As costas estavam curvadas e os braços enlaçavam as
pernas cruzadas. O corpo quente em contato com o porcelanato frio a incomodava, a
posição que estava sentada só não era mais desconfortável que a dor que a corroía. As lágrimas não paravam de rolar por um segundo sequer como se nunca
fossem acabar. Mas Demi não se importava com a visão embaçada e com a terrível
dor de cabeça que a perturbava severamente desde que o choro a tomou. Os
pensamentos lhe escapavam como grãos de areia entre os dedos numa devastadora
ventania. O que estava acontecendo? Por um momento até o próprio nome lhe fugiu
da mente. Apertou as pálpebras com força ao mesmo tempo em que a dor aguda
estocou o coração fazendo mais lágrimas rolarem ao se lembrar das palavras que
escutou mais cedo. Verdade ou mentira, o que sentia era profundamente doloroso
e devastador. Dianna não a amava e nunca o faria. Não era simplesmente algo que
ela pudesse e quisesse exigir da mãe, aliás, ela a gerou
certamente para que a consciência não pesasse no futuro, era o que Demi
pensava, e se tratando de Dianna, não restavam dúvidas.
Pensar em que de certa forma
destruiu uma vida a fez se encolher ainda mais assustada. O que pensar? O que
fazer? Eram tantas ideias insanas, algumas até coerentes, mas as insanas eram
as que a controlavam. E a culpa? Sim, a culpa e o desprezo que sentia em
relação a si mesma poderia matá-la em questão de segundos. O quão injusto o
mundo era. Pseudo mundo, claro, as pessoas em que nele viviam essas sim eram
injustas e egoístas. Uma mera ironia, em toda a vida tentou conquistar o amor
da mãe, que nunca deu espaço para ela, o amor da avó, que a olhava como se ela
fosse uma carga pesada prestes a explodir, e doou-se no melhor que tinha a
homens que a enganou e a usou por puro luxo como o homem que a gerou, não com
violência física, mas com um tipo pior que até hoje Demi guardava sequelas.
“Ele me estuprou e me espancou no chão frio de um banheiro.”. Os olhos marrons
e femininos, inchados e avermelhados se arregalaram por tanto tempo. A voz de
Dianna naquela frase iria acabar a enlouquecendo tanto que Demi levou a mão
esquerda à orelha esquerda e do mesmo modo fez com a direita tentando não ouvir
aquela frase novamente, mas era impossível, estava em sua mente e chegava ecoar
com a visão da mãe a olhando com desprezo.
Quando o ponteiro do relógio
avançou por pelo menos três casas, o choro não podia ser mais ouvido, os olhos
não estavam mais arregalados e muito menos o coração batia forte e raivoso
demais dentro do peito. A mulher que agiu como uma criança indefesa havia
adormecido cansada demais para lidar com qualquer coisa, principalmente com a
mãe e os problemas que ela trazia. Ao menos no sono havia paz e tranquilidade,
mas algo simplesmente assustador e tenebroso a acordou num pulo. Sem mais
lágrimas para rolar pelo rosto, Demi olhou na direção do relógio da sala e com
muita dificuldade conseguiu se levantar um pouco tonta e cansada, mas o fez.
Caminhou até a cozinha e subindo numa cadeira já que era baixinha demais para
alcançar a segunda divisão do armário, abriu a porta e checou se a garrafa de
vodka estava onde geralmente a deixava, daí se lembrou de que tinha usado um
pouco da bebida para fazer coquiteis algumas semanas atrás quando Selena passou
a noite com ela e algumas colegas da época da faculdade. E como pensou, a garrafa estava
na geladeira. Melhor ainda.
O primeiro gole foi como se algo tivesse a rasgado
no meio queimando, mas Demi gostou e depois de se recuperar balançando a
cabeça, veio o segundo e terceiro gole. Não era a primeira vez que bebia vodka
ou qualquer bebida com álcool, porém de certa forma era a primeira vez que
consumia álcool daquela forma. Às vezes Demi bebia cerveja, whisky, vinho e algumas
bebidas coloridas quando ia à balada com Selena, mas nunca era nada que a
deixava bêbada. Mesmo se sentindo tonta, caminhou para o quarto usando as
paredes e os móveis como apoio parando algumas vezes para virar a garrafa de
vodka pura apreciando como a dor e a culpa evaporava e a fazia se sentir
desconfortavelmente bem.. Sentando-se a cama, fitou a boca da garrafa como se
fosse a coisa mais interessante do mundo e começou a chorar, logo estava
gargalhando tanto que a barriga doía e o travesseiro foi a vítima da vez já que
ela o usou como saco de pancadas.
- Filha da
puta.. – Sussurrou quando se olhou no espelho do banheiro. – Filha da puta! –
Gritou e chocou a garrafa ao enorme espelho o transformando em milhares e
milhares de pedaços.
Encostada
a bancada do banheiro, Demi fechou os olhos e cruzou os braços contra o peito.
Permaneceu daquele jeito por algum tempo, até que se despiu e se enfiou debaixo
da água fria do chuveiro onde chorou mais uma vez quando as palavras da mãe
ecoaram em sua mente. Por que tinha que doer tanto? Por que a vida tinha que
reservar o pior para ela? Por que ninguém a amava? Será que no fundo todos
sabiam que ela tinha destruído uma vida e por isso a desprezavam? Deveria ser e
por um momento Demi desejou que Dianna tivesse “dado” um fim em sua vida
enquanto ainda havia tempo.. Mas ela não pensava e muito menos agia de forma
certa.
O banho frio a fazia tremer e bater os dentes, porém levava a culpa e o efeito
da bebida ralo a baixo. Tudo estava simplesmente uma bagunça e por um pouco
Demi não se cortou com os cacos de vidro e do espelho quando quase caiu
enrolada a toalha branca destino ao closet, e quando chegou ao espaço onde
guardava seus objetos pessoais, selecionou um de seus vestidos tubinhos negro,
sapato de salto e o secador de cabelo. Secou-se e embebedou o corpo com o
típico perfume, secou os cabelos castanhos com o secador e os alisou ainda mais
com a chapinha.
O vestido era justo e ressaltava as curvas do corpo bonito, Demi
subiu aos sapatos de salto também negros e se sentou a poltrona para começar a
se maquiar. Traçou aqui e ali, alongou os cílios, escondeu as sardas e de
quebra pintou os lábios carnudos com um belo batom vermelho, escolheu brincos
de prata, anéis e braceletes. Ela estava definitivamente um arraso, por dentro
e por fora.. A carteira foi recheada com algumas notas de cem dólares e o toc
toc dos sapatos ecoou pelo apartamento em direção à porta. Mais toc toc pelo
corredor até o elevador, onde Demi encontrou o casal de homossexuais do penúltimo
andar aos beijos. Ignorou-os completamente e não rebateu aos comentários
maldosos de Alexandre e os olhares estranhos que Josh lhe
lançava. Às vezes Demi o flagrava a olhando demais, suspeitava que se
retribuísse os olhares, Josh acabaria em sua cama, algo que nem de longe ela
desejava. Quando o elevador chegou ao térreo, Demi passou pelo hall do prédio e
só parou quando avistou o porteiro e o recepcionista conversando.
- Boa noite
senhores. – A voz soou fria e matadora, os dois homens interromperam a conversa
e a surpresa ao vê-la estava estampada nos rostos, Demi até viu desejo nos
olhos do homem mais novo que a olhou de cima a baixo, mas logo corou certamente
porque estava no trabalho.
- Boa noite
Srta. Lovato. – O mais velho, o porteiro, disse esboçando o típico sorriso
prestativo.
- Apenas Demi. –
Ela disse nervosa deslizando os dedos pela estampa de pedras da bolsa. – Se a
minha mãe bater mais alguma vez a minha porta vocês vão ter sérios problemas
com o dono dessa porra de prédio e com os meus advogados. – Disse lançando
olhares nada gentis aos homens pálidos a sua frente.
- A Srta. Hart
nos informou que a Srta. ligou avisando que estava passando mal, achei melhor
deixá-la subir já que era a sua mãe. – Tentou se explicar o homem mais novo e
Demi não deixou de rir.
- Você é pago
para trabalhar na recepção, não para achar e especular a vida alheia. O aviso
está dado, ninguém subirá ao vigésimo quinto andar e baterá à porta do
apartamento quarenta e três sem a minha permissão, caso contrário nós vamos ter
sérios problemas. – Virando as costas, Demi não se importou se havia ou não
sido grossa demais, caminhou para fora do prédio e respirou fundo enchendo os
pulmões de ar. Pensou em ligar para Selena, mas se lembrou de que a amiga
deveria estar sentada a mesa de jantar com os pais comemorando aquela data que
ela jamais poderia comemorar. O aperto no peito a fez fechar os olhos com força
para conter as lágrimas.
Sabia que se pensasse mais um segundo naquela
história, acabaria num hospital, sentia tanta raiva de si mesma, da mãe e do
homem que a gerou. Por que diabos os homens agiam como animais irracionais? Por
que eles achavam que tinham direito sobre o corpo de uma mulher? E por que ela
a deixou viver? Seria tão mais fácil se Dianna tivesse interrompido a gravidez.
Assim ela não se sentiria como a pior pessoa do mundo por ter sido fruto de uma
agressão e um fardo pesado durante toda a vida da mãe. Talvez tudo seria
diferente, Dianna poderia seguir a vida como bem quisesse, não que a mãe não
tenha o feito, e ela não seria emocionalmente frustrada e muito menos se
sentiria indesejada durante toda a vida.
A ideia de passar no GE Building a sua frente era tentadora,
mas Demi sabia que se olhasse para as estrelas no silêncio do terraço do prédio
acabaria fazendo uma grande besteira, então ignorando os olhares das pessoas
que já a encaravam, principalmente um homem de óculos escuros dentro de um belo
carro preto parado do outro lado da rua, Demi bateu a mão quando o primeiro
carro amarelo livre passou por aquela rua. – Por favor, Cafe Wha?. – O "Cafe Wha?" era um pub que ela e Selena costumavam frequentar todas as sextas à noite. O
caminho não era longo e assim que o taxi chegou ao destino, Demi pagou o
taxista com uma nota de cinquenta e desceu do carro atraindo olhares das poucas
pessoas que estavam na rua e do lado de fora do pub.
Era domingo, e por mais
que no dia seguinte a rotina começaria, o Cafe estava cheio, provavelmente de
estrangeiros, universitários e funcionários como ela que arriscariam o emprego
por um porre para se esquecer dos problemas. O lugar não era muito grande e
estava longe de ser o mais confortável, bem pelo contrário, era pequeno e um
pouco abafado, havia algumas mesas como num Café retro e muitos estrangeiros,
mas a comida e a bebida eram boas assim como a música ao vivo que mostrava como
existiam excelentes cantores longe da mídia mundial. Adentrando o pub,
Demi foi diretamente para o bar e pediu por uma mistura de tequila, vodka e
outra bebida que deixou o drink azul. Virou o copo por várias vezes encostada
ao balcão observando as pessoas dançarem ao som da banda que tocava. Eles eram
bons, realmente bons que cansada de beber e sem muita consciência, Demi deixou
o ritmo da música dominá-la no meio das pessoas que dançavam como se não
houvesse amanhã na pista de dança improvisada. A batida da guitarra era eletrizante
e a bateria criava um fundo hipnótico não a deixando pensar em nada além de
mover o corpo e relaxar. Claro que a bebida ajudava, e muito.. Não existia os
seus ex-namorados, a sua mãe problemática, não existia nada. Absolutamente nada
que pudesse impedi-la de se esquecer dos problemas.
Dançou
até sentir os pés reclamarem, mas mesmo assim continuou a mover o corpo e tudo
melhorou quando o garçom a serviu com uma taça de alguma bebida, na verdade
foram várias taças, o que resultou em sorrisos involuntários e alguns flertes
que terminaram em beijos ardentes. Cansada e aproveitando o intervalo para
trocar de banda, Demi se sentou num banco do bar e pediu um copo de cerveja.
Fitou todos a sua volta e estranhou o homem engravatado que mantinha os olhos
nela desde que começara a dançar mais cedo.
- Olá. – Um
rapaz vestido com calças jeans escuras, camisa de cor clara, tênis brancos e de
belos olhos castanhos a cumprimentou se sentando ao banco vizinho. E tonta
demais para ter receio Demi sorriu e bebericou a cerveja. Ora, ela não estava
bêbada, só não sabia como controlar as emoções com tanto álcool correndo pelas
veias.
- Oi. – Disse
apertando a mão do rapaz quando ele a estendeu.
- John, a Srta.
é? – Apresentou-se o rapaz de forte sotaque britânico repousando o braço sobre
o balcão e Demi olhou curiosa a sua volta procurando o homem engravatado que a
olhava dançar, mas não o encontrou e então sorriu para John ao seu lado.
- Demetria, ou
Demi. – Disse bebericando a cerveja mais uma vez e repousou o copo próximo à
mão esquerda de John, que sorriu para a moça levando a mão ao joelho dela.
- Você estava
linda dançando. – Elogiou esboçando o seu melhor sorriso e Demi arqueou as
sobrancelhas e riu balançando a cabeça. – Estou na cidade há três semanas e
você é a mulher mais linda que eu vi em toda Nova York. – Distraída com os elogios, Demi não
percebeu que o homem engravatado que a olhava se aproximava em passos furiosos,
até que a voz grossa soou a fazendo arrepiar.
- Ela está
acompanhada. – A voz do homem soou fria e poderosa, Demi o olhou intrigada e ao
mesmo tempo em que uma espécie absurda de desejo crescia em seu interior, o
medo também crescia como uma clara forma de aviso para que ela ficasse longe
dele.
- Perdão? Ela
está comigo. – Disse o rapaz se levantando perdendo a pose de bom moço.
- É melhor você
ficar longe dela. – O coração disparou quando o homem avançou sobre o rapaz
segurando-lhe a mão com força e quando John foi obrigado a abri-la, Demi
arregalou os olhos ao ver o comprimido pronto para se juntar a sua bebida. – Estou
no bar. – Disse o homem ao telefone e em questão de segundos dois seguranças levaram o rapaz que a doparia para fora do estabelecimento. – Você não
deveria beber. – Disse o homem se sentando ao banco onde John estava sentado.
- Não é porque
você me salvou que eu vou te obedecer. – Soou amargo e mal agradecido demais
para quem tinha sido salva de ser violentada sexualmente ou Deus sabe lá o que,
mas Demi ainda tinha um propósito que era se esquecer da vida fracassada que
tinha.
- Só acho que
você é nova demais para morrer de cirrose. – Disse o homem acenando para que o
barman se aproximasse.
- Você é um
idiota. – Demi virou o copo de cerveja de uma vez só e aproveitando que o
garçom servia o homem ao seu lado, estendeu o copo e sorriu amarelo quando o
mesmo ficou cheio de bebida. – Hum.. Obrigada por.. você sabe.. – Pela primeira
ela fitou os olhos do homem e ficou sem palavras. Eram tão azuis... – Eu.. Eu vou dançar. – Disse atrapalhada tentando ficar de
pé sem muito sucesso, deveria ser todo o álcool que havia consumido naquela
noite.
- Tem certeza? –
O homem a segurou nos braços para ajudá-la a se levantar e esboçou um sorriso
bonito e esperto. – Você não me parece muito bem.. Hum, qual o seu nome? – Ele
perguntou ainda com um lindo sorriso nos lábios que a deixou mais tonta e
atrapalhada.
- Demi. – Por
que ele tinha que ser bem maior que ela, tinha que ter ombros largos e lindos
olhos azuis? Automaticamente Demi balançou a cabeça tentando afastar todos os
pensamentos inapropriados com aquele estilo de homem que ela adorava.
- Jake. – Sorrindo
ele parecia bem mais simpático que a encarando como tinha feito mais cedo. Jake
era alto, forte e mesmo que a luz do interior do pub não ajudasse, Demi
apostava que o homem tinha cabelos loiros escuros. – É um prazer conhecê-la,
Demi. – Ele disse esboçando um sorriso presunçoso ao estender a mão e quando
Demi a apertou não deixou de perceber o olhar intimo que ele lançou sobre ela.
- Igualmente,
Jake. – Deveria ser a bebida, sim, era! Demi havia prometido para si mesma que
não se encantaria por nenhum homem, principalmente um que exalava poder em um
terno caro e impecável como Jake. Ela estava simplesmente hipnotizada com a
beleza surreal do homem. – Eu.. Eu.. Hum, vou dançar. – Quando as mãos grandes
dele soltaram os seus braços do aperto gentil, Demi se direcionou a pequena
pista de dança improvisada e começou a dançar de olhos fechados concentrada em
esquecer a tragédia que era a sua vida e só os abriu quando a terceira música
do repertório começou a tocar, era um cover de alguma banda famosa, porém Demi
tinha a mente em outra dimensão para se lembrar do nome da música, continuou a
dançar perdida no copo de bebida que já tinha em mãos e em mover o corpo. E
mesmo estando a metros de distância, flagrou os olhos azuis de Jake vidrados
nela. Ele era lindo! Não tinha como negar, Demi acenou e sorriu e o homem
trocou poucas palavras com outro rapaz que estava sentado ao lado dele e
caminhou até ela sorrindo.
- Os homens não
tiram os olhos de você. – Sussurrou no ouvido dela e a presença masculina dele
a envolveu em todos os sentidos.
- E você? – Disse
próximo ao ouvido dele por conta do barulho do pub e entregou o copo vazio ao
garçom que passava os recolhendo para que pudesse envolver o pescoço de Jake
com os braços já que ele tinha as mãos em sua cintura a puxando contra o corpo
dele.
- Você não tem
ideia de como é linda, não os condeno. – A voz dele era tão macia e ao mesmo
tento grossa. Demi tateou o rosto barbado, sorriu ao vê-lo sorrir e o beijou. A
sensação de beijá-lo era tão boa, Demi não podia pensar em mais nada além das
mãos dele a apertando e da língua quente acariciando a dela. – Eu? Hum, eu sou
o cara mais sortudo do mundo. – As pernas de Demi estavam como gelatinas e a culpa
era exclusivamente do sorriso do homem que a beijou novamente lhe roubando toda
a sanidade.
Se esquecer era o
objetivo de Demi, Jake realmente a ajudou. Os lindos olhos azuis, o sorriso e
os beijos foram a fórmula perfeita. Jake era muito engraçado, apesar de parecer
sério e muito formal vestido num terno, gostava de dançar, beber e sabia
exatamente onde tocá-la.
- Me conta mais
sobre você. – Estavam sentados a uma mesa afastada há bom tempo, Demi, como sempre acontecia
quando bebia, não parava de falar por um minuto sequer. Jake a olhou e deu de
ombros sorrindo divertido.
- Hum.. –
Ronronou bebericando a bebida sem tirar os olhos de Demi. – Entrei para a Columbia
aos dezesseis anos, amo viajar, conheci boa parte da Europa e da América e
gosto de beber com você. – Demi sorriu e deu um longo gole na bebida em seu
copo. – E você? – Os dedos dele roçaram o joelho dela e Demi tornou a sorrir
gostando de ver os dedos dele subindo e descendo.
- Eu? – Engoliu
em seco e desviou o olhar dos olhos azuis intensos para a garrafa de tequila quase
vazia sobre a mesa. Era impossível não se lembrar de Dianna e das palavras
rudes.. Demi já tinha consumido uma boa quantidade de álcool, mas nunca era suficiente
para fazê-la realmente se esquecer. – Ver as estrelas é o meu passatempo preferido. Gosto
de caminhar no final da tarde no Central Park e comer besteiras. – Ao menos ela
conseguiu um sorriso dele, que a olhava com certa expectativa. – O que? –
Perguntou rindo para disfarçar a tensão que queria possuí-la. – Não quero falar
sobre isso, pode ser? – Aproximando-se dele, Demi levou a mão ao cotovelo
másculo e beijou a boca do homem de olhos azuis que a fitava com desejo. –
Podemos fazer coisas melhores. – Sussurrou nos lábios dele e o clima esquentou
sem grandes complicações, Jake a beijava com desejo e ela não ficava para trás,
explorava o corpo dele com as mãos e ele o corpo dela.
- Acho melhor a
gente procurar um lugar mais reservado. – Ofegou com a boca próxima ao ouvido
de Demi. Arrepiada e excitada da cabeça aos pés, Demi gostou da ideia de Jake.
Apressou-se a puxá-lo pela mão e quando finalmente estavam fora do pub, caminharam
quase correndo, o que resultou em risadas exageradas, e chegando em frente ao
carro preto, Jake a imprensou contra o aço frio e a beijou com desejo. – Para o
seu apartamento ou para o meu? – Perguntou ofegando e abrindo a porta do carro
para Demi e apressando-se a entrar no carro para beijar a mulher que o
esperava.
- O sofá e o
tape estão disponíveis, a minha cama não. – Jake arqueou as sobrancelhas
enquanto dava partida no carro e Demi deu de ombros. Nunca dormiria com um cara
debaixo de seu teto e sobre a sua cama. Ora, lá era o seu lugar sagrado de
descanso e não o destruiria por nenhum cara.
- Então vamos
para o meu apartamento. – Pelo sorriso de Jake, a noite seria longa.
Continua... Olha ele! Jake já entrou em ação... prestem atenção nos detalhes, os detalhes... Gente, vocês saberão mais sobre a Dianna e o pai da Demi futuramente, por enquanto vamos com calma.. Muito brigada pelos comentários, respostas aqui com alguns "spoilers". Beijos e até o próximo capítulo.
ps. Ei, que tal dá uma passadinha lá nos blogs da Andreia Moreira? Jemi Mesmo Destino 1 Temporada & As Minhas Fanfic do Harry Potter
posta logo as outras
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