- Deus! Esses homens são reais? – Irmãos
Rocco’s! Eram tão lindos que Selena e muito menos Demi deixava de olhá-los o
tempo todo enquanto aguardavam os pães. – Eu poderia apertar esse bumbum à
noite todinha. – Demi riu com o comentário de Selena que chegava morder o lábio
inferior secando Mike, o mais velho, carregar uma forma pesada no ombro esquerdo.
Ela tinha que admitir, ele era um paraíso em forma de homem.. Os músculos dos
braços fortes se ressaltavam conforme o rapaz golpeava a massa, a expressão
séria e sexy. E aquela boca bonita e bem desenhada? De qualquer lugar da
padaria era possível ver Mike trabalhando, pois metade da parede era de vidro,
e na opinião de Demi aquela ideia tinha sido fantástica! Não tinha coisa melhor
que acordar cedo para trabalhar, comer as delicias da Rocco’s e assistir de
camarote o maior gato de Nova York trabalhar!
- Olha como ele é sexy, Sel. – Demi mordeu o
lábio inferior e estreitou os olhos quando Mikey pegou o rolo para abrir a
massa.. Deus! Aqueles braços fortes, a camisa preta colada, o avental branco
agarrado ao corpo forte.. E o movimento que ele fazia deslizando o rolo sobre a
massa e o voltando para a posição de origem...
- Literalmente sexy. – Selena riu do jeito
que Demi olhava para Mike e acabou por abraçá-la de lado com as duas rindo. –
Bom humor pela manhã é fundamental Demetria. – Demi assentiu se encolhendo nos
braços de Selena quando ela a abraçou por trás.
- Não só pela manhã Senhorita Gomez.. Tenho
dó do Ed, você pega pesado com ele. – Demi revirou os olhos quando Selena revirou os
dela, mas não deu nem tempo da amiga revidar já que o Rocco mais novo e fofo,
Johnny, entregou o saco de pães para Demi esboçando um sorriso lindo.
- Obrigado garotas, bom dia. – As bochechas
das duas amigas estavam levemente avermelhadas tudo por conta do sorriso de Johnny
e aqueles belos olhos castanhos!
- Deus! Ele é tão lindo! – Demi assentiu
ainda corada. Ir aquela padaria era uma tortura que só! – E o Mike? Você topa
sequestrá-los? – Só Selena para ter aquele tipo de ideia. Demi riu concordando
e agarrou o braço da amiga com o dela e juntas elas caminharam até o carro do
outro lado da rua a longos passos já que chuviscava naquela manhã.
- Acho que hoje vai chover. – Comentou Demi
ajeitando o saco de pães no colo junto a bolsa. – Vamos caminhar no Central
Park depois do trabalho? – Selena franziu o cenho e deu partida no carro.
- Nós iríamos ontem. – Demi revirou os olhos
buscando pelo celular na bolsa. No dia passado elas tinham combinado de
caminhar no Central Park, mas Demi havia jantado com Jake. Mais uma noite. – Ao
menos você visitou o Joseph? – Perguntou Selena. Demi franziu o cenho e fitou
as gotas de chuva se chocarem com o para-brisa. Na noite passada tinha sido a
segunda vez que ela havia prometido a Joseph que iria visitá-lo e mais uma vez,
bem, ela jantou com Jake.
- Sel. Não pude visitá-lo. – Disse Demi logo
mordendo o lábio inferior e colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
Gesto típico de quando ela estava nervosa. – Mas eu liguei, ele está bem. Ontem
ele foi ao hospital pela manhã tomar insulina e verificar a pressão. – Demi
olhou discretamente para Selena como uma criança que carregava muita culpa, ela
só não esperava encontrar o olhar de Selena sobre si.
- Dem, você não acha que está indo muito
rápido com o Jake? – A pergunta pegou Demi desprevenida, ora, ela gostava de
Jake, ele a fazia se sentir bem e dava tanta atenção e carinho a ela. – Vocês transaram?
– Selena perguntou desviando a atenção do trânsito para fitar Demi brevemente.
- Não Selena, nós não transamos. – Resmungou
Demi mal-humorada. – Desculpe, eu só quero tentar, ok? Ele é uma boa pessoa e
gosta de mim. Não há nada de errado nisso. E eu já cansei, sabe? Eu preciso encontrar
alguém, o tempo está passando, e eu estou ficando velha. O Jake é diferente, eu
posso sentir. – Selena arqueou as sobrancelhas e só não encarou Demi porque
estava dirigindo.
- Dem? Você só tem vinte e dois anos! –
Disse como se fosse óbvio. – Ainda vai acontecer muita coisa na sua vida, muita
coisa mesmo! – Selena forçou um sorriso na tentativa de amenizar o clima chato
que se formou entre elas. – O Jake parece ser legal, mas ele não parece ser
esse alguém.. – Demi franziu o cenho e preferiu não argumentar com Selena. Ele
gostava dela, e ela também gostava dele. O que importava? Selena só era
protetora demais, e ela não era uma criança, estava longe de ser uma por mais
que ultimamente se sentia como uma com todos aqueles sentimentos a consumindo e
a torturando. A chuva lá fora estava longe de estar fraca, os pingos
engrossaram de um segundo para o outro e o barulho deles preenchia o silêncio
dentro do carro. Demi franziu o cenho e encostou a cabeça no vidro embaçado da
janela da porta do carro fitando uma gotícula rolar e se juntar a outra. Tudo
bem, Jake não poderia ser essa pessoa especial ou talvez podia,e ao mesmo tempo em que Demi
gostava de estar com ele algo lá no fundo dizia que era para ela ficar o mais
longe possível daquele homem.
- Eu só quero tomar as minhas próprias
decisões Selena. – Disse assim que a amiga estacionou o carro no estacionamento
do prédio da empresa. – Sempre foi assim, e deu certo. Não sou ingênua. –
Selena não a olhou nos olhos, apenas assentiu a contra gosto e sentindo o
coração se apertar dentro do peito. O recado estava dado, Demi não queria que
ela se preocupasse, mas era impossível! Jake cheirava problema! Buscando pelo
guarda-chuva no porta-luvas, Selena desceu do carro e logo acolhia Demi debaixo
do guarda-chuva. Geralmente elas faziam aquilo rindo muito enquanto tentavam
desastrosamente apressar o passo para a chuva não molhá-las, porém dessa vez não
foi muito diferente em relação aos passos largos, só o que mudava era que as
duas estavam caladas.
- Olha só! Que coincidência nós três no
elevador. – Selena deu uma bela revirada de olhos para Ed. Ele podia estar
lindo naquele suéter cinza e calças jeans, mas ela com tamanha certeza não
cederia a aqueles olhos verdes lindos e aquele sorriso. – Bom dia meninas. – Ed
curvou-se e beijou a bochecha de Demi lançando a ela um olhar animado e
apaixonado. – Bom dia Sel. – Selena não conseguiu escapar, não quando Ed
envolveu a cintura dela com aqueles braços fortes e a puxou para um beijo apaixonado.
- Bom dia Ed. – Selena não sabia se o
empurrava ou se o abraçava, mas optou pela segunda opção abraçando Ed
descansando a cabeça no peito dele. Não era tão ruim, e ela tinha que admitir,
gostava do rapaz desde que eles se olharam pela primeira vez em um dos
corredores da empresa e naquela mesma noite dormiram juntos. Pensando em seus
sentimentos por Ed, Selena franziu o cenho acomodando-se mais ao peito do rapaz
e acabou fitando os olhos de Demi quando a flagrou a olhando. Elas sustentaram
aquele olhar por minutos e acabaram esboçando um tímido sorriso quando o
elevador finalmente chegou ao andar do departamento de Design.
- Princesas, vou deixar meus pertences na
minha mesa e já volto para devorar esses pães com vocês. – Exagerado! Ed era
tão exagerado que acabou transformando o selinho que deu em Selena em um beijo que
chamou a atenção de muitos dos funcionários que sempre torceram pelo casal.
- Eu vou colocar as minhas coisas no meu
escritório. – Disse Demi sem jeito e Selena assentiu também caminhando em
direção ao seu mini escritório. Sentando-se a cadeira, Demi enlaçou os dedos as
mechas de cabelo e fitou Selena pelas persianas abertas. Sentia-se estúpida,
Sel jamais quis prejudicá-la, bem pelo contrário. – Sel? – Demi caminhou até a
mesa de Selena depois de muito pensar em tudo que elas já tinham vivido juntas.
– Desculpe por ser estúpida. Eu sei que você só quer cuidar de mim assim como
eu quero cuidar de você. Realmente me desculpa, eu amo você. – Selena não
pensou duas vezes antes de se levantar e envolver Demi num abraço apertado.
- Nunca duvide disso, ok? – Demi assentiu
fitando os olhos de Selena tão próximos dos seus, ela tornou a abraçar a amiga
se sentindo bem naquele abraço. – Vamos comer? Eu estou com fome e o dia será
cheio hoje. – Demi assentiu prontamente envolvendo o braço ao de Sel.
- Definitivamente os pães da Rocco’s são os
melhores. – Como ainda era cedo, o refeitório não estava lotado, havia poucas
pessoas ali envolvidas em seu próprio mundo. Demi e Selena estavam sentadas a
mesa perto da janela e conversavam enquanto admiravam a chuva daquela manhã.
- Simplesmente os melhores. – As duas
trocaram um olhar carregado de segundas intenções e riram. – Levei pães para a
minha mãe na segunda. – Disse Demi depois de bebericar um pouco de chá e provar
de uma fatia de pão.
- Você visitou a sua mãe? – Selena perguntou
de sobrancelhas arqueadas e muito surpresa. – Hoje já é quarta-feira Dem, por
que não me contou?
- Desculpe, eu só não sabia o que fazer. – Repousando
a xícara sobre a mesa, Demi levou as mãos ao rosto para massagear as temporas.
Receber um pouco de carinho de Dianna foi inacreditável e tão emocionante, Demi
ainda não conseguia acreditar que a mãe abriu os braços a convidando para um
abraço. E Deus! Elas tinham conversado
como se fossem amigas! Aquilo era tão legal, e a envolveu durante todo o dia
com o resto do trabalho e Jake. – Eu pensei muito sobre a nossa relação depois
do que aconteceu na semana passada. Foi a melhor coisa que eu já senti em toda
a minha vida. – Selena sorriu de orelha a orelha ao ver o sorriso de menina nos
lábios de Demi, era tão bom vê-la feliz. – Simplesmente acordei mais cedo,
comprei pães e geleia de uva, a preferida dela. Bati à porta e ela abriu, foi
um pouquinho estranho e o clima não foi cem por cento agradável, mas nós
conversamos e comemos torradas pela primeira vez sem brigar. – Demi olhou para
a amiga sorrindo quando Selena cobriu a sua mão com a dela. – Ela disse que um
dia eu vou entender tudo isso..
- Você me promete que não vai deixá-la te
machucar? – Foi inevitável, mas Selena não conseguia confiar em Dianna depois
de tudo que ela tinha feito a Demi. Que tipo de mãe tenta vender o corpo da
própria filha em troca de luxo? Nenhuma teoria justificava aquele absurdo.
- Eu prometo! – Demi forçou um sorriso e
fitou os olhos de Selena. – Eu não sou tão boba assim, ok? Também sei me
defender. – Aqueles olhos marrons eram tão doces e carregados de sentimentos
bons apesar de tudo que vivia. E aquelas sardinhas davam a Demi um ar tão
inocente. Ela não era boba, jamais, porém Demi estava longe de distinguir as
pessoas que queriam usá-la das pessoas que a amava. Não era à toa que ela
sempre estava envolvida em alguma confusão, a carência de amor a iludia.
- Você é como uma gatinha filhote, Dem. –
Selena riu da careta de Demi e principalmente de quando ela lhe lançou um olhar
divertido e logo malicioso. – Talvez uma gatinha no cio. – E as duas acabaram
gargalhando como sempre chamando a atenção das poucas pessoas ali. – Estou
brincando, só tenha cuidado, ok? – Demi assentiu balançando a cabeça e voltando
a se concentrar no seu delicioso café da manhã.
- Não posso demorar muito aqui, tenho que
arrumar uma papelada e as nove vou entrevistar um grupo de candidatos a pedido
do Jake. – No dia passado Demi enviou email aos candidatos selecionados por
Jason e Jake os informando a respeito da seleção que haveria na empresa naquela
manhã de quarta-feira. E ela estava nervosa desde então quando viu a quantidade
de respostas ao seu email. Eram tantas pessoas! Tantas, e aquela
responsabilidade era tão grande, ela decidiria o futuro de cada uma delas.
***
O
coração estava quase saindo pela boca e o frio na barriga o fez passar mal
quando mais cedo. A mão não parava de tremer o atrapalhando a pentear o cabelo
ainda úmido. Joseph vestia calça social assim como os sapatos, uma camisa
branca de botão e blazer xadrez. Estava arrumado e muito diferente dos padrões
da moda empresarial, porém não era tão ruim. Ele ficava bonito vestindo calça
brim azul escura que combinava com o xadrez do blazer, a camisa branca era
neutra, só não era necessário abotoar o botão do colarinho da camisa, e talvez
se ele colocasse uma gravata e penteasse o cabelo de forma mais moderna e
descontraída o look ficaria ótimo aos olhos dos críticos de moda.
- Ca..ca..calma Joseph! – Pobre menino!
Estava tão nervoso que estava gaguejando sozinho, Deus! Aquilo nunca tinha
acontecido. – Calma! – Ele disse tentando parecer firme e continuou a pentear o
cabelo. O resultado foi tão perfeito quanto o penteado do Clark Kent, não tinha
um fio fora do lugar! Estava bom, e o agravada. Saindo do banheiro, Joseph
buscou pelos óculos de grau na mesa do criado-mudo e os colocou. Estava pronto,
porém não custava nada checar se não havia nada fora do lugar, e ele também estava
duas horas adiantado. – Ai meu Deus! – Infelizmente não foi possível controlar
a crise de nervoso, Joseph caminhou de um lado para o outro completamente
nervoso e ansioso. E se ele não conseguisse? Voltar para o Texas estava
definitivamente fora de cogitação, ele não sentia saudade de casa, queria
continuar ali na cidade grande e tentar a vida. Ele já tinha até dois amigos, o
porteiro do hotel e Demi. Estava feliz por mais que também estivesse preocupado
com o seu futuro. Dos seus vinte e dois anos aqueles dias tinham sido os mais emocionantes
de todos. – Calma Joseph! – Foi num anda prá cá e num anda pra lá que Joseph
acabou tropeçando nos próprios pés e caiu com tudo no chão. Diabos! Por que ele
tinha que ser tão desastrado e nervoso? Agora ele teria que arrumar o cabelo de novo e
limpar a roupa.
Respirar
fundo uma centena de vezes como ele fazia antes de entrar na sala da escola que
dava aulas de matemática como substituto o ajudou um pouquinho, o cabelo estava
perfeitamente penteado e a roupa impecável no corpo. Joseph adentrou aos bolsos
da calça com as mãos e respirou fundo fechando os olhos e pedindo que Deus o
ajudasse. Ele precisava daquele emprego, o dinheiro estava pouco e ser
diabético e hipertenso não ajudava muito. Clara havia ligado perguntando se ele
precisava de ajuda, mas pela primeira vez Joseph queria dar os seus próprios
passos, ele era um homem de vinte e dois anos e já estava na hora de se virar
sozinho.
- Calma. – Joseph buscou pela fotográfica
dos pais que nunca saia de sua carteira e o coração transbordou de amor. Ele
fitou aquela foto por muitos minutos tomando coragem para dar o próximo passo,
até que o fez saindo daquele quarto. Ele tentaria, seria ele mesmo.
Joseph
caminhou pelas ruas de Nova York tentando não surtar de nervoso, observou a
beleza da cidade a sua volta, o que o fez ficar mais tranquilo, porém quando
ele chegou ao prédio da Gyllenhaal o coração quase saiu pela boca e por um
pouco ele não saiu correndo. Não podia negar, estava nervoso e tenso, tanto que
na hora de dizer a recepcionista que ele fazia parte de uma seleção de emprego,
Deus! Que vergonha, ele gaguejou tanto, confundiu nomes, mas a mulher relevou
toda aquela situação desagradável e o levou para a sala de espera onde os
outros participantes estavam. Eram tantas pessoas, cabisbaixo Joseph caminhou
até a fila onde sobrava uma cadeira vaga, a vontade de ir embora o dominou que
por um pouco ele não o fez. Como ele iria competir com aquele tanto de gente?
Eram homens e mulheres cheios de porte, classe e educação e pelo o que ele ouviu
já tinham experiência no mercado. Deus! Ele era um rapaz de vinte e dois anos
tímido que gaguejava e o único emprego que tivera foi numa escola dando aulas
como professor substituto de matemática. Nem mesmo os seus projetos na
faculdade tiveram sucesso, porém não fracassaram, só não era grandiosos o
suficiente para colocá-lo numa empresa como a Gyllenhaal. Em que furada ele
havia se metido! O que aconteceria quando ele fosse chamado? Mal podia
conversar sem gaguejar. Foi quando aconteceu. Não deu nem tempo dele se
recuperar do susto da quantidade de participantes, o nome dele foi chamado,
Joseph corou bruscamente com os olhares que recebeu quando se levantou. Não
fica nervoso, não fica nervoso disse a si mesmo e acabou esbarrando num homem e
quase tropeçando no sapato de outro. Que vergonha!
O
que havia na cabeça daquelas pessoas? Eram tão egocêntricas, claro que tinham
exceções, mas a maioria tentava se gabar e conquistá-la a todo custo. Um homem
até tentou seduzi-la, mas Demi o dispensou com um sorriso gentil. Ora, não
perderia a boa educação e muito menos se estressaria, ainda tinha muito
trabalho a ser feito naquele dia.
- A Srta. Lovato está te esperando. – Demi
disse um obrigada a sua assistente ainda anotando uma observação sobre o
candidato anterior, organizou alguns documentos e se levantou para cumprimentar
o candidato da vez.
- Joseph? – Ela estava definitivamente
surpresa e Joseph não estava diferente. O coração do rapaz quase saiu pela boca
ao vê-la. Ela era tão bonita que o deixava zonzo. Ele adorava como as sardinhas
sempre estavam a mostra, como os olhos marrons eram doces e os lábios bem
desenhados estavam corados de vermelho. E ele apostava que aquelas mechas
marrons brilhantes de cabelo estavam cheirando a frutas. Será que não existiria
um dia que ela não se superaria? Parecia que cada dia que se passava Demi
ficava mais bonita. As bochechas de Joseph esquentaram quando ela se aproximou
esboçando um sorriso e o abraçou calorosamente como quem abraçava um ursinho de
pelúcia. – O que você está fazendo aqui? – Demi sorriu verdadeiramente para o
rapaz, ele estava tão arrumadinho e nervoso.
- Eu.. Eu.. recebi um email. – Joseph disse
arrumando os óculos ao rosto. – Para a entrevista de emprego. – Ele disse sem
olhá-la se sentando a cadeira que Demi o conduziu.
- Por isso você veio para Nova York? – Demi
procurou pelos óculos de leitura e analisou o documento onde tinha o nome de
Joseph, ele já tinha sido selecionado, porém Jake pediu que mesmo assim ela o
entrevistasse.
- Você.. Você trabalha aqui? – Joseph a
olhou e corou. Ela era tão linda!
- Sou a Designer da empresa. – Cruzando as
pernas, Demi sorriu ao olhá-lo todo tímido. – Vamos iniciar o teste? – Ela
queria conversar com Joseph sobre quadrinhos e rir de besteiras com ele, mas
infelizmente ela deveria seguir o cronograma da entrevista. Bem, Demi não o
ajudou nadinha a controlar o nervoso. O que estava acontecendo com ele? Joseph
tentou se concentrar nos olhos marrons dela para demonstrar confiança, tentou
não gaguejar, mas gaguejou. Ele sabia responder todas as perguntas que ela
fazia, sabia resolver todos os problemas referentes aos softwares e sabia como
montá-los como um bom profissional faz. Ele só precisava se concentrar. –
Joe. – Demi o chamou. Ela o fitava sem ousar desviar os olhos dos olhos dele, sem
deixar de analisar como ele estava bonito por mais diferente que estivesse. Era um
homem muito inteligente, só precisava de alguns ajustes. – Ei, calma. – Demi esticou
o braço sobre a mesa e envolveu a mão de Joseph com a sua. – Você está indo
muito bem. – Disse mesmo sabendo que era contra as regras, mas Joseph era
definitivamente alguém que ela queria trabalhando na empresa. – Relaxa, ok? –
Demi se levantou e se sentou a cadeira livre ao lado dele. – Não precisa ficar
nervoso. – Ele gostava de fitar os olhos dela, e o fez, sorriu tímido e fitou a
mão delicada na sua. Pareceu tão certo os dedos dela enlaçados aos dele que Joe
envolveu aqueles dedinhos delicados com os seus sentindo o coração acelerar. Ele
respondeu tudo o que ela perguntou, claro que ainda tímido e gaguejou algumas
vezes, porém sorriu corado sempre que encontrava o olhar doce de Demi e fitava o
sorriso satisfeito dela.
- Obrigado Demi. – Ele disse assim que todas
as perguntas acabaram. Joe tinha feito o seu melhor e se sentia muito bem por
ter conseguido agir normalmente na presença de Demi por mais que a timidez e o
nervoso tentou atacá-lo e prevaleceu algumas vezes.
- Não agradeça. – Demi sorriu e se levantou
colocando as notas que havia feito e os óculos de leitura sobre a mesa. – Estou
torcendo por você. – Ela disse assim que ele se levantou.
- Obrigado. – Os dois acabaram esboçando
sorrisos sapecas e Demi surpreendeu Joseph com um abraço apertado de despedida.
- Desculpe por não visitá-lo, não tive muito
tempo. – Ela disse fitando os olhos verdes dele. Eram tão intensos e
bonitos. Demi respirou fundo e quando deu por si já estava fitando os lábios do
rapaz. – Quer almoçar comigo? – Ele é tímido, Demi! Gritou consigo mesma mentalmente.
Ela não deveria olhá-lo daquela forma e muito menos prestar tanta atenção em
como ele era forte. – Eu não vou demorar aqui, nós podemos ir a um restaurante
ou se você quiser a gente pode cozinhar no meu apartamento, não fica longe
daqui. – Demi forçou um sorriso e desviou o olhar do de Joseph.
- Está tudo bem. – Joseph a olhou nos olhos
e sorriu. – Convite aceito. – Demi mordeu o lábio inferior e colocou uma mecha
do cabelo atrás da orelha como ela sempre fazia quando estava nervosa. – Vou
esperá-la. – Sorrindo, Demi assentiu e revirou os olhos para si mesma quando
sentiu as bochechas esquentarem.
Joseph
não se importou de se acomodar na mesma cadeira na sala de espera e esperar
Demi durante toda a manhã. Ele não havia feito nada além de analisar a
arquitetura da sala espaçosa de paredes impecáveis brancas e fitar a chuva
fraca lá fora. O lugar era bem arrumado e tão chique que por um momento ele se
sentiu envergonhado, mas pensar em seus concorrentes o deixava nervoso. Será
que ele tinha feito uma boa entrevista? Por mais que Demi fosse sua amiga, ela
não poderia ajudá-lo a arrumar um emprego. Pensar em Demi o fez corar ao se
lembrar da beleza feminina dela, pois sempre que o fazia Joseph sentia o corpo
esquentar de uma forma estranha que ele não conseguia entender. Levou minutos e
minutos, e conforme ele olhava para a chuva a quantidade de pessoas daquela
sala diminuía até restar apenas ele.
- Desculpe por fazê-lo esperar. – A voz de
Demi o assustou e Joe a olhou assustado, mas sorriu e se levantou.
- Não tem problema. – O rapaz disse caminhando
ao lado de Demi para fora da sala.
- Como você está? – Demi perguntou apertando
a alça da bolsa em sua mão. Por que diabos ela estava nervosa? – O corte está
melhor? – Joseph assentiu tímido quando eles chegaram ao hall da empresa. Tudo
era muito organizado e sofisticado, havia pessoas andando apressadas de um lado
para o outro e outras conversavam no telefone. Aquele lugar era muito agitado e
inacreditável, Joseph gravou cada detalhe em sua mente e os olhos verdes
brilharam quando ele parou para observar o prédio enorme quando já estava sobre
os finos pingos de chuva. – O Jason iria gostar de você. – Demi comentou
fitando o prédio com o mesmo brilho dos olhos de Joe e pensando em Jason.
- Você o conhecia? – Joseph perguntou
adentrando os bolsos da calça com as mãos. Ele fitou toda Nova York no seu
campo de visão e se sentiu tão feliz. Ele adorava todos aqueles arranha-céus, toda
aquela movimentação exagerada e o trânsito cheio de táxis amarelos. Era um
lugar fantástico para viver.
- Nós éramos amigos. – Disse Demi com pesar
caminhando tranquilamente ao lado de Joseph sem se importar com os pingos
fracos de chuva. – Ele era um homem incrível. Foi ele quem me entrevistou, eu
fiquei tão nervosa e gaguejei mais que você. – Quando Joseph corou e ficou
tenso, Demi riu e num impulso abraçou o braço direito do rapaz. Deus! Ela tinha
que lembrar que não podia agir com as outras pessoas como ela agia com Selena. –
Mas eu fui contratada. – Disse para tentar aliviar a tensão de Joseph. – Joe, relaxa,
tudo vai dar certo. – Demi sorriu quando ele sorriu para ela, desgrudou do
braço de Joe e continuou a caminhar em silêncio.
- Não quer pegar um táxi? – Perguntou o
rapaz preocupado e Demi sorriu balançando a cabeça em negação. – Não quero que
você fique doente. – Demi arqueou as sobrancelhas, porém sorriu surpresa quando
Joseph parou de caminhar todo tímido para tirar o blazer e colocá-lo em seus
ombros a protegendo da neblina.
- Obrigada, meu apartamento não é muito
longe daqui. – Ela disse vestindo a peça que ficava grande demais para ela,
porém era o suficiente para cessar o frio. – Joe, o que você gosta de comer? –
Disse minutos mais tarde olhando para Joe que estava distraída fitando a beleza
de Nova York. – Ei, o que você gosta de comer? – Ela tornou a perguntar chamando
a atenção do rapaz.
- Bem.. – Demi se lembrou que Joe era
diabético ao vê-lo corado e sem jeito. – Tantas coisas. – O rapaz murmurou e
Demi riu.
- Nós vamos preparar algum prato delicioso
para diabéticos, ok? – Ela disse animada fazendo Joe rir. – Você começou ler
Morte em Família? – Pareciam velhos amigos conversando sobre os quadrinhos do
Batman, claro que enquanto Joseph dizia uma palavra e corava, Demi dizia uma
dúzia delas e sorria sapeca. Gostavam das mesmas coisas, tinham a mesma idade,
porém Demi era mais esperta que o rapaz tímido e deslocado. – Está preparado
para fazer a viagem de elevador mais louca e divertida de sua vida? – Cochichou
Demi baixinho no ouvido de Joe depois de lutar para conseguir ficar alguns
centímetros mais alta. Já estavam no prédio atrás do GE Building depois de
andar alguns quarteirões conversando besteiras. Agora estavam esperando o
elevador com todos aqueles vizinhos cômicos de Demi. E como ela disse, a viagem
ao vigésimo quinto andar foi muito turbulenta. Primeiro foi o casal homossexual
lançando olhares atravessados a Demi e maliciosos a Joe; as crianças do décimo
andar encheram Demi de perguntas, mas logo estavam envolvidas em seus mundos. E
a senhora do penúltimo andar não parecia estar muito feliz com a presença do
casal de gays e os xingou, foi tão engraçado que Demi mordeu o lábio inferior
para não rir. – Eu disse que iria ser divertido. – Demi puxou Joe pelo braço
assim que o elevador parou em seu andar e seguiu a todo vapor com a discussão e
as crianças barulhentas. – Está zonzo? – Ela perguntou rindo ao vê-lo fazer
careta e parar no meio do corredor como se estivesse se recuperando daquela
pequena guerra.
- Foi divertido. – Joe riu e respirou fundo.
Ele realmente tinha ficado zonzo..
- Sinta-se a vontade, ok? – Demi destrancou
a porta do apartamento e a abriu dando espaço para Joe adentrá-lo. O rapaz
sorriu fascinado com o lugar, era bem a cara de Demi, confortável e espaçoso. –
Aquela prateleira está cheia de livros. – Disse Demi colocando a bolsa sobre o seu
adorável sofá azul turquesa super confortável. – Se você quiser jogar, fique a
vontade. – Joseph olhou para a pilha de jogos e os dois videogames instalados a
TV gigante e arregalou os olhos em surpresa. – Ou se quiser pode assistir um
dos episódios de Batman que eu baixei na noite passada. – Joe sorriu como um
menino e Demi riu flagrando os olhos dele brilhando. – Ou me ajudar na cozinha.
- Vou.. vou te ajudar .
– Joseph corou bruscamente quando ela tirou o
blazer que ele vestia e o colocou na cabeceira de uma cadeira. Era a primeira
vez que ele reparava como o corpo de Demi possuía curvas bonitas e delicadas,
como o busto de seios médios ficava bonito na camisa feminina branca de botões
e Deus! As pernas dela eram tão lindas torneadas e um pouco pálidas como a
dona. Pela primeira vez ele havia olhado para o corpo de uma mulher e se sentiu
terrivelmente envergonhado por fazê-lo.
- Vamos para a cozinha? Eu só vou buscar o
notebook para a gente pesquisar alguma coisa gostosa que você possa comer. –
Demi tirou os sapatos de salto e caminhou a passos largos para o quarto
buscando pelo notebook e se olhando rapidamente no espelho. Não estava nada
mal, ela prendeu o cabelo num coque, calçou os chinelos e voltou para sala onde encontrou Joe
observando tudo. – Ainda bem que eu não sou desorganizada. – Comentou e o puxou
pela mão em direção a cozinha.
- O seu apartamento é muito bonito. – Disse
Joe se acomodando no banquinho do balcão da cozinha ao lado do que Demi estava
sentada.
- Obrigada. – Escolher um prato levou mais
de meia hora, Demi sempre ria dos comentários tímidos de Joe e não deixava de
fitar os olhos verdes dele intensamente colocando a culpa na sua enorme atração
por morenos de olhos verdes. – Acho que a nossa lasanha de frango e brócolis
não vai ficar ruim. – Disse Demi assim que colocou a lasanha já montada no
forno. – É melhor que a torta de abobrinha. – Joseph assentiu rindo. Era
impossível não se lembrar de Clara e Rose quando tinha festa na fazenda. As
comidas eram tão pesadas, salgadas e gordurosas. A avó e a prima sempre ficavam
preocupadas com ele e preparavam pratos saudáveis e saborosos. – Então, está
animado com o emprego na Gyllenhaal? – Demi o serviu com suco natural de laranja e
sentou-se ao lado do rapaz.
- Estou, mas eu gaguejei tanto. – Demi
gargalhou e bebericou um pouco do suco. Ele ficava tão fofo tímido e sem graça.
- Como eu disse, eu gaguejei mais que você e
o próprio Jason me entrevistou, nós ficamos um bom tempo dentro de uma sala
enorme, praticamente tive que palestrar para ele. – Ela sorriu ao se lembrar
daquele dia e de como Jason tinha sido exigente com ela, mas semanas depois
eles acabaram rindo daquela situação e virando bons amigos. – Você vai
conseguir o emprego Joseph, nós precisamos de um bom analista de redes e você
se mostrou ser ótimo no que faz. – Joseph sorriu de orelha a orelha. Demi
elogiá-lo era algo muito bom.
- Não tenho nenhuma experiência no mercado,
isso me preocupada. – Ele disse com pesar ao se lembrar da quantidade absurda
de concorrentes.
- Relaxa, ok? – Demi disse esboçando um
sorriso misterioso. Ela bem que queria contar a Joe que ele já estava
praticamente contratado, pois Jason o escolheu e Jake jamais deixaria de
realizar o desejo do avô se Joe fosse realmente bom, e ele era. – Já começou a
procurar um apartamento? Você não pode morar a vida toda num hotel. – Joe
assentiu se lembrando do preço das diárias, talvez tinha sido uma besteira ficar
num hotel, mas o dinheiro era pouco demais para se comprometer com contratos de apartamentos que poderia prejudicá-lo futuramente.
- Se eu conseguir o emprego vou p..procurar
por um. – Ele disse depois de tomar um pouco do suco.
- Posso ajudá-lo, conheço bons lugares por
aqui, e o preço não é tão salgado. – Quando Demi decidiu que compraria um
apartamento, ela e Selena rodaram toda Nova York, encontraram imóveis de
infinitas qualidades, mas o prédio atrás do GE Building tinha sido o preferido de
Demi por conta da vista maravilhosa e da localidade. – Acho que aqui no prédio
há apartamentos vazios, se quiser nós poderíamos conversar com o pessoal.
- Se o emprego der certo. – Ele disse desanimado
e Demi rolou os olhos.
- Claro que vai dar certo. – Disse dando um
leve tapa no ombro dele. – O que os seus pais acham de você morar em Nova York
sozinho? – Demi perguntou o olhando nos olhos e no mesmo instante Joe fitou o
copo de suco e esboçou um pequeno sorriso triste voltando a olhá-la.
- Eles.. Eles faleceram num acidente de
carro. – Ele disse com pesar, porém conformado. – Eu era apenas um bebê, a
minha avó cuidou de mim desde então. – Demi sorriu para encorajá-lo, levou a
mão a dele e a envolveu com a sua.
- Tenho certeza que eles têm orgulho do homem incrível que você se tornou. – Ela disse o olhando nos
olhos. Não precisava conhecê-lo há muito tempo para definir que Joseph era um
homem bom e com um coração enorme.
- Você.. Vo..você também é uma mulher
incrível. – Joseph sorriu de orelha a orelha cabisbaixo quando Demi também
sorriu. Deus! Ele gostava tanto dela, gostava de quando ela o olhava e adorava
os dedos dela enlaçados aos seus. – Os seus pais também devem ter muito orgulho
de você. – Ele disse a olhando nos olhos e Demi franziu o cenho e desviou o
olhar do de Joe.
- A nossa relação é difícil. – Demi se
levantou usando a desculpa que verificaria como a lasanha estava no forno, mas
quando ela encontrou o olhar de Joseph sobre ela, ela soube que poderia confiar
nele. – Não conheço o meu pai. – Começou a dizer sentando-se ao banco ao lado
de Joe. – Eu sou fruto de um estupro. – Joseph não ousou em desviar o olhar do
dela, e dessa vez foi ele quem enlaçou os dedos aos dela. – Obrigada por não
deixar que acontecesse.. comigo. – Demi se surpreendeu com o abraço que recebeu
de Joseph, ele era tão quente e tinha o melhor abraço do mundo!
- Eu seria tão covarde quanto aquele homem
se eu permitisse que ele te machucasse. – Demi nunca o viu falar daquele jeito.
A voz masculina firme e intensa sem ousar gaguejar, os olhos verdes fitando os
dela. Se ela se aproximasse um centímetro a mais selaria os lábios aos dele,
seria envolta nos braços dele onde se sentia segura e em paz. Porém o timer do
forno soou escandaloso os assustando e Demi se apressou em tirar a lasanha do
forno. Ora, o que ela estava pensando? Joseph era apenas o seu amigo que tinha
a salvado de ser estuprada num beco escuro e frio. E também tinha Jake e aquela
relação enrolada que eles tinham.
- É por isso que você é o meu herói. – Demi
sorriu para o rapaz enquanto colocava a travessa sobre a mesa. – E o melhor
amigo que uma mulher pode ter. – Ela disse buscando pelos pratos e talheres. – Vem
comer Joe. – Chamou rindo de como ele estava mais tímido que o normal, então
ela caminhou até ele e o puxou pela mão. – Não precisa ter vergonha, ok? – Ela
disse puxando a cadeira para que ele pudesse se sentar. – Fique a vontade. –
Demi se acomodou a cadeira ao lado de onde Joe estava sentado e riu quando ele
abaixou a cabeça esboçando um pequeno sorriso. – A vontade Joe!
- Tudo bem. – O rapaz sorriu para Demi e fez
o que ela esperava que ele fizesse: se serviu com um pedaço moderado de
lasanha. – Está maravilhoso. – Ele disse a olhando e Demi sorriu convencida.
-
Sabe, a gente poderia marcar para você vim aqui em casa assistir Batman comigo,
seria divertido e a gente poderia cozinhar pratos novos e saudáveis, eu e a Sel
sempre comemos besteiras, mas eu estou de regime. – Disparou Demetria se
servindo com um belo pedaço de lasanha. – Ou se você quiser a gente pode jogar
videogame. – Joseph assentiu já imaginando como seria divertido passar mais
tempo com Demi. A timidez de Joseph não impediu que Demi tagarelasse sem parar
e incluísse Joe na conversa perguntando tantas coisas a ele que o rapaz ficou
um pouco zonzo já que além de Rose, ninguém nunca tinha o enchido de perguntas
e nem conversado daquele tanto como aquelas duas garotas baixinhas faziam com
ele. No fundo era divertido, Joe gostava de ouvir a voz de Demi e olhá-la
constantemente. – Ei, você não está com calor com essa camisa toda abotoada? –
Perguntou Demi de cenho franzido. Estavam para sair do apartamento já que Demi
voltaria para o trabalho.
- N..não. – Disse Joe corado com o olhar de
Demi o analisando. – Nã..nã..não fica bom? – Ele perguntou nervoso quando ela o
olhou nos olhos.
- Ficaria mais descontraído com esses dois
botões abertos. – Demi desabotoou os dois primeiros botões de cima e arrumou a
camisa ao corpo do rapaz. – Fica bem melhor. – Ela disse corada. Céus! Ele era
tão lindo e de tirar o fôlego. – Mas não fica tão ruim do jeito que estava.
- Com os bo..botões abertos é melhor. – Os
dois não disseram nada, caminharam em direção ao elevador depois que Demi
trancou a porta do apartamento e só trocaram tímidos sorrisos na viagem de
elevador até o hall do prédio.
- Sabe voltar para o hotel? – Demi perguntou
quando chegaram a calçada do prédio. Não chovia mais e o sol brilhava lindamente no céu.
- Pensei em acompanhá-la até a Gyllenhaal. –
Demi sorriu o olhando nos olhos, existia um homem mais encantador que ele?
- Eu ficaria honrada, mas é tão longe. –
Seria ótimo conversar com ele e rir de forma exagerada chamando a atenção das pessoas
na rua, mas para Joe voltar para o hotel ficaria tão longe. – Nós podemos
marcar alguma coisa, o que você acha?
- Seria ótimo. – Ele disse sorrindo e
desviando o olhar do dela. – Você tem certeza? Não tem problema, eu gosto de
andar.
- Vá para o hotel Joe, prometo não furar
mais uma vez com o nosso encontro. – Demi o abraçou com força e sorriu o
olhando nos olhos. – Adorei almoçar com você, nós temos que fazer mais isso. E
por favor, não fique ansioso, tenho certeza que você será contratado. – Um beijo
na bochecha não era nada de mais, por isso Demi o fez e acenou para o rapaz que
já caminhava na direção oposta acenando para ela.
Continua... O Joe e a Demi são tão fofos juntos!! Oi! Como vocês estão? Eu estou bem! Perdoem a demora, mas eu não sabia muito bem o que escrever. E ai? Vocês acham que o Joe será contratado? Hum.. E essa quase briga Semi? O Jake não apareceu nesse capítulo, mas ele vai aprontar nos próximos.. hahhaa.. Muito obrigada pelos comentários do capítulo anterior, vou respondê-los no próximo posts!!! Beijos e boa noite.