9.7.15

Capítulo 64


   - Aí! - Má ideia.. Não, aliás, péssima ideia! A cada vez que ela fechava aquela maldita pinça e puxava o pelo para baixo Joe grunhia um "" mais escandaloso que o outro. Diabos mesmo! Por que ele caíra na conversa dela? As sobrancelhas estavam perfeitas, e não precisava daquela coisa maluca que Demi fazia com a pinça. - Dem, está doendo. - Choramingou virando o rosto, mas ela, que estava sentada em seu colo com o corpo dele entre as pernas e os seios praticamente colados em seu rosto, grunhiu e segurou-lhe o rosto gentilmente para continuar o trabalho.

   - Feche os olhos. - Ordenou a voz feminina rígida e autoritária, e assim que Joe o fez Demi soprou levemente os pelos que tirara.

   - Por que nós estamos fazendo isso? - Choramingou tentando se levantar. Deus! Cada pelo que Demi tirara com a pinça doera em sua alma! - Dem! Está doendo! - Disse desesperado e ela bufou irritada deixando o peso do corpo sobre o dele para que dificultasse a escapatória de Joe.

   - Por quê? Joseph! Você está sem fazer as sobrancelhas há séculos! Elas estão quase se beijando! - Acabaram grunhindo juntos. Joe por saber que Demi arrancaria um pedaço da sua alma a cada fio que puxava, e Demi irritada porque Joe não ficava quieto um minuto sequer.

   - Eu gosto delas assim. - Murmurou como um menino emburrado e Demi revirou os olhos.

   - Mas eu não quero que o meu marido pareça um... um.. sei lá! Nós estamos em pleno século vinte e um! Há vários tratamentos de estética para sobrancelhas para homens e mulheres, você não precisa parecer um homem das cavernas. - Reclamou e ele arqueou as sobrancelhas de propósito, mas logo choramingou e grunhiu quando sem querer Demi beliscou-lhe um pouco de pele.

   - Prometo que volto a frequentar aquele salão. - Disse a olhando nos olhos quando ela finalmente tirou aquela coisa gelada e metálica de suas sobrancelhas. - Você está me matando aos poucos querida. Não tem coisa pior que ter as sobrancelhas mutiladas na varanda da minha própria casa. Prefiro o salão! Os rapazes são mais delicados que você, Dem. - Reclamou e Demi cruzou os braços e estreitou os olhos ao olhá-lo.

   - As suas sobrancelhas estão perfeitas, claro, depois que eu as tratei. - Disse voltando a puxar mais um fiozinho. - Só tirei o excesso entre elas, ok? - Joe assentiu dando-se por vencido, deixaria que ela continuasse com o trabalho já que sabia que ele poderia protestar o tanto que fosse Demi não o deixaria em paz enquanto não conseguisse o queria.

   - Você gosta da minha barba? - Perguntou subindo as mãos para a cintura dela. Ora, se bem que não era tão ruim...

   - Gosto. - Disse acariciando o rosto dele com a mão livre. - Se você cuidasse das suas sobrancelhas como você cuida da sua barba. - Comentou. A barba de Joe estava perfeitamente cerrada e baixa como se estivesse nascendo depois de poucos dias que ele se barbeara.

   - Meu corte de cabelo. - Ele estava quase lá. Joe olhou rapidamente para os olhos de Demi focados no que ela fazia e aos poucos adentrou a camisa que ela vestia com as mãos para repousá-las pouca coisa a cima da cintura.

   - Joseph. - Murmurou levando as mãos dele para bem longe de sua cintura. Demi sabia muito bem onde ele queria chegar. - Não me distraía! - Disse dando um leve tapa na mão dele que tentara voltar para aquele local proibido. - Gosto. O seu corte de cabelo é lindo. - Disse ainda concentrada, mas Deus! Demi revirou os olhos e resolveu que não o proibiria mais de tocá-la já que Joe não a obedecia.

   - Não tenho culpa se você é muito gost.. linda, querida, você é linda! - Disse assim que ela o olhou e esperou pelo que ele diria. - Está terminando? - Perguntou correndo as mãos para repousá-las no bumbum de Demi.

   - Estou, feche os olhos. - Disse e soprou os poucos pelinhos que tirara e o beijou na testa. - Espelho? - Perguntou pegando a escova de cabelo que repousara no puff ao lado.

   - Pensei que você tinha me deixado careca das sobrancelhas. - Disse olhando o resultado no espelho que Demi segurava. - Obrigado anjinho. - Joe esperou que Demi repousasse a pinça e a escova de cabelo no puff para envolvê-la nos braços e beijá-la na boca com amor e paixão.

   - Pai? Mãe? - A voz de Daniel vindo do interior do quarto os fez interromper o beijo e Demi chamou o garoto, que logo estava na varanda. - Já estou indo. - Disse sem jeito por ver a mãe acolhida nos braços do pai.

   - Você está muito bonito. - Demi levantou-se toda orgulhosa e aproximou-se para dar um toque especial no look de Dan. - A sua irmã não vai com você? - Perguntou verificando se tudo estava perfeito com o seu menino. Dan estava tão lindo, vestia um suéter de cor preta já que estava anoitecendo e fazia frio, calças claras e tênis brancos.

   - Ela disse que não vai, e que talvez vai dormir na casa de uma amiga da escola. - Demi franziu o cenho estranhando aquela novidade. Geralmente Elizabeth não se dava bem com as outras garotas, principalmente com as da escola já que a menina era tímida demais e não conseguia se misturar desde que era apenas uma garotinha.

   - Que horas você volta para casa? - Perguntou Joe ao filho.

   - Nós vamos ao cinema com a Anne e o Bryan, e depois vou a casa da Jenny. - Demi olhou para Joe, que a olhou também a espera do que ela diria.

   - Você tem certeza? A mãe dela não vai achar ruim? - Perguntou o olhando. O coração já estava disparado em agonia só de saber que Alex não gostava nenhum pouquinho do seu garoto e não o aprovava com Jenny.

   - A Sra. Shorty não estará em casa, e a avó de Jenny me convidou para jantar com eles. - Disse dando de ombros e Demi, mesmo aliviada, não gostou nada daquela história.

   - Dan, você não acha melhor deixar Jenny em casa e vim embora? - Demi sentou-se no puff que deixara a escova e a pinça e olhou para o garoto. Ser mãe era a melhor coisa que uma mulher poderia desejar para a sua vida, mas a pior parte era simplesmente aquela: jamais conseguiria proteger os seus filhos do mundo, de ter o coração partido, de se machucar.

   - Eu já disse que iria. - Comentou o garoto franzindo o cenho. - O pessoal é legal, até a mãe dela.. mas se ela não implicasse tanto com o nosso namoro. - Demi levou a mão à testa e fechou os olhos. O que faria a respeito de Alex? Ela sabia que o problema não era Daniel, e sim ela.

   - Meu amor, é melhor você voltar para casa. Tudo bem? - Disse o olhando. - Escute o que eu estou dizendo Daniel, é para o seu bem. - A sua intuição de mãe e de mulher dizia que aquilo não acabaria bem, Demi massageou as têmporas e levantou-se caminhando até a proteção da varanda.

   - Mãe, eu já disse que iria. - Murmurou o garoto. - Seria falta de educação, eu dei a minha palavra. - Demi virou-se e olhou de Dan para Joe, que estava calado os olhando.

   - Joseph! - Disse e ele deu de ombros.

   - Escute a sua mãe. - Disse Joe e Demi estreitou os olhos depois de revirá-los. Ah diabos! Homens!

   - Eu preciso de dinheiro. - Disse o garoto e Demi bufou irritada caminhando para o interior do quarto para buscar a bolsa no closet.

   - Eu vou te dar cem dólares mocinho, cem dólares! - Disse puxando uma nota do pequeno bolo de dinheiro que tinha em mãos. – Onze horas em ponto, nenhum minuto a mais, ouviu? Pegue um táxi junto com Anne, nada de bebidas alcoólicas, drogas e sexo! - Daniel estava tão vermelho que Joe segurou-se para não gargalhar. - Eu estou de olho em você Daniel. - Disse assim que entregou a nota para o garoto, que a guardou na carteira com as mãos tremendo.

   - Eu acho.. acho que já vou. - Murmurou fitando a paisagem da vista da varanda dos pais.

   - Você já sabe o que fazer. - Disse Demi assim que o envolveu num abraço apertado. - Eu te amo bebê, cuide-se. - Demi o beijou na testa e Dan assentiu dizendo que também a amava, e depois de se despedir do pai, o garoto partiu acenando.

   - Demetria! - Joe tombou a cabeça e riu. - Você quer traumatizar o garoto? - Disse ainda rindo quando ela se sentou em seu colo e o olhou.

   - Estou fazendo o seu papel! - Disse acomodando-se no peito dele. - Nós temos que ter uma conversa séria com ele, Joe. Eu estou preocupada com esse namoro, Alex não joga limpo. - Joe assentiu de cenho franzido a envolvendo com os braços.

   - Daniel é um bom garoto, nós não precisamos nos preocupar com as atitudes dele. Eu confio no meu garoto, Dem. - Demi assentiu, mas ainda sim tinha medo do que as pessoas poderiam fazer. Sabia que não bastava ter pulso firme, a experiência nessas horas falava mais alto que qualquer coisa, e ela, como mãe que já passara por tudo de ruim que as pessoas tinham a oferecer queria aconselhar o seu menino a fazer a coisa certa.

   - Eu também confio, mas.. - Demi não precisou dizer mais nada para Joe entender o que ela queria realmente dizer.

   - Eu sei. - Disse depositando um beijo na testa dela. - Nós vamos ter que conversar com a Alex sobre o namoro de Daniel e Jenny, e você vai conversar com ela sobre o que aconteceu com vocês duas lá no passado. - Demi não disse nada, repousou a cabeça no peito dele e o abraçou. Na verdade ela não sentia um pingo de vontade de conversar com Alex e não se importava se a mesma tinha ou não a prejudicado com as fotos que vazara, mas por Daniel. Deus! Por Dan ela viraria melhor amiga de Alex em questão de segundos. - Dem? - Joe a chamou e Demi o olhou. - Você vai conversar com ela, não vai? - Perguntou sondando a reação dela.

   - Por Daniel. - Disse tentando distraí-lo com um beijinho no peito.

   - Sabe, imagine daqui a dez anos. - Comentou enrolando as mechas dos cabelos dela em seus dedos. - Imaginou? - Quando Demi assentiu, Joe roçou os lábios dela. - Nós vamos estar juntinhos igual a gente está agora. Daí Daniel vai ligar avisando que a bolsa de Jenny estourou, nós vamos para o hospital para apoiar o nosso menino e a Alex estará lá para apoiar Jenny. O que vocês duas vão fazer? Vão brigar? Uma vai virar a cara para a outra por uma coisa muito, muito, muito idiota? Daniel ama a namorada, Demi. Você não vê como ele a olha? Como ele fala sobre ela? Eles vão ficar juntos independente dessa bobeira sua e da Alex existir. A questão é, vale a pena guardar tanto rancor uma pela outra? Vale a pena magoar Daniel e Jenny? - Demi escondeu o rosto no peito dele e murmurou palavras que ele não entendeu, mas Joe preferiu respeitar aquele pequeno surto de Demi a criticá-la.

   - Oi rapaz. - Disse Demi minutos mais tarde quebrando aquele silêncio que se formara entre ela e Joe. - Mamãe está com preguiça agora. - Disse enchendo as mãos com os pelos de Buffy. - Depois nós brincamos, prometo. - Demi tornou a se acomodar no peito de Joe e riu quando Buffy pôs-se em pé nas patinhas traseiras e latiu. - Ele quer brincar. - Disse para Joe quando ele acariciou atrás das orelhinhas de Buffy.

   - Vem cá rapaz. - Disse Joe empurrando o puff para que pudesse esticar as pernas. - Aqui! - Buffy apoiou as patinhas na cintura de Joe e na primeira oportunidade que teve lambeu o braço de Demi.

   - Cadê os seus filhotes? - Perguntou brincando com as orelhas dele. - Mamãe está cansada e com muita preguiça. - Murmurou beijando o peito de Joe e Buffy latiu enciumado.

   - Ela é muito preguiçosa, não é? - Joe correu a mão livre diretamente para o bumbum de Demi onde apertou. - Cara, supera, ela vai ficar comigo. - Demi revirou os olhos quando Joe beijou-lhe na boca só para pirraçar Buffy, já que sabia que ele tinha ciúmes.

   - Quem disse? - Demi arqueou as sobrancelhas e se levantou para acariciar os pelos de Buffy quando ele apoiou as patinhas em suas coxas. - Vamos brincar? - Demi jogou beijo para Joe e sorriu para Buffy, que abanou o rabo feliz da vida. - E você, guarde a minha bolsa, a escova e a pinça. - Ora, para Buffy, Demi só tinha sorrisos. Joe revirou os olhos pegando a bolsa, a escova e a pinça, calçou as sandálias e depois de fechar a porta de vidro que dava acesso à varanda, guardou aquele tanto de coisa no closet e desceu a procura de Demi e Buffy.

   - Você vai mesmo brincar com ele? - Disse adentrando a cozinha onde Demi agora estava rodeada de Buffy e dos filhotes animados demais. - Querida, hoje é sábado. - Murmurou apoiando os braços no balcão da cozinha para observar Demi jogar fatias do bolo que tinha feito naquela manhã para os cães.

   - Por que não? Eles precisam de carinho e amor. - Demi agachou-se e abraçou Lola, a única menina da turma. - Onde estão os seus lacinhos? - Perguntou acariciando atrás das orelhinhas da golden cor de caramelo. - Você precisa de lacinhos. - O sorriso surgiu em seus lábios quando Lola balançou o rabinho. No começo aquele tanto de filhote a deixava desesperada, mas com o tempo Demi se acostumou com eles e passou a amá-los incondicionalmente. - Nós precisamos comprar coleiras para eles. - Comentou aproximando-se de Joe e o abraçou por trás não resistindo a aquela visão maravilhosa das costas largas nuas e dos braços fortes dele.

   - Pensei que Daniel tinha comprado. - Murmurou fechando os olhos para sentir os beijos que Demi distribuía por suas costas. - Não faz isso. - A voz já estava rouca e lá em baixo alguém já dava sinal de vida. O que ele faria? Não resistia a nenhum carinho de Demi!

   - Vou brincar com eles. - Sussurrou pondo-se na ponta dos pés para beijá-lo no maxilar. - E Elizabeth está em casa. - Joe mordeu o lábio inferior e assentiu ainda de olhos fechados.

   - Tudo bem. - Murmurou virando-se para tomá-la nos braços. - Só um beijo. - Demi assentiu adentrando os cabelos da nuca dele com os dedos da mão direita e com a esquerda ela acariciou o peito nu dele que a sufocava. Deus! Porque Joe tinha que estar sem camisa? O calor instalou-se entre as suas pernas à medida que Joe lhe devorava a boca ferozmente, as mãos grandes a apertando com vontade em todos os lugares, o peito lhe sufocando.

   - Querido. - Sussurrou nos lábios dele tendo que segurar-se nos braços fortes para que não caísse.

   - Eu vou treinar um pouco. - Disse minutos mais tarde quando já não ofegava tanto.

   - Eu vou brincar com eles. - Demi o beijou mais uma vez e o abraçou deliciando-se do leve perfume do pescoço de Joe.

   - Estarei na área. - Demi assentiu e antes de sair dos braços de Joe, beijara-o mais uma vez na boca e ela fez a festa com Buffy e os filhotes. Era tão legal brincar com eles e ela praticamente acabara com a comida da casa, mas mesmo assim não deixara de ser divertido. Geralmente Elizabeth estava tão envolvida com Eric, Daniel com Jenny e ela com Joe que os cães ficavam sem nenhuma companhia.

   - Elizabeth? - Chamou a menina. Ela tinha batido à porta algumas vezes e nada de resposta. Demi chegara ofegar já que tinha corrido pela casa enquanto brincava com Buffy e os filhotes por apenas um par de minutos, que foi o suficiente para deixá-la exausta. - Lizzie? - Chamou pelo apelido que raramente usava, já que Demi preferia chamá-la de Beth.

   - Oi mamãe. - Segundos depois Lizzie abriu a porta do quarto e esboçou um sorriso ao ver a mãe, um sorriso nervoso que não passou despercebido por Demi.

   - Está tudo bem? - Perguntou adentrando o quarto quando a menina lhe deu passagem.

   - Está! Por que não estaria? - Lizzie sentou-se a cama cruzando as pernas e abraçou o travesseiro olhando para a mãe.

   - Sei lá. - Demi riu ao escutar a música que vinha dos fones de ouvido do celular da menina. - Então era por isso que a mocinha demorou a abrir a porta? - Disse apontando para o celular se sentando como Lizzie.

   - Eu estava lendo e escutando música, e pensei que você estivesse com o papai. - Demi riu também corada como Elizabeth.

   - Eu estava fazendo as sobrancelhas dele. - Disse e a menina riu. - Daniel disse que você vai dormir na casa de uma amiga. - Perguntou a olhando e de repente Elizabeth estava um pouco nervosa e de olhos arregalados.

   - É.. Eu acho que vou, não sei, eu posso? - Perguntou arrumando as mechas dos cabelos atrás das orelhas.

   - Você quer ir? - Perguntou Demi analisando a reação da menina atentamente já que desconfiava que não tinha algo em seu perfeito lugar.

   - Quero! Eu não sei. - Disse um pouco nervosa e Demi franziu o cenho.

   - Quer ou não quer Elizabeth? - Perguntou cruzando os braços.

   - Quero. - Lizzie a olhou atentamente e Demi constatou mais uma vez que os olhos da menina eram idênticos aos do pai.

   - Qual o nome dela? - Perguntou Demi ainda de cenho franzido. Céus, porque a sua intuição estava alarmada?

   - O nome dela? - Disse um pouco assustada. - Ah! É a.. A Júlia, mamãe! Ela é da minha classe. - Disse forçando um sorriso. - Nós estamos num trabalho juntas para segunda-feira e ela me convidou para dormir na casa dela para a gente adiantar as coisas, nada demais. - Demi a olhou e respirou aliviada.

   - Só você? - Perguntou.

   - É. Ela mora em Toluca Lake. O Eric vai me levar. - Disse e Demi franziu o cenho.

   - Não quer que o seu pai te leve? Se quiser posso te levar. - Tornou a perguntar e Elizabeth ficou tensa.

   - Não quero incomodar. - Disse corando e Demi assentiu. - Daniel saiu? - Perguntou a menina mudando de assunto e acomodando-se nos braços da mãe. - Deita comigo. - Sussurrou e Demi deitou-se, cobriu-as e abraçou Lizzie por trás.

   - Saiu. Foi ao cinema com Jenny, Anne e Bryan. - Disse com pesar. - Estou preocupada com ele. Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa com o seu irmão que eu e o seu pai não sabemos? - Disse brincando com a ponta dos cabelos de Lizzie.

   - Você percebeu, não é? Não conte para ele que eu te contei. - Disse virando-se para olhar para a mãe. - A mãe da Jenny fez um escândalo no estacionamento da escola no dia que vocês chegaram de viagem. Ela não quer que o Dan namore a Jenny, ele tentou conversar com ela civilizadamente, mas não deu muito certo.. - Demi cobriu o rosto com as mãos. Diabos! Era mais sério que pensara!

   - Que droga! - Murmurou adentrando os cabelos com as mãos. - Eu não sei o que fazer. Quando o seu pai estava furioso com o Eric, eu tentei de tudo e ele aceitou à força o seu namoro, e agora eles são como melhores amigos. - Comentou e Elizabeth assentiu calada. - Eu gosto muito da namorada do seu irmão, eu sabia que ela era a garota perfeita para ele, mas ao mesmo tempo não quero que ele sofra porque a mãe da menina é uma idiota. - Disse a contra gosto.

   - O que você vai fazer? - Perguntou Elizabeth rindo da forma como Demi chamara Alex de idiota.

   - Não sei se devo fazer alguma coisa, mas tenho que fazer. Já chega de confusões na nossa vida. - Elizabeth assentiu aninhando-se no peito da mãe.

   - E daqui alguns meses ele vai nascer. - Disse acariciando a barriga da mãe. - Como é ter um bebê, mamãe? - Demi olhou nos olhos da garota e sorriu se lembrando de quando Lizzie era apenas um bebê risonho que adorava ficar o dia com ela.

   - É a melhor coisa do mundo. - Disse enchendo a menina de beijinhos carinhosos. - Na verdade é a melhor e a pior coisa do mundo porque é muita responsabilidade para uma pessoa cuidar de outra vida. E fica pior quando o seu bebezinho cresce, quer ser independente, não obedece ao que a mamãe diz. Ser mãe é muito difícil, sabia mocinha? Nós mamães nunca queremos que o nosso bebezinho se machuque de jeito nenhum, eu queria proteger você e os seus irmãos para sempre de todas as coisas ruins que as pessoas podem fazer. - Demi depositou um beijo demorado na testa da filha e a protegeu em seus braços sussurrando que a amava.

   - Também amo você. - Elizabeth sorriu com o beijinho de esquimó que ganhara da mãe. Só Deus sabia como Lizzie a amava e admirava. - Onde está o papai? - Perguntou a menina descansando a cabeça um pouco acima dos seios da mãe.

   - Está fazendo exercícios. - Disse acomodando-se na cama da menina.

   - Acho que ele não vai brigar se eu passar a noite na casa da minha colega. - Disse já de olhos fechados. Era tão bom estar protegida nos braços da mãe, Lizzie sentia-se feliz e em paz, já Demi se lembrava de quando a filha era um bebê indefeso que adorava dormir junto com ela e Joe.

   - Contando que você esteja aqui em casa amanhã antes do almoço, acho que não tem problema. - Disse se levantando. - Suas coisas já estão prontas? - Perguntou e a menina assentiu se sentando a cama.

   - Separei minha roupa para dormir e a roupa que vou vestir amanhã. - Disse e Demi assentiu.

   - Não vai levar o seu notebook? - Perguntou ao ver o notebook sobre o puff e novamente Lizzie estava tensa.

   - Não quero levar muita coisa. - Disse sentando-se na cama. - Não quer deitar comigo? - Perguntou para a mãe.

   - Vou preparar alguma coisa para você comer, está ficando tarde e é melhor você se ajeitar para ir cedo. - Lizzie assentiu forçando um pequeno sorriso para a mãe quando ela lhe deu um beijo na testa.

   - Mãe.. - A menina a chamou e Demi franziu o cenho ao olhá-la.

   - O que foi meu anjo? - Perguntou sentando-se ao lado de Lizzie, que a abraçou com força.

   - Eu te amo. - Demi a olhou nos olhos por tantos segundos e depois a beijara na testa com carinho e amor.

   - Eu também te amo anjo. - Disse a estudando com os olhos. - Vá arrumar as suas coisas enquanto eu preparo alguma coisa para você comer. - Demi sorriu consigo mesma ao ver a sua pequena menina começar a arrumar o que levaria para a casa da amiga. Aquele era um passo tão importante para a vida da filha, que foi impossível não se sentir feliz por sua garotinha começar a se entrosar com as outras meninas. - Eles crescem tão rápido. - Disse assim que desceu as escadas e encontrou Buffy sentado no tapete da entrada da primeira sala assistindo os filhotes brincar alegremente.

Demi optou por fazer panquecas recheadas e como sempre, assim que chegou à cozinha ligou o rádio e abriu a janela para sentir-se a vontade já que o dia era quente. Como os gostos eram completamente diferentes, colocara frango e carne para descongelar, selecionara os ingredientes da massa e do recheio e a ideia de tomar um rápido banho pareceu-lhe perfeita já que ela passara a tarde brincando com os cães e agora cozinharia. Demi sentiu-se completamente renovada depois da ducha fria que tomara, vestiu um dos seus vestidos soltinhos, prendeu os cabelos e desceu apressada para preparar as panquecas para que elas estivessem prontas antes mesmo que Elizabeth fosse para a casa da amiga. 

   - I'm so fancy you already know.. – Cantarolou a música que tocava no rádio e logo experimentara um dos molhos. O cheiro era tão bom que Demi já estava faminta. - I'm in the fastlane from LA. to Tokyo. – Sem querer olhara pela janela e Deus! O que era aquilo? Demi mordeu o lábio inferior com força e aquele calor insuportável corria por todo o seu corpo, principalmente entre as suas pernas. Joe não pensara que poderia matá-la do coração?

 Os músculos bem trabalhados dos braços e o troço de Joe moviam magnificamente conforme ele aplicava golpes contra o saco de pancadas. O semblante era sério, os cabelos escuros estavam úmidos pelo suor e Deus! Joe era o pecado em forma de homem! Demi escutou o barulho do molho que começara a queimar e desligou a chama do fogão onde estava a panela, ainda meio zonza. Que homem! Deslizara as outras chamas e suspirara o admirando. Ele era tão lindo. Tão lindo! A vontade era de correr até a área e puxá-lo para os seus braços, distribuir beijos por aquele abdômen perfeito e gemer envolvida naqueles braços fortes e morenos enquanto faziam amor. Diabos! Ele era a sua perdição.

   - Mãe?! – O quase grito de Elizabeth a assustou. Demi estava tão distraída com os seus mil e um pensamentos do que poderia fazer com Joe todo suado daquele jeito maravilhoso. Ultimamente o seu desejo por ele só aumentava e às vezes Demi se perguntava se eram os seus hormônios que estavam enfurecidos demais, mas daí se lembrava de que sempre fora louca por ele, mesmo quando Joe ainda era um rapaz magro que não tinha braços muito fortes e um abdômen malhado. O tempo fizera muito bem para ele. Deus! Lembrar-se de Joe com os seus vinte anos foi a melhor nostalgia. Eles eram loucos um pelo outro, Demi sorriu ao olhar para Elizabeth, era como se olhar no espelho e as únicas características que mudavam eram a cor dos cabelos, já que os de Lizzie eram claros e os olhos da menina eram como os do pai com aquele vislumbre verde enquanto os seus cabelos eram escuros e os seus olhos eram marrons. – Você está bem? – Perguntou Lizzie um pouco sem graça já que flagrara a mãe espiando o pai pela janela.

   - É.. Estou! – Demi forçou um sorriso e lembrou-se dos molhos que preparara. – Já está indo? Só preciso fazer a massa. – Disse já agilizando os ingredientes que usaria para a massa da panqueca.

   - Ainda não. Não saio dessa casa sem comer as suas panquecas. – Lizzie abraçou a mãe de lado escondendo o rosto no pescoço da mesma fazendo Demi grunhir algo sobre estar a atrapalhando, mas Lizzie não recuou já que adorava demonstrar como a amava.

   - Você está me atrapalhando. – Grunhiu Demi tentando parecer durona, mas acabara rindo junto com Elizabeth que não a deixava por um segundo sequer. – Onde está o seu namorado? – Perguntou a olhando e esboçando um pequeno sorriso malicioso que fez Lizzie corar e Demi a sentiu nervosa como quando estava no quarto e a menina dissera que dormiria na casa da colega de escola. – Porque não liga para ele? Acho que o Eric adoraria comer panquecas e conversar com o seu pai sobre aquelas coisas de futebol que eles ficam conversando o tempo todo. – Joe e Eric realmente tinham uma boa amizade, no aniversário de Demi na semana passada o rapaz passara o dia com a família de Elizabeth, ou melhor, passara o tempo todo conversando com Joe sobre os times da Liga Europeia enquanto Demi e Lizzie reviravam os olhos e puxavam os parceiros para jogar videogame ou assistir filmes comendo besteiras.

   - Acho que ele não pode vir. – Comentou a menina emburrada. – Ele está resolvendo as coisas da faculdade, ele começa a estudar na segunda-feira. – Demi checou a consistência da massa com o sentido em Elizabeth.

   - Qual é o problema? – Perguntou a procura de uma panela antiaderente.

   - Ele vai para a faculdade mamãe! – Murmurou a menina emburrada cruzando os braços e recostando no balcão da cozinha. – Oi Lolinha. – Tornou a murmurar quando a cachorrinha cor de caramelo espreguiçou-se apoiando as patinhas em suas pernas. – E eu ainda estou no ensino médio. – Demi despejou um pouco da massa na panela colocando-a em uma chama baixa. – Você sabe, ele vai para Santa Mônica, e eu estou na Buckley, é tão.. ah! Eu estou rodeada de pirralhos e ele de meninas mais velhas. – Demi respirou fundo e olhou para a filha.

   - Você é uma pirralha, bebê. – Disse fazendo a menina arregalar os olhos. – E o Eric gosta muito de você independente de você ser uma pirralha de dezesseis anos. – Demi gargalhou da careta que Elizabeth fizera. Oh Deus! Eles crescem tão rápido! Pensou dando um rápido abraço na filha o que quase resultou em uma panqueca queimada. – Ele é mais velho, tudo bem, mas ele gosta de você. Se ele não gostasse, não enfrentaria o seu pai, seria apenas romance bobo. Você tem que entender que a faculdade é um passo importante na vida do Eric, e que ele não vai te trocar. – Demi a olhou e soube exatamente como Lizzie se sentia. Era como estar com o coração dolorido, a insegurança a dominava e o medo de perder o homem que tanto amava era grande.

   - E se ele trocar? – Murmurou chorosa e Demi teve que desligar a chama do fogão para que a panqueca não queimasse.

   - Ele seria um bobo. – Disse a abraçando carinhosamente. – Mas eu sei que ele te ama muito e que a faculdade e nem nada nesse mundo vai mudar isso, ok? Você só tem que ser paciente e confiante. – Disse a olhando nos olhos. Demi sempre tentava passar aquela experiência para Lizzie e Dan. Ser paciente e confiante. Quando adolescente a paciência e a confiança eram características, principalmente a confiança, inexistentes em Demi, tanto que a maior parte dos problemas mentais e com as drogas eram resultado da falta de confiança em si mesma. – Esquece essa bobeira e aproveite o agora. – Minutos mais tarde as panquecas estavam prontas, o cheiro era divino e a vontade de Demi era de devorar todas elas de uma vez só!

   - Oi meninas. – Disse Joe adentrando a cozinha eufórico caminhado diretamente para a busca de um copo para então o encher de água por diversas vezes. Como ele conseguia? Demi arqueou as sobrancelhas observando o marido todo suado, a pele morena chegara estar avermelhada, beber incansavelmente água. – Eu acho que.. – Ofegou Joe recebendo olhares de Demi e Lizzie. – Preciso de um banho! – Disse sondando as panquecas e Demi revirou os olhos quando ele pegou uma panqueca de carne ainda quente e correu rindo e grunhido algo sobre ter queimado os dedos.

   - O seu pai é muito bobo! – Disse limpando a bagunça que Joe fizera com o recheio da panqueca.

   - Às vezes ele consegue ser pior que Daniel. – Disse Elizabeth lavando as laranjas a pedido de Demi para fazer o suco. – A vovó contou que ele era terrível quando pequeno. – Comentou e Demi riu.

   - Ele ainda é terrível. – Disse Demi se lembrando de como Joe sempre dava um jeito de aprontar algo para tirá-la do sério, de como ele era pirracento e gostava de fazê-la passar vergonha.

   - Mãe, quando nós vamos começar comprar o enxoval do bebê? – Perguntou a menina passando o suco na peneira e Demi se lembrou de que das tantas coisas que planejara para os próximos meses nada incluía o enxoval do pequeno Bernardo.

   - Nós podemos começar nessa segunda-feira, o que você acha? – Perguntou arrumando a mesa para que pudessem comer à vontade.

   - Por mim tudo bem, não tenho mais aulas à tarde. – Disse referindo-se a reposição de aulas que fazia devido ao tempo que faltara a escola quando a mãe estava em coma. – Eu estava pensando, vocês já escolheram o quarto do Bernardo? – Demi se xingou mentalmente por não ter se atentado a aquele detalhe anteriormente, mas também desde que acordara do coma a vida estava uma bagunça e aos poucos ela colocava tudo em seu devido lugar de acordo com as circunstâncias.

   - Ainda não, mas esta casa está cheia de quartos vazios. – Comentou buscando pela louça que usariam para comer as panquecas. – Joseph! – O coração disparou em susto quando os braços de Joe envolveram o seu corpo e os lábios selaram o seu pescoço. – Querido. – Demi escondeu o rosto na curva do pescoço dele e o beijou virando-se para envolver o corpo de Joe com os braços.

   - Oi pequena. – Joe procurou os lábios dela com os seus e os roçou as seus. – A panqueca estava uma delicia. – Disse esboçando um sorriso sapeca e Demi riu acariciando o rosto dele com as mãos.

   - Bobo! – Demi deu um leve e rápido beijo nos lábios de Joe e aninhou-se ao corpo forte dele sentindo-se segura e amada, até que Elizabeth fingiu tossir e arqueou as sobrancelhas quando os pais olharam diretamente para ela.

   - Vamos comer antes que esfrie? – Disse a menina completamente sem graça e quando os pais se aproximaram dela, Lizzie gargalhou com o ataque surpreso de cócegas e beijos. – Mãe! – Disse ainda rindo.

   - Tudo bem! Já chega. –Disse Demi rindo quando Joe deixara Elizabeth para atacá-la com cócegas. – Joseph! – Tentara empurrá-lo, mas Joe a prendeu nos braços e a encheu de beijos.

   - Linda! – Disse a soltando e Demi corou com o lindo sorriso que ele abrira apenas para ela.

   - Vou comer tudo. – Brincou Elizabeth os olhando. Não tinha melhor sensação no mundo que saber que os seus pais estavam bem e tudo graças ao plano que bolara. – A de carne está divina! – Comentou a menina assim que os pais sentaram-se à mesa lado a lado.

   - Eu estou faminto! – Joe corou quando o estômago gritou e Demi riu o servindo com uma panqueca de molho de carne e uma de molho de frango. – Vai sair? – Perguntou a menina depois de saborear as panquecas de Demi, e como sempre, estavam divinas!

   - Vou dormir na casa da minha colega. – Disse Elizabeth depois de um gole de suco chamando a atenção do pai que a olhou de forma curiosa. – Posso? – Perguntou com receio e Joe olhou diretamente para Demi.

   - Por mim tudo bem. – Disse Demi dando de ombros concentrada em saborear as suas panquecas até porque ela estava faminta!

   - Qual o nome dela e o endereço? – Perguntou olhando para a menina.

   - Júlia. Toluca Lake. – Murmurou Elizabeth tentando controlar a tensão que insista em dominá-la..

   - Qual o número do celular dos pais da Júlia? – Demi revirou os olhos e apertou a mão de Joe por debaixo da mesa pedindo para que ele pegasse leve, já que a ideia de Elizabeth fazer amigos na escola lhe parecia perfeita.

   - Eu não sei. – Disse a menina franzindo o cenho.

   - Querido, está tudo bem. É só uma noite, elas vão se divertir juntas, vão fazer o trabalho da escola e amanhã Beth estará de volta. – Demi esboçou o seu melhor sorriso para convencê-lo e só depois que Joe a olhou e olhou para a filha, ele suspirou daquele jeito enciumado e assentiu balançando a cabeça.

   - Vou te levar assim que nós terminarmos de comer. – Disse Joe e segundos depois Elizabeth levantou-se quando o celular vibrou.

   - O Eric chegou, ele vai me levar. – Disse a menina pegando a bolsa da cabeceira da cadeira. – Eu amo vocês, até amanhã. – Disse abraçando o pai e a mãe ao mesmo tempo.

   - Chame-o para comer panquecas. – Disse Joe olhando para a filha.

   - Ele está com pressa. Tchau! – Lizzie sumiu num piscar de olhos, Joe chegara franzir o cenho estranhando a pressa da menina e o quão estranha ela estava. A Elizabeth que ele estava acostumado com certeza estaria receosa e provavelmente já tinha desistido da ideia de dormir na casa da colega como acontecera milhares de vezes.

   - Essas crianças estão estranhas demais. – Comentou Joe mordiscando as panquecas.

   - Nós temos que ficar de olho. – Disse o servindo com mais panquecas e Joe franziu o cenho com exagero de Demi, porém não recusou o alimento já que praticar exercícios físicos lhe custou todas as suas energias.

   - Me lembro como se fosse ontem de quando eles eram bebê e o único trabalho que a gente tinha era para separá-los quando eles brigavam por causa do controle da TV. – Joe fitou os lugares vazios à mesa e suspirou fundo logo deliciando-se das suas panquecas enquanto ainda estavam quentinhas.

   - O tempo passa rápido querido. – Demi envolveu a mão dele com a sua e depositou um beijinho carinhoso nos dedos dele. Pensar que o tempo passara rápido a fez sorrir ao olhar para Joe e se lembrar daquela mesma cena dezessete anos atrás quando ele era apenas um rapaz de vinte e três anos que procurava a todo custo encontrar uma forma de cuidar da família que formara com ela.

   - Passou, e eu estou ansioso para passar os próximos dezessete anos ao seu lado, aliás, estou ansioso para ficar velhinho junto com você. – Disse arrancando um sorriso de orelha a orelha de Demi.

   - Te amo! – Disse Demi toda empolgada o beijando na bochecha e logo deitara a cabeça na curva do pescoço de Joe, que disse que a amava também. – Você terminou? – Perguntou minutos mais tarde.

   - Terminei agora. – Disse limpando os lábios com um guardanapo. – Estava maravilhoso. – Demi sorriu e recebeu um selinho rápido. – Eu lavo e você seca e guarda, tudo bem? – Por incrível que pareça o silêncio seguiu entre eles, Joe lavou a louça como dissera e Demi a secou e a guardou.

   - Vou colocar ração para Buffy e os filhotes. – Disse assim que secou as mãos na toalha de prato e Joe assentiu a seguindo para que pudesse ajudá-la já que eram muitas tigelas para ração e água. – Nada de bagunça, amanhã vocês brincam. – Demi sorriu ao ver Buffy guiando os filhotes os empurrando com a cabeça cada um para a sua tigela de ração já que eles preferiam brincar um com o outro incansavelmente. – Cuida deles. – O sorriso não saísse de seus lábios de forma alguma enquanto assistia Buffy cuidar dos pequeninos com tanta atenção e dedicação, Demi se lembrou de quando ele era apenas um filhote gordinho e de pelos tão brancos quanto ­­­­­­a neve que adorava brincar, lê-se aprontar, com Daniel. – Que tal eu e você e um pote de sorvete? – Joe recostara no balcão e esboçou um sorriso tímido assentindo enquanto assistia Demi providenciar as colheres e pegar o pote de sorvete no frízer da geladeira. – Tudo bem? – Perguntou ela repousando o pote de sorvete sobre o balcão junto às colheres para que pudesse envolver o pescoço de Joe com os braços e depositar um selinho estalado nos lábios dele.

   - Só estou cansado e com sono. – Demi o olhou nos olhos e assentiu. Claro que Joe não estaria tão quieto à toa.

   - Vai me deixar sozinha? – Demi encaixou a cabeça à curva do pescoço dele desfrutando daquele abraço apertado. – Ah não Joseph! Não acredito que você vai dormir. – Disse assim que o olhou e o encontrou com os olhos quase fechados.

   - Bebê. – Joe a sentou sobre o balcão e pôs-se entre as pernas de Demi descansando a cabeça nos seios dela. – Estou com sono Dem, você me torturou o dia todo. – Demi revirou os olhos quando ele a olhou com aqueles olhos esverdeados bonitos e carentes.

   - Não te torturei, amor. – Disse o beijando nos lábios. – Eu cozinhei para você, te dei carinho e muitos beijinhos. – Demi riu do biquinho que ele fez e o selou com uma série de selinhos.

   - Você tirou os pelinhos das minhas sobrancelhas, doeu muito! – Demi revirou os olhos e abriu o pote de sorvete para encher a colher com uma pelota desajeitada de sorvete de flocos e devorá-la logo em seguida.

   - Eu tenho que tirar pelinhos de outros lugares com cera, então é melhor você não reclamar. – Joe riu e encheu a colher dele com sorvete.

   - Tudo bem, nada de pelos a mais nas sobrancelhas e nem ai em baixo. – Demi corou, mas riu quando ele apontou “discretamente” para entre as pernas dela.

   - Nada de pelos ai em baixo para você também. – Joe deu um beijo surpresa nos lábios de Demi só porque os seus lábios estavam gelados, ele não perderia a oportunidade, mesmo que estivesse cansado e com sono, de pirraçá-la. – Hum, amor.. – Murmurou manhosa descendo do balcão de qualquer jeito para que tivesse o corpo imprensado pelo corpo de Joe contra o balcão. – Me beija? – Sussurrou roçando o nariz ao dele enquanto os seus dedos trabalhavam nos cabelos da nuca de Joe os puxando levemente. O beijo faminto dele a deixou de pernas bambas, tanto que Demi apoiara-se firmemente nos braços dele para que não caísse à medida que ele a devorava.
   - Você está tão linda meu amor. – Disse a virando para que Demi ficasse de costas e ele pudesse afastar os cabelos dela para depositar beijos quentes da nuca ao pescoço. – Meu anjinho. – Demi sorriu sentindo os beijos que ele distribuía por seu pescoço, gostava tanto do jeito carinhoso de Joe, de como o simples toque dele já a lhe incendiava dos pés à cabeça.

   - Eu te amo. – Disse toda manhosa roçando o corpo ao dele e o beijando na boca com amor. Os beijos não cessaram, bem pelo contrário, Joe a virou para ele e a beijou com paixão por muitos e muitos minutos até que estivessem ofegando e com sorrisos apaixonados nos lábios, logo incluíram o sorvete na brincadeira, Joe escorou-se no balcão da cozinha e pôs Demi entre as suas pernas. Trocaram colheradas de sorvete e Joe ria do jeito atrapalhado de Demi.

   - Deus! Não tem coisa melhor no mundo que a minha cama. – Disse Joe assim que chegaram ao quarto. Demi levou a mão à cintura e revirou os olhos quando ele se jogou na cama logo entrando para debaixo do cobertor.

   - Não tem? – Demi arqueou as sobrancelhas e novamente revirou os olhos quando Joe esboçou aquele sorrisinho de quem tinha culpa.

   - Tem, dormir. – Ela o acertou com a almofada que estava na poltrona e Joe riu escondendo o rosto com as mãos. – Demi! Bebê, eu estou brincando. Demi! – Disse ainda rindo quando ela o acertou novamente com uma almofada.

   - Hoje é sábado! Nós deveríamos sair um pouco, sei lá, fazer qualquer coisa, mas você quer dormir Joseph! – Joe bocejou e espreguiçou-se. Ele realmente estava cansado depois que praticara tantos exercícios.

   - Amor, eu estou com sono. – Disse ajeitando o travesseiro e se cobrindo com o cobertor.

   - Você vai dormir agora? – Perguntou sentando-se na beirada da cama. – Eu vou ficar sozinha nessa casa enorme? – Joe respirou fundo e a puxou mesmo contra a vontade de Demi para que ela se deitasse com ele.

   - Você está muito inquieta, sabia? O nosso pequeno precisa que você descanse. – Disse Joe acariciando o rosto dela. – Só vou cochilar um pouquinho, prometo, depois nós podemos assistir a um filme, podemos fazer o que você quiser. – Joe beijou o biquinho que ela fazia e a olhou nos olhos. – Dorme bebê. – Disse carinhosamente compartilhando o cobertor que o cobria com ela.

   - Mas, amor! – Joe deitou-se sobre ela tendo todo o cuidado do mundo para que não machucasse o pequeno Bernardo.

   - O que você quer? – Perguntou pacientemente a olhando nos olhos. – Quer ir ao shopping? Ou prefere ir à praia? – Demi balançou a cabeça negando e Joe roubou um beijinho. – Quer visitar os seus pais? Ir a um restaurante? Pizzaria? Boliche? Se quiser nós podemos sair para dançar. – E novamente ela negou balançando a cabeça, espalmou-lhe o peito o olhando nos olhos e o acolheu entre as pernas.

   - Quero fazer amor com você. - O sorriso nos lábios dele foi de orelha a orelha, e Demi, como sempre, corou. Como ele não tinha percebido? Joe teve vontade de se xingar por não notar os sinais dela. Deveria ser o sono, claro! Jamais passaria despercebido o jeito que Demi o beijou e se enroscou a ele quando estavam na cozinha. Para compensá-la, Joe a beijou carinhosamente, enlaçou os dedos aos dela e sem pressa alguma a amou.
...

De olhos fechados e um leve sorriso curvado nos lábios, Demi deslizava a mão pelo peito de Joe. Estava deitada ao lado dele, ambos nus cobertos até a altura cintura. Demi não se cansava de deslizar a mão pelo peito dele sentindo aqueles pelinhos do peito largo roçar a sua mão numa caricia gostosa, ela o fazia a tanto tempo admirada com o quão lindo era o homem que amava. Beijara-lhe o peito e sorriu o vendo magnífico em seu sono, Joe tinha adormecido completamente exausto depois que fizera amor com ela lento e apaixonado. Aninhando-se mais a ele, Demi pôs a perna direita entre as de Joe e o abraçou de lado repousando a cabeça no peito dele. Quem ela queria enganar? Também estava exausta e o sono começara a dominá-la. Então fechara os olhos e aos poucos deixara o sono dominá-la, mas o barulho dos passos rápidos que vinha do corredor e logo a porta batendo com força a deixou intrigada e assustada. Pensara em acordar Joe, mas se sentiria tão culpada se o fizesse.

 Erguendo-se com o coração quase saindo boca a fora, Demi acendeu o abajur já que a luz da lua não clareava totalmente o quarto e procurou pelos óculos de grau sobre o criado-mudo. Onze da noite. O alivio por saber que era Daniel quem chegara em casa foi imenso, mas daí franzira o cenho preocupada. Por que Dan estava com tanta pressa e batera a porta do quarto? Demi levantou-se vestindo a primeira peça de roupa que encontrara, que era nada mais nada menos que a camisa de Joe e a sua calcinha, e a pressa para saber se estava tudo bem com o filho era tanta que Demi calçou as sandálias de Joe que ficavam enormes em seus pés femininos e enroscou os cabelos num coque para domá-los.

   - Daniel? – Demi acendeu a luz do quarto do garoto e assustou-se ao vê-lo deitado de barriga para baixo escondendo o rosto no travesseiro. – Dan? Está tudo bem? – Preocupada, Demi fechou a porta do quarto do garoto e caminhou o mais rápido possível até ele. – Ei, fala com a mamãe. – Disse carinhosamente sentando-se a beirada da cama e acariciando os cabelos do menino. O silêncio era cortado apenas pela respiração pesada de Daniel e Demi estava com o coração partido sem saber como agir. – Meu amor, fala comigo. – Disse um pouco desesperada e a resposta só veio minutos e minutos mais tarde quando Daniel finalmente virou-se e fitou o teto. Deus! O rosto do garoto estava rosado, os olhos bonitos avermelhados e o travesseiro molhado. – Daniel Henri! O que aconteceu? – Agora ela estava super preocupada e o silêncio de Dan a matava aos poucos. – Dan, fala comigo. – Disse acariciando o rosto do garoto, que novamente fechou os olhos e uma lágrima rolou pelo rosto bonito.

   - A gente.. A gente terminou. – O coração de Demi partiu-se em milhares de pedaços ao ver mais lágrimas rolando pelo rosto de Dan.

   - Meu amor, não chora. – O que ela poderia dizer? Demi deitou-se ao lado de Daniel e o garoto agarrou-se a ela e chorou repousando a cabeça no tórax da mãe. As lágrimas eram tantas que Demi mal sabia o que poderia fazer para acamá-lo, Daniel era na maior parte do tempo forte e eram raros os momentos que ele desabava.

   - Por que dói tanto? – O coração de Demi despedaçou-se e o aperto foi tão grande que ela abraçara o filho o protegendo da melhor forma que podia. Era simplesmente a pior coisa do mundo saber que o seu filho sofria e não tinha nada que ela poderia fazer para amenizar aquela dor. Era exatamente como tinha acontecido anos atrás.

Flashback On

Central Park, Nova York – USA, 06:00PM

   - Não coloque o dedinho no batente da porta Daniel. – Cuidar de duas crianças danadas era impossível! Demi, em seus saltos altos e o seu conjunto de terninho andava de um lado para o outro esperando impacientemente que Joe atendesse ao telefone, porém era mais um dia de neve e o sinal estava péssimo. – Dan, abaixe o volume da TV. – Disse buscando o seu sobretudo no cabideiro. Aquele luxuoso quarto de hotel ainda não era o suficiente para quatro pessoas, principalmente um pequeno bagunceiro. Caso não estivesse tão ocupada tentando entrar em contato com o marido e os empresários, Demi daria uma senhora bronca no filho. – Dan, o volume bebê. – Disse tentando manter a paciência, porém Daniel estava tão concentrado em brincar com o seu patinho de borracha amarelo atrás da porta que o volume da TV continuou alto e a música irritante dos backyardigans acordou a pequena Elizabeth, que chorou horrores no berço improvisado. – Não meu anjo, não chora, a mamãe está aqui. – Demi pegou a pequenina do berço e a aninhou em seus braços, Lizzie chegara estar rosada de tanto chorar, as lágrimas rolavam pelo rosto delicado, os olhos que eram a cópia dos olhos do pai estavam levemente inchados e avermelhados. Demi colocaria Daniel e Joe no cantinho do castigo.

   - Mama! – Choramingou a menina e Demi lhe beijou os cabelos. – Maaama! – Aqueles olhinhos brilhando, o biquinho. Demi respirou fundo e colocou a menina para mamar. Elizabeth completaria os seus um ano e três meses e Demi já trabalhava junto com a pediatra da menina a desamamentação, porém Lizzie não cedia, negava qualquer alimento que não fosse o leito materno da mãe.

   - Só um pouquinho. – Disse Demi observando a sua pequenina mamar e o seu coração derreteu-se de amor quando Lizzie esboçou um sorriso ainda com o bico do seio na boca. Ah! Demi era completamente apaixonada por sua pequenina, adorava beijar-lhe as bochechas e fazer cócegas só para escutar a gargalhava gostava de Lizzie. – Daniel, abaixa o volume da TV! – Disse mais uma vez e o garoto olhou para a mãe com os olhos arregalados em susto, ele estava tão distraído imaginando mil e uma aventuras com o patinho de borracha. – O volume da TV bebê, abaixa. – Disse pacientemente e o pequeno correu até o sofá a busca do controle da TV, e quando o achou finalmente abaixou o volume da TV. – O que você está fazendo? – Perguntou baixinho aliviada pela paz que voltara a reinar naquele quarto e que Elizabeth já tinha os olhinhos fechados e sugava levemente o bico do seio.

   - Brincando. – Demi sorriu orgulhosa do seu garotinho. Daniel já tinha quase três anos e estava crescendo tão rápido, sem contar à paixão que o pequeno tinha pelo patinho de borracha que ganhara do tio. Era simplesmente encantador vê-lo brincar a todo vapor com aquele patinho. Mesmo longe, ela pudera ver que Dan desenhava o patinho no seu inseparável caderno de desenho que ganhara de Selena na semana passada junto com o estojo de lápis de cor. Daniel era concentrado e determinado, desenhava e brincava de dar saltinhos com o patinho na mantinha que ele mesmo forrou no chão e na parede onde pregava os seus desenhos com a fita adesiva.

   - Beth? – Chamou, mas a pequena adormecera satisfeita que chegara suspirar. Demi a levou para o berço e a envolveu no cobertor cor de rosa e por minutos admirou a sua menininha tão feliz por tê-la, mas daí o barulho da porta se abrindo e o choro alarmado de Daniel a deixou atordoada. Até quando ela teria que repetir que não era para que ele colocar o dedinho no batente da porta? Daniel sempre acabava com o dedinho apertado, acontecera na casa dos avós, na tarde autógrafos, na casa dos padrinhos e agora.

   - Meu amor, não chora! – Joe pegou o filho nos braços tentando acalmá-lo a qualquer custo, mas ele estava tão gelado da repentina nevasca que Dan estendeu os bracinhos para que a mãe o pegasse.

   - Shh.. Não chora pequeno. – Não, não adiantava! Daniel só chorava cada vez mais mostrando para a mãe o dedinho avermelhado. – Não chora, já passou. – Disse o deitando com a cabeça em seu peito, mas Dan continuava a chorar a todo vapor.

   - Não chora pequeno, o papai não sabia que você estava com o dedinho na porta. – A voz de Joe estava tão carregada de culpa pelo que acontecera com o dedinho do filho que era de partir o coração. – Papai vai dar um beijinho e vai passar, o que você acha? – A expectativa da história do beijinho funcionar crescia, porém Joe e Demi estavam decepcionados assim que Joe beijou o dedinho do filho e Dan só chorou mais.

   - Vista algo quente querido, e cuide de Beth. – Mal tiveram tempo de trocar um selinho e Elizabeth já chorava junto com o irmão. Oh Deus! Eles seriam expulsos a qualquer momento daquele hotel. – Ei, não seja tão chorão. – Disse caminhando com Dan para a cama. – Você é um bebê forte e está chorando por causa de um dedinho? Não chora bebê, a mamãe está aqui. – Pelo visto estava funcionando, Demi tirou os sapatos de salto e deitou-se na cama deitando Dan ao seu lado.

   - Por que dói tanto? – Perguntou o garotinho com a fala embolada por causa do choro e Demi lhe acariciou os cabelos e o beijou na testa. Odiava quando Daniel ou Elizabeth se machucava, se pudesse, sentiria dor por eles. – Dodói mama. – Demi roçou o nariz ao dele e distribuiu beijinhos pelo rosto de Dan para acalmá-lo.

   - Que tal um beijinho aqui? – Disse Demi envolvendo a mão de Dan com a sua e a única coisa que ficara de fora era o dedinho que ele insistia em deixar ereto.

   - Beijinho? – Disse o garoto manhoso e Demi assentiu aliviada por ele parar de chorar.

   - Um beijinho mágico aqui e o seu dedinho vai parar de doer, a mamãe promete. – Primeiro ela riu da ansiedade que os olhos do seu garotinho carregavam. Beijou-lhe a testa e sorriu para ele antes de depositar no dedinho machucado um beijo delicado. – Gostou do beijinho mágico? – O sorriso tímido aos poucos curvou-se nos lábios de Daniel.

   - Beijinho sara dedinho? – Demi o beijou na bochecha e a risada de Dan aqueceu-lhe o coração.

   - Sara qualquer dodói, a mamãe promete. – O sono levou o garotinho em um piscar de olhos e Demi sorriu satisfeita por vê-lo dormir tranquilamente, enquanto ele, como Dan dizia, tivesse um dodói, ela o curaria com um beijinho mágico.

Flashback Off


Será que um beijinho mágico curaria um coração partido? Angustiada, Demi ergueu-se para descalçar o tênis que o garoto calçava e voltou a deitar-se com ele. Como pensara mais cedo, aquela era a pior parte em ser mãe. E por mais que tentasse, um beijinho mágico jamais curaria o coração do seu garoto.

Continua... Oi! Tudo bem? Eu estou bem graças a Deus! Espero que vocês gostem desse capítulo, ok? Muuuuito obrigada pelos comentários, até qualquer dia.  

4 comentários:

  1. NÃOOOOOOOOOOOOOO! !!!!!!!PORQUE! ?DENNY NÃO PODE ACABAR NUNCA! Estou muito triste , vc feriu my heart :-(. Elizabeth tá aprontando e tô louca pra saber o que é, suspeito o que pode ser já. Ansiosa para o próximo cap. Amo muito sua fic desde sempre ♡ Bjs e muito chocolate pra vc * - *

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  2. MEU DEUS AMANDA SJSBSJDH PQ TODO CAPÍTULO EH UMA FACA NO MEU PEITO???? Eu nao sei mais o que fazer, o que a Lizzie tá aprontando? Coitado do Daniel mds quero por ele num potinho e não deixa ngm toca nele :( abzbskbsks posta logo bjoo

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  3. LIZZIE VAI... AI MEU DEUS!
    SE FOR O QUE EU ESTOU PENSANDO... O JOE VAI TER UM HIPER, MEGA, SUPER SURTO DE PAI!
    estava sumida mais voltei, estava com saudades dessa fanfic maravilhosa!
    a cada capítulo... um tiro ainda mais doloroso! rsrsrsrs
    DAN... AI MEU CORE... PQ?
    tadinho, estou curiosa para saber o que aconteceu...
    algo me diz que a alex tem dedo nisso! poste assim que puder, mega ansiosa aqui O/
    beijos

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  4. Lizzie e Eric vão aprontar né kkkk....eita Lele ❤️❤️❤️❤️❤️❤️
    Diva está tudo lindooooo ❤️❤️❤️❤️
    Tadinho do Dan...espero que eles voltem...com certeza foi por causa da Alex...enfim...
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    Beijoss

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