Quatro dias depois...
Quem
geralmente ficava mal-humorado era Joe, não Demi. O que a incomodava
era o braço machucado e os dedos brutalmente mordidos, razão que a
colocava num nível completamente dependente de outra pessoa em determinadas
situações.
Depois
de quatro dias do ocorrido com Mary, era a primeira vez que Demi conseguia tomar banho sozinha. Deu muito trabalho e ardeu quando, acidentalmente, o
shampoo entrou em contato com os dedos que ela até mesmo tinha medo de mover,
mas por recomendação dos médicos, fazia-o sutilmente. Vestir a roupa não foi
trabalhoso, mas quando terminou de se vestir e fitou-se no espelho, Demi
lembrou que tinha que pentear o cabelo molhado e um pouco embaraçado.
- Não é tão ruim. – Disse para si mesma
ainda se olhando no espelho. Os arranhões tinham sido superficiais, então já
não existia mais rastro deles pelo rosto. Fitando-se atentamente, Demi suspirou
e franziu o cenho. Talvez o real motivo para tanto mal humor era a ansiedade
para o que aconteceria naquela noite. Demi mal tinha conseguido dormir e nem
parado de pensar no que poderia conversar com as irmãs. Ela finalmente iria
conhece-las, todas elas! Só de pensar que às oito horas da noite em ponto ela
estaria na casa de Inácio, o frio na barriga a deixava zonza e o coração
acelerava.
Inácio
não a deixou em paz por um minuto, e Demi tinha que confessar que estava
adorando ter a atenção do pai. Ele ligava para saber como ela estava, tinha ido
ao apartamento de Joe para vê-la e no primeiro dia levou flores e chocolate. Inácio
se importava, e era muito bom receber carinho e proteção.
Como
não iria conseguir pentear o cabelo sozinha, Demi respirou fundo e abriu a
porta do banheiro. Conviver com Joe não era fácil, principalmente quando tudo
sobre ele a levava a pensar sobre sexo. Ter aqueles olhos verdes hipnotizantes
com o olhar fixo aos dela era demais. Demi umedeceu o lábio inferior e engoliu
em seco juntando coragem para se sentar a cama. Eram quatro dias terríveis e
desgastantes! O pior de tudo era ter a companhia de Joe. Pior porque ele a
seduzia até quando perguntava se ela estava se sentindo bem, e diabos! Ele não
tinha cedido a nenhuma tentativa dela de esquentar
as coisas. Agora deitado e vestindo aquele suéter verde que combinava com
os olhos dele, Joe conseguia ser absurdamente quente só pelo fato de estar
lendo um livro.
- Hum, o que foi gatinha? – Demi gemeu
baixinho manhosa porque ela queria agarra-lo. Joe era bonito demais! E ela
amava quando ele a chamava de gatinha e sorria.
- Eu preciso de ajuda para pentear o cabelo.
– Ronronou se sentando a cama ainda bagunçada com cobertas e travesseiros. – Você
pode me ajudar? – Perguntou e fechou os olhos quando o namorado a abraçou por
trás com força e suspirou no pescoço causando arrepios por todo corpo.
- É claro que posso. – Joe sorriu
gentilmente e se levantou para buscar por um pente no banheiro. Demi o olhou
toda apaixonada. Ela gostava muito de quando ele vestia jeans e calçava botas. –
Você está se sentindo bem? – Era a terceira vez que ele fazia aquela pergunta
desde que tinham acordado, e Demi assentiu levando a mão direita ao joelho de
Joe quando ele se sentou ao lado dela para começar a pentear o cabelo.
- Eu estou ansiosa. – Disse fitando os olhos
bonitos dele. Joe estava concentrado deslizando com cuidado o pente pelo cabelo
úmido. – Você tem certeza que não quer ir comigo? – Ela o beijou no queixo
barbado e Joe guiou os lábios para os dela começando um beijo calmo e delicado.
- Amor, eu acho que você precisa fazer isso
sozinha. – Ele disse fitando os olhos e os lábios dela. – Na próxima vez que
vocês se encontrarem, eu prometo que vou, mas só se o seu pai me convidar. –
Pai. Demi ainda o chamava de Inácio mesmo com todos se referindo a ele como o
pai dela.
- Eu não sei se vai ter uma próxima vez. –
Comentou tensa. – Tem a possibilidade delas não gostarem de mim. – Disse e Joe
arqueou uma sobrancelha.
- Anna, Isabella e Hannah estavam preocupada
com você. – Demi corou bruscamente. Quando ela teve alta, o plano era sair o
mais rápido possível daquele hospital justamente para não acabar se esbarrando
com as irmãs, e infelizmente aconteceu o que ela tanto temia quando as três a
visitaram brevemente antes dela ir embora corada e constrangida.
- Joe, preocupação é diferente de gostar. –
Murmurou e Joe riu a beijando na bochecha.
- Eu não fico preocupado com uma pessoa que
não gosto, você fica? – Demi revirou os olhos e acertou um tapa no braço do
namorado, que riu. – Já disse que você está linda? – O abraço que ele a envolveu
foi desjeitoso e acabou os derrubando no colchão, o que fez Demi resmungar por
conta do braço, mas também sorrir.
- Eu te amo, bobão. – Ela sorria o olhando
nos olhos e Joe também sorria intrigado com a beleza dela. Ele deslizou a ponta
dos dedos no queixo, tocou as sardas e perdeu o fôlego quando fitou os olhos
marrons.
- Eu te amo. – Disse roçando o nariz ao dela
para depois beija-la na boca. – Desculpa por te derrubar, você machucou bebê? –
Perguntou todo carinhoso e Demi assentiu mais interessada em fitar os olhos
dele. – Onde? – O rosto dele tinha até perdido a cor, e Demi arregalou os olhos
e negou balançando a cabeça.
- Não machuquei. – Disse. Sempre acontecia,
era porque ela estava tão apaixonada por ele a ponto de perder o raciocínio. – Joe, eu quero você. – Disse o olhando
nos olhos.
- Dem.. – Era claro o dilema que Joe
enfrentava. Demi franziu o cenho e levou a mão ao rosto dele para acaricia-lo
na barba e atrás da orelha puxando as mechas de cabelo com carinho. – Eu também
quero você. – Ele disse se curvando para beija-la na boca e assim que o vez,
fitou os olhos marrons. – Você está mesmo bem? Não quero machuca-la. – Disse a
tocando com muito cuidado no braço esquerdo e Demi assentiu tensa, mas aos
poucos relaxou com o toque sutil.
- Estou. Você só terá que ser um pouquinho
paciente comigo. – Demi sustentou o olhar de Joe até que ele assentiu
umedecendo os lábios.
- Só vamos terminar de pentear o seu cabelo,
tudo bem? – Disse e ela assentiu se erguendo ficando tão próxima a ele. Joe a
abraçou e a beijou na boca. – Linda. – Sussurrou guiando os beijos para o
pescoço para depois olha-la nos olhos. – Eu gosto muito do seu cabelo, a cor
combina com os seus olhos.
- Eu também gosto da cor do meu cabelo. –
Ela disse observando uma mecha que caía pelo ombro já com as pontas secas. – O
seu cabelo também é bonito, amor.
- Dem, eu estou muito cabeludo. – Ele
murmurou e Demi riu levando a mão boa para acaricia-lo no cabelo. – Mas você
gosta, gatinha. – Ela assentiu e Joe sorriu gostando do carinho que recebia.
- Você não está muito cabeludo, mas se
quiser cortar as pontinhas, não tem problema.
- Você quer ir comigo hoje? – E como ela
tinha ensinado, Joe partiu o cabelo dela de lado e sorriu quando fitou os olhos
da namorada revelados assim que ele penteou o cabelo que caía na face para trás da
orelha.
- Para onde você quiser. – Finalmente ele
tinha terminado! O pente e a toalha foram jogados para fora da cama quando Demi
pôs-se de joelhos para que pudesse beijar Joe e abraça-lo contra o corpo. – Eu
senti sua falta. – Disse de olhos fechados porque Joe a beijava no tórax ainda
coberto pelo moletom.
- Eu também, mais do que você imagina. – Demi
engoliu em seco quando os lábios dele beijaram abaixo do umbigo, e conforme o
moletom era erguido, Joe distribuía beijos na pele que era revelada. – Preto?
Fica muito sexy em você. – Dava para ver nos olhos dele que Joe não mentia
apreciando o sutiã rendado de cor preta. – Me ajuda a tirar o seu moletom,
gatinha? – De tão bom que era ter os lábios dele a beijando na barriga,
costelas e abaixo do umbigo, quando Demi ergueu os braços, ela ofegou fechando
os olhos nem se lembrando que o braço esquerdo estava machucado porque os
carinhos de Joe eram o suficiente para fazê-la esquecer.
- Joseph. – Chamou de cenho franzido e olhos
entreabertos porque ela ainda tinha os braços erguidos e tudo que Joe fazia era
beija-la e chupa-la abaixo do umbigo de uma forma tão provocante que só restava
gemer. – Joe. – Demi umedeceu os lábios, mas nem deu tempo de repreender Joe
por deixa-la de castigo. A mão grande e quente dele adentrou a calça de
moletom e facilmente driblou o tecido de algodão da calcinha. Os dedos a
tocaram a sondando e os lábios moldaram-se aos dela num beijo exigente e
intenso.
- Desculpa amor, eu não queria você
esperasse tanto. – Se fosse para tê-lo, Demi esperaria todo o tempo do mundo. –
Você está tão quente. – Ele disse a beijando do umbigo até o queixo e com muito
cuidado tirou o moletom que ela vestia.
- Eu odeio o fato dessa droga de braço estar
machucado. – Resmungou o abraçando apenas com o braço direito e Joe sorriu
envolvendo a cintura dela com os braços tendo todo o cuidado para não fazer
movimentos bruscos que afetariam o braço esquerdo.
- Nós vamos dar um jeito de ser gostoso para você. – Sempre era. Demi
fechou os olhos para sentir os beijos que recebia no pescoço e o carinho nas
costas nuas a arrepiou da cabeça aos pés.
- Por que eu sempre tenho que ficar nua
primeiro? – Perguntou sorrindo quando Joe abaixou a calça que ela vestia junto
com a calcinha e a guiou para fora da cama para que pudesse terminar de
despi-la.
- Você ainda está de sutiã. – Joe sorriu a
olhando enquanto se livrava do suéter. – Tira minha calça.
Primeiro
ela o acariciou no abdômen deslizando as pontas dos dedos em cada pedacinho de
pele estudando como o músculo era trabalhado e os pelinhos escuros um detalhe
sexy e único. Os lábios foram selados acima do peito esquerdo e Demi levou as
mãos para o peito de Joe para depois leva-las para o rosto dele tendo que erguer
a cabeça para olha-lo nos olhos.
Os
olhos dele eram lindos, de um verde puro e encantador. Demi umedeceu os lábios
quando os dedos da mão esquerda foram cuidadosamente beijados. Ela queria
fechar os olhos, mas não conseguia desviar o olhar do dele. O sorriso tímido
nos lábios de Joe também a fez sorrir, e se esforçando para ficar na ponta dos
pés, Demi conseguiu alcançar os lábios dele e sela-los.
O
momento que compartilharam naquela manhã fortaleceu ainda mais o que um sentia
pelo outro. Foram suspiros, beijos e tantos olhares marcantes. Quando se
deitaram, aconteceu como sempre: Joe puxou a coberta pesada para sobre o corpo
e fixou o olhar ao da namorada conforme se movia no interior dela que o
abraçava apenas com o braço direito e não ousava em desviar o olhar do dele por
nada.
- Vai dormir? – Joe se ergueu para olhar
Demi e sorriu porque ela estava deitada com a cabeça encostada no peito dele de
olhos fechados e também deslizando a ponta dos dedos abaixo do umbigo brincando
com os pelinhos que tinham ali.
- Não, eu só estou pensando. – Disse e o
beijou na peito logo se aninhando a ele da melhor forma que podia. – Se você
fizer carinho no meu cabelo, eu vou dormir. – Ronronou manhosa quando sentiu os
dedos dele acaricia-la no cabelo da nuca e atrás da orelha.
- Dem, eu estava pensando. – Disse chamando
a atenção dela que o olhou atentamente nos olhos. E foi tão bonito vê-la nua,
com o cabelo um pouco bagunçado e lábios avermelhados olhá-lo com atenção com
aqueles lindos olhos marrons. – Deus, eu amo suas sardas. – Sussurrou de cenho
franzido fitando as sardas dela e acabou deslizando o dedo pela bochecha
direita fazendo Demi sorrir lindamente só para ele.
- Eu amo seus olhos. – Retribuiu o elogio e
Joe sorriu sem jeito quando ela se ergueu com certo cuidado revelando os seios
nus apenas para conseguir beijá-lo na boca.
- Bem, eu estava pensando, linda. – Começou
a dizer tocando a silhueta do corpo feminino com as mãos gostando de como as
curvas eram perfeitas. – Que.. Eu não ainda não tenho um anel, nem uma casa e
nem um carro, mas.. Acho que nós podemos dar o próximo passo. O que você acha,
princesa? – Os dedos dele deslizavam com carinho na bochecha e no cabelo longo
enquanto os olhos desfrutavam da beleza daquela mulher.
- O que você está tentando dizer? – Demi
perguntou sentindo o coração bater um pouquinho mais rápido.
- Que eu quero que você seja minha esposa. –
Ele sorriu de lado com o olhar surpreso dela. – Não é um pedido formal. Você
quer casar comigo? – Demi se ergueu sorrindo, acariciou a bochecha de Joe e o
beijou ternamente.
- Quero. – Ela disse fitando os olhos dele
sem conseguir parar de sorrir. – Quero tudo com você, meu amor.
- Quero que você seja a mãe dos meus filhos. – Disse a deitando com cuidado. – Quero
dormir todos os dias abraçado com você. – Joe sorriu quando roçou a ponta do
nariz no de Demi que também sorriu acariciando o rosto dele com as mãos.
– Fazer amor depois de um dia cansativo. Cuidar de você, gatinha.
- Quantos filhos você quer ter, amor? – Ela
perguntou o acolhendo entre as pernas e Joe se roçou a ela todo apaixonado.
- A quantidade que nós pudermos. – Demi
arqueou as sobrancelhas em surpresa, mas riu o ajudando a ficar da forma que
ele queria. – Vamos encher a casa de crianças e vamos dar amor de sobra para
todas elas. – Joe a abraçou por trás e como queria, colocou uma perna entre as
de Demi e o guiou para o interior dela. – O que você acha, princesa? – Ele gemeu
no ouvido dela quando começou a se mover devagar e quando Demi o olhou sobre o
ombro, Joe a beijou na boca e acariciou os seios porque ela pediu.
- Ficarei satisfeita com um casal com os
seus traços, bebê. – Demi fechou os
olhos levando a mão para apertar o antebraço de Joe até que os dedos envolveram
os dele para que juntos pudessem acariciar o seio. – Eu te amo muito, querido.
– Disse baixinho ainda de olhos fechados se entregando de corpo e alma ao
momento.
- Eu também amo você. – Ele a fez rir quando
a beijou exageradamente e a abraçou apertado. – Hum, eu estou ficando um
pouquinho cansado, nós podemos... – Demi arqueou uma sobrancelha quando o
olhou. Ele estava corado e sem jeito.
- Trocar de posição? – Perguntou e o beijou no queixo quando Joe assentiu todo
corado. – Como você quer? – Sussurrou
no ouvido dele logo o beijando no maxilar fazendo Joe sorrir de orelha a
orelha. – Eu acho que o senhor não
está cansado coisa nenhuma, Joseph. –
O melhor de tudo era vê-lo sorrir envergonhado e todo corado. Ela tinha o
expulsado do corpo e como Joe gostava, ficou: deitada de bruços. – Isso tudo é
porque o senhor não tem coragem de falar que quer fazer amor comigo de quatro? – Demi riu alto e escondeu o rosto no
travesseiro porque se ela fizesse muito barulho, Lucy abriria a porta do quarto
a patadas para saber o que estava acontecendo, aí sim Joe ficaria mais vermelho
de vergonha, quando acontecia, ele ficava todo sem jeito, puxava a coberta para
se vestir e colocava a cadelinha para fora do quarto todo tímido.
- Dem, você sabe que é a minha posição
favorita. – Ela mostrou língua e ergueu o quadril quando Joe pegou um
travesseiro para que ela pudesse empinar o
bumbum para ele.
- E por que você está demorando? – Perguntou
Demi quando começou a sentir frio porque Joe nada fazia. – Joseph! – Ela
franziu o cenho quando o olhou. Ele estava de joelhos fitando o corpo dela com
atenção, e quando a olhou nos olhos, sorriu tímido.
- Eu só estou admirando. – Disse um pouco
corado, e Demi riu o achando fofo. – Não é fazer amor de quatro, é de bruços. – Resmungou puxando a coberta para as
pernas quando ele se deitou cuidadosamente sobre ela.
- Nós dois sabemos que você fica maluco
quando eu fico de quatro. – Demi
adorava pirraça-lo, e o resultado sempre era as bochechas de Joe coradas.
- Na verdade, eu fico maluco quando estou
com você. – Disse a beijando atrás da orelha e a penetrando. – Não importa a
posição, se estamos fazendo amor ou não. – Demi sorriu de olhos fechados quando
teve o couro cabeludo acariciado e logo as mãos de Joe estavam enlaçando os
dedos aos dela. – Se estiver desconfortável, fala. – Não tinha muito o que
fazer. Demi encostou a cabeça no travesseiro e se concentrou em sentir todo o
prazer que recebia, moveu o corpo contra o dele algumas vezes e o chamou e
ronronou fazendo jus ao apelido.
***
Tinha
mulher mais bonita que a dele? Joe sorriu todo apaixonado quando a viu sair do closet,
já que o tempo que eles passaram juntos namorando era o motivo para o segundo
banho do dia. Vermelho era uma cor que combinava com o tom de pele rosado de
Demi, e os lábios dela estavam cobertos por batom vermelho e o blazer carregava aquela cor.
- Eu tenho a namorada mais linda do mundo. –
Joe a encheu de beijinhos quando Demi se sentou no colo dele e o abraçou pelo
pescoço. – Eu adorei a sua roupa. – Ele gostava de como Demi ficava poderosa
calçando sapatos de salto principalmente quando ela vestia jeans colados. – E
essa camisa.. Hum, acho que ela é minha. – Ele a tocou nos mamilos só para
fazê-la sorrir.
- Amor, essa camisa da Poison Ivy é tão linda, eu não pude resistir. – Demi sorriu amarelo
e apertou as bochechas de Joe quando ele encostou a cabeça nos seios e a olhou
com carinha de cachorrinho carente. – Eu posso usa-la? – Perguntou o
acariciando nos pelinhos da barba até que Joe fechou os olhos e murmurou um sim
a beijando na região dos seios para depois no queixo. – Eu nunca o vi usando essa
camisa. – Comentou puxando as mechas de cabelo dele.
- Eu ganhei do Derick, mas nunca tive
coragem de usar. A estampa é muito sensual. – Ele disse fitando o desenho da
vilã estampado na camisa que Demi vestia. – Ficou muito bom em você, gatinha. –
Eles trocaram um beijo rápido para não borrar o batom de Demi e se olharam. –
Amor, antes de vim para Nova York, eu prometi a Rose que iria a formatura dela.
É já estamos em Novembro. – Comentou ainda a olhando e estudando a reação de Demi
que apenas assentiu desviando o olhar do dele. – E eu acho que a minha família
precisa conhecer a minha futura esposa, o que você acha? – Demi sorriu apenas porque achou fofa a
forma que ele se referiu a ela como futura
esposa. Quando o relacionamento chegava naquele ponto de conhecer a família,
geralmente Demi ficava muito nervosa. Conhecer a família de Joe, principalmente
depois que todos já sabiam sobre Jake, os vídeos e a profissão da mãe, era
complicado.
- Joe, é a formatura da Rose. Eu acho que
não vou ser bem-vinda. – Comentou se sentando ao lado dele e Joe franziu o cenho.
- Dem,
você conversa com a tia Laura todos os dias. Ela gosta de você e a vovó também.
Eles vão recebe-la de braços abertos, amor. – Disse enlaçando os dedos aos
dela. – Eu quero muito que você conheça onde eu cresci. Vai ser bom pra gente.
E é importante pra mim, princesa. – Demi sabia que era. Conhecer o Texas a
ajudaria entender muitos pontos da vida de Joe, e era o lugar onde ele cresceu,
seria muito bom ouvir as histórias que Joe tinha para contar e imagina-las
enquanto eles conheciam cada pedacinho da fazenda Jonas.
- Você acha que é o momento certo? –
Perguntou o olhando nos olhos. – Minha carta de demissão está dentro da minha
bolsa, eu não sei o que vai acontecer a partir de hoje. Também vou conhecer a
min.. minha família. Eu estou com
medo das coisas não darem certo, Joe. É muita coisa para pouco tempo. E eu não
posso falhar. Abrir um escritório não será fácil, conhecer as minhas irmãs
também não. E se eu for péssima com a sua família, como nós vamos fazer? Eu
nunca sai do estado, nunca estivesse numa fazenda, eu não sei o nome das
coisas, não sei como poderei me entrosar com o seu pessoal, a Rose não gosta de mim, eu n..
- Dem! Amor, você vai conhecer a fazenda comigo.
Eu não vou te deixar passar apuros. E a vovó gosta de você, se ela não
gostasse, seria outra história, mas ela gosta. Quando eu converso com ela, ela
pergunta se você está bem, se eu estou cuidando bem de você. Acredite, quando a
minha vó não gosta de uma pessoa, ela fica muito brava. – Ele sorriu ao se
lembrar de como Clara tinha uma natureza forte e indomável. – E tem a tia
Laura, ela é como uma mãe para todos, ela não vai deixar você passar apuros. –
Joe esbarrou o ombro no de Demi e sorriu quando ela o olhou nos olhos já que
estava cabisbaixa. – Vai ser incrível. E nós vamos de avião, não demora muito e
você pode tomar um remédio para enjoo. – Ele enlaçou os dedos aos dela e para
fazê-la sorrir, beijou-a na bochecha. – Você precisa descansar pelo menos
algumas semanas. Quando nós voltarmos, pensamos como vamos abrir o seu
escritório. E sobre hoje, aposto que você vai se divertir muito. Não precisa
ficar nervosa. – Joe não sabia muito o que poderia dizer para Demi sobre ter
irmãos porque ele não tinha nenhum, mas pela experiência com os primos,
apostava que deveria ser uma relação interessante.
- Você vai falar para sua avó que quer casar
comigo? – Demi perguntou como uma criança tímida e Joe assentiu um pouco surpreso
com a pergunta.
- É claro que sim, mas acho que ela já
suspeita. – Eles sorriram e Demi assentiu deitando a cabeça no ombro do
namorado. O maior desafio naquele dia se dividia em dois. Levar a carta que
estava dentro da bolsa sobre a poltrona à Gyllenhaal e ir a casa de Inácio as oito da noite
para jantar.
- Amor, nós vamos morar no meu apartamento?
– Perguntou e Joe demorou um pouco para entender. – Eu acho que o espaço é bom
para nós, só basta você largar de ser orgulhoso. – Demi sorriu arrumando a gravata
de Joe e ele fez careta, mas sorriu.
- Bem, eu vou trabalhar na TI da empresa, o
salário é melhor. Nós podemos alugar uma casa. Tem a Lucy. – Disse e Demi
assentiu pensando no que eles poderiam fazer depois do casamento. – Você
quer uma festa grande? – Perguntou a olhando nos olhos.
- Não. Eu não tenho muitos amigos, e não
conheço muitas pessoas que eu convidaria para ir ao meu casamento. E você? Quer
uma festa grande? – Perguntou brincando com a aliança de compromisso dele ainda
o olhando nos olhos.
- Também não. Minha família é grande, mas
eu.. Eu não sei, só não quero nada exagerado. – Demi se lembrou de Inácio e das
seis meninas. Bem, agora ela tinha uma família querendo ou não, e era muita
gente.
- Aqui ou no Texas? – Os dois se olharam um
procurando a resposta nos olhos do outro. Estava claro que Demi preferia Nova
York e Joe o Texas.
- Bem, acho que é um detalhe que nós podemos
discutir depois. – Disse um pouquinho
nervoso e Demi assentiu se lembrando que nunca tinha perguntado a Joe se ele
pretendia viver em Nova York porque ela não tinha outro lugar para ir e nem
pensava em se mudar. Havia Selena e Demi jamais a deixaria. – Posso avisar para
vovó que nós vamos para o Texas no
final de semana? – Final de semana? Demi arregalou os olhos e engoliu em seco
sentindo as bochechas ruborizarem.
- Joseph. – Reclamou e ele franziu o cenho. –
Eu pensei que nós teríamos mais tempo. – Murmurou já se sentindo nervosa. Era
muita coisa acontecendo para uma mulher só administrar.
- Dem, uma semana demora para passar. É o
tempo suficiente para você se organizar. – Não, não era! Demi cerrou os olhos e
já se preparava para dar uma bronca em Joe quando Lucy empurrou a porta do
quarto, adentrou-o, espreguiçou-se e bocejou antes de se aproximar se
esfregando nos donos. – Oi bebê do papai,
você dormiu muito hoje! – Ah! Demi revirou os olhos e acariciou Lucy
brevemente enquanto Joe brincava com a cadelinha a mimando e recebendo lambidas
de Lucy.
- Joseph. – Chamou-o porque ele ficava todo
bobo quando estava com Lucy. – Nós ainda vamos conversar. – Ela teve que dar um
tapa no braço dele para Joe olha-la. – Vem
cá bebê da mamãe. – Bem, a situação se inverteu, enquanto Joe ficou com
cara de poucos amigos, Demi brincou com Lucy com direito até da cadelinha
rosnar para Joe quando ele tentou acaricia-la.
- Vocês duas são chatas quando estão juntas.
– Resmungou Joe se levantando, e Demi e Lucy nem perceberam já que estavam
completamente alheias a ele. – Demetria, eu estou esperando na sala. – Murmurou
mal humorado e quando Lucy o olhou e abandou o rabo, Joe cerrou os dentes. – E
eu nem te conheço, sua ingrata. – Disse para a cadelinha logo saindo do quarto e
Demi riu com gosto recebendo toda atenção de Lucy. Era fato. Lucy gostava mais
de Demi do que de Joe, não importava o que ele fizesse, a cadelinha sempre preferia
ficar nos braços de Demi.
- Mais tarde a gente brinca, princesa. –
Demi beijou as orelhinhas de Lucy e a acariciou no torso. Se ela não fosse logo
atrás de Joe, ele continuaria mal humorado pelo resto do dia. Ela conhecia o
homem que tinha. Pegando a bolsa, Demi sorriu para Lucy e saiu do quarto sendo
seguida pela cadelinha que jurava que ela estava indo para cozinha.
- Tem comida, água e um bônus para você, pequena ingrata. – Disse Joe a Lucy assim que
voltou da cozinha. – Nada de aprontar, ouviu? Quero a senhorita longe dos meus
sapatos. – Ele se agachou e sussurrou alguma coisa para Lucy logo a beijando no
topo da cabeça. E Demi sorriu quando Lucy apoiou as patinhas nas coxas de Joe e
se esfregou no peito dele. – Eu também amo você. O sofá é todo seu, só não vale
mordê-lo. – Ele pegou Lucy nos braços como fazia quando ela era filhote, o
que já ficava desproporcional por conta do tamanho de Lucy, e a deitou no sofá.
- Ela cresceu rápido. – Comentou Joe
sentindo falta de ter Lucy para atrapalha-lo abrir a porta do apartamento para
ir para rua. A cadelinha nem se mexeu quando a porta foi destrancada. – O que
nós vamos fazer, princesa? – Perguntou assim que trancou o apartamento e
enlaçou os dedos aos direitos de Demi como eles sempre faziam quando saiam.
- Nós temos que ir à Gyllenhaal entregar a
minha carta, à barbearia cortar o seu cabelo, ao hospital trocar o meu
curativo, passar para olhar um ponto que eu acho que é perfeito para o meu escritório, acho que é só isso. –
Disse Demi pensativa enquanto Joe ainda processava onde eles iriam apertando o
botão do elevador demoradamente.
- Gyllenhaal, hospital, barbearia, ponto,
tudo isso? – Perguntou de cenho franzido e Demi arqueou uma sobrancelha. – Dem,
está nevando, é horrível resolver as coisas nesse tempo. – Disse baixinho adentrando
o elevador, que tinha algumas pessoas, com a namorada.
- Lembrei! Nós vamos visitar o seu velho
novo emprego. – Ela disse e Joe choramingou a abraçando de lado. Lá fora
nevava, e Joe tinha visto no jornal que eles não tinham boas perspectivas para
o tempo para aquele dia, razão pela qual o rapaz usava sobretudo sobre o suéter
que estava sobre a camisa social que escondia uma camisa de manga e uma regata.
Era tanta roupa que ficava ruim para se movimentar, mas o aquecia. O ruim era
não conseguir proteger as bochechas do frio. Quando chegaram ao hall do prédio,
Joe engoliu em seco ao ver as pessoas lá fora conversando com direito a sair vapor
da boca.
Para
pegar um táxi, foi o velho clichê e sempre: uma interminável disputa e o
trânsito congestionado. Eles até conseguiram um táxi na primeira tentativa, mas
Joe ficou uma fera quando percebeu que o taxista olhava demais para Demi. Como
era hábito, Joe ficou emburrado e Demi brava, mas não demorou muito para que os
dois voltassem a agir normal já que as brigas não costumavam durar.
- Demi, depois nós vamos onde? – Joe
perguntou cansado. Finalmente tinham chegado a Gyllenhaal depois de ter que
enfrentar a neve e atravessar a rua movimentada de carros.
- Ao hospital e no caminho podemos ver o
ponto que falei, depois no seu trabalho e por fim à barbearia. – Só restava
para ele assentir seguindo Demi.
Caminhando
diretamente para recepção, Demi perguntou por Marcus e depois de uma ligação
para o então presidente da
Gyllenhaal, ela conseguiu autorização para subir. Seria muito estranho passar a
manhã e tarde longe daquele prédio. Demi gravou cada detalhe enquanto subia com
Joe de elevador para a sala de Marcus. O que ela mais sentiria falta era de
trabalhar com mulher incríveis. Juntas elas tinham conquistado o título de
melhor departamento por duas vezes seguidas, e quem estava na frente liderando
e organizando era Demi.
O
costume era ter uma secretária para cuidar das atividades e compromissos do
presidente, mas no lugar de uma moça bonita e bem produzida estava um rapaz educado e prestativo que anunciou a Marcus que Demi
havia chegado.
- Srta. Lovato, boa tarde. – Disse o irmão
de Susan educadamente oferecendo a mão para que Demi a apertasse e logo olhou para
Joe, também o cumprimentando com um aperto de mão. – Sentem-se. Que eu me
lembre, a Srta. tem um atestado de quinze dias. – Disse Marcus e Demi assentiu
envolvendo os dedos aos de Joe quando já estavam acomodados a poltrona. Ela
odiava estar naquela sala e principalmente se sentar aquela mesa. Jason tinha
sido morto ali, a poucos centímetros de onde ela estava. – Perdoe a indelicadeza,
mas qual o motivo da visita? – Marcus perguntou a olhando nos olhos e Demi
engoliu em seco. Ela estava começando a ficar nervosa e se questionando se era
realmente o que queria. Não tinha como encontrar um emprego como aquele, e nem
mesmo trabalhar por conta própria resultaria no mesmo pagamento da Gyllenhaal.
- Eu.. Eu.. – As bochechas dela coraram e
para acalma-la, Joe levou a mão livre para cobrir a de Demi que tinha os dedos
enlaçados aos dele. – Eu pensei muito, e por motivos pessoais, estou pedindo demissão. – Certamente não era daquela
forma que forma que Demi queria que acontecesse, talvez algo mais formal e com
palavras mais arranjadas, mas não havia outra maneira de pedir demissão. –
Esclareci melhor os meus motivos numa carta. – Abrir a bolsa não era nada
complicado, e por conta da situação e dos dedos da mão esquerda lerdos porque
ainda estavam em recuperação, deu trabalho para conseguir pegar o envelope e
entrega-lo para Marcus.
- Você tem certeza, Demi? Pense bem, você está numa posição boa para pouco tempo de
carreira. Minha oferta é: pagarei vinte e cinco por centro há mais do seu salário. – Demi franziu o cenho e umedeceu os lábios desviando o olhar de Marcus.
Receber há mais com o que ela planejava, seria ótimo e resolveria muitos
problemas, só não a paz de espírito.
- Não estou fazendo por dinheiro. – Disse
sentindo as bochechas corarem. – Sobre os projetos que comecei, passo
termina-los. Será o meu último trabalho
para Gyllenhaal.
- Entendo perfeitamente o motivo. O que você fará? – Ele estava assinando! Demi
apertou mais os dedos aos de Joe e se perguntou novamente se ela estava fazendo
o certo em pedir demissão.
- Estou pensando em montar um escritório de Design. – Disse timidamente porque
Marcus estava lendo a carta e o que intrigava era porque às vezes ele franzia o
cenho, mas na maior parte do tempo estava indecifrável.
- Bem, a Srta. está oficialmente demitida. – Aquilo deveria soar bem? Demi piscou
algumas vezes, mas assentiu porque ela deveria se orgulhar da decisão que tinha
tomado, e se não fosse algo bom, aprender com o erro. – Ainda estou
considerando o atestado, então depois dessa prazo, você tem uma semana para
terminar os projetos da empresa. – Uma semana era pouco! Demi queria discutir
com Marcus sobre aquela péssima mania que ele tinha de querer construir o mundo em pouco tempo. As coisas não
funcionavam daquele jeito! Ter criatividade era algo tão relativo e
consequentemente dependente de uma série de fatores independentes que poderiam
mudar o curso de tudo. – Quando o seu escritório estiver pronto, entre em
contato, caso queira prestar serviço
para Gyllenhaal. Nós podemos fazer um contrato. – Era melhor que nada. Demi
assentiu e sem querer acabou fitando a estante onde haviam os livros que ela
tinha encontrado as malditas fitas onde Jake escondia os vídeos de sexo com
ela.
- Obrigada pela compreensão. – Disse a
Marcus quando o olhou ainda pensando nos maus bocados que tinha passado com
Jake. – Nós já vamos. – Disse e Joe franziu o cenho, mas se levantou quando
Demi o fez.
- Seus direitos estão garantidos. Sucesso, Demi. – A sensação era
espantosa e o medo de ficar desempregada pior, porém Demi se sentiu tão bem
quando pensou que não teria mais nenhum laço com Jake. E em relação a Jason,
ela tinha certeza que ele entendia.
***
- Nada vale a paz da gente, Dem. – Comentou
Joe. Desde que saíram da Gyllenhaal, Demi estava calada e pensativa. Ela tinha
dito poucas palavras e Joe percebeu que ela estava emocionada quando eles
saíram do prédio e Demi o olhou por algum tempo até que o frio a incomodou. – Meu
sonho era trabalhar na Gyllenhaal, mas
depois que comecei a trabalhar para o Steve, percebi que não importa a
quantidade que ganhamos, é melhor trabalhar com pessoas de caráter e respeitosas
a trabalhar num ambiente carregado de coisas ruins. – Joe tinha razão e Demi
assentiu já se sentindo nervosa porque estavam em frente ao hospital onde ela
tinha recebido os cuidados médicos depois que foi atacada por Mary e também era
onde Anna estagiava.
- Foi o primeiro emprego que eu exerci a
minha profissão. – Ela disse o olhando. – Foi através do meu trabalho para Gyllenhaal
que consegui comprar o meu apartamento. É importante para mim, entende? Aprendi
muito com o Jason e sempre serei grata a ele e a Gyllenhaal por ter tido essa oportunidade.
- Pense que agora é uma nova partida e que
você tem a mim como suporte. – Demi
riu alto e abraçou Joe de lado porque ela não poderia ter um namorado melhor.
- Você é muito nerd, Joseph. – Disse e ele
também riu a beijando exageradamente na bochecha.
- Você está rindo, então é porque entendeu,
então você também é muito nerd, Dem. – Demi não negou, envolveu o pescoço de
Joe com os braços e o beijou na boca com muita paixão e carinho. – Bebezão, você é um amor. – Joe sorriu
quando ela o beijou no queixo e o abraçou forte porque eles estavam sujeitos a
neve que não parava de cair.
- Quando nós chegarmos em casa, eu quero
dormir agarrada com você. – Os dois sorriram e trocaram apenas um rápido selinho. – O que você achou da localização do ponto? – Perguntou ainda distribuindo selinhos nos lábios dele.
- Bem, é perto de casa. – O floco de neve derretendo na ponta do nariz de Joe foi o suficiente para que ele fizesse careta e guiasse Demi para dentro do hospital.
- Eu estou nervosa, Joe. –
Comentou segurando a mão dele e Joe a abraçou de lado.
- Por
qual motivo? – Perguntou e Demi mordeu o lábio inferior pensando no porque dela
estar nervosa.
- Porque provavelmente vou encontrar a Anna.
– Disse se certificando que apenas Joe a ouviria.
- Bem... – A vontade de Joe era de rir de
como Demi ficou vermelha de vergonha quando eles toparam justamente com Anna.
Não dava para disfarçar ou fingir que eles não tinham se encontrado. Foi quase
um esbarrão e Demi e Anna ficaram cara a cara.
- Demi, oi! – Disse Anna simpática como
sempre e ficou claro que Demi estava sem jeito, mas mesmo assim cumprimentou a
irmã com um tímido oi ainda corada. – Como você está? – O coração de Demi quase
saiu pela boca e com Anna não foi diferente. Elas demoraram o tempo que acharam
suficiente no abraço. Era o segundo abraço que trocavam, e não foi nada
constrangedor, bem pelo contrário foi reconfortante e fez Demi sorrir.
- Estou melhor. E você? – Disse Demi
colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha e observou Anna trocar um breve
aperto de mão com Joe para depois olhá-la com atenção.
- Cansada, mas bem. – Elas sorriram mal
conseguindo sustentar uma o olhar da outra. – Está tudo certo para hoje à
noite? O papai está ansioso e as garotas estão malucas organizando o jantar. Isso
é muito raro, geralmente elas não conseguem chegar, sem antes fazer uma guerra,
num acordo que agrada a todas. – Demi riu imaginando o caos que deveria ser, e
também se sentiu nervosa porque ela faria parte daquela família.
- Está. – O que mais ela poderia dizer? Demi
mordeu o lábio inferior e lutou para que as bochechas não corassem. Ela também
evitou olhar para Joe, porque sabia que ele iria rir de como ela estava sem
jeito e automaticamente acabaria mais corada. – Eu devo levar alguma coisa? –
Perguntou fitando os olhos marrons de Anna que deu de ombros.
- Está tudo sobre controle. Você tem algum
tipo de alergia alimentar? – Perguntou e Demi franziu o cenho pensando. Dianna
nunca tinha comentado a respeito e ela nunca havia passado por problema
semelhante.
- Eu acho que não. – Disse envergonhada.
- Então está tudo certo. Vamos trocar esse
curativo? – Anna era muito simpática e paciente. Segurando a mão de Joe, Demi
acompanhou a irmã ao ambulatório mantendo uma conversa saudável e interessante
sobre aquela época do ano. Não era nada demais, porém ajudava Demi a ficar mais
calma e à vontade com a situação.
- Está tudo bem? – Demi cerrou os olhos
quando fitou os de Joe. E ele riu. Anna analisava o estado do braço e Demi nem
mesmo tinha coragem de olhar para saber como estava, o que era divertido para
Joe que achava engraçado como a namorada era apreensiva e medrosa.
- Muito bem. No final da semana podemos
tirar os curativos dos dedos. – Ah não! Aquilo era uma droga. Primeiro era
choramingou, mas assentiu fazendo Joe e Anna rirem de como era manhosa.
- Dói, ok? – Justificou-se e Joe a beijou
brevemente na bochecha. – Passarei o natal bem? – Perguntou e Anna assentiu
terminando o curativo concentrada.
- O quadro não é grave. As feridas estão
cicatrizando, agora só é cuidar. – Demi assentiu aliviada. Ela não entendia nada sobre área da saúde,
quem a ajudava era Joe.
- Eu pensei que iria doer e demorar um pouco
mais. – Comentou quando percebeu que Anna já tinha terminado. Ela era realmente
boa com o que fazia, tanto que o toque era leve e gentil. Demi só não sabia que
Anna não trocava curativos, geralmente quem era responsável por aquela tarefa
era um enfermeiro, mas a pedido do pai e porque queria ficar mais próxima, Anna o fazia.
- Está tudo bem. – Quando Anna descartou as
luvas e os demais itens que tinha utilizado, Demi aproveitou para sorrir para
Joe. Ele estava quieto a deixando interagir naturalmente com a irmã. – Eu estou
indo para casa, vocês querem carona?
- Nós estamos indo para o Brooklyn, se você for
passar por lá, tudo bem. – Disse Demi e Anna sorriu porque as bochechas de Demi
coravam toda vez que elas conversavam até mesmo coisas simples.
- Está nevando. – Para quebrar mais o gelo,
Anna levou a mão ao ombro esquerdo de Demi e colocou uma mecha do cabelo dela
atrás da orelha. – Não se preocupe com nada. – Elas se olharam nos olhos e Demi
assentiu esboçando um pequeno sorriso. – Eu vou buscar as minhas coisas, podemos
nos encontrar na recepção?
Demi
revirou os olhos quando Anna seguiu caminho hospital a dentro e Joe começou a
rir. O que ela podia fazer? Não tinha como agir normalmente perto alguém que
ela pouco conhecia e ainda por cima era uma das seis irmãs. A situação era
complicada e pegou todo mundo de surpresa.
- Você é um bobo, Joseph. – Resmungou emburrada
e para pirraça-la, Joe a abraçou por trás e a beijou na bochecha. – Me deixa
Joseph. – Tornou a resmungar, mas Joe não a soltou.
- Não, gatinha. – Quando a viu tentar
esconder o sorriso, foi aí que Joe a abraçou com mais força para Demi o
reclamar como sempre acontecia. – É que eu acho tão fofo você quando cora. –
Comentou a abraçando de lado porque eles tinham chegado a recepção do hospital
onde havia um movimento maior de pessoas. – Tudo que a Anna fala te deixa
corada, é muito fofo amor. – Demi acabou cedendo quando abraçou Joe de lado e ela aproveitou para encostar a cabeça no peito largo descansando.
- Mesmo assim, você não deveria rir de mim. –
Ela não queria que Joe a visse sorrindo, mas aconteceu e discretamente Joe a
beijou na boca. – Ela é tão educada e gentil, eu só fico sem jeito. – Disse o
olhando os olhos e Joe sorriu encostando os lábios nos dela num selinho.
- É normal, mas você vai acostumar. – Joe abraçou
Demi contra o peito depois de beija-la na testa e minutos depois ele sorriu
quando avistou Anna caminhando na direção dele. – Relaxa, ok? – Disse a Demi
que o beijou na bochecha e de envolvida que ela estava, abraçou-o com força e
fechou os olhos.
- Vamos? – Joe sorriu para Anna que também
sorriu quando Demi assentiu sem jeito fitando os próprios pés.
- Você está aqui desde o começo da semana? –
Perguntou Demi a irmã. Joe tinha razão, ela deveria relaxar e se enturmar como
sempre fazia.
- O meu plantão acabou há dois dias, mas
tenho que vir para o hospital todos os dias. Agora que estamos no inverno, o
hospital precisa de reforço para cuidar dos necessitados e dos demais casos. – Se
acordar as sete quarenta era horrível, imagina acordar antes das seis? Ficar
noites sem dormir e ainda ter que estudar à noite. Ainda mais naquele frio. Demi
franziu o cenho quando olhou na direção da porta de vidro podendo ver a neve
caindo continuamente. Demoraria para que o verão voltasse, e até lá,
enfrentariam sensações térmicas baixas piores. As pessoas sofriam com o
inverno, principalmente as que não tinham um teto e condições financeiras para
conseguirem se manter. Havia casos de hipotermia e pessoas e animais morriam
por conta da onda de frio. Era bom saber que Anna tinha um bom coração. Demi a
observou e sentiu orgulho de ter como irmã uma mulher forte que ajudava as
pessoas.
- Anna? Já está de saída? – O que foi
aquilo? A voz soou grossa ao mesmo tempo que era suave. Era a primeira vez que Demi
tinha visto o ar sério de Anna ser quebrado. Ela perdeu a postura de mulher
decidida para a de uma garota apaixonada. Os olhos marrons só tinham foco nele
e as bochechas estavam levemente coradas. Também não era para menos. O homem
era tão bonito que quando teve a mão levemente apertada, Demi olhou para o lado
e engoliu em seco porque Joe tinha arqueado uma sobrancelha a olhando.
Dr. Ricardo Harris,
Pediatra.
Era o que estava escrito no crachá de identificação preso no bolso do jaleco
branco. Moreno e alto, mais alto que Joe. Olhos cor de mel suaves. O cabelo
escuro era um charme penteado despojadamente. E o sorriso? Quando Ricardo
sorriu, Demi olhou para Anna que ainda estava calada, mas logo piscou colocando
uma mecha do cabelo atrás da orelha.
- Rick,
oi! Eu estou de saída. – Disse um pouco atrapalhada e Joe e Demi perceberam que
Anna estava realmente apaixonada, só Rick que parecia não perceber. Ela
mostrava em todos os detalhes, desde a forma como o olhava a como agia. – Essa é
minha irmã, Demi e o Joe, o namorado
dela. Pessoal, esse é o Dr. Ricardo,
meu orientador e supervisor de estágio. – O olhar que Anna tinha trocado com Demi
explicava tudo. E era uma droga!
- É um prazer conhece-los. – Rick era muito
gentil e depois de cumprimenta-lo, Demi lançou um rápido olhar a Anna
certificando-se que ela não parava de olha-lo admirada. – Você pode me enviar
uma cópia atualizada da monografia ainda hoje? Nós podemos nos encontrar para discutir alguns pontos. – Anna mordeu o
lábio inferior e olhou para Demi para depois para Rick. Havia meses que ela
queria que aquele encontro acontecesse mesmo sendo completamente acadêmico.
- Essa noite não vai dar, tenho um compromisso de família muito importante. Nós podemos marcar
para depois de amanhã? Amanhã é o aniversário do meu pai. – Anna olhou para Demi que arqueou uma sobrancelha, e depois olhou para Rick. Pelo olhar dele, Anna soube que a resposta
era negativa. Era um bom rapaz, mas interpretar os sinais de Rick era uma missão complicadíssima e deixava Anna confusa.
- Não, tudo bem. Só me envie a cópia
atualizada antes da meia noite. – Ele tinha apenas acenado se despedindo. Demi
massageou o cenho porque ela conhecia aquele tipo que mandava indiretas, mas não tomava atitude. O pior tipo.
- Nós podemos remarcar o jantar. – Disse Demi a
Anna a tocando no ombro, e demorou um pouco para que a irmã desviasse o olhar
de Rick para fitar os olhos de Demi.
- Está tudo bem. – Anna não conseguiu esconder a frustração ainda olhando para Rick que conversava na recepção. – Hoje é a nossa noite.
Continua... Oi! Tudo bem com vocês? Eu estou bem. Então, espero que vocês gostem do capítulo, acho que ele é o último da temporada, vou realmente dividir a fanfic em duas porque tem algumas coisas para acontecer e eu acho que ficará enorme se eu continuar trabalhando nessa temporada já que estamos no Capítulo 54. Sobre a próxima temporada, nós teremos mais foco na família da Demi e na do Joe, o escritório e no prólogo dessa fanfic.. Espero que vocês tenham gostado desse capítulo, particularmente, eu não curti muito, não consegui encher o capítulo com o cenário e elementos simples como gosto, mas espero que tenham gostado pelo menos um pouquinho kkkkk Até mais! Obrigada por todos os comentários, beijo para todas!
Amei amei amei, um capítulo simples porém estava bem ansiosa para saber da recuperação da Demi e como ficou a convivência dela com o Joe. Anna e Demi já estão se tornando uma sister's bem fofas amando essa aproximação delas, já quero ver com as outras. O Joe bem que poderia acompanhá-la no jantar, mas por outro lado entendo ele também. Já quero o próximo, posta logo pelo amor de Deus hehehe
ResponderExcluireu to muito ansiosa pqp a fic me prende cada vez mais. li o prologo fiquei em crise imaginando o que houve. mal posso esperar pela nova temporada
ResponderExcluirEstou super ansiosa para ver a demi com as irmãs estou amando sua fic parabéns
ResponderExcluiraaaaa to amando tanto a fic e tô muito ansiosa pra tudo que ainda vem!! posta logo bjsss
ResponderExcluirCadê o nosso presente Amandinha??? Kkkkk
ResponderExcluirHeey!!! Voltei a ler fanfics e já estou amando as suas... Parabéns, vc escreve super bem!!
ResponderExcluirEssa "Em busca do amor" está maravilhosa..
Posta logo <2
Eu amei o capítulo, relendo esse prólogo me deu um medinho pq to achando q foi o Joe passando mal de novo. Eu adorei essa interação da Anna c a Demi espero q todas elas se dêem bem. Estou ansiosa tanto quanto a Demi pra esse encontro c a Família Jonas. E esse médico heartbreaker aí hein kkkkkkkkkkk
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