Alguns
dias depois...
Os pães estavam quentes dentro do
saco de papel e cheiravam muito bem por sinal. Naquela manhã de segunda-feira
Demi tinha acordado mais cedo, por volta de seis da manhã, se arrumou para
trabalhar e passou na padaria Rocco’s para comprar pães, geleia de uva e alguns
bicoitos. O caminho traçado pela moça não levava ao prédio da Gyllenhaal e
muito menos ao hospital onde Joseph estava internado como Demi fazia todas as
manhãs. Dos quatro dias desde o quase estupro, Demi havia pensado muito na mãe e
refletido sobre a relação que elas tinham, então ela batia à porta do
apartamento de Dianna, o seu antigo lar e esperava ansiosamente que a mãe
abrisse a porta do apartamento.
- Quem é? – A voz sonolenta de Dianna soou
do outro lado da porta.
- Sou eu, mãe. – Demi sorriu quando a mãe, vestida
em seu hobby de seda preto, abriu a porta e lhe lançou um olhar surpreso. – Bom
dia. – Ela disse educadamente adentrando o apartamento não deixando de reparar
em cada detalhe daquele lugar. Estava como o de sempre, um enfeite ou outro
havia mudado, mas ainda era o apartamento impecável de Dianna cheio de moveis
caros que pareciam que tinham acabado de sair da loja.
- O que você está fazendo fora da cama às..
– Dianna fitou o relógio analógico cheio de detalhes chiques que havia ganhado
de um amigo e olhou para a filha. – Às sete é vinte da manhã Demetria? – Demi
seguiu caminho para a cozinha e riu ao passar pela sala. Toda vez que ela
olhava para o sofá caro e cor de rosa da mãe ela se lembrava de uma de suas
travessuras com André, na época ela era tão jovem e cheia de hormônios..
- Pensei em trazer pães e geleia de uva, a
sua favorita. – Disse assim que repousou a sacola de pães sobre a mesa da
cozinha. – Vou trabalhar mais tarde. – Explicou-se ao ver a careta de Dianna.
- Quando você morava aqui você nunca
acordava cedo. – Comentou Dianna observando a filha buscar pela torradeira no
armário.
- Quando eu morava com você, eu era uma
adolescente. E eu estudava à tarde. – Disse Demi começando a fatiar os pães. –
Você não vai se lembrar porque não passava muito tempo em casa. – O silêncio entre
as duas seguiu por alguns minutos, Dianna fitava um ponto qualquer pensativa e
Demi continuava a cortar os pães e os colocava na torradeira.
- Me lembro que você passava a maior parte
do seu tempo na casa da Selena e quando não estava lá, estava agarrada com
aquele menino. – Demi revirou os olhos, mas riu. Como uma mulher poderia ser
uma mãe como Dianna era?
- Ele era o meu namorado. – Disse como se
fosse óbvio tirando as torradas já prontas da torradeira para colocar novas
fatias de pães.
- O entregador de pizza? – Dianna perguntou
incrédula. Os olhos chegavam estar arregalados. – A mamãe me contou que viu
vocês aos beijos no cômodo debaixo da escada, mas eu não levei muito a sério. –
As bochechas de Demi assumiram um tom rosado ao se lembrar daquele dia. Ela e
André já estavam juntos há quatro meses, porém não era nada oficial para as
famílias, eles apenas se encontravam e trocavam muitos beijos e carinhos. Em
certa noite os beijos ficaram mais quentes e o sentimento também, estavam
animados e acabaram transando no cômodo debaixo da escada. Demi só não sabia
que Amélia tinha os visto.
- Nós namoramos por um ano e meio. –
Comentou servindo a mãe com algumas torradas e geleia de uva. – Ele foi o meu
primeiro namorado sério. – Disse
esboçando um pequeno sorriso tímido e Dianna arqueou as sobrancelhas provando
uma torrada. – Café ou suco? – Perguntou. Demi estava radiante de felicidade,
aquela deveria ser a primeira conversa que ela tinha com Dianna onde as duas
realmente pareciam mãe e filha. Ela só gostaria de poder abraçar a mãe e
receber o abraço dela.
- Isso explica porque você só queria comer
pizza. – Demi riu ao olhar para a mãe, ao menos Dianna sabia alguma coisa sobre
ela. – E a vez que encontrei vocês adormecidos e nus no seu quarto. – Dianna
observou a filha cabisbaixa por alguns segundos, as bochechas de Demi estavam
coradas e ela tinha um pequeno sorriso tímido nos lábios. Era uma mulher muito
bonita, pensou Dianna, porém não tinha um traço que pertencia a ela, era a
cópia perfeita do pai e era aquela uma das razões que a fazia querer distância
da filha.
- Por que não brigou comigo? – Demi jogou o
cabelo de lado e sustentou o olhar da mãe mesmo estando morrendo de vergonha.
- Não tinha motivos. – Dianna bebericou o
café da xícara que Demi havia acabado de lhe entregar e desviou o olhar intenso
dos olhos marrons dela. Por que ela brigaria com Demi quando no fundo ela sabia
que a filha estava morrendo de amores por aquele rapaz bonito? Era tão óbvio, a
feição tranquila e apaixonada da filha ainda adolescente abraçada ao rapaz
respondia aquela pergunta.
- Tudo bem. – Uma confusão de sentimentos
acontecia na cabeça de Demi. Ela queria gritar com a mãe e questioná-la sobre
tantas coisas. Qualquer mãe que tinha consciência e preocupação com as atitudes
de seu filho perguntaria se ele havia se protegido e como ele se sentia. Porém
Dianna era uma exceção. Abaixando a cabeça e fitando o vapor que subia do café,
os olhos de Demi marejaram e no peito um nó se formou.
- Você está saindo com alguém? – Dianna
perguntou quebrando os minutos de silêncio que se prolongavam entre elas.
- Conheci um cara. – Comentou Demi
brevemente fitando a cozinha a sua volta. – Tem quase três semanas, nós
dormimos juntos por duas noites. Descobri que ele é neto do meu falecido chefe,
hoje é o primeiro dia dele no lugar do Jason. Você viu nos noticiários? –
Dianna assentiu um pouco estranha, passou geleia de uva na torrada e a provou
sem conseguir fitar os olhos de Demi.
- Queria que você conhecesse alguém. – Demi
não soube o que dizer. Dos tantos anos de convivência com a mãe, esse era o
momento mais normal entre as duas e ela não queria estragar o clima. – Você
iria gostar dele.
- Por favor, não vamos falar sobre isso. –
Demi não a olhou, não queria brigar com Dianna e ela sabia que se as duas entrassem
naquela questão seria briga na certa, mas ainda sim ela se sentiu ferida e tão
magoada quando se lembrou dos “pretendentes” que Dianna lhe arrumou para
levá-la para cama em troca de dinheiro. - Eu visitei a vovó, mãe. Sinto saudades dela. – Disse para
mudar de assunto. E a voz trêmula de Demi afetou Dianna como um tapa forte na
face. O silêncio se prolongou com Demi cabisbaixa e Dianna com o coração
ferido.
- Eu também sinto. – A mulher confessou e
Demi a olhou derramando uma lágrima, mas Dianna não a olhava.
- Eu.. – Ela começou a dizer sentindo como
se o mundo fosse desabar. Queria contar tantas coisas para Dianna,
principalmente como ela a amava, queria compartilhar a dor com a mãe e ser
consolada com um abraço apertado. As coisas estavam estáveis entre elas naquela
manhã, pela primeira vez realmente estáveis. Demi respirou fundo e repousou os
cotovelos sobre a bancada. A pedra de mármore fria lhe causou arrepios, o
coração acelerou e ela olhou para Dianna. – Na semana passada eu fui à pizzaria
à noite com a Selena e um amigo, resolvi voltar para casa sozinha, não parecia
perigoso, mas um homem me abordou. Ele roubou os meus pertences e me levou para
um beco escuro a força. – A essa altura do campeonato Dianna já estava pálida e
de olhos arregalados. – Ele tentou.. mas um rapaz que passava perto o impediu. Ele
não fez nada além de me beijar e me tocar a força, eu fiquei com tanto medo, me
senti tão fraca. Pensei que.. – Demi limpou as lágrimas que insistiam em rolar
por seu rosto e fitou Dianna. – Eu não posso imaginar como você se sentiu
durante todos esses anos, mas eu queria poder te ajudar, sabe? A gente poderia
tentar enfrentar isso juntas, você não precisa me amar, eu não me importo,
juro, eu só queria que tudo fosse normal entre a gente. – Dianna não soube o
que dizer, ela também não queria brigar com Demi, mas a questão era bem mais
complexa do que ela poderia expor no momento, seu coração ainda doía tanto, a
vida tinha sido tão injusta com ela em tantos aspectos.
- Um dia Demi, um dia você vai entender. –
Demi não pode acreditar quando Dianna abriu os braços a convidando por um
abraço que ela tinha esperado por uma vida toda. Nos braços da mãe ela finalmente
pode sentir que no fundo Dianna se importava, e que talvez ela a amasse como
uma mãe ama um filho. A emoção de estar ali aconchegada com os braços da mãe a
rodeando era tão grande que Demi derramou lágrimas e soluçou entre o choro. Ela
se sentia como uma criança recebendo carinho pela primeira vez em seus vinte e
dois anos de vida. – A vida não foi justa comigo, e nunca será com ninguém. Nem sempre nós podemos escolher o melhor
caminho, às vezes tudo que nos resta é trilhar o caminho mais fácil. Eu espero
que quando você souber de tudo você possa me perdoar pelo que eu te fiz
passar. – Assentindo, Demi fixou os olhos aos da mãe e logo os fechou para
receber um beijo na testa.
- Eu já te perdoo mamãe. – Dianna fitou os olhos marrons da filha sentindo o coração partir ao se lembrar de quando ela era apenas uma criança carente que implorava por amor e atenção, Demi só havia crescido e o resto continuava o mesmo.
- Não diga besteiras. – A mulher forçou um sorriso triste. Como alguém podia ter o coração tão puro como Demi? – Não está na hora de você ir trabalhar? – Demi assentiu. Ela não queria chegar atrasada no trabalho e já tinha um bom tempo
que estava na casa da mãe comendo torradas e derramando lágrimas.
- Sim, eu tenho que ir. – Realmente ela
estava atrasada, faltavam exatos vinte minutos para as oito horas da manhã. – Depois
nós conversamos. – Disse passando pela sala sem conseguir conter o sorriso
sapeca ao fitar o sofá de Dianna.. – Tchau mãe,
eu amo você. – Demi a surpreendeu com um abraço apertado e sorriu feliz ao
fitar a mãe, que também sorriu.
A
felicidade começava a brotar no coração de Demi, ela não conseguia parar de
sorrir enquanto caminhava a passos largos pelas ruas de Nova York. Tudo parecia
mais bonito e alegre, o clima estava maravilhoso nem muito quente e nem muito
frio. Demorou alguns minutos, mas Demi conseguiu chegar ao prédio da Gyllenhaal
às oito horas em ponto.
- Se você não transou na noite passada, eu
realmente não sei o que aconteceu. – Selena a abraçou calorosamente assim que
Demi adentrou ao elevador sorrindo para o nada.
- Bom dia para você também grudenta. –
Desde o quase estupro Selena estava mais preocupada e carinhosa que o normal,
sempre ligava para perguntar se tudo estava bem ou se Demi precisava de alguma
coisa.
- Bom dia Dem! Eu estou tão ansiosa, e você?
– Chegar ao andar do departamento de Design foi uma luta. O elevador parava em
praticamente todos os andares dos quais passou levando funcionários alegres e
aliviados que já estavam na empresa desde mais cedo para outros departamentos.
- Esse lugar está parecendo um formigueiro. –
Comentou Demi. O departamento estava realmente cheio, alguns conversavam e
outros caminhavam pelo departamento em direção a outras salas. E bem, lá estava
Jake todo elegante num terno caro e cinza recebendo os funcionários.
- Bom dia senhoritas. – Aquele homem era a
morte de qualquer mulher vestido naquele terno! Os olhos azuis eram tão lindos,
o cabelo loiro escuro estava mais curto e todo arrumadinho, a barba mais cheia
o deixava sexy e sério. – Bom dia Demi. – Segurando-lhe a mão, Jake depositou
um beijo delicado ali lançando um olhar quente a Demi. – Você está simplesmente
linda. – Ultimamente o que mais acontecia com Demi era corar, e não foi
diferente quando ela sentiu os olhares de praticamente todas aquelas pessoas
direcionados a ela.
- Bom dia Jake. – Ela disse sem jeito e Jake
sorriu galanteador. – Essa é a Selena, a minha melhor amiga. – Selena apertou a
mão de Jake não deixando de sustentar o olhar dele. Ele precisava muito mais
que todo aquele charme de milionário para conquistá-la.
Como
foi informado na reunião, as atividades normais retornariam de onde pararam.
Porém a confusão ainda era grande em relação aos futuros planos da empresa.
Demi trabalhou em seus projetos totalmente concentrada, leu documentos e os
assinou por praticamente toda manhã. Havia muita coisa a ser feita para pouco
tempo e organizar os pensamentos era difícil, ainda mais quando eles tiveram
que ser interrompidos para a breve reunião que Jake havia marcado com os
principais coordenadores dos departamentos.
Arrumando
os óculos de leitura ao rosto, Demi anotou todos os pontos importantes sobre a
reunião em seu bloco de notas, verificou a hora no relógio e torceu para que os
próximos cinco minutos passassem rápido para que a reunião finalmente acabasse,
ela estava cansada de todos aqueles gráficos e tabelas que eles deveriam
seguir. Na verdade Demi estava ansiosa, pois aproveitaria o seu horário de
almoço para visitar Joseph no hospital e levá-lo para o hotel onde ele estava
hospedado já que o rapaz finalmente teria alta.
- Foi tão chato assim? – Demi sorriu quando
Jake se sentou a cadeira ao seu lado. A sala estava vazia, só restou ela que
organizava o material e algumas notas na agenda eletrônica.
- Claro que não. – Ela disse um pouco
envergonhada. – Tenho muitas coisas para fazer hoje em pouco tempo. – Demi o
olhou nos olhos, mas logo desviou o olhar de Jake para fitar o relógio.
- Quer almoçar comigo? – Ele perguntou esboçando
um sorriso pidão. – Não conheço ninguém aqui. – Demi arqueou as sobrancelhas e
riu o observando. – Eu não estou mentindo.
- Eu sei que não. – Ela disse
correspondendo ao carinho que ele fazia em sua mão. – Vou ao hospital agora, o
Joseph será liberado e eu vou levá-lo para casa. É o mínimo que posso fazer por
ele. Marquei com a Sel e o Ed para almoçarmos aqui perto, você está convidado.
– A cada segundo Demi sentia que Jake se aproximava mais, os olhos dele estavam
tão próximos dos seus a hipnotizando com aquele azul fascinante.
- Posso te beijar? – O carinho que os dedos
dele faziam na bochecha de Demi não a ajuda pensar direito, mas ainda sim ela
se lembrava que estava no local de trabalho.
- No local de trabalho? – Ambos olharam para
os lados a procura de alguém, porém estavam sozinhos. Jake aproveitou para
selar os lábios de Demi com os seus num beijo que tinha tudo para seguir quente
e intenso, mas Demi não permitiu que ele avançasse muito. – Eu tenho que ir,
não posso atrasar. – Disse Demi deslizando as pontas dos dedos pelo rosto de
Jake.
- Posso ir com você? Quero conhecer o
Joseph, naquele dia ele não podia receber visitas. – Demi pensou na
possibilidade, não haveria problema. – Nós podemos deixá-lo no hotel antes de
ir para o restaurante.
- Tudo bem. – Demi acabou por beijá-lo
novamente não resistindo ao sorriso de Jake.
***
Mais
um dia confinado naquele quarto de hospital e Joseph teria um ataque de nervos.
Ele só tinha roxos pelo torso e um corte na costela! Joseph não entendia o motivo
de o médico pedir uma série de exames como se ele estivesse doente ou algo do
tipo, ele suspeitava que era por conta da diabetes e da hipertensão. Mais uma
vez as suas duas companheiras de longa data o atrapalhava a viver como uma
pessoa normal. Deitado na cama ele não podia se exercitar como gostava e precisava
fazer, não podia ver o sol nascer e descansar como fazia quando estava na
fazenda da avó no Texas, a única coisa que ele podia fazer era ler as revistas
de quadrinho online que tinha no celular e conversar com Demi quando ela o
visitava geralmente na hora do almoço e ficava até o final da tarde. O que
estava acontecendo com ele nem o próprio Joseph conseguia explicar, só de
pensar em Demi um sorriso já brotava em seus lábios. Ela gostava de quadrinhos
assim como ele, gostava de praticamente todos os jogos eletrônicos, e bem, ela
já tinha assistido a tantos filmes e séries que quando eles conversavam sobre o
assunto Demi sempre fazia suspense para não acabar dando algum spoiler. No
final era muito divertido, ele tinha aprendido a controlar a timidez com ela e
até conseguia agir normalmente, claro que quando Demi se aproximava demais ou
algo do tipo ele corava e se atrapalhava todo, pois a moça era tão bonita e o
coração dele gritava por ela. Falando em Demi as borboletas na barriga de
Joseph quase o fez voar quando a maçaneta da porta foi girada, mas era apenas a
enfermeira que o visitava sempre naquele horário.
- Como está o corte? – Rose, a enfermeira,
perguntou preparando a insulina para aplicar no rapaz.
- Cicatrizando. – Por mais que ele não
gaguejasse mais quando Rose estava por perto, Joseph ainda ficava tímido quando
era a hora de aplicar a insulina, tanto que o rapaz ergueu a camisa completamente
sem jeito e Rose se aproximou com a injeção.
- Hoje você terá alta. – Comentou a
enfermeira tentando distrair o rapaz que estava mortificado de vergonha. – Você
vai para casa que horas? – Envergonhado, o rapaz desviou o olhar para a porta e
sorriu todo sem jeito quando flagrou Demi. Ela sempre chegava naquele horário e
por algum motivo preferia ficar quieta observando Rose aplicar a insulina no
amigo.
- Bom dia Rose. – Joseph a observou
cumprimentar a enfermeira e logo se lançar em seus braços num abraço exagerado.
E como sempre Demi estava tão bonita vestida com saia preta e camisa branca. –
Bom dia Joe. – Joe. Demi tinha lhe dado um apelido. Era descontraído e muito
melhor que Joseph no ponto de vista do rapaz.
- Bom dia Demi. – Joe só tinha olhos para
ela, era inevitável agir diferente. Ele adorava o sorriso de Demi e como ela
era divertida e espontânea.
- Joe, esse é o meu.. meu amigo Jake. –
Surpreso, Joe desviou o olhar de Demi para fitar o homem ao lado dela.
- Prazer em conhecê-lo Joe. Demi me contou
o que aconteceu, obrigado por salvá-la. – Os dois eram tão diferentes. Demi os
olhou com curiosidade enquanto Joe apertava a mão de Jake. Enquanto um era
branco de olhos azuis e de cabelos claros, o outro era moreno de olhos verdes e
de cabelos escuros. Eram tão lindos que Demi suspirou atordoada com a beleza
daqueles dois homens.
- Eu jamais deixaria que algo de ruim
acontecesse a ela. – Joseph não gaguejou, não corou e muito menos se sentiu
intimidado. Ele fitou os olhos de Jake o estudando assim como Jake fitava os dele.
Havia alguma coisa naquele homem que o incomodava e vê-lo ao lado de Demi não
lhe trazia bons pressentimentos.
- Está pronto? Vou te levar para o hotel. –
Demi fitou Jake e logo Joseph. A tensão masculina entre eles eram tão óbvia e
podia ser sentida no ar, porém Jake a disfarçou com um breve sorriso e a olhou.
- Obrigada Demi, mas eu não quero
in..incomodá-la. – Disse Joseph amaldiçoando-se por ter gaguejado. – Posso
pegar um táxi. – O rapaz se levantou da cama e sorriu para Demi. Ele era pelo
menos vinte centímetros mais alto que ela.
- Está tudo bem Joseph, você não incomoda. –
Não demorou muito para que o médico liberasse Joe assinando a alta. O rapaz era
organizado e já tinha arrumado tudo que Demi tinha trago de seus objetos
particulares que estavam no hotel. Demi sempre o enchia de perguntas como toda
mulher curiosa e estava atenta e fazia de tudo que Joseph se sentisse
confortável e bem. – Você terminou de ler Asilo
Arkham? – Demi caminhava pelo corredor principal do hospital entre Joe e Jake.
Nas tardes que havia passado com Joe, Demi descobriu que o rapaz também gostava
de ler quadrinhos do Batman.
- Terminei, comecei a ler a piada mortal pelo celular. – Os dois
fizeram careta e riram. Ambos preferiam as velhas revistas em quadrinhos aos
arquivos eletrônicos. – Você sabia que o coringa morre quebrando o próprio
pescoço? – Demi assentiu o olhando. Os óculos de grau davam a Joe um ar tão
sexy e inteligente.
- Ele mata o Robin com um pé de cabra. –
Comentou Demi e Joe assentiu arrumando os óculos ao rosto.
- Eu não sei exatamente, não cheguei a ler morte em família. – A conversa entre
eles simplesmente fluía. Jake apenas escutava tudo calado trocando mensagens
com algumas pessoas, era difícil conseguir a atenção de Demi com Joseph por
perto, era de se perceber, pois os dois não paravam de conversar por um minuto
sequer. No fundo Jake não gostava da companhia de Joseph, ele seria um futuro
problema...
- O meu vilão favorito é o Charada, ele
seria o vilão perfeito se não deixasse uma pista no local do crime para o
Batman.
- Dem, vou buscar o carro, já volto. –
Quando Jake se curvou para depositar um selinho nos lábios de Demi, o clima
descontraído entra ela e Joseph morreu. Joseph estava corado e não sabia se
deveria continuar com a conversa como se nada tivesse acontecido, mas no fundo
o coração dele estava quebrado e a consciência zombava dele. Deus! Como ele
podia ser tão iludido a pensar que uma mulher bonita e inteligente como Demi era
solteira?
- Nós vamos almoçar, não quer ir conosco? –
Demi perguntou preenchendo aquele silêncio chato que havia se formado entre ela
e Joe.
- Obrigado pelo convite. – Joseph disse
cabisbaixo. – Vou ficar no hotel descansando. – As bochechas dele coraram. Que
tipo de desculpa era aquela? Ele estava a quatro dias exatos sem fazer nada,
apenas ficava deitado. – Diabéticos não são uma boa companhia para refeições.
- Vai ser divertido. – Demi sorriu para ele,
mas Joe negou balançando a cabeça e logo a buzina do carro de Jake os interrompeu.
Céus! A vontade Joseph era de pegar um táxi e voltar para o hotel sozinho. Ele
não conhecia Jake, e não achava certo julgá-lo, mas ele não gostava muito do
“amigo” de Demi.
- Ei Joseph, não quer almoçar com a gente? –
Jake perguntou assim que Demi e Joe adentraram o carro. – Seria legal, não acha
Dem? – Demi assentiu e virou-se no banco do carona para olhar para Joseph
acomodado no banco de trás. Ela fez a sua melhor cara de cachorrinho carente,
mas Joseph tornou a negar.
- Obrigado pelo convite. – O rapaz disse
desviando o olhar do olhar esperançoso de Demi. Joe preferiu ficar quieto
fitando os próprios dedos enquanto Jake conversava com Demi e às vezes tentava
incluí-lo na conversa, porém o mundo dos dois era completamente diferente, até que
o carro finalmente parou em frente ao hotel onde Joe estava hospedado.
- Você pode esperar um minutinho? – Disse
Demi a Jake. – Vou subir com o Joe. – Demi não esperou que Jake respondesse,
ela simplesmente abriu a porta do carro e ajudou Joseph com a mochila já que
ele ainda estava com o corpo doendo e cheio de hematomas sensíveis. – Não se
preocupe com as diárias, eu já acertei tudo com o pessoal. – Joe a olhou e
corou.
- Demi.. – Ele a chamou sem jeito quando
eles adentraram ao elevador. – Você não precisava pagar o hotel. – Demi sorriu
ao olhá-lo todo preocupado e envergonhado. – Obrigado, eu vou pagá-la.
- Eu vou ficar chateada se você me der
dinheiro. – Demi disse caminhando ao lado de Joe pelo corredor que levava ao
quarto do rapaz. – Você vai ficar bem aqui sozinho? – Ela perguntou e o rapaz
assentiu destrancando o quarto.
- Eu sei me cuidar. – Joseph sorriu e as
bochechas coraram quando ele flagrou o olhar preocupado de Demi, era o mesmo
olhar que Clara lançava a ele quando iria viajar ou algo do tipo e ele ficava
sozinho em casa.
- Tudo bem. – Ela disse respirando fundo. –
Não se esqueça, qualquer coisa é só me ligar. Não precisa ficar envergonhado ou
receoso, você pode me ligar em qualquer horário. – Joseph assentiu sem desviar
o olhar do dela. – Obrigada por me salvar Joseph, eu nunca serei grata o
suficiente pelo que você fez. – Ele não esperava por aquele abraço apertado,
mas a abraçou de volta. – Muito obrigada. – Demi fitou os olhos verdes dele por
alguns segundos, por um pouco ela não conseguiu desviar o olhar daquela
imensidão verde, mas ela o fez se sentindo estranha. Deveria ser apenas a
emoção que ela sentia toda vez que estava perto de Joe. – Obrigada. – A voz
soou falha, mas Demi ignorou aquele pequeno detalhe, pôs-se na ponta dos pés e
deu um beijo demorado na bochecha do rapaz. – Quero que você descanse, ok? Se
você quiser, eu posso passar aqui mais tarde, sei lá, para a gente ler alguma
coisa ou assistir alguma série. – Joseph assentiu gostando da ideia, ele já não
via a hora para a noite chegar. – E não ouse em terminar de ler a piada mortal, vou baixar o pdf hoje.
- Tchau Demi. – O sorriso do rapaz foi de
orelha a orelha quando Demi o olhou antes de fechar a porta do apartamento e
partir. Se tinha uma coisa que ele não tinha dúvida era: ele gostava dela, e
estava muito ferrado.
***
- O seu amigo é um bom rapaz. – Comentou
Jake. O carro estava parado esperando pelo sinal verde do sinaleiro. Estavam a
caminho do restaurante onde Selena já os esperava impacientemente junto a Ed.
Demi que trocava mensagens com a amiga e vez ou outra gargalhava das mensagens
de Selena sobre como Ed era grudento e tinha ideias malucas.
- Eu gosto dele. – Disse Demi sem olhá-lo já
que respondia Selena. – O Joe é muito tímido, mas ele é bem legal depois que
você o conhece melhor. – Jake a olhou de cenho franzido não gostando nenhum
pouco daquela amizade, pena que Demi não flagrou o olhar atravessado do rapaz.
- Não sou fã de super-heróis. – Demi o olhou
surpresa. Jake era a única pessoa que ela conhecia que não gostava de uma boa
ação misturada a aventura e romance.
- É sério? Você não assiste nenhuma série? –
Ela perguntou ainda surpresa.
- Não mesmo, não tenho tempo. – Jake riu da
careta espantada de Demi. – Eu estou trabalhando o tempo todo, tenho a minha
empresa e agora os negócios do vovô são a minha nova responsabilidade. – Para
Demi não era desculpa, ela também trabalhava e muito por sinal, mas mesmo assim
ainda tinha tempo para assistir séries, ler muitos livros de romance, passear
com Selena e colocar em prática os projetos de design.
- Quantos anos você tem? – Demi perguntou quando
Jake deu partida no carro.
- Vinte e oito. E você? – Demi arregalou os
olhos e Jake riu quando ela disse que tinha vinte e dois anos. – Ah! Está
explicado, você é praticamente uma pirralha.
- Não exagera, você é só seis anos mais
velho. – Jake tornou a rir e aproveitou para beijá-la quando ele parou o carro
na vaga do estacionamento do restaurante.
- Uma pirralha muito linda. – Ele disse depositando
uma série de selinhos demorados nos lábios dela. – Eu já disse que você está
simplesmente linda hoje? – Demi riu acariciando o rosto dele com as mãos.
- Já. Você também está lindo. – Demi tornou
a beijá-lo. – Vamos? Se não a Sel vai matar o Ed. – Caminharam lado a lado até
que adentraram o restaurante. Um sorriso sapeca nasceu nos lábios de Demi sem
ao menos ela perceber. Selena lançava olhares nada agradáveis a Ed. Eles eram
simplesmente uma graça, não assumiam que estavam juntos, mas também não diziam
o contrário, passavam a maior parte do tempo juntos com Selena reclamando o
tempo todo sobre Ed e o rapaz tentava conquistá-la a todo custo.
- Graças a Deus você chegou! – Disse Selena
mal-humorada assim que Demi se aproximou da mesa junto a Jake. – Você demorou,
está tudo bem? – Selena não deixou de perguntar preocupada aproveitando que
Jake cumprimentava Ed.
- Nós deixamos o Joseph no hotel. – Comentou
se acomodando a uma cadeira ao lado de onde Selena estava sentada. – Convidei-o
para vir conosco, mas ele preferiu ficar no hotel. – Selena analisou a amiga de
sobrancelhas arqueadas. Desde o dia que Demi havia conhecido Joseph no
hospital, Sel podia notar algo novo na amiga que ela tinha total certeza que
estava relacionado ao rapaz.
- Acho que ele é muito tímido para sair com
a gente. – Comentou Selena e depois de alguns segundos Demi assentiu. Joe
coraria de meio e meio minuto com as besteiras que ela e Selena conversavam.
- O que você vai querer princesa? – Os dedos
de Demi foram enlaçados aos de Jake, ela observou aquela conexão e mesmo sem
jeito enlaçou os dedos aos dele procurando fitar os olhos de Jake com os seus. Duas
noites juntos e a mera coincidência de ele ser o filho do seu falecido chefe.
Era estranho e curioso, mas a linha de raciocínio de Demi foi interrompida por
Ed e Selena.
- Vou ao banheiro, você vem comigo Sel? – Os
pedidos já tinham sido feitos, na mesa estava apenas Demi, Selena e Jake. Ed procurava
pelo garçom para adicionar mais um prato a pedido de Selena.
- Pode ir na frente, não demoro. – Demi não
entendeu o porquê de Selena não arrastá-la como ela sempre fazia, mas caminhou
despreocupadamente em direção ao banheiro. – Bolsa de mulher, sabe como é. –
Selena sorriu amarelo sentindo o olhar de Jake sobre ela. Desde que havia posto
os olhos sobre Jake o seu instinto protetor tinha disparado em alerta. Ela só
queria ter um momento a sós com o rapaz para interrogá-lo sem Demi pensar em
matá-la. – Você gosta da Dem? – Perguntou para sondá-lo ainda fingindo estar
procurando qualquer objeto dentro da bolsa.
- Gosto. – O olhar de Selena sobre ele era
intenso e um pouco ameaçador sempre o estudando como podia sentindo que Jake
literalmente cheirava a confusão.
- Ela é a minha melhor amiga. – Selena
fechou o zíper da bolsa e a ajeitou debaixo do braço. – Não ouse em machucá-la,
ela já sofreu muito na mão de idiotas que só queriam usá-la, se você for mais
um idiota eu que vou te machucar. – Estreitando
os olhos Jake sustentou o olhar frio de Selena, porém sorriu de lado assentindo
para descontrair o clima. Ela não o assustava nenhum pouco.
- Sel? A Demi está te esperando. – Ed
estranhou quando Selena se levantou e o presenteou com um selinho. O que tinha
acontecido com ela?
***
- Eu estou feliz que você vai passar a noite
aqui comigo. – A noite tinha caído sobre Nova York num piscar de olhos, porém
tinha sido um dia longo, proveitoso e muito cansativo para Demi. Resistir ao
sorriso de Jake era impossível, tanto que ela abandonou a noite que tiraria para
iniciar os seus projetos para aceitar o convite de Jake para jantar no apartamento
dele, e bem, da mesa de jantar para a cama não tinha sido um caminho longo.. O
cobertor de algodão confortável e fresco os aquecia enquanto eles apenas
conversavam. – Você está tensa. – As mãos grandes e másculas de Jake massageavam
os ombros femininos tão bem a ponto de gemidos tímidos escaparem dos lábios de
Demi. – Não vamos fazer se você não quiser.
- Eu estou me sentindo mal. – Disse fechando
os olhos quando ele a massageou no lugar certo, o corpo chegou a relaxar. – Eu
deveria ter passado no hotel para saber se o Joe precisava de alguma coisa. – Jake
franziu o cenho cobrindo o corpo de Demi com o seu a beijando nas costas e
envolvendo os braços na cintura feminina.
- Você ligou para ele princesa. –
Deitando-se de costas contra o colchão, Jake puxou Demi para os seus braços a
beijando na testa.
- Não quero que nada falte para ele. –
Comentou Demi se lembrando de Dianna. – Por um momento eu pensei que iria
morrer, mas ele apareceu. Eu nunca vou ser grata o suficiente pelo que ele fez.
– O olhar intenso que eles trocaram resultou num beijo quente e carinhoso.
- Eu entendo perfeitamente. – Demi aproveitou
para correr a mão pelo suéter de Jake e se agarrar mais a ele. Aquele dia tinha
sido tão diferente, Demi estava tão exausta, porém muito feliz por ter
conseguido um abraço da mãe.
- O que você achou do almoço? Eu e a Sel
sempre comemos ali quando não podemos ir para casa. – Jake envolveu a cintura
de Demi com um braço e com a mão livre acariciou o rosto dela fixando o olhar
dos seus bonitos olhos azuis nos olhos marrons.
- Foi divertido. – Ele disse sério. – Os
seus amigos são legais, mas eu não concordo com o jeito que a Selena te trata.
– Demi se ergueu de cenho franzido pronta para defender Selena. – Ei, calma. –
Ele disse esboçando um sorriso para descontrair o clima. – Eu só acho que você
é uma mulher forte e inteligente demais para alguém tentar tomar decisões por
você, você pode se cuidar sozinha.
- Eu não estou entendendo. – Murmurou Demi
ainda na defensiva.
- Bem, a Selena me disse que muitos caras
partiram o seu coração, e que se eu te machucasse, ela iria me machucar. – As
bochechas de Demi assumiram um tom avermelhado. Droga! Por que Selena sempre
tinha que fazer aquilo? Ela definitivamente a mataria. – Tudo bem, ela é sua
amiga princesa, mas ela te trata como se você fosse uma criança.
- Ela só não quer que eu me machuque. –
Disse Demi desviando o olhar do de Jake para fitar um ponto qualquer. Às vezes
Selena exagerava, mas ninguém poderia mudá-la porque era algo natural dela.
- Eu sei, mas você não é boba, Dem. E
ninguém precisa te dizer o que fazer e o que não fazer. – Relutante Demi
assentiu. Jake tinha razão, sozinha ela poderia tomar suas decisões, sempre foi
assim e ela tinha ido longe, tanto que era formada, tinha o próprio apartamento
e trabalhava numa das melhores empresas do mundo. – Eu não quero te machucar
Demi, não sou esse tipo de cara. – Demi o olhou e não disse nada, voltou a se
deitar e respirou fundo sem saber ao certo o que fazer em relação a Jake. Mas
no fundo ela sabia que deveria tentar, ela jamais encontraria o amor de sua
vida se esquivando de todos os homens bons que apareciam em seu caminho. Assim
como Joseph, Jake também era o seu herói, ele tinha a salvado daquele homem na
noite em que se conheceram no pub.
- Você pode me abraçar? – Pediu se sentindo
frágil ao se lembrar daquela terrível noite. A discussão com Dianna, a verdade
sobre o pai, o homem que tentou drogá-la, a confusão de sentimentos.
- Você é forte, linda. – Jake a abraçou e a
beijou esboçando um sorriso misterioso. – Eu preciso muito da sua ajuda com a
empresa. – Começou a dizer quando Demi o olhou. – Não sei em quem confiar e não
conheço detalhadamente o trabalho de vocês. Quero suprir todas as necessidades
da empresa, e pelo que vi nos arquivos do meu avô, ele estava com um processo
aberto para contratar novos funcionários justamente para resolver essa questão.
Quero que você cuide disso para mim. O vovô tinha uma lista dos melhores profissionais selecionados, quero que
você os entreviste novamente e contrate os melhores. – Demi fez careta e
recebeu de Jake vários beijinhos pelo rosto. – Você fica tão fofa fazendo
careta. – Ele disse depositando um beijo quente no pescoço dela.
- Eu não sei se posso fazer isso, não
conheço perfeitamente a rotina de trabalho dos outros departamentos, e eu sou
apenas uma Designer. – Demi enterrou os dedos nas mechas de cabelo da nuca de
Jake e as puxavam conforme ele a beijava no pescoço. – Mas eu posso cuidar do
departamento onde trabalho, tudo bem? – Ela disse rindo da bagunça que estava
os cabelos dele quando Jake a olhou ofegando.
- Tudo bem. – Demi o empurrou e gargalhou
quando Jake a puxou tornando a beijá-la rindo de como ela estava menina naquela
noite.
Continua.. Oi! Tudo bem com vocês? O Jake está começando a se revelar.. Perceberam como ele tentou manipular a Demi contra a Sel? E o Joseph? Ele gosta da Demi! Imagem só ele todo atrapalhado quando as coisas começarem a acontecer ele e a Demi? Gente, e a Dianna? Ela está aprontando.. Não vou dar spoilers, mas acho que algumas de vocês já sabe mais ou menos o que está acontecendo.. Novamente, desculpem pela demora, dessa vez não foi a falta de tempo, eu só não sabia o que escrever, acho que eu estou tão acostumada com a fanfic passada que ela está me bloqueando para escrever outra fanfic.. Enfim, espero que vocês entendam essa questão e obrigada pela paciência. Respostas aos comentários do capítulo passado AQUI
amei o capítulo, não sei porque mas é um dos favs ❤
ResponderExcluiro Jake colocando a demi contra Selena, quero dar um tiro na cara dele.
Ele ta atrapalhando a demi e o Joe, mano que infeliz...
alguem mata ele, por favor?
eu amei o momento da demi e da Dianna
agora a questão é por quanto tempo ela vai ficar boazinha? hdjhsjas
o Joe já sentiu que Jake não é boa gente, a Selena também, agora só falta a demi.
posta logo, amor. Bjsss ❤
ai Jesus...Jake com certeza tá aprontando.
ResponderExcluirpalhaçada isso tudo !! tadin do Joe...deve esta esperando a Demi...
tá tudo perfeito
posta logo meu bem
beijos
estou amando, minha fanfic preferida. Ta um arraso essa fic!
ResponderExcluiresse jake vai aprontar e acho que vai rolar um desentendimento entre Demi e Selena por causa do Jake...
e o Joe sendo lindo sempre..
ansiosapro próximo cap
estou amando, minha fanfic preferida. Ta um arraso essa fic!
ResponderExcluiresse jake vai aprontar e acho que vai rolar um desentendimento entre Demi e Selena por causa do Jake...
e o Joe sendo lindo sempre..
ansiosapro próximo cap
Já amo essa ficou, já pode postar mais "-*
ResponderExcluirO Jake ta querendo começar a afastar as amizades da Demi e ela nem percebe né? Dps dessa de deixar o Joe se eu fosse ele dava uns gelos nela kkkkkkkkkkkkkk e umas indiretas tbm. Vc dizendo q a Dianna ta aprontando e eu achando q ela tava querendo se relacionar com a Demi de vdd, acho q ela tbm conhece o Jake n é? E mt bem
ResponderExcluirmermã, posta logo o próximo cap, to ansiosa demais
ResponderExcluirPOSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA LOGOOOOOO ESSE PRÓXIMO CAP AMIGA, VOCÊ TÁ ME TORTURANDO DE ANSIEDADE
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