas sorriu. – Então vem Hannah com dezesseis,
Megan com quatorze, Amber com onze e Alicia com dois aninhos. – Ele parecia ser
um bom pai. O jeito que falava no nome das garotas sem toda aquela frieza de
mais cedo fez Joe perceber que Inácio parecia ser um bom homem, ao menos com as
filhas e no fundo só queria protege-las.
- Você teve trigemeas? – Perguntou curiosa e Dianna enrijeceu quando
Inácio a olhou como se
perguntasse se ele poderia contar que era o pai daquela garota.
- Não. Eu tive gêmeas com a mãe das minhas seis meninas e na mesma época
eu engravidei a garota que eu estava apaixonada. – Ele disse olhando de Demi
para Dianna e Joe percebeu que ela estava mentindo. Era claro que estava! Como
ele não tinha considerado o fato de Dianna estar mentindo? Era a única
explicação cabível!
- Vamos pedir? Está ficando tarde. – Disse Dianna. A mulher era uma
verdadeira raposa! E ela estava começando a ficar encurralada, por isso
preferia mudar de assunto. Joe colocou o braço nos ombros de Demi como se
quisesse protege-la e enlaçou os dedos mais aos dela.
Foi interessante ver a química de
Inácio e Demi surgir tão naturalmente. Eles estavam na liderança para pedir os
pratos e vez ou outra trocavam sorrisos que deixavam o homem mais velho
emocionado e com o coração batendo mais rápido.
- E você rapaz, tem irmãos? – Inácio perguntou a Joe e ele negou
balançando a cabeça um pouco envergonhado porque os pais de Demi olhavam para
ele.
- Meus pais faleceram quando eu ainda era bebê. – Ele disse tímido e foi
de partir o coração, tanto que Demi o abraçou de lado como se o confortasse e
sussurrou apenas para ele que o amava.
- Qual a sua idade? –Dianna tentou repreender Inácio quando ele colocou
aquela mascara de pai durão, não teria como segurá-lo. Joe murmurou um vinte e
três tão intimidado e a tensão entre eles era perceptível por todos, exceto por
Demi. – De onde você é?
- Do interior do Texas, vim para Nova York a trabalho. – Mesmo quando o
garçom os serviu, o clima continuou pesado entre os homens e Inácio parecia
ainda mais disposto a interrogar o namorado da filha.
- Você trabalha com que? – Perguntou Inácio fitando os olhos de Joe
mesmo degustando da comida.
- Sou analista de redes. – Disse Joe depois de bebericar um pouco do
vinho já que ele não podia abusar de bebidas alcoólicas.
- Analista de redes? – Inácio arqueou uma sobrancelha e assentiu. – É
uma boa área. – Joe assentiu envergonhado e por alguns minutos eles ficaram em
silêncio, nada constrangedor ou desagradável. – E quais são as suas intenções
com a garota? Você prende pedi-la em casamento quando? – Deus! Demi arregalou
levemente os olhos e Dianna repreendeu Inácio com um olhar, mas ele deu de
ombros e tornou a fitar Joe. – Um homem só deve namorar uma mulher se pretende
ter um futuro ao lado dela. – Completou e Joe assentiu trocando um breve olhar
com Demi.
- E..eu.. eu.. – Era hora para gaguejar? E ele apostava que estava
vermelho!
- Toma um pouco de vinho e respira fundo. – Inácio encheu mais a taça de
Joe com vinho e riu quando o rapaz corado tomou um pouco do vinho e fitou os
olhos da namorada que também estava corada.
- Eu vou pedi-la em casamento daqui alguns meses quando as coisas
estiverem melhores. – Joe se sentiu tão seguro quando Demi enlaçou os dedos aos
dele. – Eu a amo e as minhas intenções são as melhores. – Eles trocaram um
olhar demorado e intenso, e mesmo intimidado, Joe não ousou em romper aquela
conexão por nada.
- Muito bem. – Disse Inácio voltando a atenção para comida. – Você tem
um bom genro, Dianna. – Ele disse a olhando e Dianna assentiu sorrindo um pouco
sem graça.
- Desculpe a pergunta indiscreta. – Começou a dizer Demi e antes
continuar, ela bebericou o vinho. – Você também é assim com os namorados das
suas filhas? – Perguntou inocentemente e Inácio franziu o cenho emocionado,
engoliu o choro e trocou um breve olhar com Dianna perguntando novamente se ele
poderia contar a verdade.
- Um pai só quer proteger a garotinha dele. – Disse trocando um longo
olhar com Demi. – Não podemos entrega-las para qualquer um. Geralmente, com o
namorado das minhas meninas, essa é apenas a primeira fase para saber se o cara
é bom, na verdade nenhum homem é bom o suficiente para as minhas garotas, mas
eu só os tolero porque é o que um pai faz. – Ele disse fitando os olhos de Joe.
- Você não pode ser tão malvado. – Ela disse esboçando um sorriso
divertido e Inácio negou balançando a cabeça.
- Um dia elas vão entender. – Dianna bebericou do vinho e observou Demi.
A vontade dela era de puxar a orelha de Inácio. Por mais que as coisas eram
complicadas, ele não precisava ser tão intimidante com Joe. Não agora e nem depois.
- Filha, vamos ao toalete? –
Disse Dianna a Demi e ela assentiu feliz porque era muito bom ser chamada de
filha.
- Eu já volto, coisa fofa. – Ela tinha que dar aquele selinho nos lábios
dele e chama-lo de coisa fofa? Aquilo não era nada bom para a reputação dele,
não perto de Inácio que arqueou uma sobrancelha quando Dianna e Demi saíram de
braços dados em direção ao banheiro feminino.
- Suas intenções são as melhores? Você não respondeu a minha pergunta. –
Quando aquele pesadelo iria acabar? Joe engoliu em seco e pensou no que ele
poderia dizer. Agora entendia porque o namoro de Augusto e Hannah estava àquela
bagunça. – Não me entenda mal, você é um bom rapaz. Só que a Dianna é uma amiga
muito especial, e eu vou cuidar para que ela não tenha problemas com moleques
machucando a garota. – Será que ele queria disfarçar que era pai de Demi? E
Inácio não precisava proteger Demi de Joe, jamais! Ele precisava protegê-la da
própria mãe. – E é por isso que eu estou de olhou em você e naquele moleque. Pisa
na bola, que eu vou atrás de você. – Eles se olharam por segundos e Joe
assentiu prontamente, e poucos minutos depois de um silêncio carregado, Dianna
e Demi voltaram à mesa.
- Então, vamos para casa? – Demi perguntou a Joe espalmando o peito dele
quando ele se virou para olhá-la.
- Por mim tudo bem. – Ele disse aliviado porque foi a melhor coisa que
ele ouviu durante toda a noite. – A Sra. Está bem? – Joe perguntou quando
flagrou Dianna de cenho franzido e aparentemente cansada.
- Estou querido, só é uma leve dor de cabeça. – Ao menos Dianna parecia
gostar dele. Joe enlaçou os dedos aos de Demi e beijou a testa dela quando a
namorada deitou a cabeça no ombro dele bocejando. Estava realmente ficando tarde
e era hora de ir para casa. Demi teria trabalho no dia seguinte e ele estava
compromissado em procurar um emprego.
Quando o garçom se aproximou com
a nota, bem, Joe gelou e de tão tenso que estava por causa do clima com Inácio,
ele disse que pagaria a conta. Ele rezava para que o cartão não fosse
rejeitado, mas não foi ele quem pagou a conta e muito menos Demi, que também
tinha insistido para pagar. Inácio pagou e quando eles caminharam para fora do
restaurante, ele arriscou abraçar Dianna de lado como se eles fossem realmente
um casal.
- Eu as levo para casa. – Disse Inácio para Joe e Demi riu quando o
namorado ficou completamente sem jeito.
- Está tudo bem. Eu vou dormir com o Joe essa noite. – Disse Demi e o
pai franziu o cenho indiscretamente não aprovando a ideia, ele até mesmo
protestaria, mas Dianna o repreendeu com um olhar. – Vamos mamãe?
- Eu vou com o Edward¸ tudo
bem? – Disse Dianna e Demi assentiu prontamente. – Estou esperando uma visita
de vocês. – Disse ao casal. Demi a abraçou feliz da vida, recebeu um beijo na
testa e quase derreteu de felicidade quando a mãe a olhou nos olhos e sorriu. –
Cuida dela, ok? – Disse a Joe e ele assentiu surpreso por receber um abraço de
Dianna.
- Obrigado pelo convite. – Disse Inácio a Demi. – Espero que tenhamos
mais oportunidades de passar mais tempo juntos. – Demi não entendeu muito bem o
que ele quis dizer, porém não recusou o abraço que o homem a envolveu. O
sentimento era tão diferente e verdadeiro, ela sentiu o coração disparar no
peito e por mais estranho que fosse, foi bom receber o beijo na testa. Ele era
um amigo especial, pelo menos era o que Dianna tinha dito. – Rapaz. – Foi
realmente engraçado quando Inácio ofereceu a mão para Joe apertá-la e quando
ele o fez, os dois trocaram um olhar daqueles que só os homens trocam. E Demi
riu sem conseguir disfarçar. – Cuida da garota. – Ele disse apertando mais a
mão de Joe que sustentou o aperto sem grandes problemas.
- Sempre. – Disse Joe sério e firme e aos pouquinhos Inácio soltou a mão
dele.
- Boa noite crianças. – Dianna
riu de como Demi estava fofa observando o pai e o namorado, e como Inácio era
daquele jeito que ela considerava da idade da pedra, resolveu puxá-lo para
longe da filha o mais rápido possível antes que Joe ficasse ainda mais
constrangido. – Inácio! – Ela não tinha esperado nem mesmo cinco minutos para
repreendê-lo. – O que você estava pensando quando aceitou o convite? –
Perguntou um pouco exasperada e Inácio a olhou de cenho franzido.
- Que eu queria passar mais tempo com a minha filha? – Rebateu puxando
Dianna pela mão para que eles pudessem atravessar a rua e caminhar na direção
onde o carro estava estacionado.
- Você não deveria ter interrogado o Joe daquela forma. – Disse assim
que ele abriu a porta do carro para ela. – Eu já disse: a Demi é uma mulher
independente e adulta, ela sabe com quem se relaciona.
- Não me importo se ela é adulta ou não, ela é a minha filha e eu vou
protegê-la. – Ele mal tinha adentrado o carro. – Quando você vai contar? –
Perguntou a olhando e Dianna massageou as têmporas sem saber o que fazer. Ela
estava bem com Demi e queria continuar daquela forma.
- Eu não sei como vou fazer isso, entende? – Disse chorosa deitando a
cabeça no encosto do banco. A situação que ela estava era complicada e difícil
de reverter.
- Não Dianna. Eu não entendo porque você ainda não contou. Demi sabe que
eu estou por perto, enviei rosas brancas no aniversário dela. Você só precisa
contar, querida. – Disse segurando as mãos de Dianna que, aflita, fechou os
olhos pensando na encrenca que estava metida.
***
- Eu gostei dele, o que você acha? – Joe franziu o cenho sem saber
exatamente o que diria.
- Ele é difícil. – Murmurou mais para ele, porém Demi acabou ouvindo e
riu o abraçando de lado calorosamente.
- Vamos para casa? – Ronronou manhosa arrancando um sorriso dele que a
abraçou pela cintura e se curvou para beijá-la no pescoço como tinha desejado
fazer durante toda a noite. Estavam na calçada do restaurante, e por mais que
houvesse pessoas circulando por ali, não era nada demais trocar um beijo. –
Quero namorar um pouquinho antes de dormir, e eu estou com muito sono amor. –
Ele sorriu a abraçando de lado para que eles pudessem caminhar para o carro.
- Você é muito manhosa gatinha. – Ele abriu a porta do carro para ela e
a ajudou se acomodar com Demi o beijando na boca. – Ei, Dem, calma. – Joe riu
porque assim que ele abriu a porta do carro e se acomodou ao banco, Demi nem
mesmo esperou que ele fechasse a porta para começar a beijá-lo e acaricia-lo. –
Hum, você não está naqueles dias? –
Perguntou quando ela o acariciou lá.
- Amor, nós podemos fazer sexo sem penetração. – Disse e ele corou tão
bruscamente, sorte era que estava escuro e Demi não podia ver as bochechas dele
rosadinhas. – Joe, liga o carro. – Ronronou e ele o fez e deu partida um pouco
desnorteado porque ela tinha levado uma das mãos dele, à direita, para
acaricia-la no seio enquanto a mão dela continuava o apertando...
- Demi, você está bem? – Ele perguntou quando ela começou a beijá-lo na
mão que antes acariciava o seio e do nada ela parou com tudo que fazia e
respirou tão fundo que ele pensou que ela estava passando mal.
- Estou.. É só que.. Bateu um desanimo. – Murmurou tristonha. Aquilo era
coisa de mulher. Ah sim, era! Não tinha condições! Num segundo ela estava louca
para ir para cama e noutro estava desanimada. Aquilo era complicado, e como
era! Joe sentiu o coração bater um pouquinho mais rápido quando ele avistou o
carro do pai da namorada ao lado do carro de Ed e foi daquele jeito até que ele
pegou a rua que levava para o prédio onde morava. Namoro era complicado. Aliás,
tudo era complicado. Demi estava calada ao lado dele e quando ela suspirou, ele
percebeu que ela estava dormindo de mau jeito. Como estava tarde, não teria
como devolver o carro de Ed e Joe o guardou na garagem do prédio. A noite tinha
sido estranha. Joe desceu do carro e resolveu que não acordaria Demi, ele a
acomodou facilmente nos braços e só deu trabalho para fechar a porta do carro.
- Princesinha? – Joe sorriu quando Demi abriu os olhos e recostou mais
no ombro dele claramente manhosa. Ele a carregava nos braços e era tão bom.
- Onde nós estamos? – Ela perguntou envolvendo o pescoço dele com os
braços para não cair, mas Joe a segurava com tanta firmeza que ela sabia que
ele jamais a deixaria cair.
- No elevador do meu prédio. – Ele sorriu quando ela franziu o cenho de
olhos fechados e como ela projetou o corpo para ficar em pé, ele a ajudou. – Gostou
da noite? – Perguntou quando ela o abraçou beijando o peito dele e daquele
mesmo jeito Demi ficou com o rosto escondido no quentinho do peito de Joe.
- Foi a melhor noite. – Ela disse contra o peito dele e Joe riu porque
quase não tinha entendido nada.
- Eu não entendi bebê. – Ela tinha o chamado de bebê quando mais cedo,
mas na verdade quem se comportava como um bebê era ela.
- Foi a melhor noite, só faltou a Selena e o Ed. – Demi sorriu quando o
olhou. Eles até trocariam um beijinho carinhoso, mas a porta do elevador se
abriu no andar onde Joe morava. – Nós podemos visitar a mamãe? – Perguntou
quando eles já estavam em frente à porta do apartamento e Joe a destrancava.
- É claro que podemos. – Ele disse acendendo a luz e dando espaço para
que Demi pudesse entrar primeiro para depois ele entrar e trancar a porta. – Nós
podemos convidá-la para almoçar com a gente no final de semana. – Sugeriu e
Demi assentiu sorrindo animada quando Lucy caminhou até eles, se espreguiçou
bocejando e latiu se colocando em pé nas patinhas traseiras. – Amor, olha pra
ela. – Os dois sorriram e por alguns minutos brincaram com Lucy que gostava
muito de receber o carinho das duas pessoas que ela mais amava.
- Vou levar o bebê do papai
para comer. – Demi riu quando Joe pegou Lucy no colo como quem pega um bebê e a
mostrou para ela. – O bebê não pode
morder. – Até a voz dele era de quem mimava um bebê. Demi se levantou e o
acompanhou até a cozinha onde Joe serviu Lucy com ração e alguns pedaços de
carne cozida e água limpa.
- Amor, eu vou tomar um banho, tudo bem? – Ela disse o abraçando e Joe
assentiu desviando o olhar de Lucy para envolver Demi num abraço de urso e como
sempre, ela reclamou.
- Você está bem? – Perguntou erguendo o rosto dela para que ela o
olhasse nos olhos. – Alguma coisa está doendo? – Ele corou e Demi franziu o
cenho o observando. – Nada de cólica? Estou perguntando por que as minhas tias
às vezes ficavam de cama. A Rose também. – Demi negou balançando a cabeça e
beijou o peito dele.
- Nada de cólica. – Ela o olhou e tornou a beijá-lo no peito. – Você
quer comer alguma coisa antes de deitar? – Perguntou massageando os ombros dele
e Joe negou balançando a cabeça.
- Talvez mais tarde nós preparamos um chocolate quente. – Demi assentiu observando
Lucy comer e só depois ela olhou para o namorado. – Fica à vontade. – Joe a
beijou na testa e aceitou de bom grado o beijo casto que recebeu nos lábios.
Demi parecia cansada e ele a deixou caminhar para o quarto para tomar banho em
paz. Ela também precisava de privacidade.
Para passar o tempo, Joe se
acomodou a uma das cadeiras da cozinha e buscou pelo celular no bolso. Ed tinha
deixado algumas mensagens perguntando sobre o jantar e bem, não teve como não
reparar a falta da foto do perfil de Rose. Ele não poderia fazer nada a
respeito da prima. Simplesmente nada.
“Você está bem? Mamãe
quer falar com você.” – Laura.
A mensagem era de mais cedo e Joe
ficou tão receoso quando leu a parte que Clara queria falar com ele. Será que
Rose tinha dito alguma coisa para deixa-la preocupada?
“Eu estou bem. E vocês? Desculpe responder só agora, saí para jantar com
a Demi e a mãe dela. Vou ligar amanhã de manhã, certo?” – Joseph. Ele enviou a mensagem e segundos depois Laura ficou online.
“Não se esqueça de ligar, querido. Ela está sentindo saudade de você e
não para de reclamar sobre a falta que você faz nessa casa. Nós estamos todos
bem. Dê um oi para a sua namorada por mim.” – Laura. Joe esboçou um pequeno sorriso porque se Rose tivesse feito
alguma besteira, Laura o avisaria. Ele trocou mais algumas mensagens com a tia
e respondeu as de Ed brevemente. Ele precisava compartilhar com alguém sobre
Inácio, e Ed era um bom amigo e o ajudaria.
Joe ficou algum tempo há mais na cozinha
pensando sobre os pais de Demi e como aquela história era complicada e o
complicava. Ele colocou Lucy na caminha e apagou as luzes do apartamento.
- Eu já estava indo te buscar. – No mesmo instante que ele adentrou o
quarto fechando a porta, Demi saiu do closet vestindo calça de moletom e uma
das camisas dele. – Tudo bem se eu usar a sua camisa? – Perguntou um pouco
corada.
- Claro. – Ele sorriu enquanto começava a se despir. – Vou tomar um
banho rápido, tudo bem? – Ela tinha assumido o posto quando foi a vez de
desabotoar os botões da camisa.
- Eu vou te esperar na cama. – Os dois sorriram e quando a camisa estava
finalmente aberta, Joe se curvou para trocar um beijo breve com a namorada.
- Já volto. – Ele disse a olhando intensamente e Demi assentiu esboçando
um sorriso tímido. Restou a ela arrumar a cama para abriga-los e uma vez que
tirou a colcha e trouxe a coberta e os travesseiros do closet, Demi se deitou e
por um pouco dormiu. Selena estava lá para interromper os melhores momentos
como sempre.
“Obrigada por enviar mensagem avisando que você está viva, Demetria.” – Selena. Aquele drama.. Demi respirou fundo porque ela deveria pensar
muito bem no que responderia. Selena era um amor, exceto quando estava naqueles dias. – “Fiquei sabendo que você chegou em casa sã e salva agora porque o seu
namorado respondeu o meu namorado.” – Completou e Demi mordeu o lábio
inferior. Coitado de Ed.
“Eu acabei de me deitar. Tudo
ocorreu bem. Não mandei mensagem antes porque acabei dormindo no carro, e
quando cheguei, fui tomar banho. Só peguei no celular agora.” – Demi. Ela
não iria cutucar a onça com vara curta.
“Não importa. Eu ficaria satisfeita apenas com um “Eu estou viva” ou um
“Cheguei”. Mas você não tem jeito Demetria. E que diabos de dia você vai dormir
comigo? Eu não estou gostando nadinha do seu descaso com a nossa amizade.” – Selena.
“Que tal amanhã?” – Demi.
“Amanhã. Sem falta, ouviu?” – Selena.
“Sim senhora. Eu estou com sono” – Demi.
“Estou dormindo com as crianças. O Ed ficou muito bem no sofá.” – Selena.
“Sel.. Não seja malvada com ele.” – Demi.
“Ele me excita de uma forma absurda quando eu estou nesses malditos
dias. Não o ignoro por mal, só não consigo ficar perto dele sem pensar em
muitas formas de agarrá-lo. Mas eu realmente não vou fazer isso.” – Selena. Demi sorriu porque Joe tinha acabado de sair do banheiro apenas
com uma toalha escondendo o íntimo do rapaz. Ele também a excitava, e como..
Mas ela não o repeliria, jamais.
“Não é desculpa para ser malvada com ele. Estou indo dormir, eu te amo.
Dê um beijo nas crianças por mim!” – Demi.
“Safada. Eu sei o que você vai fazer, Demetria. Boa noite para você que
prefere “dormir” a falar com a sua melhor amiga.” – Selena. Não tinha dado tempo de respondê-la, não quando Selena saiu do
aplicativo e quando Demi enviou uma interrogação, a mensagem nem mesmo chegou.
- Ei. Você está com uma carinha de sono. – Seja lá o que era sono, Demi
tinha o perdido quando viu Joe sem camisa vestindo apenas uma calça preta de
pijamas. – Está pronta para dormir? – Ele perguntou apagando a luz do quarto
para se deitar a cama e acender o abajur.
- Estou. – Murmurou acomodando a cabeça ao travesseiro sem desviar o
olhar do de Joe.
- Posso apagar a luz do abajur? – Ele perguntou puxando a coberta para
cobri-los e Demi corou um pouco.
- Você quer dormir agora? – Perguntou ainda o olhando nos olhos.
- Estou com pouco sono. – Disse e ele mesmo tomou a iniciativa de se
aproximar mais dela arriscando até mesmo acaricia-la na cintura sobre a camisa.
– Você disse que queria namorar antes de dormir. – As bochechas dele estavam
coradas, o cabelo um pouco bagunçado e a luz baixa do abajur proporcionava um
charme ainda mais especial para os olhos verdes.
- Você quer? – O coração dela quase rasgou o peito quando aos pouquinhos
se aproximou do corpo dele sentindo o calor envolve-la de todas as formas.
- Quero. – Eles não trocaram mais palavras. Olharam-se nos olhos e se
tocaram minutos mais tarde. Demi no peito largo e Joe na cintura delicada. O
nariz dela roçou o dele e as pálpebras caíram lentamente conforme os lábios
ficavam mais próximos assim como os corpos compartilhando do calor e do atrito
que os excitava. O toque dos lábios foi molhado, o beijo demorou a acontecer
porque ora Joe roçava os lábios aos da amada ora ele a olhava nos olhos fazendo
daquele momento o mais especial possível. Quando os lábios se juntaram mais uma
vez, o corpo dele estava sobre o dela, todo ele pesado a imprensando contra o
colchão. Demi não reclamou, deixou que uma das pernas dele ficasse entre as
dela e desceu as mãos pelas costas largas aproveitando também para puxar o
cabelo sedoso da nuca.
- Vai ser diferente querido. – Disse depois de puxar o lábio inferior
dele entre os dentes. – Mas eu prometo que você vai gostar. – Para conseguir
deitá-lo, Demi levou as mãos ao peito e conduziu Joe para que ele se deitasse a
cama, e ele o fez concentrado no carinho das mãos de Demi até que ela estava
sentada sobre aquela região. – Ei, você vai ficar quietinho aí. – Joe tinha
aquela mania de querer beijá-la enquanto ela tirava a camisa, mas dessa vez
Demi o barrou e tirou a camisa a jogando para fora da cama ficando com o torso
nu sobre o olhar penetrante do namorado. – Acho que alguém acordou. – Ela
sorriu quando ele corou e ficou todo sem jeito. – Oi garotão. – Tinha como ele ficar mais corado? Demi se curvou para
dar um beijinho na bochecha dele e então se deitou ao lado de Joe ficando com a
cabeça apoiada no peito dele enquanto ela o acariciava lá. – Hum? – Ronronou o beijando no peito quando a mão dele cobriu
a dela a impedindo de continuar.
- Dem, não. – Ele estava com vergonha. Demi tornou a beijá-lo no peito
por repetidas vezes e quando terminou, ela sorriu o fitando nos olhos.
- Você não quer namorar? – Perguntou subindo a mão para os pelinhos
baixo do umbigo e Joe resmungou baixinho se virando para ficar de frente a ela.
– Ei, você está vermelho. – Ela riu sapeca sem saber se deslizava a ponta dos
dedos ali abaixo do umbigo ou se o acariciava dentro da cueca.
- Eu quero fazer amor com você. – Os olhos dele fitavam os mamilos
marrons e excitados que chegavam a estar duros. Joe envolveu o seio direito
dela com a mão e quando o acariciou, Demi franziu o cenho e gemeu baixinho. – O
que foi? – Perguntou acariciando o queixo dela e Demi aproveitou para beijar os
dedos dele.
- Estão doloridos, então você não pode apertá-los. – Ronronou manhosa e
Joe sorriu um pouco menos corado passando para cima dela. – E a gente vai fazer
amor, só que diferen.. – Não tinha dado tempo de concluir a frase porque ele a
calou com um selinho e guiou os beijos para o pescoço. E os lábios estavam
quentes e macios distribuindo beijos que faziam a pele alva de Demi arrepiar.
- Você vai casar comigo? – A pergunta dele a deixou completamente
desnorteada. Joe a beijava um pouco abaixo dos seios e a olhava intensamente
com aqueles lindos olhos verdes.
- Joe.. – Demi umedeceu os lábios e puxou o cabelo curto entre os dedos
quando a língua quente lambeu o mamilo esquerdo. – Você sabe que eu vou. – Os
olhos dela marejaram e o sorriso surgiu nos lábios femininos quando ela flagrou
o namorado beijando as curvas dos seios com tanto cuidado para não machuca-la.
- Você vai me dar uma menina linda igual a você? – O sorriso dela se
ampliava a cada vez que ele a beijava na barriga a olhando nos olhos, o que
tornava tudo mais intenso.
- E se for um menino tímido igual o pai? – Joe sorriu se ajeitando sobre
o corpo dela. Ele friccionou os seios ao peito e roçou o nariz ao de Demi antes
de beijá-la na bochecha.
- Um menino e uma menina, o que você acha? – Ele riu quando Demi o
empurrou e apoiou o queixo na costela direita dele para olhá-lo nos olhos com
aquele marrom bonito dela. – Um menininho que ficará todo vermelhinho de
vergonha igual o pai e uma menina que apronta muito, o que você acha amor? –
Eles sorriram felizes imaginando o futuro. Joe assentiu deslizando os dedos na
bochecha da namorada enquanto admirava o sorriso dela e os olhos bonitos.
- Acho que nós vamos ter muitos bebês. Eu quero muitas crianças correndo
dentro de casa nos emocionando com as coisas mais simples. – Ele adentrou o
cabelo dela com os dedos e massageou o couro cabeludo. Era tão bom que Demi
fechou os olhos e aos pouquinhos encostou à cabeça a mão dele. – Te amo
princesa. – A preguiça de Demi para abrir os olhos o feliz sorrir, e então ela
também sorriu e aproximou o rosto do dele para beijá-lo na boca.
- Eu também te amo, Joseph. – O abraço que trocaram durou mais tempo do
que os comuns. E não estava ruim, bem pelo contrário. Demi gostava de descansar
a cabeça na curva do pescoço de Joe e ele de sentir o cheiro do cabelo dela e a
pele de pêssego das costas. – Ei, vai dormir? – Demi se ergueu para olhá-lo
aproveitando para se deitar sobre ele.
- Não mesmo. – O olhar sinuoso para os seios que estavam a pouquíssimos centímetros
do rosto dele fez Demi gargalhar. Ela o beijou na bochecha e arqueou uma
sobrancelha quando o sentiu roçar a perna.
- Acho que tem alguém que também não quer dormir. – Ela sorriu quando
Joe esboçou aquele sorriso tímido conforme a mão feminina deslizava pelo
abdômen. – Hum.. Você está muito animadinho amor. – Ela encostou os lábios nos
dele enquanto adentrava a cueca com a mão para segurá-lo.
- Dem, eu só quero ficar com você, mas não vai dar certo. Vou tomar um
banho gelado e pensar em coisas desagradáveis. – Resmungou e ela sorriu se
colocando de joelhos ao lado dele. – O que você vai fazer? – Perguntou levando
a mão aos seios dela e Demi mordeu o lábio inferior, mas acabou sorrindo.
- Eu vou te ajudar, ok? – Ela cobriu a mão dele que a acariciava no seio
direito, mas se livrou do carinho para começar a beijá-lo. – Por que você está
fazendo esse biquinho, coisa gostosa? – Ela o beijou na bochecha e sorriu
quando as bochechas dele coraram. – Joseph, você é um amor, sabia? – Ele
continuou calado com aquele sorrisinho fofo nos lábios. Demi revirou os olhos e
o abraçou forte aproveitando para beijá-lo exageradamente na bochecha fazendo
Joe rir.
- Você também é um amor, amor. – Os dois riram e trocaram um beijo breve
para que Demi continuasse o beijando como queria. E dessa vez ela começou pelo
pescoço, beijou o peito largo também chupando os mamilos olhando para os olhos
dele, e ela beijou o abdômen, como beijou! Demi chegou a fechar os olhos e se
xingou mentalmente por não ter emendado a maldita cartela. Quando chegou ao cós
da calça de moletom, ela o olhou nos olhos e depositou um beijinho ali
esperando pela reação dele. E não podia ser diferente. Joe corou que ele sentiu
as bochechas quentes, as pupilas dilataram e o coração começou a bater mais
rápido. – Gatinha.. – Chamou pelo apelido carinhoso e Demi preferiu abaixar a
calça junto com a cueca.
- Não vai me ajudar? – A voz dela soou rouca e sexy. Joe assentiu
sentindo frio na barriga e o coração disparar no peito quando ela tirou a calça
o deixando completamente nu. – Relaxa, ok? Se você não gostar, eu vou parar. –
Ele assentiu balançando a cabeça e recebeu o selinho que ela deu nos lábios
dele. – Tudo bem? – Perguntou o olhando nos olhos e Joe assentiu.
A melhor forma de começar a dar
prazer era distribuir beijinhos pelo corpo dele, ajudaria Joe a relaxar e a
criar um clima. Vez ou outra Demi sorria o olhando enquanto o movimentava sem
pressa. E ele parecia gostar, até levou a mão ao rosto dela para acaricia-lo e
tinha um pequeno sorriso nos lábios gostando de toda atenção que recebia da
namorada. O momento que ele mais ansiava e temia aconteceu alguns minutos mais
tarde. Demi o acariciou com certa curiosidade, distribuiu mais beijinhos na
região abaixo do umbigo e na virilha, até que ela finalmente focou em dar
carinho só para ele... Joe estava corado
e não sabia como reagir, ele apenas se controlava para não fazer muito barulho,
o que não deu certo e ele ficou ainda mais corado e em êxtase..
***
- Visita! – Ninguém era gentil com quem estava atrás das grades. O
pequeno espaço era compartilhado por quatro homens, e Jake Gyllenhaal era um
deles. – Jake Gyllenhaal. – O guarda disse e Jake se levantou da cama
claramente intimidado com a presença dos colegas,
ele tinha sido ameaçado e na noite passada quase foi espancado. O lugar era
tão desconfortável, e o fato de fazer frio piorava muito mais a situação. Jake
ficou de costas para o guarda algemá-lo e conforme ele era escoltado pelo
corredor, os presos das outras celas que tinham os braços para fora das grades gritavam
constantemente palavras como: assassino, estuprador, doente, psicopata. Palavras
que eram pesadas e fortes até mesmo para um homem como Jake. – Você tem vinte e
quatro minutos, Gyllenhaal. – O
guarda abriu as algemas e assustado com a claridade da sala, Jake caminhou até
o compartimento onde teria acesso ao telefone e a cadeira onde sentaria para
conversar com a pessoa que o visitava sem qualquer tipo de contato físico.
- O que você está fazendo aqui? – Ele franziu o cenho quando a viu.
Esperava que fosse Susan ou Marcus, as únicas pessoas que o visitava. Mas lá
estava ela. Tão linda quanto uma boneca delicada e moldada em curvas que
pareciam discretas nas roupas com estampas fofinhas
e cortes simples.
- Jake! Você está.. Está acabado. – O rapaz fitou os lábios de Mary tão bem desenhados no batom cor de
cereja que se destacava no rosto de pele clara. – Eu trouxe bolinhos, o pessoal
está conferindo e você logo poderá come-los. – Deus! Ele revirou os olhos e
adentrou o cabelo com a mão livre um tanto impaciente.
- O que você quer? – Perguntou fitando o próprio reflexo no vidro que os
separava. O uniforme de cor laranja não ficava bem nele e o cabelo estava
grande e a barba uma lástima.
- Vim visita-lo! O que tem de mais? – Disse tão ofendida e Jake umedeceu
os lábios olhando disfarçadamente se os guardas estavam de olho na conversa
dele. – Nós passamos tanto tempo juntos, seria indelicado não visita-lo.
- Olha.. Me escuta. Você precisa me tirar daqui. – Ele disse baixinho
fitando os olhos de Mary. – Eu não matei
o meu avô! Nós transamos naquela noite no carro nos fundos da empresa e depois
eu encontrei a putinha. Foi só isso. – Murmurou a contra gosto e Mary mordeu
o lábio inferior não muito feliz.
- O que você quer que eu faça? Eu estou indo para casa, não posso me meter numa encrenca dessa.
– Disse o olhando e Jake acariciou o queixo retribuindo o olhar de Mary.
- O que você quer no interior da Pensilvânia?
Não tem nada lá. – Ele disse mal humorado e um pouco alto atraindo a atenção
dos guardas.
- Meu voo já está marcado, e eu não vou desmarca-lo por você. – Disse
enrolando uma mecha do cabelo escuro e Jake cerrou os punhos.
- Você vai fazer o que eu mandar, gracinha.. – Ele sorriu quando Mary
perdeu um pouco da pose. – Eles querem saber quem é que estava usando aquele
colar ridículo de joaninha... Você não quer a polícia no seu pé, quer? Então
você vai fazer o que eu mandar.
Continua... Oiiii! Tudo bem com vocês? Eu tô bem e triste, as minhas férias acabaram hoje. Isso é definitivamente um saco! Eu não quero voltar :(
Espero que tenham gostado desse capítulo, ele não tem muita coisa, eu só queria mesmo ter feito esse jantar, porém acabou resultando nos outros momentos e quando percebi já estava muito grande para continuar e poderia ficar desproporcional com mais informações.. Enfim, no próximo capítulo teremos mais momentos dos outros personagens e vamos dá um UP nessa história, certo?! Obrigada por todo carinho, comentários e visualizações. E Jessie, super obrigada pela divulgação! Meninas, entrem lá no blog da Jessie: Breathless
ps. Alguém indica umas fanfics Jemi? Confesso que estou lendo a minha própria fanfic, e como já sei o que vai acontecer, é sem graça e eu queria algo novo!
Beijo para todas e até o próximo capítulo!!!
Top! O capítulo foi sensacional, adorei. É uma pena suas férias acabar! Até o próximo capítulo, bjos
ResponderExcluirGostei do capítulo, gosto muito dela no geral! Só não gosto que comece a entrar a história de outro personagem na história! Tipo as irmãs e o pai gostaria que fosse mais voltado pra Dem e pro Joe com a Sel e o Ed! Pq eu não gostei do começo dela onde só tinha ela e o Jake e eu gosto tanto não quero desanimar e parar de acompanhar!!! Beijos
ResponderExcluirTenta entender a história com um todo, que tudo isso tenha emoção, ação, superação, amor, amizade, companheirismo, encontro, verdade, mentira, verdadeiro, falso, família, vida... Tudo isso precisa ser colocado no capítulo para que ele possa ter estrutura e desenvoltura. Imagina todos os capítulos somente envolto do casal 'Jemi'?! Qual seria o sentido? Tudo bem, que eles são o MELHOR casal, mas essa história é totalmente diferente da fanfic passada... A passada tinha que ser focada neles, pq contava da fama deles, da "intimidade" deles e essa é diferente. Então todos os personagens tem que está presente em algum momento do capítulo para que alguma emoção afete o casal direta ou indiretamente.
Excluiraaaahhh que capítulo maravilhoso, mulher você me prende cada vez mais nessa fanfic, me deixa cada vez mais curiosa.
ResponderExcluira parte do jantar foi muito engraçada, o Inácio é tão protetor e difícil, quero só ver quando a Demi descobrir que ele é o pai dela, EU TÔ ANSIOSA MEU DEUS!
O Joe é o cara mais fofo do mundo, ah eu sou apaixonada por ele nessa fanfic, ele é muito maravilhoso, meu deus.
dianna está finalmente mudando mas acho que depois que a Demi descobrir sobre o pai dela e tudo mais não vai mais querer esse tipo de relação com ela, ah e queria muito que o Joe contasse pra ela porque sinto que vai sobrar pra ele também
ah, e as irmãs da Demi parecem ser muito fofas, escreve mais sobre as outras garotas porque até agora só conhecemos mesmo a hannah, eu espero que a Demi se dê bem com elas
enfim, eu estou amando essa fanfic, ela é maravilhosa
poste assim que der, ok?
Tava três capítulos atrasada pq tinha muito tempo sem entrar. Mas eu amei cada capítulo e tudo que eu mais quero é que a Dianna conte a Demi toda verdade meu Deus a relação delas está tão boa o que custa. EU SABIA QUE A MARY TINHA RELAÇÃO COM O JAKE pior que agora ele vai chantagear ela e ela vai ceder e vai tudo virar uma merda agora, tava bom demais pra ser verdade,mas eu tô amando
ResponderExcluirVocê falou sobre fics Jemi lê no blog jemi-mystories.blogspot.com eu comecei ela tem pouco tempo.
EU TO É SURTADA SÓ IMAGINANDO O FUTURO DESSA HISTORIA.
ResponderExcluirEspero que poste logo porque só me cativa essa historia cada vez mais.
DEUS DO CEU QUANDO A DEMI DESCOBRIR. Os personagens dessa historia são todos fofos e encantadores. Estou adorando todos eles e tudo.
Você perguntou sobre fanfics e eu estou finalizando uma minha gyllenswift, mas a proxima será Jemi. Então, se quiser fazer uma visita e se gostar, ela se chamará Heaven.
Enfim, posta logo
Beijos, Métis (gyllenswift.blogspot.com)