Em Agosto, o verão estava estampado por toda Nova York. O Central Park era a prova viva. A grande quantidade de árvores, flores e o lago mudavam de acordo com a estação. Como era verão, o sol brilhava intensamente no céu claro com poucas nuvens! Boa parte do dia passado tinha sido agradável, a temperatura tinha caído um pouco à noite, mas nos primórdios da manhã os termômetros marcavam quase trinta graus! Resumindo, não tinha sido uma boa escolha dormir vestindo moletom! Ainda mais quando Joe naturalmente esquentava qualquer ser enquanto dormia. Por diabos ele era tão quente? Será que era febre? Respirando fundo completamente aliviada por se livrar do moletom, Demi levou a mão à testa de Joe o examinando. Estava tudo normal. Caso estivesse com febre, Joe não estaria tão tranquilo e sereno dormindo profundamente.
- Droga! – Murmurou Demi desviando o olhar
do namorado para desligar o despertador do celular. Que milagre tinha sido
aquele? Ela tinha acordado pouquíssimos minutos antes do despertador! Definitivamente
era algo fora do normal, sempre acontecia o contrário...
O
que faria? Dentro de uma hora e meia Demi deveria estar no escritório no prédio
da Gyllenhaal trabalhando como em todas as manhãs. Como Joe ficaria? Ela não
poderia deixá-lo naquele hospital sozinho! Não mesmo. Quando o segundo
despertador começou a tocar, não teve jeito. Joe murmurou ainda em sono e
tateou a cama a procura de algo que Demi tinha certeza que era ela. Ele estava
tão bonito dormindo, aliás, ele sempre ficava bonito enquanto dormia. Deitado
de bruços, Joe abraçava o travesseiro e tinha os lábios entreabertos. A
respiração estava tão calma! O cabelo macio bagunçado, as bochechas tinham
aquela leve lembrança de quando coradas e a aliança no dedo dele fez Demi
sorrir de orelha a orelha.
- Ei.. – Ela não resistiu e o beijou na bochecha,
e não demorou muito para Joe abrigá-la no peito abraçando-a por trás. – Joseph.
– Chamou sorrindo e ele apenas murmurou contra o cabelo dela. – Acorda, príncipe.
– Aos poucos ela conseguiu se virar ficando de frente para ele. – Vamos,
acorda. – Ah! Ela tinha ganhado o dia! Foi tão lindo quando, aos pouquinhos,
ele abriu os olhos relevando aquele verde magnífico! E o sorriso nos lábios?
Demi acariciou a bochecha dele com a ponta dos dedos admirada com a beleza
daquele homem.
- Bom dia. – O beijo não passou de um breve
roçar de lábios, trocaram olhares apaixonados e Joe beijou carinhosamente a
testa de Demi. – Até que essa cama não é ruim. – Ele disse levando a mão a cintura
dela por baixo da camisa.
- Não é. – Demi obsevou atentamente o toque
dele em seu corpo e também guiou a mão para tocá-lo no músculo do braço coberto
pela blusa de moletom. – Não está com calor? – Perguntou porque ela estava com
calor e podia sentir que Joe continuava quente.
- Um pouco. – Quando ele se ergueu para
tirar o moletom, Demi engoliu em seco porque ela tinha visto de camarote cada
movimento dos músculos dos braços dele flexionados e boa parte da barriga
chapada à mostra quando a camisa subiu. – O que foi? – Ele perguntou e umedeceu
os lábios voltando a se deitar.
- Nada. – Ela só tinha levado a mão à
barriga dele para acariciá-lo ali. – Não sei o que fazer com a Gyllenhaal. –
Disse mais concentrada em deslizar as pontas dos dedos abaixo do umbigo dele
arranhando levemente aquela região com as unhas arrancando um gemido baixinho
de Joe.
- Dem.. – Ele gemeu mais uma vez e enlaçou
os dedos aos dela antes que alguém despertasse por completo.. – Você tem que
ir, eu entendo. – Disse a olhando nos olhos. – Posso resolver as coisas por
aqui, depois vou para casa.
- Só vou sair daqui com você. – Disse
brincando com o anel dele. – A Gyllenhaal vem depois.
- Dem.. – Demi negou balançando a cabeça.
Ele não a convenceria. Jamais! Ela cuidaria dele pelo menos naquela parte da
manhã, era mais importante. – Não quero te prejudicar no trabalho.
- Está tudo bem, ok? – Relutante Joe
assentiu, encostou os lábios nos dela num beijinho rápido que foi interrompido
quando bateram à porta.
- Bom dia! – A mesma médica que tinha
atendido Joe na noite passada adentrou o quarto assim que Demi abriu a porta e
cedeu passagem. – Como você passou a noite? – Bem, Joe sorriu um pouco
envergonhado sem deixar de olhar para Demi. Ele tinha passado a noite muito
bem!
- Bem. – Ele disse se ajeitando para que a
médica pudesse aferir a pressão e realizar os demais procedimentos. – Já posso
ir para casa? – Perguntou assim que a médica verificou os batimentos cardíacos dele
e aplicou a insulina no músculo do braço esquerdo.
- Você está liberado. – Disse finalmente
arrancando um sorriso de Joe. – Lembre-se de tomar os seus remédios todos os
dias, nada de bebida alcoólica e tem que tomar insulina corretamente e se
alimentar! Pessoas com o seu estado de saúde precisam de acompanhamento médico,
e eu quero você no meu consultório uma vez por mês. Nós precisamos fazer alguns
exames. – Demi franziu o cenho e o coração quase saiu pela boca.
- Está tudo bem? – Perguntou preocupada
porque Joe tinha a saúde delicada e deveria ser a terceira vez que ele passava
mal a ponto de parar no hospital.
- Está. São apenas exames de rotina
necessários para pessoas com essa condição de saúde. – Aquilo soou tão formal.
– O café da manhã será servido dentro de uma hora.
- Não posso tomar café da manhã em casa? –
Perguntou Joe porque ele sabia que Demi não o deixaria enquanto ele estivesse
naquele hospital, e ele não queria prejudicá-la de forma alguma no trabalho. Já
bastava tudo que Jake tinha feito na conferência.
- Bem.. – Era possível ficar mais
constrangedor? A médica olhou de Demi para Joe e sorriu cabisbaixa. – Você já
pode ir, mas lembre-se do que eu disse: Tem que se alimentar e tomar a insulina
antes das refeições principais, e nada de bebida alcoólica. – Joe assentiu
esboçando um pequeno sorriso. No dia passado ele tinha ficado tão nervoso porque
pediria Demi em namoro que a única coisa que tinha o sustentado tinha sido o
café da manhã. E ele realmente não teve a intenção de tomar tanto vinho como
tinha feito, era apenas o nervoso falando mais alto que a razão.
Antes de buscarem o atestado médico, Joe e Demi passaram no banheiro para fazer a higiene matinal e logo seguiram até o consultório e
pagaram o hospital no setor financeiro no caminho de saída. E durante todo o
processo eles ficaram de mãos dadas e trocaram olhares apaixonados.
- Vamos pegar um táxi. – Disse Joe. Demi
franziu o cenho e negou balançando a cabeça. Era bom caminhar abraçada com ele
e a sensação térmica naquela manhã estava tão gostosa. A sensação de sentir os
raios de sol aquecer o corpo e toda aquela vista magnífica de Nova York era
boa.
- Nós vamos passar no mercado e na Rocco’s,
é caminho para o seu apartamento. – Disse Demi observando o movimento das
pessoas e dos carros. – Ei, nada de careta. – Ela o cutucou no braço quando o
flagrou com aquela cara de emburrado que ela conhecia bem. – Nós vamos comprar
comida e tomar um reforçado café da manhã na Rocco’s, eles têm pão integral e todo
o tipo de massa que você pensar. – Joe assentiu e antes que eles pudessem
atravessar a rua de mãos dadas, beijou a testa de Demi.
A
mulher era exagerada! No mercado, a cada meia hora Demi perguntava se estava
tudo bem e ela tinha comprado tanta coisa que não deu certo tomar café da manhã na Rocco’s. Demi apenas comprou pão integral, muffins e um belo pedaço de bolo
quando passou pela padaria. Ah! E Joe não tinha gostado nenhum pouco de como os
rapazes que trabalhavam na padaria eram íntimos de Demi.
- Nós deveríamos ter passado na Rocco's primeiro. Você está calado, o que foi? – Perguntou
Demi assim que as portas do elevador do prédio de Joe abriram no andar onde o
rapaz morava. Desde a Rocco’s, Joe estava calado e quando Demi falava ou
perguntava alguma coisa ele só respondia com sim e não. – Joseph! – Ela o
reclamou quando ele deu de ombros. – O gato comeu a sua língua? – Resmungou
enquanto abria a porta do apartamento. O clima desagradável entre eles só foi
quebrado porque Lucy latiu e pulou alegre quando as suas duas pessoas favoritas
adentraram aquele apartamento silencioso. A cadelinha estava tão feliz que
corria de um lado para o outro e latia sem perder o fôlego. – Ei princesa, vem
cá! – Demi se agachou para abraçar a cadelinha e riu quando ela quase a
derrubou de tão feliz que estava. – Ele está mal humorado. – Disse Demi à
cadelinha que mesmo em seus braços olhou para Joe que passou direto para a
cozinha. – Ei, você não vai falar com a Lucy? Ela sente a sua falta. – Disse
Demi assim que adentrou a cozinha com Lucy a sua cola que correu para perto do
dono para apoiar as patinhas nas pernas de Joe e se espreguiçar.
- Oi princesa, senti saudades de você. – Ok,
o problema não era Lucy. Demi franziu o cenho quando Joe acariciou atrás das
orelhinhas da cadelinha e se agachou para poder abraçá-la. O que ela tinha
feito para deixá-lo emburrado daquele jeito?
- Eu vou preparar o café da manhã. – Ao menos
ele a olhou e assentiu antes de voltar toda a atenção para Lucy. Geralmente as
pessoas julgavam mal os homens, principalmente os que moravam sozinhos. O
apartamento de Joe era organizado e limpo, o que ajudou bastante Demi a
preparar o café da manhã. Ela começou higienizando as frutas para que pudesse
cortá-las em cubinhos. O próximo prato foi os mistos que quase queimaram quando
Joe disse que iria ao quarto e já voltaria para ficar com ela. – O que você
fez, pequena? – Demi sorriu para Lucy assim que ela pôs-se nas patinhas
traseiras ficando em pé. E era óbvio que Lucy queria comida. E Demi a presenteou
com um pedaço do bolo e se preparou para esquentar o leite. Até mesmo as
panelas, que não eram muitas, estavam organizadas! – Joseph! – Reclamou assim
que fechou o armário e se deparou com Joe escorado sobre o balcão a olhando. –
Você me assustou. – Disse desviando o olhar do olhar intenso dele para caixa de
leite. – Você vai ficar mesmo calado? – Perguntou segundos mais tarde quando o
leite já estava em temperatura ambiente e pronto para se juntar a tigela de
cereal.
- De onde você conhece aquele rapaz da padaria?
– Demi arqueou uma sobrancelha e mordeu o lábio inferior para conter um
sorriso. Ele estava com ciúme! Como ela não tinha percebido? Ele estava todo
fofo no mercado e depois que passaram na Rocco’s, Joe mal tinha dito uma
palavra. – E o outro. – Disse enquanto abria as cortinas da cozinha permitindo
que a luz do sol adentrasse ainda mais aquele espaço o iluminando
perfeitamente.
- Da padaria. – Demi puxou uma cadeira para
que pudesse se sentar a mesa e quando Joe se sentou e a olhou, ela deu de ombros
só para provocá-lo porque ele tinha feito a mesma coisa mais cedo. – Algum
problema? – Perguntou espetando um cubinho de fruta com o garfo, e quando o
levou para boca, ela olhou para Joe.
- Vocês são amigos? – Perguntou mal-humorado
quando se lembrou de como o rapaz tinha sorrido e olhado para Demi. Será que
ele não tinha visto a aliança no dedo dela? Ou melhor, será que ele não tinha
notado que Demi estava acompanhada?
- Conhecidos. – Disse tocando a perna dele
com a dela. – Por quê? – Perguntou começando a roçar a perna a dele e
discretamente Demi observava a reação de Joe. As bochechas dele coraram e ele
umedeceu os lábios antes de provar o bolo e beber um pouco do iogurte natural.
- Você já.. Hum.. Já namorou algum deles? –
Perguntou minutos mais tarde. Ele tinha enrolado bastante para fazer aquela
pergunta, e Lucy tinha o ajudado já que ela não se cansava de comer bolo e Joe
dava de bom grado fatias à cadelinha.
- Não. – Disse o olhando e Joe desviou o
olhar do dela porque estava com vergonha. – Eu conheci a Rocco’s quando comprei
o meu apartamento. Gosto das massas deles. – Como sabia que ele estava com
vergonha, Demi roçou a perna a dele com mais força e sorriu quando Joe também
sorriu cabisbaixo. – Você fica um amor com ciúme, mas por favor, não fica mudo,
isso é muito chato. – Ela levou a mão a dele e enlaçou os dedos sem deixar de
olhá-lo.
- Eu só não sei como isso funciona direito.
– Disse e fez careta quando Lucy latiu e apoiou as patinhas na perna esquerda
dele pedindo por mais comida. – Desculpa por ser chato. – Ele retribuiu o
carinho roçando a perna dela com a dele timidamente. – Obrigado por fazer o
melhor café da manhã, gatinha. Está uma delícia. – Disse e Demi sorriu de
orelha a orelha porque adorava quando ele a chamava de gatinha.
- Não vai comer mais? – Perguntou e Joe
assentiu dando para Lucy um pedacinho do misto para que então ele pudesse comer
sossegado. – Você está se sentindo bem? – Demi estava satisfeita por vê-lo
comer com fartura e vontade, eram raros os momentos que Joe comia e quando
acontecia era gratificante.
- Estou bem. – Ele disse provando das
frutas. – E você? Tudo bem? – Perguntou a olhando e Demi assentiu prontamente. –
Você vai trabalhar?
- Bem.. – Ela olhou a hora no relógio da
cozinha. Não eram nove horas, ainda dava tempo de pegar o turno da manhã. – Vou
levar o seu atestado e resolver alguns problemas ainda na parte da manhã. – Ela
não queria ir, mas sabia que poderia ter problemas seriíssimos caso não
justificasse a falta, até porque Jake não era Jason para perdoar faltas.
- Podemos almoçar juntos? – Perguntou
cobrindo a mão dela com a dele e Demi assentiu sorrindo. – Posso te levar para
Gyllenhaal? – Demi perdeu o fôlego quando ele roçou a perna contra a dela e a
olhou daquele jeito que ela conhecia muito bem.
- Nada disso! Você vai ficar quieto aqui com
a Lucy descansando, ok? Nós saímos para almoçar ou quando eu chegar, improviso
alguma coisa para a gente comer. – Joe revirou os olhos, mas assentiu.
- Eu posso cuidar da cozinha, não quero que
você se atrase ainda mais. – Disse e Demi assentiu se levantando. Ela ainda
teria que se arrumar e poderia levar certo tempo para ficar pronta. – Eu posso
te levar lá, nós podemos pegar um táxi. – Demi negou balançando a cabeça e se
aproximou para que pudesse sentar ao colo dele.
- Não. Está tudo bem. – Disse observando os
pelinhos da barba que começavam a nascer no queixo de Joe. – Só preciso de um
beijo. – Os lábios dele faziam um bom trabalho distribuindo beijinhos pelo
pescoço. Demi chegou a fechar os olhos quando os beijos ficaram mais intensos
causando arrepios em todo o corpo e as mãos de Joe começaram apalpá-la com
vontade no bumbum e na cintura. – Amor.. – Gemeu e Joe finalmente guiou os
lábios para os dela iniciando um beijo intenso e apaixonado. Aos poucos Demi se
sentou ao colo de Joe com o corpo dele entre as pernas e se moldou ao corpo
másculo deixando que as mãos tocassem o corpo dela sem restrição. E se Lucy não
tivesse latido e apoiado às patinhas na perna de Demi, bem, a cama seria a
próxima parada. – Eu acho que já vou. – Demi respirou fundo tentando colocar
todos os pensamentos em ordem, mas o beijo que Joe depositou no tórax dela a
desconcentrou completamente.
- Vou te esperar para o almoço. – Ele disse
a olhando e Demi assentiu puxando o cabelo da nuca dele. – Obrigado por cuidar
tão bem de mim. – Tudo que ela tinha feito foi sorrir e Joe não resistiu ao
queixo dela e o beijou.
- É melhor eu ir. – Relutante Demi se
levantou assim como Joe que franziu o cenho com toda a encenação de Lucy. – É
melhor colocar ração para ela. – Disse arrumando a blusa ao corpo e arrumando o
cabelo. Sair na rua descabelada não era uma opção. – Ei menina, se comporta,
ok? – Lucy estava tão interessada em comer que não deu muita atenção para Demi,
a pequenina preferiu seguir Joe que tinha o saco de ração em mãos e caminhava
em direção a tigela dela.
- Ao menos ela não vai querer sair para rua.
– Toda vez que Joe abria a porta do apartamento, era uma dificuldade para
controlar Lucy, pois ela queria ir para rua sobre quaisquer circunstâncias. E
com a pequenina envolvida com a ração, Demi não teria problemas para sair do
apartamento e Joe com uma cachorrinha fujona. – Posso te acompanhar até o seu
apartamento? – Joe tinha a bolsa de Demi em mãos e não queria entregá-la para namorada de forma alguma.
- Hoje não, é melhor você ficar quieto aqui.
– Aos poucos Demi coseguiu pegar a bolsa das mãos dele e o abraçou
carinhosamente. – Eu vou me cuidar, não precisa ficar preocupado. – Disse e Joe
assentiu relutante. – Até a hora do almoço. Qualquer coisa é só ligar. – Ele tornou a
assentir e beijou ternamente os lábios de Demi sem querer deixá-la partir, e
bem, ela também não queria ir, mas não havia muitas escolhas.
- Meu Deus! Não dá para ter sossego com
você! – Por um pouco Lucy escapuliu! Sorte era que Joe era ágil e conseguiu
pegar a pequenina no colo e fechou a porta do apartamento. – O que eu faço com
você? – Perguntou acariciando as orelhinhas de Lucy que encostou a cabeça no
peito dele e o lambeu. – O que você acha da gente dá uma voltinha no Central
Park? – Bem, Lucy precisava passear e ficar preso naquele apartamento não seria
legal. Demi que o perdoasse. Enquanto decidia o que faria, Joe limpou o quarto
e a bagunça da cozinha. Era uma pena ter que jogar as pétalas de rosa no lixo e
guardar as velas, se ele não tivesse desmaiado na noite passada, à noite com
Demi seria fantástica! Entretanto à noite no hospital não foi ruim, eles se
divertiram e foi tão especial.
Desde
quando havia tantas notificações no celular? Joe se deitou na cama e franziu o
cenho. As pessoas estavam curtindo a foto dele com Demi no restaurante, pessoas
que ele não conhecia e bem, praticamente todos os seus primos, primas, tios e
tias tinham curtido a foto no instagram de Demi, exceto uma pessoa.. Rose
estava sem a foto do perfil e tinha deixado mais de quinze mensagens para ele.
Não eram duas, cinco ou dez mensagens! Eram dezesseis! E todas elas eram
pequenos textos e a última uma mensagem de voz de pouco mais de um minuto e
alguns segundos. O que ele faria? Joe respirou fundo se sentindo nervoso e até
mesmo frio na barriga ele sentia. A coragem era tão pouca para começar a ler as
mensagens de Rose, que Joe preferiu responder os outros contatos. Começando por
Derick e alguns de seus primos que insistiam em perguntar sobre Demi e o que
uma moça tão bonita como ela queria ao lado dele. Por que diabos todo mundo
tinha que ser tão curioso? Era por aquele motivo que ele evitava tirar fotos..
- Lucy, vem cá. – Chamou a cadelinha quando
ela adentrou o quarto e apoiou as patinhas na cama, mas acabou subindo nela quando
ouviu a voz do dono. – Acho que eu estou encrencado. – Ele comentou acariciando
as orelhas de Lucy que se aninhou a ele e preferiu ficar quietinha sentindo o
carinho. – Acho que é melhor a gente ir. – Ah sim! Ele queria muito
fugir antes que.. Deus! O que era aquilo? Rose ficou online e começou a
digitar. Ele não queria enfrentá-la agora porque não sabia o que diria para menina. Tinha o que dizer?
“Então...?” – Rose.
O
que tinha para falar de um “Então...?”
ele nem mesmo tinha lido as outras mensagens e ouvido a mensagem de voz.
“Desde quando você visualiza e não responde? Nova York te
mudou, Joseph Jonas.” – Rose.
Ela
tinha o chamado de Joseph Jonas e colocado o ponto final na frase. Rose nunca
colocava o ponto final porque dizia que a conversa ficava muito “formal”.
Aquilo era simplesmente uma droga!
“Ro! Eu vou acabei de abrir a sua conversa. Como está a
vovó?” – Joe.
“Sério Joseph? Você visualizou tem cinco minutos e nada!”
– Rose.
Ela
nem mesmo esperou que ele digitasse. Rose estava uma fera! E ela não o
perdoaria tão cedo. Quando Joe começou a ler a mensagem da prima, Demi enviou
uma mensagem para ele e bem, ele foi ler a mensagem dela e respondê-la o mais
rápido possível com um “Eu estou bem.
Também te amo!”.
“Como está a vovó? Agora você também é cara de pau? A
vovó está super preocupada com você! Você não liga, demora um século para
responder as nossas mensagens e só sabemos que você está vivo quando você é
marcado numa foto... Todos estão preocupados com você em Nova York, mas pelo
visto as coisas estão boas demais por aí...” – Rose.
Três
pontinhos nunca era bom. O que ele diria? Joe massageou as têmporas e franziu a
boca quando olhou para Lucy. As coisas não estavam boas para o lado dele. Não
mesmo.
“Se você continuar mandando esse tanto de mensagem, eu
não vou conseguir ler todas as outras suas. E a gente se falou não tem nem
quatro dias. Está tudo bem, eu estou me virando. Nova York não é um bicho de
sete cabeças, e fala para vovó que eu vou ligar para ela.” – Joe.
“ Você não precisa ser grosso comigo. Eu não sou a sua
garota de recados. Claro, Nova York não é um bicho de sete cabeças. Todos nós
percebemos como você está muito bem aí. Quer saber? Nem precisa ler as minhas
mensagens, não é importante mesmo. Você deve estar ocupado com o seu trabalho
na melhor empresa de tecnologia do país e com a sua namorada. Vou te deixar em
paz.” – Rose.
Rose
nem mesmo deu chances para que ele pudesse respondê-la. Era simplesmente horrível
quando ela fazia todo aquele drama, e toda vez que acontecia Joe ficava sem
saber o que fazer para contornar a situação, mas daquela vez era pior porque
ele realmente se sentia culpado. Ligar pelo menos uma vez no dia para avó não
faria mal algum. Clara se preocupava com ele, céus! E como se preocupava! Ela
tinha o criado e o protegia com a própria vida.
“Estou com tantas saudades de você. Eu estava conversando
com a minha mãe e talvez eu vou te visitar. Claro, se você quiser. Sinto muita a
sua falta. Essa fazenda, literalmente, não é a mesma sem você. Tudo está tão
chato.”– A
primeira mensagem de Rose o fez sorrir e tinha sido pelo menos uma hora antes
da foto com Demi.
“Nós estamos comendo o seu bolo, a vovó o fez para
receber o pessoal da fazenda vizinha, o filhinho deles também é diabético.” –
Rose.
“Você já viu o céu essa noite? Eu e o Derick subimos na
torre da caixa d’água para ver o céu. As três marias estão brilhando tanto.
Sempre que as vejo, penso em você. Joseph, você está aí?” – Rose.
“Quando você vem para casa? Eu acabei de chegar aqui em
casa, o Derick me deixou na porta, está ficando frio e nós vimos tantos
vagalumes da estrada. Lembra de quando a gente pegava e colocava dentro do pote
de vidro? Os grilos estão cantando muito!” – Rose.
“Droga, Joseph. Eu sinto a sua falta! E eu te amo tanto,
ficar longe de você está acabando comigo. Meu coração dói. Eu queria ser adulta
para poder ficar com você em Nova York. A gente podia alugar um apartamento e...
Você sabe... Ficar juntos.” – Rose.
“Você está aí? Por que está demorando tanto para
responder? Você nunca demora a responder, estou começando a ficar preocupada.
Dizem que o transito dessa cidade é uma loucura, estou rezando para que tudo
esteja bem.” – Rose.
“Você está bem, eu posso sentir que está! Ah! Eu estava
pensando, você vem mesmo para minha formatura? Não falta muito tempo e eu
quero muito dançar com você. A minha primeira dança da noite, sei que vai ser
especial só porque vai ser com você!” – Rose.
“Joseph? Você está aí? Só estou enviando essa mensagem
para você não se esquecer de tomar a sua insulina e ficar longe de besteiras! Sempre
é bom lembrar.” – Rose.
“A mamãe fez torta para o jantar. Lembra de quando você
dormia aqui e ficava todo envergonhado quando a mamãe te oferecia alguma coisa?
Os seus: Sim senhora e Não senhora são tão fofos.” – Rose.
A
saudade de Rose o pegou de jeito e Joe franziu o cenho porque sentia tanta
falta da prima e de passar o dia todo com ela. Rose era uma amiga incrível e
deveria ser uma das poucas pessoas que o entendia na fazenda. Magoá-la, mesmo
que não fosse intencionalmente, era horrível, porém ele não podia corresponder
os sentimentos dela. Rose fazia parte da família, mesma não sendo de sangue, e
ele a enxergava como a irmã que nunca teve. Era apenas uma menina apaixonada. A
última mensagem que ele tinha lido sobre a torta e de como ele ficava
envergonhado tinha sido trinta minutos mais cedo que a próxima mensagem.
“Agora eu entendi o porquê de você não responder as
minhas mensagens e ficar tanto tempo sem dar notícia.” – Rose.
“Demi Lovato? Sério? Ela é/era amante do presidente da
Gyllenhaal, você sabia? Está nos principais canais de notícias e na internet.
Desculpa por te dar essa notícia assim.” – Rose.
“Por que Joseph? Eu sempre estive aqui para você, e você
prefere esse tipo de mulher que mal conhece. O seu lugar não é em Nova York, o
seu lugar é aqui no Texas cuidando da fazenda e com uma mulher ao seu lado que
te ama e que te fará feliz. Estou decepcionada.” – Rose.
“O que ela tem que eu não tenho?” – Rose.
“Deus! Eu sou tão estúpida por ficar implorando o seu
amor, mas eu não consigo te esquecer uma noite sequer. Passo o dia pensando no
que nós poderíamos estar fazendo caso você estivesse aqui... Pensando em como
seria perfeito se você gostasse de mim como eu gosto de você.” – Rose.
“O que ela tem que eu não tenho??? ME RESPONDE JOSEPH! O
que ela tem que eu não tenho?” – Rose.
“EU TE ODEIO TANTO POR ME FAZER SOFRER! E MESMO TE
ODIANDO EU NÃO CONSIGO PARAR DE TE AMAR E PENSAR EM COMO A GENTE SERIA FELIZ
NESSA DROGA DE FAZENDA SE VOCÊ ME AMASSE COMO EU TE AMO.” – Rose.
O
que ele responderia? Joe chegava estar pálido e tinha a boca numa linha. Ele
não queria machucar Rose, mas também não queria machucar Demi. De quem era
mesmo a culpa? Todinha dele por ter uma mulher apaixonada por ele e uma garota
de dezesseis anos também apaixonada por ele. A coragem para ouvir a mensagem de
voz era tão pouca, primeiro Joe fitou o teto do quarto, depois olhou para Lucy
que já dormia encolhida no corpo dele e então apertou o botão do play. Não
poderia ser pior que as mensagens, poderia? Claro que poderia! Rose estava
chorando, ele conhecia muito bem a voz embolada dela de choro. E novamente ela
dizia que estava muito decepcionada com a pessoa que ele tinha se tornado...:
“Menos de três meses
para o cara que eu conhecia mudar completamente. Tudo por causa de uma mulher.
Uma mulher nojenta e repugnante. Você sempre foi contra esse tipo de coisa,
traição. E está com uma destruidora de lares. Você sabia que o cara tem três
crianças e uma esposa que se diz devastada? E você está com ela. Quase não te
reconheci quando vi aquela foto. Cabelo arrepiado e sem óculos? Lembra de
quando eu insistia em arrepiar o seu cabelo e tirar esses malditos óculos? Você
sempre reclamava! Não vou comentar sobre a sua barba... Eu só me sinto traída e
você conseguiu partir o meu coração em milhares e milhares de pedaços, não sei
se vou conseguir te perdoar. Eu só queria que você me amasse, Joseph. Não serei
uma menina para sempre, você sabe que não. E mesmo sendo uma menina, eu sei o
que é bom para você e eu sou capaz de te dar tudo que você precisar: amor,
carinho, lealdade, cumplicidade e quem sabe até mesmo filhos. A vovó ficaria tão
feliz. Não sei o que ela vai pensar quando souber que você está com uma
destruidora de lares. Estou decepcionada.” – Rose.
Não,
Rose não faria aquilo! Joe fechou os olhos e respirou fundo. Quem estava
decepcionado era ele! Demi não era uma destruidora de lares! Ela era uma mulher
guerreira que só queria ser amada, ela era apenas uma vítima! Como diabos Rose
poderia julgá-la daquela forma? Aquilo era tão complicado! Quando o celular
vibrou mais uma vez, Joe pensou em jogá-lo contra a parede e acabar com tudo
aquilo. Rose tinha passado de todos os limites! Ele era um homem livre que
sabia o que era melhor para ele! Ninguém precisava tomar posse da vida dele.
“Estou contando os segundos para ficar com você. E nós
vamos ter o melhor almoço no nosso primeiro dia "oficial" como namorados. Obs.: Até que
pratos saudáveis não são péssimos como eu estava pensando. Te amo muito!” –
Demi.
Só
Demi para fazê-lo sorrir. Ele a respondeu todo apaixonado e ela o respondeu de
volta dizendo que teria que resolver uma papelada com o pessoal do
departamento. Rose estava online. E a vontade de respondê-la era quase nula.
“Eu estou bem. Pode deixar que vou ligar pra vovó.” – O que mais ele
poderia responder? Rose tinha visualizado no mesmo instante que ele enviou a
mensagem e parecia estar esperando mais respostas. – “Nós já conversamos sobre isso. Você sempre será a minha garotinha.”
– Era o melhor que ele poderia fazer. Por mais que estivesse magoando com
Rose, ele não queria ser grosso com ela ou perder o controle da situação.
“Ótimo. A última coisa que ela merece é mais um neto para
preocupá-la, até então você era o único que tinha juízo... Você é um idiota
Joseph, sinceramente. Eu não quero ser sua garotinha, eu quero ser a sua
mulher! Pena que esse puta estragou os nossos planos e deve estar rindo de mim
agora mesmo. E claro, você é um banana e se deixar ser manipulado. B A N A N Ã
O! !” – Rose.
“Agora você passou de todos os limites. Eu estou
decepcionado com você! Desde quando você julga as pessoas sem conhecê-las? Não
é para isso que os seus pais lutam todos os dias. Eu não consigo ficar com
raiva de você, até entendo, mas eu sempre deixei muito claro que você é como
uma irmã para mim e eu jamais vou te imaginar dessa forma. Não diga coisas
sobre a Demi, você não a conhece.” – Joe.
Ele
não responderia mais nenhuma mensagem de Rose. Não alimentaria mais aquela conversa
porque não tinha sentido. O único fruto daquela discussão foi a dor de
cabeça que começava perturbá-lo.
- Você quer passear com o papai, princesa? –
Perguntou carinhosamente para Lucy que o olhava com os lindos olhos cor de mel
como se soubesse que ele estava triste. – Ei, eu vou ficar bem, ok? – O coração
dele transbordou de amor quando Lucy começou a lambê-lo como se estivesse
cuidando dele.
Rose
tinha conseguido estragar o dia. Joe estava tão desanimado para se levantar e
aproveitar a manhã que se não fosse por Lucy, que para animá-lo o lambeu e
começou a pular na cama, Joe teria passado o dia inteiro lá pensando nas
palavras da prima. No final das contas, os Lucy e Joe lucraram. A cadelinha
estava demasiadamente feliz envolta pela guia cor de rose que Joe segurava. O
dia estava tão bonito e sentir todo aquele calor era bom. Joe caminhou um pouco
pelo Central Park e resolveu soltar Lucy da guia para que ela pudesse correr
com os outros cães. A pequenina era tão alegre e feliz. Joe não conseguia se
imaginar sem ela para alegrar o seu dia. E foi divertido quando Lucy correu até
ele com a linguinha para fora da boca e latiu como se o convidasse para brincar
com ela. Joe foi de bom grato, correu pelo parque com a pequenina e não deu
vinte minutos para que ele ficasse cansado e todo suado já que estava quente. O
resto do passeio foi tranquilo, Joe preferiu segurar Lucy nos braços já que o
cimento estava quente demais para ela caminhar e eles descansaram num banquinho na
sombra e tomaram água mineral enquanto observavam o movimento do parque.
- O que você acha da gente cozinhar pra
Demi? – Ele tinha acabado de abrir a porta do apartamento. Faltavam trinta minutos para o horário de almoço da Gyllenhaal e Demi chegaria a qualquer
momento. Lucy apenas o olhou e correu para cozinha certamente para tomar água,
e Joe fez o mesmo. – Eu acho que a senhorita precisa de um banho. – A
temperatura estava muito elevada e a cadelinha era peluda, e como era! Os
próximos minutos foram tensos! Quando Lucy viu o xampu, a escola e a toalha..
Ela correu! Foi difícil para pegá-la, Lucy entrou para debaixo da mesa e Joe
era um homem grande. Resumindo: foi um desastre, mas Joe acabou por pegar a
pequenina e a levou para o banheiro. – Se você colaborar, vai ser rapidinho. –
Disse para tentar acalmá-la, e ele ficou mais encharcado que a cadelinha, mas
depois de muita insistência Lucy cedeu finalmente ao banho. – Foi tão ruim
assim? – Ela era uma gracinha! Joe sorriu enquanto secava o pelo de Lucy com a
toalha. Ela estava grande, gordinha e muito saudável! – Eu te amo. – Ele disse
se preparando para beijá-la entre as orelhas e Lucy o lambeu no queixo. Ela
estava feliz, diferente daquele filhotinho faminto procurando por comida num
saco de lixo.
Lucy
estava limpa e Joe percebeu que a pequena estava mais relaxada depois do banho.
Assim que organizou a bagunça do banho de Lucy, foi a vez de Joe tomar banho. Até
que a manhã com Lucy o fez esquecer da desastrosa conversa com Rose, mas quando
estava debaixo do chuveiro, Joe pensou na prima e nas palavras dela. Rose
estava sendo mimada e precipitada por julgar Demi sem conhecê-la. E falando
nela.. Joe tinha acabado de vestir a bermuda quando bateram à porta.
- Oi. – Ele sorriu de orelha a orelha ao
abrir a porta e se deparar com Demi. Ela estava simplesmente linda! A roupa
social que ela vestia era tão sexy e se ajustava perfeitamente ao corpo curvado. Joe gostava de como a camisa branca feminina de botões moldava os seios e
a saia secretária de cor cinza mostrava discretamente as curvas do bumbum e das
coxas. O blazer de Demi estava perfeitamente dobrado e repousava no braço.
O cabelo marrom estava penteado e caia tão lindamente pelos ombros, e a
maquiagem era leve e destacava os olhos marrons.
- Oi. – Ela sorriu igualmente para ele
observando o cabelo molhado e despenteado, a barba nascendo e os olhos verdes. Joe estava sem camisa e ele era demais! O peito largo abrigava alguns
pelos assim como um pouco abaixo do umbigo e os braços eram fortes.
- Você está linda. – Elogiou quando ela
adentrou o apartamento. Ele estava corado, mas não era de vergonha.
- Você também! – Demi sorriu quando ele a
abraçou apertado e a beijou no pescoço. – Você está tão cheiroso. – Disse
quando ele levou as mãos a cintura dela e a olhou nos olhos.
- Acabai de tomar banho. – Era óbvio que ele
tinha acabado de tomar banho, o cabelo molhado e as gotículas no peito eram as
provas perfeitas. – Você também está cheirosa. – Os dois sorriram e se
ajeitaram para trocar um beijo matando toda a saudade que sentiam um do outro. –
Como foi no trabalho? – Joe roubou um selinho e pegou o blazer e a bolsa para colocá-los sobre a mesinha onde ele guardava as chaves e outros pertences.
- Ah, foi a mesma canseira de sempre. –
Disse enlaçando os dedos aos dele para que pudessem caminhar para cozinha. –
A Sel me deixou aqui, e ela preferiu passar a manhã toda conversando com a Mary. Tivemos um pequeno
problema com os estagiários e para completar o dia, o Jake resolveu não
aparecer e tudo ficou uma loucura. – Joe puxou uma cadeira para que Demi
pudesse se sentar.
- Problema com a rede? – Perguntou buscando
pelos biscoitos e o suco de caixinha que tinha comprado especialmente para Demi
já que tudo que eles preparavam tinha que ser sem açúcar.
- Não, tudo bem com essa parte. – Demi
sorriu para Lucy e a acariciou a mimando quando a pequenina apoiou as patinhas
em sua saia e latiu pedindo atenção. – Você acha que eu sou ciumenta? –
Perguntou do nada quando Joe a serviu e se sentou à mesa ao lado dela.
- Ciumenta? – Joe acariciou a bochecha dela
e sorriu a olhando. – Acho que você só cuida do que é seu, por quê? – Ele não
conseguiu resistir à beleza dela, principalmente quando Demi mordeu o lábio
inferior e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. Joe a puxou para um
beijo intenso com direito a mãos bobas e tudo mais! E quando eles finalizaram o
beijo, Demi sorria com a cabeça apoiada no peito dele.
- A Sel disse que eu sou muito ciumenta. –
Ela disse ainda afetada com o beijo que trocaram. – Eu só não gosto de toda
atenção que ela dá para Mary, isso é tão chato. Quando ela está com a Mary, eu me
sinto completamente sozinha e deslocada. – Demi ergueu a cabeça para olhar nos
olhos de Joe que fitavam os dela intensamente.
- Dem.. – Começou a dizer alguns segundos
mais tarde. Ele só conseguia acariciá-la e fitar os lindos olhos marrons dela
pensando em como aquela mulher era especial para ele. – Você é ciumenta, e eu
acho isso tão fofo. – Ok, ele estava mais interessado em beijá-la e Demi não
recusou o beijo dele. Ela repousou a mão no músculo do braço de Joe e
correspondeu ao beijo gostando do carinho que recebia na bochecha. – A sua relação
com a Sel é.. O Ed acha que vocês têm um caso. – Demi riu e o som da risada
dela era tão gostoso e contagiante que Joe também riu. – Isso é um sim,
gatinha? – Perguntou a acariciando no queixo.
- Não, amor. Nós nunca tivemos nada. – Era
estranho, Demi sabia que era e sabia que Sel também pensava o mesmo, mas elas
simplesmente se comportavam daquela forma quando se tratava da amizade, razão
da qual a maioria das pessoas pensavam que elas eram um casal. – Às vezes rola
um clima, mas é apenas um clima, nada demais. – Joe riu imaginando como Ed
ficaria eufórico caso estivesse ali com eles. – Nós já combinamos que se nada
der certo, vamos casar e adotar lindas crianças e ficar velhinhas juntas. – Joe
fez careta e a puxou para mais um beijo de arrepiar.
- Você
vai ficar velhinha comigo. – Disse no ouvido dela aproveitando para mordiscá-la
na orelha. – Eu sinto muito por estragar o seu plano com a Sel, mas você é só
minha. – Demi sorriu acariciando o cabelo da nuca dele enquanto sentia os
beijos de Joe em seu pescoço.
- Acho que alguém está muito carente. – Comentou
quando ele se ergueu e a olhou diretamente nos lábios antes de beijá-los cheio
de paixão. – Joe, nós vamos fazer o almoço. Você precisa comer. – Ela ofegava e
tinha gemido baixinho quando Joe começou a desabotoar a camisa dela durante os
beijos que ele distribuía no pescoço e no tórax. – Não, almoço. – Ela impediu a
mão dele de desabotoar mais botões e de acariciá-la no seio como Joe sabia que
ela gostava. Estava no horário de almoço e tudo que importava era Joe se
alimentar corretamente. – Nós podemos namorar depois do almoço, ok? Agora não.
– Relutante Joe assentiu descansando a cabeça no ombro dela.
- Eu só sinto a sua falta. – Ele disse
manhoso e Demi sorriu e se virou para que pudesse beijá-lo brevemente nos
lábios. – Alguém perguntou? – Disse se referindo a aliança brilhando no dedo dela.
- Apenas a Mary. – Disse com cara de poucos
amigos. Ela realmente não gostava de Mary e não tinha nada que a faria mudar de
opinião. – As pessoas olharam, principalmente no departamento. Você sabe,
mulheres são curiosas. – Joe assentiu e Demi revirou os olhos. – Por que a Lucy
está dormindo uma hora dessa? – Perguntou Demi de cenho franzido. Lucy não era
de dormir, e muito menos ficar quieta quando tinha comida.
- Ela está cansada. Nós caminhamos no parque
e quando chegamos, ela tomou banho. – Demi cerrou os olhos quando o olhou e Joe
deu de ombros sorrindo sem graça. – Dem, eu não podia deixar a minha menina sem
passear. E ficar aqui dentro sem fazer nada é chato. – Ele se lembrou de Rose e
no mesmo instante desviou o olhar de Demi. Será que ele deveria contar sobre a
prima? Demi ficaria profundamente magoada se ouvisse Rose a chamar de puta, e
ela não merecia ouvir aquela palavra nem mesmo numa brincadeira de mau gosto,
aliás, ninguém merecia.
- Eu só fico preocupada com você. – Disse
quando ele a olhou nos olhos. – Tudo bem? – Perguntou porque geralmente Joe
sustentava o olhar dela ou simplesmente corava, mas dessa vez ele estava
pensativo.
- Tudo. – Ele a beijou na bochecha e pegou
um biscoito. – Você já sabe o que nós vamos cozinhar? Estou começando a ficar
com fome. – Ah.. Ela também! Demi bebericou um pouco do suco e respirou fundo
quando Joe se espreguiçou mostrando como ele era forte e uma tentação! Diabos,
ela queria lamber aquele abdômen e beijá-lo nas entradas da virilha.
- Já tomou a insulina? – Perguntou pegando
um biscoito sem deixar de fitar o peito de Joe.
- Vou tomar agora. – Ele disse se
levantando para se espreguiçar mais dessa vez mostrando como ele era alto e
bonito.
- Pensei em cozinhar macarrão com alguns
legumes e vegetais, o que você acha?
- Vou grelhar frango para acompanhar. – Demi
assentiu e se levantou para separar o que usaria para preparar o almoço já que
o tempo que tinha com Joe não era muito.
Cozinhar
tinha sido divertido, e como! Lucy participou ativamente do momento pedindo por
biscoitos. As músicas que tocavam no rádio eram agradáveis e por minutos Joe e
Demi cantarolaram cada pedacinho das canções enquanto preparavam o almoço como
um casal: mais se beijavam e cantavam do que cozinhavam e conversavam, mas
ainda sim era divertido e o resultado foi satisfatório. O macarrão de Demi com
molho branco acompanhado de vários legumes e verduras junto com o frango
grelhado e apimentado de Joe tinha rendido uma maravilhosa refeição.
- A gente já pode namorar agora? – Demi mal
havia colocado macarrão para Lucy e Joe já estava na cola dela. E diabos,
porque ele estava mesmo sem camisa? Era desconcertante e milhares de
pensamentos maliciosos passavam pela mente de Demi. – Podemos? – Tornou a
perguntar a abraçando por trás já que Demi estava ocupada demais tampando as
vasilhas que estavam às sobras do almoço.
- Quantas horas? – Perguntou se virando para
abraçá-lo pelo pescoço e começar a beijá-lo no pescoço.
- Meio dia e meia. – Demi franziu o cenho,
mas fechou os olhos para beijar Joe quando ele se curvou para beijá-la.
- Eu tenho que voltar para a Gyllenhaal no
máximo até duas horas. – Disse e Joe assentiu começando a desabotoar os botões
da camisa dela. – Amor, eu não quero começar algo que não vamos terminar. –
Disse o impedindo de prosseguir e Joe respirou fundo controlando as mãos. – Eu
não quero estragar tudo porque tenho que sair daqui às pressas, vai ser
broxante. – Comentou deslizando as mãos pelo peito dele.
- Não vai ser broxante, você confia em mim? –
Se ela confiava nele? Demi assentiu timidamente e em troca Joe se curvou para
beijá-la todo cheio de cuidado e carinho. – Confia? – Tornou a perguntar
levando as mãos à cintura dela e a olhando nos olhos.
- Confio. – Bastou Demi dizer aquelas
palavras para Joe se curvar e beijá-la sem pressa enquanto suas mãos
trabalhavam em desabotoar os botões da camisa e acariciar cada pedacinho de pele
que era descoberta.
- Vamos para o quarto? – Perguntou entre os
beijos que distribuía no pescoço de Demi que assentiu prontamente. Joe a
conduziu para o quarto com os dedos enlaçados aos dela, e quando finalmente
chegou ao destino, ele ajudou Demi a tirar a camisa a repousando sobre o
criado-mudo. – Srta. Lovato, você é simplesmente linda. – Ele acariciou os
seios mesmo sobre o sutiã e quando olhou para os olhos de Demi, sorriu a
puxando para um beijo.
Era
tão bom ter Demi agarrada a ele. Joe suspirou quando tiveram que interromper o
beijo, a respiração dele estava falha assim como a dela e por segundos ele
repousou a testa a de Demi recuperando o fôlego. Trocaram sorrisos quando se
olharam e Demi se deixou ser guiada por Joe até a cama, onde ele pôs se joelhos
e a guiou para que ela fizesse o mesmo, claro que primeiro Demi tirou o sapato
de salto e quando o fez, ela apoiou as mãos nos ombros de Joe logo às subindo
para o cabelo da nuca dele o puxando e acariciando.
- Os seus olhos são lindos. – Ela disse
fitando os olhos dele e logo os lábios, onde o beijou castamente. – Ei, eu te
amo muito! Muito Joseph! – O coração de Demi batia tão forte e ela sabia que
deveria dizer aquelas palavras porque o que sentia por Joe era único e
especial. Ele a fazia feliz, amada e segura apenas por ser aquele homem incrível.
Os
olhos dele eram tão bonitos e intensos que Demi gemeu baixinho fitando os olhos
dele quando Joe começou a beijá-la do umbigo até que os beijos estavam entre os
seios onde ele mordiscou e beijou cheio de fome se livrando do sutiã com a
ajuda dela já que a experiência dele com aquele tipo de roupa era
pouquíssima. Outro gemido escapou pelos lábios dela quando os mamilos receberam
os toques dos dedos másculos os estudando e excitando até que um mamilo foi
envolto pelos lábios e segundos depois Joe mordiscou o outro e o sugou
levemente.
- Eles são lindos. – Disse Joe beijando a
curva dos seios gostando de como a pele clara de Demi ficava rosada facilmente.
Ele gostava tanto dos seios dela que quando a deitou na cama, continuou a
brincar sem muita pressa e com carinho naquela parte do corpo da amada a
fazendo suspirar e puxar o cabelo da nuca dele o estimulando a continuar. – Você
é tão linda. – Elogiá-la nunca era demais. Joe se ergueu e sorriu encantado com
a beleza da amada. O cabelo castanho dela estava esparramado ao redor da cabeça
e formava ondas tão bonitas e brilhantes, os olhos meigos fitavam os dele e o
sorriso não saía dos lábios de Demi por um segundo sequer.
- Você também Joe. – Ela espalmou o peito
largo gostando de como os pelos escuros davam a Joe um forte ar másculo. Então
ela o beijou no peito e o beijou na boca o abraçando para que pudesse espalmar
as costas largas com as mãos enquanto ele a apertava no bumbum e na cintura. –
Você está tão carente amor. – Disse quando ele a olhou nos olhos depois de
beijá-la na boca se esfregando ao corpo dela.
- Estou. Sinto sua falta, princesa. – Ele franziu
o cenho quando tentou pôr-se entre as pernas dela sem sucesso por conta da saia.
– Acho que você não precisa dessa saia. – Demi sorriu quando ele se curvou para
beijá-la nos seios e na barriga encaminhando os beijos em direção ao cós da
saia, onde Joe estudou como funcionava até que encontrou o zíper e o desceu
logo descendo a saia. – Eu gosto de vermelho. – Ah sim, ela tinha percebido
como ele gostava! Joe deixou um gemido baixinho escapar por entre os lábios
quando abaixou a saia e deparou-se com a calcinha vermelha de renda. – Posso tirar?
– Diabos! Ele a olhava intensamente nos olhos, os dedos estavam sobre o fundo
da calcinha a acariciando e foi o suficiente para desconcentrar Demi e
excitá-la.
- Você quer tirar? – Perguntou arqueando o corpo contra os dedos dele e Joe não precisou respondê-la porque sabia que ela
queria que ele se livrasse daquela peça o mais rápido possível, e foi o que ele
fez, desceu a calcinha e não conseguiu controlar o pequeno sorriso ao vê-la
completamente nua. – Por que você não tira essa bermuda? – Demi o abraçou
quando ele se deitou sobre ela para beijá-la no pescoço aproveitando para
acariciá-la da nádega esquerda até a coxa repousando a mão na parte de trás do
joelho. – Me deixa tirar essa bermuda, amor? – Demi o puxou pelo cabelo para
que Joe a olhasse nos olhos, e quando ele o fez, sorriu e mordeu o lábio
inferior dela iniciando um beijo rápido.
- Ainda não. – Ele disse se erguendo e a
olhando detalhadamente gravando cada detalhe para nunca esquecer. – Eu quero
te dar prazer. – Demi mordeu o lábio inferior entendendo o que ele queria
dizer. Joe não parava de olhá-la lá e
ele a beijou entre os seios beijando esses brevemente antes de descer beijos
molhados pela barriga lisa dela.
Além
da ansiedade, Demi pensou que infartaria a qualquer segundo. Ele a lambeu e
sorriu timidamente. Foi tão sexy que ela gemeu alto. Então a respiração quente
dele estava lá, os olhos verdes
fitavam os dela, o que tornava tudo mais intenso e prazeroso. Quando ele a
beijou no ponto mais sensível, Demi mordeu o lábio inferior e não ousou em
desviar o olhar do dele por mais que quisesse fechar os olhos e apenas sentir. E
aos pouquinhos foi acontecendo. Primeiro ele distribuiu beijinhos inocentes e
depois começou a investir com a língua na região mais sensível fazendo Demi
gemer alto e manhosa.
- Eu estou fazendo certo? – Era a segunda
vez que ele perguntava aquilo enquanto fazia sexo oral nela. Demi mordeu o
lábio inferior e franziu o cenho porque era demais para ela vê-lo naquela
posição...
- Você pode soprar e colocar o dedo. – As bochechas
dele coraram, mas a partir daquele ponto, tudo só ficou mais intenso. Joe
trabalhava a língua muito bem na entrada dela e no clitóris sensível o beijando
e o chupando, então ele o soprou como ela tinha sugerido e Demi arqueou o corpo
de tanto prazer. – Devagar... – Murmurou manhosa quando ele começou acariciá-la
com o dedo e aos poucos a penetrou fazendo Demi fechar os olhos e morder o
lábio inferior com força o sentindo começar a se mover devagar.
Joe
era carinhoso e por minutos enlaçou os dedos aos dela e se dedicou a beijá-la e
lambê-la fazendo Demi gemer alto até atingir o orgasmo completamente satisfeita
e sorridente.
- Isso foi muito gostoso. – Sussurrou no
ouvido dele quando Joe se deitou sobre para beijá-la na bochecha e logo nos
lábios.
- Você é muito gos...gostosa. – Demi sorriu
porque mesmo fofo e tímido, ele era sexy e a excitava a ponto de a barriga doer
de ansiedade. – Eu amo como a gente faz amor. – Disse e a beijou na boca.
- Eu também Joe. – Demi o empurrou pelo
peito e se ergueu junto com ele. – Você já me torturou demais, eu quero você
agora! – Rapidamente ela desabotoou o botão da bermuda e aos trancos e
barrancos ajudou Joe a tirá-la junto com a cueca. A vontade de Demi era de
prolongar mais aquela tarde e retribuir o carinho de Joe, mas o tempo era curto
e ela sabia que teria que sair às pressas para ir trabalhar. Só não podia
deixar de tê-lo, e foi o que ela fez. Ajudou-o a ficar nu e o tocou na ereção e quando ele
finalmente se juntou a ela, Demi o abraçou com força e abraçou a cintura dele
com as pernas o ajudando a se mover da forma que podia, e Joe a beijava sem se
cansar de sentir o gosto dela, as mãos procuravam apertá-la nos seios e em
todos os lugares viáveis.
Os
gemidos se misturaram as declarações, os beijos não prosseguiam porque ofegavam
um na boca do outro e os corpos não paravam um segundo sequer parados. O calor
entre eles era tanto, que Joe acabou tão suado que o cabelo chegava estar
colado a testa, mas mesmo assim Demi o abraçava e distribuía beijos pelo rosto
dele o ajudando a se mover até que alcançaram o ápice ofegando e um chamando
pelo outro.
- Me abraça. – Não tinha cinco minutos que
Joe tinha deitado ao lado dela ainda ofegando, mas era o suficiente para Demi
se sentir sozinha. – Joe, me abraça. – Joe a abraçou e encostou a cabeça no
peito dela. O coração de Demi batia tão rápido e quando ele a olhou nos olhos,
encontrou-a de olhos fechados e com um leve sorriso nos lábios. – Eu queria
passar a tarde todinha com você te ensinando milhares de coisas. – Ela disse e
ele sorriu se erguendo para beijá-la na boca.
- Você
está aqui agora, é o que importa. – Disse se deitando em frente a ela e a
acariciando na cintura. – Você está linda. – Ele sorriu a olhando nua. Ele não
podia se lembrar de ter visto aquela mulher mais bonita do que daquela forma. –
Está doendo? – Perguntou acariciando o seio esquerdo dela que estava levemente
avermelhando e Demi negou balançando a cabeça e juntou a mão a dele o
estimulando a acariciá-la.
- Vou tentar sair da empresa o mais rápido possível
para ficar com você. – Ela disse observando a mão grande dele quase cobrir todo
o seio e a aliança que se destacava na pele morena.
- A minha mãe
estava chegando ao restaurante com um homem,
graças a eles, consegui te levar ao hospital. – Joe enlaçou os dedos às
mechas do cabelo castanho e as puxou levemente fazendo Demi suspirar e ronronar
de olhos fechados. – Joe, o homem que ela estava. Eu o conheci no último jantar
da Gyllenhaal. Ele foi tão gentil comigo, eu estava deslocada no meio daquele
tanto de gente desconhecida e tinha um homem que não saía do meu pé, então ele
me socorreu e me levou à varanda do restaurante. Ele me chamou de Demetria, eu me apresentei como Demi.
Ele é tão familiar, o nome dele é David. – Ele não era um cliente, daquilo Demi tinha
certeza.
- Posso te
buscar. – Ele disse se aproximando para beijá-la na boca. – É perigoso ficar
andando por aí à noite. – Demi assentiu porque depois da noite que ela quase
foi estuprada num beco escuro, sair à noite sozinha não era mais a mesma coisa.
- Posso pegar um
táxi, não quero você andando por aí, você ainda precisa descansar. – Disse acariciando
o cabelo dele. – Eu nem deveria ter feito amor com você, aposto que fazer
esforço físico não está na lista de recomendações da sua médica. – A pontada de
ciúme estava lá misturada à preocupação. Era impossível não sentir ciúme de Joe
com outra mulher.
- Ficar sem você
só me deixaria doente. – Demi riu alto quando Joe passou para cima dela a
abraçando exageradamente e a beijando no pescoço.
- Está fazendo cócegas.
– Ela não conseguia parar de rir porque os pelinhos da barba dele roçados a
pele do pescoço realmente faziam cócegas. – Joseph! – Demi segurou o rosto dele
com as mãos e sorriu de orelha a orelha o olhando nos olhos. Ele era
simplesmente apaixonante! E também sorria para ela todo apaixonado. – Você é
muito bobo. – Ela disse o olhando nos olhos e Joe arqueou uma sobrancelha aos
poucos aproximando o rosto do dela e roçando os corpos.
- E você me ama
mesmo eu sendo muito bobo. – Demi assentiu
prontamente e quando ele se deitou a cama, ela se aninhou ao peito dele e
respirou fundo. – Princesa, como você me levou ao hospital? – Perguntou minutos
depois de apenas acariciá-la e receber os carinhos dela.
- O que você
está tentando dizer? – Perguntou deslizando as mãos pelas costas nuas dela e
Demi respirou fundo sem saber o que diria a ele.
- Eu nunca vi a minha mãe com amigos. E o David
não é um cliente, não é um amante e nem nada do tipo. Ele parecia conhecê-la e
eles estavam tão íntimos no refeitório do hospital. Tenho medo do que ela está
aprontando. – Disse porque no fundo era o que realmente sentia. A confiança em
Dianna nunca tinha se consolidado, mas meses atrás ela ainda era capaz de arriscar
um voto de confiança pela mãe. Meses atrás. – Ela estava tentando se aproximar.
Disse que ontem eu era a única prioridade dela. – Demi não olhou para Joe,
focou em sentir o carinho que ele fazia no couro cabeludo dela e fechou os
olhos quando o sono veio.
- Dem, você já
pensou na possibilidade dela ter se arrependido? – Ele tinha custado a dizer
aquelas palavras porque sabia que o assunto era delicado e importante para
Demi.
- A cota de
chances dela já estourou. Não consigo mais fazer isso, sempre lutei para que
nós duas pudéssemos ser uma família normal e feliz, mas ela consegue se superar quando o assunto é fazer besteira. Já
cansei de chorar por ela, tem coisas que a gente tem que abrir mão, e é o que
eu estou fazendo. Depois de anos insistindo no erro, eu aprendi da pior forma
que ela jamais vai mudar. – A início Joe não disse nada porque Demi tinha
razão, Dianna tinha a machucado e confiar nela era uma tarefa difícil.
- Quem sabe um
dia. – Ele sorriu quando Demi assentiu tristonha. Ela ainda tinha esperanças!
- Jamais vou
abandoná-la, eu só não vou mais correr atrás. Vou seguir o meu caminho, se ela
me quiser na vida dela, ela sabe onde me procurar. – Joe a surpreendeu com um
beijo de tirar o fôlego e Demi o correspondeu na mesma proporção, e quando eles
finalizaram o beijo, Demi respirou fundo porque tinha passado da hora de ir
trabalhar.
- O que foi? –
Ele perguntou e então seguiu o olhar dela em direção ao relógio. – Você está
atrasada. – Resmungou quando ela se levantou para buscar pelas peças de roupa e
as vesti-las. – Eu vou chamar um táxi. – Quando Demi começaria a reclamar, Joe
se levantou e a beijou aproveitando para acariciá-la no bumbum. – Apenas vista
a roupa, princesa. – Enquanto ligava para o táxi, Joe caminhou até o closet
para buscar por uma camisa e a vestiu assim como o resto das roupas. E ele
ficou satisfeito por assistir de camarote Demi se vestir. Ela era simplesmente
linda e ele a queria de novo!
- Eu posso
caminhar até a empresa. – Ela insistiu se aproximando dele, e Joe negou
balançando a cabeça.
- Vou te buscar
mais tarde. – Disse arrumando a gola da camisa dela. – Só estou cuidando de
você, meu anjo. – Ele se curvou e a beijou com tanto carinho na testa que Demi
sorriu. – Isso foi rápido. – O som do interfone tinha acabado de soar e Joe
franziu o cenho porque teria que ficar longe de Demi, ele até mesmo já sentia
saudade do cheiro e dos beijos dela. – Vamos? – Ele sorriu a observando se olhar
no espelho do banheiro. E como sempre, ela estava linda!
- Você já sabe,
qualquer coisa é só ligar. – Disse Demi assim que o namorado abriu a porta do
quarto. Ela se despediu de Lucy exageradamente e como o táxi já estava na porta
do prédio, descer de escada foi à única opção já que o elevador estava a muitos
andares acima do de Joe.
- Amor, tenha
cuidado, ok? Não fica com receio de ligar. – Ele disse aquelas palavras a
olhando nos olhos e a acariciou no queixo antes de roubar um selinho. – Vou te
buscar mais tarde. Eu te amo. – Demi o abraçou com força e o beijou assim como
Joe a beijou: intensamente.
- Eu também te
amo! – Ela sorriu quando Joe abriu a porta do carro para ela. Ele pagou o
taxista e soou muito sério quando disse ao homem que era para deixá-la em
frente ao prédio da Gyllenhaal intacta.
Não demorava nem quinze minutos para chegar à Gyllenhaal andando,
então de carro o tempo era reduzido para pouco mais de cinco minutos. Porém
quando passou de cinco minutos, Demi franziu o cenho. O táxi estava na rua principal
da Gyllenhaal a apenas uma quadra do prédio da empresa, a única coisa que
atrapalhava o carro de avançar era o trânsito.
- Eu posso ficar
aqui. – Disse ao taxista que a olhou com certo receio. Joe era realmente
ameaçador quando queria.
- A corrida já
está paga. – O homem disse envergonhado e Demi revirou os olhos.
- Está tudo bem,
eu estou atrasada e o prédio onde trabalho está logo à frente. – Ela não deu
muito tempo para o homem pensar, abriu a porta do táxi e uma enxurrada de
buzinas quase a deixou surda e uma moto quase a atropelou.
Quando chegou a
calçada, Demi respirou fundo e pôs-se a caminhar apressadamente, e conforme
caminhava ela podia sentir o clima diferente. As pessoas olhavam para ela de uma
forma diferente, principalmente alguns homens e mulheres. O que diabos estava
acontecendo naquela cidade? Conforme se aproximava da Gyllenhaal, o caos só
aumentava e Demi arregalou os olhos quando ouviu a sirene do carro da polícia e
avistou uma boa quantidade de polícias em frente ao prédio da empresa. As
pessoas eram curiosas e passar por elas era complicado! Até mesmo a imprensa
estava presente, mas Demi o fez, ela pediu licença e com muita luta conseguiu
chegar perto da área limitada pela polícia.
- O que
aconteceu? – Perguntou Demi quando olhou para o lado e viu que o homem era Ed.
E ele a abraçou de lado a cumprimentando e quando começaria a falar, o alvoroço
repentino o atrapalhou. Ed apontou na direção da porta principal do prédio e
quem saía de cercado por polícias era Jake Gyllenhaal.
Continua... Gente! Oi, tudo bem com vocês? Esse capítulo era para ter saído na segunda-feira, mas eu passei muito mal a ponto de parar no hospital e ter que tomar soro na veia '-' Mas eu consegui terminá-lo ainda essa semana! E espero que vocês tenham gostado, particularmente falando, eu queria ter feito um "hot" melhor, mas não consegui... Enfim, comentem! Obrigada pelos comentários do capítulo anterior, já já respondo! Beijos e até o próximo capítulo. ps. FERROU PARA O JAKE? hahaha