Esperar
era uma tortura. O sofá branco da sala de espera do hospital era confortável,
um ótimo local para tirar uma bela soneca já que tudo estava tão quieto e era
tarde da noite. Porém Demi estava preocupada a ponto de perder o sono, a fome e
a paciência. Sentada ao sofá, nada conseguia distraí-la e melhorar o humor... Tudo
que ela queria saber era se estava tudo bem com Joe. Ele tinha sido atendido
assim que chegou ao hospital algumas horas atrás.
- Chocolate? – Por diabos Dianna tentava ser
gentil? Demi fitou a embalagem do bombom de avelã e fez careta.
- Eu odeio avelã. – Murmurou sem nem dar
chance a Dianna. Aquilo era ridículo! A mulher tinha a gerado e a sustentado
até a época da faculdade e não sabia que ela simplesmente odiava tudo que tinha
avelã.
- Demi, você quer comer? – Por uma
fração de segundos a mão de Dianna cobrindo a dela a distraiu, mas assim que a
olhou nos olhos, Demi se livrou daquele toque nauseante e resolveu olhar a hora
no celular. Quem Dianna pensava que era? Nada tinha mudado! Ela continuava a
péssima e traiçoeira mãe de sempre. – Então tenta descansar um pouco. –
Insistiu e Demi preferiu ficar calada por alguns segundos, pois precisava
controlar a vontade de insultar aquela mulher.
- Você já pode ir. – Disse fitando os olhos
da mãe. Ela não queria soar rude, mas foi inevitável. – O seu.. encontro deve estar te esperando, e nós
duas sabemos que você não quer estragar a sua noite por minha culpa. – Demi não
tinha visto o homem que acompanhava Dianna porque estava envolvida demais
pensando em como Joe estava no decorrer do caminho até o hospital. Uma coisa
ela tinha certeza, se Dianna estava com um homem e arrumada daquele jeito..
Bem, ela com certeza estava em horário de expediente... A mulher estava tão
bonita! O cabelo loiro estava impecável, a maquiagem perfeita e a roupa tão bem
elaborada que Demi tinha certeza que ela não era nada perto da beleza da mãe,
que mesmo com os seus quarenta e poucos anos arrasava muitas meninas de vinte e
poucos anos como ela. – A Sel está a caminho. – Disse um pouco intimidada com a
forma que Dianna a olhava.
- Essa noite a minha única prioridade é
você. – Ela não iria desistir? Demi a olhou horrorizada quando Dianna
finalmente segurou a mão dela como tinha tentado fazer poucos segundos atrás. O
que ela tinha dito? Aquilo estava tão errado! Demi ainda podia se lembrar como
se fosse ontem de todas as noites que precisou de Dianna para abraçá-la e dizer
um “Tudo vai ficar bem” quando adolescente, mas a mãe nunca tinha dado sequer a
oportunidade, a dispensava com um simples olhar e sumia por dias. Sem citar as
vezes que ela apanhava só por dirigir a palavra a Dianna.
- Não, eu não sou a sua prioridade coisa
nenhuma. – Disse já sem paciência para aqueles joguinhos. Ela não merecia
passar por aquilo! Já chega de ser boba! Pensou desfazendo do toque daquela
mulher. – A Selena vai chegar a qualquer momento, você já pode ir, ok? – Ela
tinha sustentado o olhar de Dianna mostrando como estava magoada e decidida a
deixá-la ir de vez. Era burrice insistir no erro, e depois de anos e anos
procurando pela atenção da mãe, Demi tinha descoberto da pior forma que não
valia a pena lutar por algo que ela nunca teria. – Obrigada por ajudar com o
Joe. – Agradeceu só porque era importante, tudo que envolvia Joe era.
- Sei que eu errei com você, mas as coisas não
precisam ser assim. – Dianna se levantou no mesmo instante que Demi a barrando
de deixá-la sozinha.
- O que você quer? Que eu finja que nada
aconteceu? – Disse Demi claramente chateada a olhando nos olhos. – Você estava
dormindo com o meu... com o Jake quando nós estávamos juntos, e o pior, você
sabia que ele era casado e mesmo assim me aconselhou a ficar com ele. Você me
decepcionou mais uma vez, e eu já estou cansada! Não vou mais correr atrás de
você, não vou mais te obrigar a me amar ou qualquer coisa. Você segue com a sua
vida e eu com a minha. – Era o melhor a ser feito. Demi disse aquelas palavras
olhando nos olhos de Dianna e não ousou desviar o olhar. – Não sei com você, é
como se um peso enorme saísse dos meus ombros. Mas eu aposto que você deve
estar radiante, não? Finalmente se livrou de mim como sempre quis. – O sorriso esboçado
não foi correspondido. Demi nunca tinha visto Dianna daquele jeito. Pela
primeira vez, ela sabia que tinha a machucado e se sentiu tão mal por ter o
feito, mas por outro lado ela estava feliz por ter liberado toda a raiva e
frustração através daquelas palavras.
- Eu juro qu.. – Antes mesmo que Dianna
pudesse completar a frase, Selena chamou por Demi. – Que eu sinto muito. – Demi
não ouviu o resto daquela frase e nem viu como Dianna estava triste e
arrependida. A mulher fitou a filha nos braços da melhor amiga e se sentiu a
pior pessoa do mundo. Demi confiava numa desconhecida e preferia desabafar com
ela a com a própria mãe. Estava valendo a pena viver a vida toda em função do
luxo? Trocar a sua garotinha por noitadas que não significavam nada? Arrumando
a bolsa ao ombro, Dianna preferiu sair daquela sala antes mesmo que desabasse
em choro.
- Você está bem? – Era tão bom sentir o
carinho dos dedos de Selena no couro cabeludo, sentir o cheiro do perfume dela
lhe invadindo as narinas, sentir o abraço reconfortante. A segurança que Sel
passava conseguia acalmar o interior de Demi de uma forma incrível!
- Pensei que eu fosse perdê-lo. – A voz soou
falha e o sentimento de vulnerabilidade era agonizante. Demi olhou nos olhos de
Selena só porque sabia que ali encontraria o equilíbrio que precisava para ficar
bem. – Eu fiquei com tanto medo, Sel. – Murmurou deixando algumas lágrimas
rolarem e Selena tratou de enxugá-las.
- Tudo vai ficar bem, ok? Foi só um susto. –
Sel colocou uma mecha do cabelo de Demi atrás da orelha e lhe acariciou o
cabelo da nuca para ajudá-la a relaxar como sempre acontecia. E foi tiro e
queda! Até mesmo os olhos Demi fechou se sentindo mais relaxada e segura. – Vamos
sentar um pouco? Você precisa descansar. – Demi não protestou, enlaçou os dedos
aos de Sel e deixou ser guiada até o sofá que estava sentada com Dianna
minutos atrás, a única diferença era que agora com Sel, Demi tinha cedido ao sono e
tinha a cabeça deitada no ombro da amiga. – Dem? – Chamou e o murmuro manhoso
de Demi a fez sorrir. Sel odiava quando Demi ficava triste. – Você não está
desconfortável com essa roupa? – Perguntou porque sabia que Demi era toda
esquemática para descansar.
- Eu só estou preocupada com o Joe. – Quando
abriu os olhos e avistou Ed caminhando ao lado da médica na direção delas, Demi
se ergueu ansiosa para saber notícias do namorado. Será que tudo estava bem?
Pela cara de Ed, Demi respirou fundo aliviada porque sabia que se algo ruim
tivesse acontecido, Ed não conseguiria esconder.
- Boa noite senhoritas. – A moça as
cumprimentou enquanto folheava a prancheta em mãos e quando finalmente as
olhou, Demi quase teve um ataque do coração de ansiedade. – A má alimentação não é uma boa combinação para diabéticos hipertensos, principalmente junto com o álcool, mas já está tudo
bem com o senhor Jonas. Ele está repousando e já pode receber visitas. – Como ela
tinha deixado aquele detalhe passar por despercebido? Joe não tinha almoçado,
provavelmente tinha pulado o lanche da tarde e no restaurante ele mal tinha
tocado na comida, só compartilhado a garrafa de vinho com ela.
- Tudo bem baixinha? – Demi só saiu do transe
quando Ed a puxou para um abraço apertado e a beijou na testa. – Posso falar
com o seu namorado primeiro? – Perguntou esboçando um sorriso na tentativa de
fazer Demi sorrir também, mas tudo que ela tinha feito foi uma careta ciumenta.
– Cinco minutinhos, ok? – Ed sorriu para Demi e não esperou a resposta dela,
apressou o passo antes em direção ao quarto. – Joe? – Ele tinha
batido à porta do quarto onde estava o amigo e só o adentrou quando Joe permitiu
a entrada. – Está tudo bem? Você nos assustou. – Ed sorriu quando abraçou Joe
calorosamente. Depois de perder a irmã e os pais, qualquer susto como aquele
era agonizante.
- Eu estou bem. – E aquele sorriso tímido
estava nos lábios de Joe. Ele parecia cansado e um pouco abatido, mas acima de
tudo estava tão frustrado que Ed tentou animá-lo dando um leve soco no ombro. – Ed, eu estou bem. – Joe riu quando Ed o abraçou novamente e bagunçou o cabelo
dele.
- Que cara é essa? – Perguntou Ed se
acomodando a beirada da cama.
- Desmaiei no segundo que eu a pediria em
namoro. – Murmurou adentrando o cabelo com os dedos. – Isso é tão.. Eu não sei
como vou olhá-la, é tão frustrante. – Disse e Ed riu de como Joe estava fazendo
tempestade num copo d’água.
- Ela vai invadir esse quarto a qualquer
segundo, nunca vi a Demi tão preocupada! Passei na frente dela só para saber se
está tudo realmente bem. – Joe franziu o cenho, mas assentiu. O que ele faria
com aquela vergonha?
- Não sei o que vou fazer, estou com
vergonha. – Murmurou massageando as têmporas.
- Vergonha de que? – Perguntou Ed arqueando
uma sobrancelha. – Onde estão as alianças? Você vai pedi-la em namoro aqui? –
Joe vestia apenas uma camisola e as roupas dele estavam devidamente dobradas e
postas sobre a poltrona.
- Eu não sei. – Disse se livrando do lençol
que o cobria já que estava começando a ficar com calor. – E se ela não quiser
namorar comigo? – Ed revirou os olhos quando o olhou e buscou pelas alianças no
bolso da calça de Joe.
- É claro que ela quer ser a sua namorada. –
Disse entregando as alianças ao amigo. – Não pense besteiras! Vocês nasceram
para ficar juntos e quando aquela mulher adentrar esse quarto parecendo uma
força da natureza, você vai pedi-la em namoro e pronto! – Tinha como negar? Ed
estava tão sério e determinado que tudo que Joe fez foi assentir. – Você não é
mais aquele menino inocente recém-chegado do Texas Joseph, ou você pega firme
com ela, ou outro cara pega. – Joe franziu o cenho não gostando nada daquela
ideia, mas ele tinha entendido muito bem o que Ed queria dizer. – Eu vou
chamá-la, ok? – Por que diabos Ed era tão inquieto? Joe fitou os olhos verdes
do amigo e antes mesmo que pudesse pedir por um tempo, Ed saiu do quarto às
pressas! Aquilo poderia ser mais constrangedor? Ah, ele usava uma maldita
camisola! Quando a batida leve soou, Joe escondeu as alianças debaixo da coxa
direita para que pudesse senti-las e permitiu a entrada.
Aquela
mulher era o motivo de todo o nervoso dele! Demi era simplesmente linda e pensar
que ela estava com ele deixava o coração do rapaz cada vez mais acelerado! Joe
não conseguiu desviar o olhar do dela e foram pouquíssimas às vezes que ele
piscou. O transe só foi quebrado quando Demi se sentou à beirada da cama e
sorriu quando o olhou. O sorriso mais lindo do mundo!
- Você está bem? – Perguntou emocionada e
apaixonada. Aquela noite tinha sido a prova perfeita para que Demi soubesse que
perder Joe não era uma opção. Ela jamais o perderia, não importava o que
deveria ser feito, ele era apenas dela e vice-versa. – Amor, eu fiquei tão
preocupada. – Antes mesmo que ele pudesse respondê-la, Demi o abraçou com força
e ele a abraçou de volta.
- Eu estou bem. – Joe aspirou o cheiro dela
e sorriu feliz por tê-la em seus braços. – Nada de ruim vai acontecer, eu
prometo! Nada vai separar a gente. – Ele disse aquelas palavras a olhando nos
olhos. Ele também tinha ficado com medo de perdê-la e tinha sido horrível.
- Não faça mais isso, ok? – Os olhos dela
estavam marejados! O marrom brilhava em inocência e não deixava de fitar o
verde dos olhos de Joe por nada. – Promete que vai se alimentar bem? – Disse o
acariciando no rosto e Joe assentiu quando ela o olhou nos olhos. – Eu vou ficar
no seu pé vinte e quatro horas e vou cuidar de você meu bebezão. – Tinha soado
tão fofo que Joe sorriu a abraçando completamente apaixonado por ela. A ideia
de ter Demi só para ele era tudo que Joe mais queria.
- Eu te amo muito gatinha. – Demi sorriu de
orelha a orelha com o beijinho que recebeu na bochecha. Ela levou as mãos ao
rosto de Joe e os olhos brilharam de felicidade. Ele era literalmente um
bebezão! Ela adorava como os olhos dele eram verdes e másculos, os lábios
carnudos e a barba uma leve sombra que a arranhava quando ele a beijava no
pescoço. E aquele cabelo bagunçado? Demi riu enquanto tentava organizar aquelas
mechas escuras como Joe sempre fazia: arrumadinho, mas o cabelo dele insistia
em ficar arrepiado, deveria ser porque o corte ainda era recente.
- Eu também te amo gatinho. – As bochechas
dele coraram, mas Joe sorriu tão lindamente que Demi também sorriu. – Acho que
você já pode me beijar. – Ela estava ansiosa para sentir os lábios dele nos
dela, e Joe o fez com tanto carinho. Primeiro ele cobriu a mão de Demi com a
dele, acariciou-a com o polegar e quando finalmente a olhou nos olhos, levou a
mão livre para o rosto dela para acariciá-la na bochecha direita.
- Você é a mulher mais linda que eu já vi. –
Ele disse a olhando desde o vestido bonito agarrado as pernas ao pequeno decote
e aqueles penetrantes olhos marrons. Acariciando-a no queixo, Joe a beijou exatamente
ali como gostava de fazer, então levou a mão para a cintura de Demi a apertando
conforme ele juntava os lábios aos dela. Não demorou nada que aquele beijo
esquentasse o clima, principalmente porque ele tinha acariciado o seio de Demi
como ela gostava e ela o impulsionou para que ele deitasse na cama. Iria
acontecer e Joe não se importava se estavam ou não num quarto de hospital! Ele
puxou Demi para se deitar sobre ele enquanto ainda a beijava e a acariciava
ansioso para sentir as curvas dela e o calor intenso envolvê-lo.. – Droga. – Murmurou nos lábios de Demi quando
bateram à porta. Estava tão bom ficar ali com ela. – Vem princesa. – Joe a
beijou na bochecha e se ergueu para que pudesse dar suporte a Demi que tinha
encostado a cabeça no ombro dele.
- Pensei que fosse algum funcionário. – Disse
Demi e ela fez careta quando Selena abraçou Joe e o beijou na bochecha. Ela só
não sabia se estava com ciúme da amiga ou do namorado. – Solta o meu namorado, chata!
– Resmungou Demi, mas ela acabou sorrindo para Sel.
- Vocês estavam fazendo alguma coisa que não
deveriam? – Ed riu de como as bochechas de Joe coraram o entregando, já Demi
sorriu sapeca dividida entre abraçar Joe e segurar a mão de Selena.
-
Brincadeiras a parte. – Disse Selena se recostando no criado-mudo para que
pudesse continuar brincando com os dedos de Demi. – Alta só amanhã. – Ela disse
fitando os olhos de Joe para depois fitar os de Demi. – Está ficando tarde e eu
pensei que a gente poderia buscar roupas no seu apartamento Dem, e comer alguma
coisa no refeitório, você não pode passar a noite de barriga vazia. – Ficar
longe de Joe estava fora de cogitação! Demi o olhou toda manhosa e deu um breve
selinho nos lábios dele.
- Sel, eu não estou com fome e esse vestido
é confortável. – Disse soltando a mão de Selena para que pudesse abraçar o
namorado e quando Joe a beijou brevemente, Demi sorriu se sentiu a mulher mais
sortuda do mundo.
- Gatinha, você tem que comer. – Ele
acariciou o cabelo dela e sorriu observando como Demi era bonita e manhosa. – E
eu acho que vai esfriar, então é bom você ficar bem quentinha para dormir
comigo.
- Nós estamos aqui! – Disse Ed quando o
beijo que Joe e Demi trocavam já tinha se prolongado o suficiente.
- Prometo que não demoro nada e que vou
trazer algumas revistinhas para a gente ler. – Joe assentiu e a beijou na testa
carinhosamente. – Você quer alguma coisa? Posso trazer um conjunto de moletom
para você. – Sugeriu se levantando.
- Você pode passar lá no apartamento para
mim? – Disse Joe a Ed que assentiu prontamente. O quarto do rapaz estava
arrumado para o resto da noite e Joe não queria que Demi o encontrasse cheio de
pétalas de rosas e tudo mais. – Obrigada princesa, mas o Ed vai cuidar disso
para não te atrasar. – Demi esperava que ele a soltasse, mas foi de bom grado
para os braços dele se despedir com um beijo apaixonado e um abraço apertado.
- Até daqui a pouco! – Demi sorriu o olhando
e Joe sorriu de volta.
- Tão apaixonada. – Cantarolou Selena apertando
as bochechas de Demi quando elas já estavam fora do quarto esperando por Ed que
tinha esquecido de pegar a chave do carro e do apartamento de Joe com o
mesmo.
- Ele é tão apaixonante. – Suspirou
apaixonada e Sel revirou os olhos, mas riu de toda a encenação de Demi.
- O que a Dianna queria? – Perguntou
colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha e olhando para Demi que respirou
fundo e deu de ombros.
- A mesma conversa de sempre. – Resmungou
fitando os olhos da amiga. – Ela me ajudou com o Joe e está tentando se
aproximar, mas eu realmente não me importo mais com ela. – Demi sorriu quando
olhou para trás e sentiu as mãos de Ed em seus ombros. – Cheio de segredinhos.
– Brincou e Ed arqueou uma sobrancelha abraçando Sel de lado.
- Onde você a encontrou? – Perguntou Selena
voltando a conversa.
- Na calçada do Mandarin. – Comentou
entediada. Ela não queria falar sobre Dianna porque não mudaria nada, só
contribuiria para o desgosto que sentia por aquela mulher. – Para onde nós
estamos indo? – Perguntou assim que iria seguir o corredor reto em direção ao
hall do hospital, mas Sel e Ed viraram à esquerda.
- Para o refeitório, você tem que comer. –
Disse Ed assim que Demi se aproximou.
- Eu realmente não estou com fome. –
Murmurou. Ela só queria trocar de roupa e ficar com Joe.
- Vamos, ordem do seu namorado. – Disse Ed a
incluindo no abraço. Selena riu da careta de Demi, ela era realmente teimosa
quando queria. Joe ainda teria muito trabalho, sorte era que ele era tão
paciente e cuidadoso.
- Um pouco de leite e biscoitos não fará
mal, Dem. – Comentou Selena olhando para Demi que assentiu estudando o
hospital. Ela literalmente odiava lugares como aqueles. Tudo era tão branco, poucos
eram os itens de decoração distribuídos por ali. Será que o pessoal não sabia
que um quadro cheio de cores vivas poderia alegrar o ambiente? Até mesmo um
jarro com flores descontrairia aquele clima pesado. Chegando ao refeitório, Demi
respirou fundo quando viu que ali havia mais pessoas e até mesmo objetos de
cores diferentes do branco padrão. Ela só não esperava que em uma mesa não
muito longe da qual se acomodou com os amigos, estava Dianna e o homem que a
acompanhava.
- Se quiser, a gente pode comer em outro
lugar. – Disse Ed também percebendo a presença de Dianna. Ele sabia que Demi
nunca acabava bem quando aquela mulher estava por perto.
- Dem, podemos ir? – Sel trocou um breve
olhar com Ed para então fitar Demi.
Aquele
homem ao lado de Dianna. Ele era tão familiar! Demi sabia que ele não era um
cliente.. Não mesmo! Dianna jamais tomaria café num hospital com um cliente. Aliás,
ela jamais tomaria café com qualquer pessoa! A mulher era metida demais para
tal coisa. O clima entre eles não era de amantes, nem de amigos, eles estavam
mais para velhos conhecidos. Quem era aquele homem? Ele não era jovem, porém
não era velho. Parecia tão familiar.. Colocaria-o na faixa dos quarenta não
passando de quarenta e cinco, na mesma faixa etária de Dianna. O corte de
cabelo era moderno e em meio aos fios castanhos
estavam os grisalhos. Estava na ponta da língua! Ela conhecia aquele homem
bonito de algum lugar e guiada pela curiosidade, Demi se levantou e conforme
caminhava em direção à mesa onde a mãe estava, Dianna a flagrou e enrijeceu.
- David? – Vê-lo de perto tinha ajudado
muito a decifrar o enigma. Era aquele mesmo David do jantar da Gyllenhaal.
Naquela noite, Demi tinha certeza que David era familiar e agora tinha se
lembrado de que ele tinha a chamado pelo nome verdadeiro, não pelo apelido como
ela tinha se apresentado. – Fornecedor de matéria prima da Filadélfia? – Sim,
ele estava sem graça e não tinha como mentir. Demi fitou Dianna com uma
sobrancelha arqueada esperando por uma resposta. É claro que tinha que ter o
dedo podre dela!
- Dianna. – Demi observou como David olhava
para Dianna com aqueles olhos marrons familiares
como se pedisse permissão. Era diferente! Geralmente os homens olhavam para
Dianna com certa intimidade, desrespeito e até mesmo desejo. Mas aquele homem
demonstrava respeito.
- Achei que você não se meteria mais no meu
caminho. – Tudo bem, Demi não esperava por aquele tom rude. Dianna a olhava com
o mesmo desprezo e abuso de poder da infância e adolescência de Demi. E mesmo
adulta, Demi sentiu arrepios por receber aquele olhar cruel da mãe. – Vamos
embora, essa pirralha mal agradecida dramática só traz dor de cabeça. – Demi e
David não entenderam nada do que estava acontecendo. Demi acabou com os olhos
marejados como sempre acontecia e David sem saber o que fazer, mas Dianna o
arrastou para fora daquele refeitório sem olhar para trás.
- Ei, tudo bem? – E como era de costume
depois que Dianna a maltratava, lá estava Selena para acolhê-la nos braços.
Porém naquela noite Demi estava determinada a esquecer. Rapidamente limpou as
lágrimas e assentiu quando fitou os olhos de Sel.
***
- Que carinha é essa? – Quando se tratava de
Joe, os sorrisos sempre eram verdadeiros, porém Demi estava pensativa e ainda
abalada com o susto de mais cedo. Selena tinha tentado animá-la enquanto ela
tomava banho e se trocava, mas Dianna tinha conseguido estragar tudo.
- Acho que eu só estou cansada. – Ela fechou
a porta do quarto e se aproximou do namorado só depois de colocar a mochila
sobre a poltrona. – Falei com a enfermeira sobre as roupas que eu trouxe para
você, eles examinaram tudo. – Demi sorriu e se sentou ao lado de Joe na cama.
- Já fiquei em hospitais que o meu
acompanhante tinha que ser homem. – Ele a beijou na bochecha e a abraçou
aproveitando para beijá-la no pescoço. – Só é cansaço? – Perguntou acariciando
o rosto dela e Demi assentiu enlaçando os dedos aos dele.
- Minha mãe me dá nos nervos. – Resmungou. –
Está tudo bem, amor. Você está se sentindo melhor? – Perguntou o olhando nos
olhos e Joe assentiu fazendo careta.
- Comi um prato transbordando de sopa. – Ele
disse de um jeito engraçado e Demi riu brevemente se levantando para que
pudesse pegar a mochila. – Odeio ter que passar a noite aqui. – Comentou
enquanto tirava a camisola e Demi mordeu o lábio inferior sem conseguir
controlar os pensamentos... Ela adorava como os braços de Joe eram fortes, a
barriga cheia de gominhos e o peito largo. – Prometo que vou comer direitinho
só para a gente não ter que passar a noite num quarto como esse de novo.– Diabos! Ele
era tão inocente. – Só sinto saudade de você, eu estou bem Dem. Não sei porque
não posso ir para casa. – Demi sorriu entregando a camisa branca para ele. Existia
um homem mais fofo que aquele?
- Por que o senhor não pode ir para casa?
Eles estão preocupados com a sua saúde, Joe. Você é um menino especial e
precisa se cuidar. Ficar sem comer o dia todo e finalizar a noite só com vinho
no estomago não é uma boa ideia. – Demi arrumou a camisa nos ombros largos dele
e entregou a calça de moletom.
- Eu não gosto muito de ser um menino especial. – Disse segurando a
calça e olhando para os olhos da namorada. – Isso é um saco, eu não posso fazer
nada. – Ele precisava envolvê-la porque as alianças ainda estavam no mesmo
lugar: debaixo da coxa direita. – Me dá um beijo? – Pediu a puxando facilmente
para o colo arrancando um sorriso de Demi. Ela gostava de quando ele burlava a
timidez e a olhava cheio de desejo e amor. – Eu adoro quando você veste camiseta
e jeans. – A estampa da camisa dela nada mais era que os fantasmas do PAC-MAN. – Eu gosto do Clyde e do Ink. – Disse
se referindo aos fantasmas, respectivamente, laranja e o azul. – Mas os meus
preferidos são o Blinky e o Pink. – Ela sabia porque os fantasmas
vermelho e cor de rosa eram os preferidos dele.. O beijinho sobre os personagens
foi exatamente sobre os mamilos e Demi fechou os olhos quando Joe os beijou
novamente aproveitando que ela estava distraída para colocar as alianças em
outro lugar. – Você não está usando sutiã. – Ele disse louco para tirar a
camisa dela. Os olhos verdes chegavam a brilhar de tesão.
- Não podemos namorar aqui. – Disse manhosa o
beijando no pescoço e Joe a apertou no bumbum perdido no carinho que recebia. –
É melhor você vestir a calça antes que alguém entre nesse quarto.. – Foi
difícil sair do colo dele, mas antes de sair, Demi apertou o membro dele
constatando o que já sabia: ele estava duro.
- Gatinha. – Chamou se levantando e Demi
engoliu em seco porque ele era alto e forte, e com aquele volume na cueca branca
e lindos olhos verdes carentes era capaz de enlouquecer qualquer mulher de
desejo. – A gente podia quebrar as regras. – Disse vestindo a calça sem desviar
o olhar do dela.
- O que você sugere? – Demi se sentou ao
lado dele na cama e sorriu quando Joe se curvou para beijá-la na boca.
- E se a gente fizer amor aqui? – Sugeriu nos
lábios dela. O coração de Demi quase rasgou o peito e ela umedeceu os lábios
para beijar os dele.
- Bem.. – O olhar dele a fez corar, mas
também sorrir envergonhada. – Não tem como trancar a porta. – Disse o olhando e
Joe assentiu dando um leve beijinho na bochecha dela. – Nós temos que fazer
isso. – Joe franziu o cenho enlaçando os dedos aos dela sem entender o que Demi
queria dizer. – Sexo em um lugar público, a adrenalina é deliciosa. – Ela se
deitou na cama e fitou o teto assim como Joe tinha feito.
- Eu quero fazer com você. – Disse a olhando
e segundos depois Demi desviou o olhar do teto para olhá-lo nos olhos. – Nós
fizemos na reprografia e foi.. – Ele não soube o que dizer porque tinha sido
bom e ruim porque Jake tinha filmado e exposto Demi na conferência.
- Foi gostoso..
– Completou porque sabia que apesar de tudo, tinha sido fantástico fazer
amor com aquele homem, sempre era! – Confesso que estou desconfortável com o
ambiente em que trabalhamos. Ter câmeras nos vigiando é perturbador. O Jason
era contra essa política, digo, ele sabia que era necessário ter câmeras nos
corredores, no estacionamento, e em outros locais públicos.. Não tínhamos nada
invasivo demais até o Jake assumir a empresa. – Joe assentiu se erguendo para
que pudesse deitar direito na cama. Deitar na horizontal da cama com os pés no
chão era desconfortável.
- Não vamos mais fazer amor na Gyllenhaal. –
Ele acomodou Demi ao lado dele e a olhou nos olhos gostando de como o marrom
tinha aquele brilho especial só dele. – Vamos conversar? Acho que eles não
podem nos proibir de conversar e trocar beijinhos. – As alianças estavam no
bolso direito da calça e Joe ansiava para pedir Demi em namoro, ele só
precisava do momento certo.
- Na verdade eles podem sim. – Demi se
levantou para acender o abajur e apagar a luz do quarto logo voltando para a
cama. – No hospital os pacientes devem repousar cedo, e é estritamente proibido
compartilhar a cama com o acompanhante. – Disse acariciando o cabelo da nuca
dele e admirando o sorriso sapeca de Joe.
- A gente já quebrou duas regras. – Ele
fechou os olhos gostando do carinho e logo os abriu para fitar os de Demi. – Você
já fez sexo em um lugar público? – Perguntou curioso.
- Eu perdi a minha virgindade no quartinho que
ficava debaixo da escada no andar do apartamento da minha mãe. É considerado um
local público, então... – Joe fez careta, mas riu junto com Demi.
- André, certo? – Perguntou se referindo ao
primeiro namorado de Demi e ela assentiu. – A gente pode conversar sobre isso,
certo? – Perguntou levando a mão a cintura dela para acariciá-la.
- Sobre sexo? – Perguntou e Joe assentiu a
apertando levemente na cintura.
- Foi o único lugar público? O quartinho.. –
Demi deslizou os dedos pela bochecha dele gostando de sentir a barba pinicá-la e
logo voltou para o cabelo da nuca dele o puxando e acariciando.
- Bem.. – Ela sorriu tímida, mas não ousou
em desviar o olhar do dele. – Meus hormônios estavam enfurecidos quando eu era
adolescente... Já transei em uma sala vazia da faculdade, no vestuário
masculino e na reprografia. – Joe deu um breve beijo nos lábios dela e levou a
mão para acariciá-la na bochecha.
- A gente tem a mesma idade e você é duas
vezes mais esperta que eu. – Demi riu da careta dele.
- Eu acho tão fofo você ter esperado. – Ela
disse se aproximando mais dele para tocá-lo no músculo do braço. – Cada coisa
acontece no momento certo. É como aquele velho ditado: nada é por acaso. – Joe
assentiu cobrindo os lábios dela com os dele iniciando um beijo apaixonado que
os envolvia a cada roçada de língua.
As
mãos dela estavam tateando as costas largas por debaixo da camisa e as mãos
dele estavam divididas entre puxar o bico dos seios e apertar o bumbum. Os
íntimos estavam prontos e ansiosos para o que estava por vir, Joe deu um jeito
de deitar entre as pernas de Demi e ela o acolheu de bom grado enlaçando a
cintura dele com as pernas e gemendo baixinho quando sentiu o volume duro
contra a entrada.
- Joe, olha pra mim. – Pediu e ele arrastou
os beijos do pescoço até o queixo dela. – Eu te amo, amor. – Disse e ele sorriu
antes de beijá-la na boca deixando o peso do corpo cair aos pouquinhos sobre o
dela.
- Eu também te amo princesa. – Ele controlou
a respiração e quando estava prestes a beijá-la novamente, Demi adentrou a
calça que ele vestia com a mão e o segurou mesmo sobre a cueca. – Posso? – Perguntou
quando os dedos já estavam prontos para desabotoar o botão da calça jeans que
Demi vestia, e quando ele fez, Joe umedeceu os lábios porque ela estava tão
molhada e pronta para ele.
- A parte mais frustrante de fazer amor em
público é quando alguém interrompe. – Disse Demi. Quem estava mais frustrado?
Joe ou Demi? Quando bateram à porta, Joe teve que se deitar ao lado de Demi e
ela resolveu que seria melhor ficar sentada na beirada do colchão.
- Boa noite. – A enfermeira era simpática e
deveria ter a idade de Demi. A moça acendeu a luz e adentrou o quarto. – Tenho
que aferir a sua pressão. – Disse a Joe que assentiu todo tímido porque até
então ele estava excitado e com certeza descabelado. – Daqui a pouco eles vão conferir os quartos,
não é adequado a senhorita ficar na cama com o paciente. – Foi constrangedor e
Demi teve a impressão que a moça sabia exatamente o que estava acontecendo
naquele quarto antes de adentrá-lo, sorte era que não se tratava de uma
enfermeira rude. – A pressão está normal. – Disse assim que tirou o aparelho do
braço esquerdo de Joe.
- Não posso ir para casa? – Perguntou Joe.
Ele queria tanto passar a noite fazendo coisas mais interessantes com Demi..
- Amanhã depois do café da manhã, claro, se
a sua médica te liberar.
- Tenho trabalho pela manhã. – Murmurou
envergonhado, mas a moça sorriu compreensiva.
- Nada que um atestado médico resolva. –
Disse anotando os dados referentes à pressão aferida naquele horário. – Estou
encerrando meu turno de hoje agora, a enfermeira que entrará no meu lugar não é
nada gentil, então se comportem. – Tudo bem. Eles não sabiam atuar. As
bochechas de Joe coraram e as de Demi também. Quando a moça saiu, o clima só
não ficou constrangedor porque os olhares que trocaram eram apaixonados e aos
poucos sorriram.
- Acho que a gente pode jogar um pouco, o
que você acha? – Perguntou Demi acomodada à poltrona.
- Só se você ficar aqui comigo. – Ele disse
a olhando nos olhos e Demi arqueou uma sobrancelha. – Vou me comportar, palavra
de escoteiro. – Ela sorriu assentindo. Ele deveria ser a coisa mais fofa do
mundo quando era criança.
- Você é um bom escoteiro, certo? – Joe
assentiu feliz quando ela se sentou a cama. – O que você quer jogar? –
Perguntou quando ele se ergueu apoiando as costas na cabeceira da cama.
- Qualquer coisa. – Tudo que ele menos queria
fazer no momento era jogar.
- Amor, ânimo! – Joe encostou a cabeça no
ombro dela e para fazê-lo sorrir Demi o beijou brevemente na boca. – Jogo da
velha, ok? Quer apostar?
- Vale tudo? – Homens! Demi revirou os
olhos, mas assentiu iniciando o aplicativo do jogo da velha.
- Temos alguns
limites, vale quase tudo. – Ela o apertou na coxa e o beijou na bochecha.
- Apostado! – O jogo estava tão divertido
que tiveram que controlar as risadas e a euforia já que estavam no hospital. Foram
minutos e minutos de concentração, mas ainda sim acabaram empatados com três
vitórias. Como o celular de Demi tinha uma grande quantidade de jogos, juntos
eles se divertiram até que o aparelho estava descarregado e então recorreram às
revistas em quadrinhos.
- Eu estou sem os meus óculos, está ruim
para ler. – Reclamou Joe algum tempo depois de se concentrar bastante para ler
todos aqueles balõesinhos das falas dos personagens, mas por conta da pouca luz
e o problema de vista, ficava complicado ler. – Você pode ler para mim? –
Perguntou beijando o ombro de Demi e ela assentiu.
- Ah,
qualé, pudinzinho... você não quer dar partida na sua Harley? – Imitou Demi
a fala da Harley Quinn e Joe riu assim como ela. Era tão bom ler as aventuras
do Batman ao lado daquela mulher! Na verdade aquela revistinha contava a
história da famosa Harley Quinn e de sua paixonite pelo violão Coringa. – Docinho... Eu trouxe a almofada de PUUUM... –
Eles só pararam para trocar um rápido beijo e então Demi narrou toda a
história de forma tão espirituosa e as encenações dela eram as melhores!
- A Harley é tão boba por se apaixonar por
um cara como o Coringa. – Comentou Joe assim que a namorada leu a última página
da história que tinha terminado com a Harley internada no Asilo Arkham, um
hospital psiquiátrico para os criminalmente insanos. – Ela tinha tudo para
crescer, e o pior é que o relacionamento deles é abusivo, o Coringa a maltrata
tanto. – Demi assentiu colocando a revistinha sobre o criado-mudo aproveitando
para buscar por mais uma.
- Ninguém manda no coração, amor. – Demi levou
a mão ao rosto dele para acariciá-lo. – Infelizmente ela nunca terá o amor do
Coringa, mas um dia a ficha dela cairá e quem sabe ela encontre um cara que a
amará e nós teremos um novo casal apaixonado do crime para tirar a paz do Bruce nas próximas edições?! – Era uma
teoria difícil, mas Joe e Demi sabiam que quando se tratava de HQ, nada era
impossível. – Quer ler The Walking Dead? –
Perguntou mostrando a revistinha para Joe que negou balançando a cabeça. Estava
na hora de tomar uma atitude.
- Você gostou do nosso jantar? – Perguntou se
deitando e quando Demi se ajeitou para se levantar, Joe a segurou pela mão. –
Essa cama é grande demais e cabe perfeitamente nós dois. – Disse a olhando nos
olhos e Demi respirou fundo afetada e se deitou com ele.
- Sim! A vista da cidade é tão linda. –
Comentou sorrindo ao se lembrar do Central Park daquele ângulo que o
restaurante proporcionava. – O nosso jantar foi diferente, fiquei muito
preocupada quando você passou mal, mas a noite está sendo incrível mesmo aqui
no hospital. Com você, eu nunca fico entediada e tudo é tão incrível. – Joe se
aproximou para beijá-la e o fez demonstrando como ele a amava.
- Antes de desmaiar e te deixar super
preocupada. – Ele começou a dizer e para fazê-la sorrir, depositou um beijinho
na ponta do nariz dela. – Eu estava dizendo que eu não me imagino mais
sozinho.. E é verdade, Dem. É como aquele velho clichê, você deu cores ao meu
mundo e meu sorriso é graças a você. – O olhar dela estava fixo ao dele, era
apaixonado e tranquilo. – Fiquei com tanto medo de não voltar para você, não me
imagino mais sem você, gatinha. Eu deveria ter feito isso mais cedo quando a
gente estava jantando naquele restaurante elegante, mas eu estava tão nervoso..
– Joe alcançou as alianças no bolso da calça sem chamar a atenção de Demi já
que ela não conseguia olhar para outro ponto sem ser o verde dos olhos dele. –
Você aceitar ser oficialmente a minha namorada? – Ele não ficou tímido como
tinha pensado. Não desviou o olhar do dela e a voz tinha soado firme e gentil.
- É claro que sim! – Como fazia para parar
de sorrir? Demi simplesmente não conseguia esconder o sorriso e a felicidade
estampada nos olhos marrons! – Sim, sim e sim! – Ela tinha conseguido se deitar
sobre ele e distribuir muitos beijinhos no rosto de Joe que não parava de
sorrir. – Eu te amo muito, Joe! – E ele não duvidava das palavras dela! Os
olhos dela demonstravam amor assim como todas as atitudes.
- Eu também te amo muito, Demi! – Ele sorriu
observando o sorriso dela que se aproximou para beijá-lo na boca sem pressa
alguma. – Não sei se me precipitei. Se você não gostar, nós podemos trocar. –
Disse mostrando as alianças a ela que se ergueu um tanto descabelada assim como
ele.
- Você é um amor! – Demi o beijou na
bochecha e quando o olhou nos olhos, quase chorou. Ela já tinha se apaixonado
muitas vezes e nenhum dos namorados teve aquele cuidado de comprar
alianças, nem mesmo André. – Eu não sei o que dizer. – Uma lágrima rolou e Demi
mordeu o lábio inferior. Não era à toa que Joe era especial e a fazia se sentir
única e amada. – Obrigada! Obrigada! Está tudo perfeito, amor! – O amor era incrível! Ele curava todas as feridas aos
pouquinhos e era capaz de dar novos sorrisos e motivos para ser feliz. Era o que Joe tinha feito na vida de Demi, ele encontrou tudo bagunçado e a conquistou de
tal forma que nada mais importava.
- Mão direita, princesa. – Quando ela
ofereceu a mão para ele, Joe beijou cada dedo carinhosamente. – Sempre vou
cuidar de você, te proteger e te amar. – Ele tinha dito aquelas palavras de
todo o coração assim que colocou a aliança cravejada de zircônia no dedo da
amada.
- Sempre vou cuidar de você, te proteger e
te amar. – Demi sorriu enquanto colocava a aliança no dedo dele. E as lágrimas
rolavam livremente, ela não podia evitá-las porque estava muito feliz.
- É apenas o nosso primeiro passo. – Disse levando
as mãos a cintura dela. – Nós ainda vamos casar e ter muitos bebês. – Se ela
estava feliz? Estava radiante! O sorriso ia de orelha a orelha e não queria
sumir dos lábios por nada.
- Nós ainda vamos pensar sobre muitos bebês.
– Os dois riram e se abraçaram com força. – Te amo! – Ela disse ao mesmo tempo em
que ele quando se olharam. O beijo estava prestes a acontecer, mas então
bateram à porta e Demi se apressou em se afastar de Joe e ele a deitar na cama. E uma coisa eles tinham em comum: o sorriso.
Continua... Oii! Tudo bem com vocês? Tentei escrever esse capítulo o mais rápido que pude, eu espero que vocês gostem! Obrigada pelos comentários e até o próximo capítulo! 😘😘
Gente, respostas dos comentários do Capítulo 36 -----> https://jemiley.blogspot.com/2017/04/capitulo-36-parte-22.html?showComment=1491768885277#c1984174508039693402
ResponderExcluirBeeeijo!
Tá linda a fic. Finalmente Joe pediu ela em namoro kkkkkkkkkk esse velho aí é o pai da Demi ne?
ResponderExcluirCada dia melhor e mais apaixonante! Só sei sentir 😍 é tão fofo o amor deles, é tão lindo... Mds, pensei que a Dianna fosse relevar um pouquinho com a Demi, mas não, tratou mal a menina de novo. Aff! Selena super amiga, sempre protegendo a Demi. Gente, eu quero mais cap. Tô sem tempo, mas a cada dia quero mais um capítulo. Fico só na ansiedade. Não demore a escrever e postar o capítulo aqui. Bjos, até breve
ResponderExcluirQUE LINDO!
ResponderExcluirEu acho que esse cara é o pai da Demi e eu não acho que ela foi fruto de um estupro. Na verdade criei uma teoria: Dianna na juventude namorava/era apaixonada por Inácio/David, ele podia não ter tantas condições, e ela engravidou.
Não julgo a reação da Dianna, acho que é o mecanismo de defesa dela por mais que machuque a Demi, acho que ela também não teve isso da mãe e então não sabe demonstrar.
ANSIOSA PARA OS PROXIMOS
Queremos capítulo novo kkkk
ResponderExcluirPosta logo 😍😍😍😍
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