Direita,
esquerda; Esquerda, direita. Pinga limpa pinga limpa. A chuva começara a cair
em pingos finos. O carro ainda estava morto em meio à rua do estacionamento,
Demi segurava o volante com força e olhava indiscretamente para a figura de
Alex a poucos metros dela descontraída rindo junto com Jenny. Assustada com a
repentina palidez da mãe, Elizabeth a cutucou o número de vezes suficiente para
Demi “despertar”.
- Você está bem? – Perguntou de cenho
franzido fitando os olhos de Demi.
- Bem? O qu.. Sim, acho que sim. – Disse
completamente confusa. Houve um breve silêncio que fora interrompido pelo
barulho de uma buzina e palavreados nada agradáveis.
- Por que não paramos em um quiosque? Acho
melhor você tomar um pouco de ar. – Sugeriu Elizabeth e Demi apenas assentiu
ligando o carro. O que faria? Jenny era filha de Alex! E Daniel estava
apaixonado por a menina. E se aceitasse o namoro e Alex fizesse alguma coisa de
mal contra Daniel? Demi tinha certeza que Alex não hesitaria em fazê-lo. Não
sabia o que pensar, só estava completamente surpresa. O que faria? A pergunta
se repetia e se repetiu durante todo o caminho até que Elizabeth a fez parar o
carro para tomar um ar próximo à praia.
- Por favor, duas águas de coco. – Disse
Elizabeth puxando a mãe para sentar-se em uma das mesas. – Mãe, o que foi? –
Perguntou novamente preocupada com o estado de Demi.
- Acho que é só cansaço, nada de mais. – Murmurou
Demi fitando o quebrar das ondas do mar agitado. Começara a chover forte.
- Você não me engana. – Demi respirou fundo
sem olhá-la, jamais contaria a Elizabeth o que estava passando em sua cabeça.
Estava dividida entre afastar Daniel de Jenny e deixá-lo com a mesma..
- Brigou com o papai? – Perguntou. Demi
estremeceu ao se lembrar de como se sentiu nos braços de Joe enquanto faziam
amor há algumas horas e como se sentiu ao escutar as palavras frias dele.
Eram sentimentos diferentes. Sentia que não precisava de mais nada quando
estava ao lado dele, mas aquelas palavras destruiu-a.
- Elizabeth! – Repreendeu-a. – Olha, nós
podemos conversar sobre outra coisa? – Perguntou. Sabia que não poderia
esconder por muito tempo, principalmente de Elizabeth, e também mal estava se
importando com Joe. No momento queria que ele sumisse da face da terra.
- Eu realmente não entendo. Uma hora vocês
estão brigando, outra namorando, depois brigam de novo. É muito confuso ok?
Vocês têm que decidir o que vão fazer da vida, não podemos viver nessa bagunça.
– Demi a olhou de olhos arregalados e a menina deu de ombros. – É a verdade,
vocês são adultos e não sabem se resolver, quando eu e Eric brigamos nós nos resolvemos sendo sinceros um com o outro, e sempre acabamos bem. – Demi riu sem
graça da careta da menina. Lizzie tinha razão.
- Bebê, eu e o seu pai somos.. Bem, nós
temos personalidades diferentes, cada um tem uma forma de lidar com os
problemas e às vezes acabamos fazendo besteira.. – O que queria dizer era: Que
Joe sempre tentava resolver os problemas com sexo e aquilo a incomodava. Mas
jamais diria aquilo a Elizabeth. – Por que você e Eric estão brigando? –
Perguntou mudando de assunto já que Lizzie parecia muito confusa.
- Ele não me deixa fazer nada. – Murmurou. –
Ele torce pelos raptors, não gosta de livros, diz que prefere os filmes. – Demi
riu da careta de Lizzie ao descrever o namorado. – Ah! Eu gosto do meu cabelo
solto e ele prefere preso, eu gosto de amarelo e ele prefere azul ou vermelho,
você acredita que ele não gosta de frappuccino de morango à base de creme? –
Demi levou a mão à boca como se fosse o maior absurdo do mundo e riu do olhar
repreensivo de Elizabeth.
- São coisas.. Normais. – Defendeu-se. – Todo
casal tem as suas diferenças. – Disse lembrando-se dos longos anos ao lado de
Joe e do quão diferentes e iguais eles eram em alguns aspectos.
- Sabe, eu estava pensando numa coisa. –
Lizzie fez uma breve pausa para receber os copos com água de coco antes de
prosseguir. – Promete não ficar brava? – Perguntou com receio.
- Depende. – Demi arqueou as sobrancelhas ao
olhá-la. Lizzie acomodou-se na cadeira sem olhá-la brincando com a base do
copo.
- Você se lembra daquela conversa lá em
casa.. no dia que eu estava com cólica? – Perguntou fitando as ondas se
quebrando violentamente antes mesmo de tocarem a areia. – Eu estava pensando..
– Demi a observou e assustou-se ao ver a menina completamente corada e sem
jeito.
- No que você estava pensando meu amor? –
Perguntou com a voz mansa tentando acalmá-la.
- Eu e Eric.. Não está na hora.. de.. você
sabe. – Demi franziu o cenho confusa tentando entender o que a menina queria
dizer. – Nossa primeira vez. – Sussurrou envergonhada fazendo Demi engasgar com
a água de coco e arregalar os olhos.
- O quê? – Disse em meio de tosses
frenéticas. – Merda.. – Resmungou quando a garganta estava seca. – A sua o que
Elizabeth? – Perguntou a encarando.
- Você está brava. – Murmurou a menina
trêmula. – Eu poderia estar conversando sobre esse assunto com uma amiga ou sei
lá.. Mas eu resolvi conversar com a minha mãe. – Demi respirou fundo cedendo
contra vontade. Lizzie tinha razão, ela simplesmente poderia estar conversando
com outra pessoa que não iria orientá-la da mesma forma que uma mãe orienta um
filho. – Eu o amo tanto e eu sei que ele me ama, porque não pode acontecer? – Demi
enterrou os dedos nos cabelos úmidos repousando os cotovelos sobre a mesa.
- Meu anjo, você é muito nova para.. para
fazer amor com o Eric, e ainda é muito cedo, vocês estão juntos a poucos meses.
Ele está te pressionando? – Perguntou curiosa e Lizzie balançou a cabeça negando.
- Não.. é que às vezes eu penso que ele quer
que aconteça. – Demi riu consigo mesma ao se lembrar da época em que namorava
com Joe. Ela não perguntara absolutamente nada para Dianna, simplesmente deixou
acontecer.
- É normal. Sempre acontece quando a coisa
começa a esquentar. – Demi gargalhou despreocupadamente do quão Elizabeth
estava vermelha. – Ei! Você sabe não é espertinha? – Disse a olhando com as
sobrancelhas arqueadas. Adorava ver Lizzie toda coradinha de vergonha,
lembrara-se de quando a menina era apenas um bebê rosado que sempre se
constrangia quando era pega aprontando.
- Mãe! – Disse envergonhada e Demi riu.
- Estou brincando bebê. – Admitiu buscando
as mãos da menina para entrelaçar os dedos aos dela. – Eu sei como é passar por
isso.. Mas não é nada que o tempo não resolva, você é muito nova e tem tempo
suficiente para experimentar de tudo nessa vida, cada coisa no seu tempo, ok? –
Demi sorriu vendo-a sorrir. – Vamos pagar para irmos para casa? Eu tenho que te
alimentar. – Disse ao lembrar-se que não tinha almoço pronto.
- Eu realmente estou com fome. – Resmungou
enquanto caminhava ao lado da mãe.
- Eu ainda vou fazer o almoço. – Sussurrou
abraçando a menina de lado. – Ei! Não faça careta. – Demi riu e a beijou na
testa. Elizabeth ficava uma fera quando estava faminta.
- Pensei que a vovó tinha feito almoço. –
Resmungou enquanto Demi buscava o dinheiro na carteira.
- Hoje eu vou cozinhar para você, depois nós
podemos assistir a um filme juntas comendo besteiras, o que acha? – Demi
agradeceu brevemente a moça do caixa e pôs-se a caminhar com Elizabeth em
direção ao carro.
- Mãe.. Não vai dá, eu vou ao cinema com o
Eric. – Disse um tanto constrangida. – Eu posso? – Perguntou. Já tinha
perguntado antes do repentino interesse de Demi em Jenny.
- É claro que pode. – Demi forçou um
sorriso, mas por dentro estava completamente frustrada. Estar com Elizabeth
fazia com que os problemas evaporassem, já não lembrava mais de Joe e nem que
Jenny era filha da Alex. – O que você quer comer? – Perguntou adentrando o
carro. Demorou um pouco para Lizzie responder já que o celular a entretinha.
- Você pode me deixar na casa do Eric? –
Perguntou olhando para Demi.
- Agora? – Uma vez que conversaram sobre
Lizzie ter sexo com o namorado, Demi a olhava um tanto preocupada.
- Ele está me convidando para almoçar na
casa dele, se quiser pode vir comigo. – Deu de ombros e Demi ligou o carro
calada. Tentou puxar assunto com Lizzie, mas a menina apenas a respondia com
respostas curtas entretida com o celular.
- Você não quer ir para casa primeiro para
tomar um banho e almoçar comigo? – Perguntou antes de escolher que caminho pegaria na via expressa que
levava para a localidade que Eric morava e a que Dianna morava.
- Esta roupa, como está? – Perguntou tentando analisar a própria roupa. Lizzie estava vestida como uma típica
adolescente que acaba de sair da escola. Camisa com o símbolo da escola, calça
jeans clara e all star preto.
- Não está ruim.. Mas você não prefere
vestir algo mais confortável? – Perguntou com os olhos colados nas ruas. Há
dias quase tivera um terrível acidente de carro por conta da falta de atenção
no trânsito.
- Gosto dessa roupa. – Demi assentiu sabendo
que não resolveria nada tentar convencer a menina de ir para casa. Então seguiu
caminho para a casa de Eric em meio das conversas rápidas com Lizzie.
- Eu venho te buscar, ok? – Disse ao
estacionar o carro enfrente a casa modesta de Eric.
- Acho que Eric pode me levar em casa. –
Novamente Demi ficou calada observando-a manusear a mochila. – Vou deixar
minhas coisas aqui no carro. – E mais uma vez Demi assentiu. – Eu preciso de
dinheiro.. – Disse sem graça.
- Os pais de Eric estão em casa? – Disse
enquanto checava a quantidade de dinheiro que tinha na carteira e calcula o
quando daria a Lizzie.
- Acho que só o irmão dele. – Demi a olhou feio e a
menina engoliu seco guardando o dinheiro que ganhara da mãe no bolso da calça.
- Elizabeth! Você conhece as regras, nada de
ficar sozinha com ele. – Alertou. – E se você ficar mantenha o controle e não o
deixe passar dos limites. – Disse deixando a menina vermelha.
- Eu ligo mais tarde. – Murmurou
envergonhada abraçando a mãe. – Obrigado. – Demi a beijou na testa antes de
Lizzie sair do carro e ir a encontro de Eric, que apenas acenou para Demi abraçado
a Lizzie.
Estava
sozinha. Daniel estava na casa de um amigo, Elizabeth na casa do namorado, Anne
ninguém sabia onde estava e Eddie e Dianna tinham saído juntos. Demi dirigiu
sem pressa de chegar em casa, vez ou outra quando parava o carro no sinal
vermelho olhava para a calçada e suspirava ao ver casais de jovens e velhinhos
caminharem de mãos dadas, embora não quisesse vê-lo, sentia uma imensa falta de
estar com ele. Acabou que Demi prolongou o caminho dirigindo preguiçosamente até
que não tinha saída, tinha que ir para casa.
(...)
Estar
sozinha não era o pior. Não conseguia parar de pensar na cena na escola. Alex
era mãe. Nunca imaginara que aquela mulher tinha uma família, e que Daniel iria
se apaixonar logo pela filha dela. Mas e se fosse um plano de Alex para
conseguir informações? E se Jenny estivesse apenas tentando tirar proveito ao
mandado de Alex? O que faria? Não tinha certeza de nada, talvez Jenny não
fazia ideia de quem Alex realmente era assim como Daniel e Elizabeth não
sabiam por completo do seu passado aterrorizante. Não poderia julgá-la, ou
poderia? Demi enrolou o macarrão no garfo e o degustou segundos depois, tinha
uma solução para aquela situação e ela iria encontrá-la, só não sabia como. O
tempo passou e Demi já não estava mais na cozinha, dirigiu em direção a
gravadora a pedido de Nick para tentar compor. Entretanto mal conseguia se
concentrar, tudo que vinha a mente era a voz de Alex dizendo que ela não
passava de um nada seguindo da voz de Joe em meio aos próprios gemidos e depois
as palavras frias dele. Demi pediu um tempo a Nick e saiu do estúdio o mais
rápido possível tentando não chorar.
- Elizabeth? – Disse quando a menina atendeu
ao telefone. – Onde Dan está? Vou buscá-lo, está tarde. – O final da tarde se
aproximava e Demi, além de atordoada, também estava preocupada com o sumiço de
Daniel, o garoto não telefonou ou tentou entrar em contato.
- O filme está na metade. – Disse do outro
lado da linha. – Dan está espere.. – Demi revirou os olhos, mas aguardou
pacientemente até que a ligação caiu e Lizzie retornou. – Ele está no watts. –
Sul da Califórnia! Diabos! Demi gemeu consigo mesma imaginando a distância que
percorreria da gravadora ao watts e do watts até Hollywood hills. Daniel
definitivamente levaria umas boas palmadas apenas por fazê-la dirigir.
- Nicholas? – Chamou ao adentrar o estúdio
depois de se despedir de Lizzie.
- Estamos aqui. – Demi caminhou mais um
pouco e avistou John e Nick entretidos com o computador. – Nós estamos
escalando as datas da sua turnê. – Informou John.
- Já? Pensei que seria daqui a um mês. –
Disse confusa.
- Quero você no palco ainda está semana se
possível. – Demi arregalou os olhos, mas assentiu. O que faria da vida além de
cantar?
- Eu tenho que ir, Daniel está no watts! –
Disse um tanto preocupada. – Eu vou buscá-lo antes que anoiteça. – No sul de
Los Angeles, principalmente no bairro onde Dan estava, era onde o índice de
criminalidade era maior em toda a Califórnia.
- Eu posso ir com você. – Ofereceu-se Nick
também parecendo preocupado.
- Está tudo bem, não se preocupe. – Demi
estava completamente sem graça perto de Nicholas por conta do ocorrido com Joe
mais cedo, no queixo Nick tinha um pequeno corte em meio à barba, mas mesmo
assim continuara na gravadora trabalhando sem cessar.
- Qualquer coisa ligue. – Murmurou Nick
envergonhado esperando pelo abraço de Demi, que abraçava John. – Miley e eu
estamos a sua disposição. – Demi apenas assentiu e desfez do abraço de Nick
antes de partir.
Demi
dirigiu por quase uma hora e meia, parara para abastecer o carro e comprar
batatas fritas na loja de conveniência do posto e seguiu caminho dividida entre
o trânsito e Jenny e Alex. Quando mais tarde chegara ao bairro e seguiu as
coordenadas do GPS que Lizzie passara até que chegara ao destino. A noite caíra
num piscar de olhos, Demi encolheu-se ao sair do carro e deparar-se com o vento
gelado. A casa que Dan deveria estar era simples, porém parecia confortável.
Sem jeito Demi tocou a campainha. Demorou alguns minutos.. Mas quando a porta
foi aberta Demi arregalou levemente os olhos ao olhar para o rapaz a sua
frente.
- Posso ajudá-la? – A situação era
constrangedora, o rapaz que deveria ser amigo de Daniel estava descalço e tinha
a calça jeans frouxa na cintura, o peito claro arranhado supostamente pela moça
encolhida no sofá.
- Daniel está? – Perguntou sem jeito.
- Ele está nos fundos. – Adentrando a casa,
Demi seguiu o rapaz calada e envergonhada. Deus! Que Daniel não estivesse
fazendo o mesmo...
-
Daniel? – Chamou. Havia alguns posts de banda nas paredes brancas, o cheiro era
de óleo e gasolina e a luz era forte.. Demi o reconheceu pelo par de tênis, até
porque era a única coisa que via. Daniel estava debaixo do carro!
- Mãe? – Demi observou o garoto surgir sem
camisa no chão deitado sobre o que parecia ser um carrinho que o levava e
trazia com ferramentas na mão.
- Cara, ela é a sua mãe? – O rapaz disse sem
jeito e Daniel apenas assentiu sem jeito.
- Seu filho duma puta! – Gritou um rapaz
moreno também sem camisa surgindo do nada. – Era par.. Demi Lovato? – Demi
contraiu a boca em uma linha e assentiu balançando a cabeça.
- Nós vamos para casa. – Disse olhando para
o garoto sujo de graxa. – Agora. – Demi o observou levantar-se e guardar as
ferramentas numa caixa de ferro e limpar as mãos numa toalha branca.
- Eu posso terminar amanhã depois da escola,
não falta muito. – Disse Daniel enquanto vestia a camisa sobre o olhar sério da
mãe.
- Amanhã sem falta. – Houve aqueles típicos
toques de mão e então eles caminharam pelo corredor, Demi na frente,
Daniel atrás seguido dos dois rapazes.
- Entra no carro. – Disse quando estavam
sozinhos.
- Elizabeth não disse que Mark iria me levar
em casa? – A princípio não respondeu, apenas ligou o carro e os levou para bem
longe dali.
- Primeiro, quem te deu permissão para..
para vim para esse lugar? Segundo, que diabos você estava fazendo debaixo
daquele carro Daniel! – Esbravejou. O coração quase saíra pela boca ao ver o
menino sair debaixo daquele carro, pois sabia que Dan poderia se machucar
seriamente.
- Eu estava trabalhando. – Murmurou o garoto
e Demi riu debochada.
- Trabalhando? E desde quando você é
mecânico? Não me lembro de ir a sua formatura, assinar o seu diploma. – Ironizou
e Daniel ficou calado. – Feche a janela, se a sua garganta inflamar eu não vou
te levar ao hospital. – Daniel cerrou os olhos, respirou fundo e a olhou.
- Não fale comigo como se eu fosse uma
criança. – Disse irritado. – Eu estava trabalhando para conseguir o meu próprio
dinheiro. – Demi reduziu a velocidade do carro o guiando para o acostamento e
olhou para o garoto de olhos cerrados.
- Você é uma criança, eu sou a sua mãe e
mando em você. – Gritou assustando o garoto. – Esqueça essa história de
conseguir o seu dinheiro porque você não vai namorar aquela menina Daniel, você
me escutou? Não vai namorá-la! – Jamais deixaria Daniel namorar a Jeniffer,
pois a menina só traria problemas. Começando pela mãe problemática e pela
rebeldia de Daniel.
- Isso
é uma pegadinha? – Ironizou. – Eu estou trabalhando para conseguir o meu
próprio dinheiro de forma honesta, ao contrário de você que engana as pessoas
com a sua imagem de vítima do pop! – Antes mesmo que conseguisse raciocinar os
dedos estalaram contra o rosto do garoto.
- Você não vai namorá-la. – Disse por fim
ligando o carro. Agarrava o volante com força e lutava para que as lágrimas não
molhassem o rosto. Porque a vida estava de pernas para o ar? O que ela tinha
feito para ter todos que amava como rivais? Primeiro Joe e agora Daniel.
- Eu a amo! Porque você não me deixa
namorá-la? O que eu fiz de errado? – Demi o ignorou e concentrou-se ainda mais
no trânsito. A resposta jamais seria um sim. – Por favor, me deixe namorá-la,
eu a amo. – Insistiu o garoto e Demi continuou a ignorá-lo. – Você não vai me
responder Demi Lovato? Por que você não me deixa namorá-la! – Insistiu mais uma
vez quando Demi estacionou o carro na garagem da casa da mãe. – Por quê? –
Gritou saindo do carro para segui-la.
- Você não vai namorá-la sobre hipótese
alguma. – Disse pausadamente gesticulando as mãos.
- Agora eu sei como o meu pai se sente. –
Demi parou onde estava e respirou fundo tentando manter o controle. – Você quer
manipular todos, tudo tem que ser do seu jeito. Não é à toa que a sua conta
bancaria está explodindo de dinheiro sujo. Eu não sei como ainda acredito nas suas palavras, você mentiu para mim e Elizabeth a vida inteira,
eu fui criado por uma mulher que não existe. – Demi cerrou o punho e fechou os
olhos dizendo a si mesma que aquilo não estava acontecendo.
- Daniel! – Dianna surgiu na sala tão
assustada quanto Demi. – O que aconteceu com você? – Disse assustada ao ver o
garoto cor de rosa de tanta raiva e nervoso.
- A minha mãe, vó! Ela não me deixa fazer
absolutamente nada. Acha que eu sou uma criança e diz que eu não vou namorar a
Jenny! – Demi apenas apontou para a escada o mandando para o quarto. – Eu não
vou! – Gritou. – Por que eu não posso namorar a Jenny, vamos, diga! – Esbravejou
e Demi ficou a um passo dele.
- Ele acha que tem idade suficiente para
tomar as próprias decisões. – Ironizou olhando para cima para encontrar os
olhos do garoto. – A senhora acredita que ele estava no watts debaixo de um
carro? – Disse a Dianna.
- Eu estava trabalhando vó! – Disse como se
o que Demi acabara de dizer fosse o maior absurdo do mundo.
- Trabalhando para comprar uma merda de um
anel para colocar no dedo daquela menina. – Esbravejou.
- Pelo amor de Deus, acalmem-se. - Disse Eddie
surgindo da cozinha.
- Eu a amo! E estou trabalhando sim, não sou
igual você que só fica enrolando o papai a vida toda. – Demi o acertou com um
tapa e Daniel respirou fundo completamente nervoso. – Eu não ligo, pode me
bater o quanto quiser, me torture se achar melhor, mas você perdeu o meu
respeito e admiração, eu te odeio. – Demi jurou ouvir o próprio coração
despedaçando, estava estática, os olhos marejados e a respiração levemente
ofegante.
- Daniel! Você está louco?! – Gritou
Elizabeth que acabara de descer as escadas por conta da gritaria.
- Louco Lizzie? Eu não estou louco, ela é
quem está. – Acusou e Demi nada fez além de ficar parada o olhando.
- Garoto, eu vou te matar. – Elizabeth
desceu as escadas e o empurrou na direção oposta para longe da mãe. – Mamãe, eu
estou aqui, não chore. – Disse abraçando Demi com toda a força que tinha. –
Ligue para o meu pai. – Disse a Dianna que apenas observava tudo completamente
assustada. – Não chore, Daniel é um idiota. – Disse a abraçando ainda mais,
claro, se ainda fosse possível. Daniel as observava também derramando lágrimas,
ele queria apenas saber o porquê de não poder namorar Jenny. E o engraçado era,
Demi fazia tanta questão daquele namoro, sempre perguntava por Jenny, dizia que
ela era a garota certa para ele e a agora simplesmente dizia que ele não
poderia namorá-la. Aquilo jamais faria sentido em seu mundo.
Minutos
mais tarde Elizabeth ainda tinha a mãe nos braços, tentava acalmá-la sem ao
menos saber o porquê do nervoso. – O que aconteceu? – As duas olharam em
direção a voz fraca que vinha da porta. Lizzie forçou um sorriso e Demi
despedaçou-se mais um pouquinho. Joseph.
- Vou deixá-los a sós. – Antes mesmo que
Lizzie pudesse sair, Demi a agarrou com mais força num pedido silencioso para que
ela ficasse.
- Chame a sua avó. – Disse já que a menina
insistia em deixá-la a sós com Joe, o que não seria nada bom já que Demi queria
esbofeteá-lo até que o mesmo estivesse inconsciente.
- Demi, o que aconteceu? – Perguntou Joe. A
roupa ainda era a mesma.. Ele parecia cansado e triste.
- Daniel, Joseph! – Disse irritada. – Ele
estava no watts debaixo de um carro. – Demi cerrou os olhos ao observá-lo. – Eu
disse no Watts! – Gritou como se Joe fosse surdo.
- Demi, ele é um garoto, é normal que queira
consertar carros. – Disse calmamente e Demi arregalou os olhos.
- O meu filho não vai virar um traficante. –
Murmurou. – E advinha! Ele diz que estava trabalhando para comprar uma aliança
para a filha da Short. – Joe franziu o cenho e enterrou os dedos nos cabelos,
então era aquele o problema..
- Alex? – Perguntou para confirmar as suas
hipóteses.
- Você acredita que ela tem uma filha?
Daniel está apaixonado pela menina, resolveu se enfiar debaixo de carros e
fazer os trabalhos do coleguinhas da escola para comprar uma aliança e pedir a
garota em namoro. – Ironizou.
- Vamos por parte. Qual o problema? Eu
realmente não vejo nada de errado nisso. – Disse para o espanto de Demi.
- Claro que você não vê nenhum problema,
porque se você o visse estaria tentando transar comigo! – Dianna arregalou os
olhos e desviou do objeto que Demi jogou na direção de Joe. – Não é assim que
você resolve as coisas querido? Bancando o machão? – Joe fechou os olhos e os
abriu ao sentir ao colidir contra a perna. Ótimo! Demi o acertara com um OB.
- Demi, pelo amor de Deus! Seja racional,
Daniel quer namorar a Jenny, não a Alex. – Disse. Não via Alex como uma real
ameaça, considerava-a apenas como um fantasma do passado que tentara bagunçar a
vida de Demi numa tentava frustrada já que quem estava fazendo toda a confusão
era a própria Demi.
- E a Jenny é filha de quem gênio da lâmpada
mágica? – Gritou o acertando com uma almofada. – Joseph, até um saco de batata
é mais homem que você! – Dessa vez Demi tentou o acertar com o abajur, mas
Dianna o tomou da mão da filha antes mesmo que ela fosse eletrocutada.
- Você está maluca, só pode. – Murmurou
desviando de outra almofada.
- Ela está maluca. – Demi cerrou os olhos ao
ver Daniel descer as escadas carregado de mochilas e puxando a mala. – Eu vou
para casa com você. – Disse olhando para o pai.
- Daniel. – Disse Elizabeth do topo da
escada num pedido para que o irmão não fosse.
- Se
eu fosse você também iria embora, não vai demorar muito para que ela te proíba de
fazer o que quer. – Disse frio olhando para a irmã que apenas encolheu-se.
- Leve-o para casa. – Dianna tentava
controlar Demetria que tentava jogar a qualquer custo qualquer objeto em Joe.
- Ele é o meu filho. – Murmurou em meio às
lágrimas abraçando a mãe. – Eu quero o meu bebê.
- Meu amor, vai passar. – Dianna a levou
para o quarto e pediu que Lizzie fosse para o quarto para deixá-las a sós já
que tinha coisas que a menina não entenderia. – Deite-se. – Ordenou e Demi se
jogou na cama afogando o rosto no travesseiro.
- A culpa é dele. – Dianna acariciou os cabelos
de Demi esperando que ela se acalmasse.
- Está calma? – Perguntou depois de minutos
em silêncio. – Vocês brigaram de novo? – Demi gemeu assentindo.
- Hoje no estúdio, ele machucou o Nick por ciúmes,
depois nós discutimos e transamos no escritório dele. Ele não me ama, só quer
sexo. – Dianna a olhou respirando fundo, sabia que Demi estava chateada e fora
de si.
- Se ele não te amasse jamais teria te
pedido em casamento, jamais teria te dado filhos. São dezessete anos Demi, eu
posso ver nos olhos dele que ele te ama. – Demi riu fraco em pura ironia.
- Ele levou o meu filho mãe, o meu bebê. Ele
não me apoia em nada, está contra mim o tempo todo, ele não me ama. – Grunhiu e
Dianna balançou a cabeça negativamente. Demi estava fora de si.
- É melhor você descansar querida, quando
você estiver mais calma nós conversamos. – Demi ficou calada, deitada na cama
com as palavras de Daniel ecoando na mente. Não era possível que aquele
bebezinho que ela cuidou durante toda a vida a odiava. – Qualquer coisa me
chame. – Demi abraçou mais o travesseiro e fechou os olhos, mas não dormiu.
Sentira os lábios de Elizabeth em um beijo estalado em sua testa quando era
mais tarde, depois Dianna veio verificar se tudo estava bem e Lizzie disse que
ela estava dormindo. O tempo parecia não passar, os pensamentos corriam
desenfreados trazendo todas as terríveis lembranças consigo. Daniel, Joseph e
Alex. Estava tudo confuso, o peito doía tanto, como iria esquecer? Como faria
para parar de doer? Demi abriu os olhos e encontrou o quarto escuro, Lizzie
dormia pesadamente ao seu lado, no relógio marcava exatas duas da manhã e nada
do sono chegar.. Acendera o abajur e a dor a invadiu com mais força ao ver o
ursinho que ganhara de Joe perto do abajur e uma foto de Daniel abraçado a
Lizzie. A dor passaria. Demi a faria passar a qualquer custo.
Continua... Chega de brigas né? Bem, vocês se lembram da sinopse, então.. está acontecendo. She lost the control! Agora vamos aguardar né.. pior que tá não fica.. Meninas, vocês estão gostando da fic? Sei que esses últimos capítulos têm sido de bipolares sentimentos, mas faz parte, as coisas realmente vão melhorar. Por favor, comentem, parece que a cada capítulo os comentários desaparecem ainda mais </3
Faz esse casal se acertar, faz essa família ser unida de novo... faz a alex sumir, faz a Demi felizzzzzzzz
ResponderExcluirDesculpa não ta comentando, estou fazendo intercâmbio e ta na temporada de esportes, tradução, não tenho tenho de ler a não ser entre os jogos ou entre as aulas.
ResponderExcluirMas eu vou tentar comentar agr.
Beijos! To amando a fanfic!!
Voce esta me fazendo chorar horrores! Quero jemi de volta. A familia unida! Alex suma. Chorando! Que dó! Posta logo por favor !
ResponderExcluirVocê me fez chorar cara, nunca imaginei que ela brigaria assim com Dan, eu já falei que eu amo a Lizzie? Ela sempre tá do lado da mãe, mesmo que o mundo caía.
ResponderExcluirJoseph tem que mostrar pra Demi que a ama o mais rápido possível, não aguento mais vê-los separados.
E ela já vai sair em shows, droga, o tempo vai ficar muito muito corrido.
Ah e só mais uma coisa, quero que a Alex exploda.
Essa fanfic tá perfeita Amanda, sempre foi, sem contar que é a melhor de todas que eu leio, é como se essa fanfic fosse a vida real, ela é tão parecida que as vezes eu paro e penso "porque não aconteceu assim na vida real?" enfim, não estou comentando pelo google porque estou sem internet e a vivo é muito ruim, não da pra ligar por aqui, mas vou continuar comentando nem que seja no anônimo,, continua logo, tô ansiosa pro próximo capítulo.
By: Yas.
Amanda quando eu te disse q gostava duma treta e q dava p fazer p circo pega fogo nao era pra me fazer chorar!!!! Snxjkajs isso ta mto perfeitoo
ResponderExcluirCoitadinha da demiiiiiiii, gnt que dó, to com vontade de pegar ela no colo e ficar embalando até ela dormir
ResponderExcluirPfvr posta logo, to amando <3
Quero mais treta pq eu sou ma haha
ResponderExcluirAcho q a Demi ta certa em relação a jenny
Caraca a Demi não tem sossego mesmo
Posta logo
Ta demais postaaaaaa logoooooooooo
ResponderExcluirtô amando, menina!
ResponderExcluirvocê não tem noção...
essas brigas fazem parte, mas partiu meu coração </3
QUERO ESSA FAMILIA UNIDA NOVAMENTE O/
bjos, posta logo sua divaaaaa
Perfeição define sim ou claro?? Claro
ResponderExcluirPelo amor de Deus gente nem sei por onde começar
cara eu não acredito q a Jenny seja esse tipo de pessoa ruim,como a mae dela,ela parece ser calma,mais quem ver cara nao ver coração.
Joseph um idiota babaca do caralho eu quero arrancar o pinto dele fora,ao msm tempo q ele é um amor ele e um ogro,quando ele ta com raiva ele fala tanta merda,a Demi tinha q dizer pra ele o q a Alex falou ai ele iria entender mais ela nao diz ai coisa a porra toda
Quero bater no Dan,cade aquele menininho fofo q chorava por causa do patinho??
Sao tantas emoções mds ♡♡
Ta perfeito e eu adoro isso,brigas..
Tadinha da Demi,ela ta sofrendo tanto :'(
Ta perfeeitooo,eu to amando mais ainda ♡♡♡
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Xoxo
Que barro esse capitulo, Demi surtou legal mas acho que isso é por ela estar guardando tudo, como a Lizzie disse eles teria que conversar, Joe fala muita merda quando está com raiva e ela também, ou seja, os dois são difíceis de lidar. Eu acho que tudo de resolveria se ela contasse tudo que Alex falou para o Joe e não ficar atacando da forma que ela fez nesse capitulo, e a parte do Dan partiu meu coração, acho que Joe tem que conversar com ele e etc.
ResponderExcluirDesculpa não comentar sempre, último ano, vestibulares, uma correria e tudo mais. Mas continuo amando a fic, amo a maneira que você escreve, e é uma das minhas favoritas!
Sam, xx
Ai diva
ResponderExcluirEu adorei tudo
Essas brigas são tão marcantes.
Ansiosa aqui para saber mais ;)
Posta logoo
Beijos
Seria legal se a Demi engravidasse, ai seria um bom motivo pra essa família se unir novamente!
ResponderExcluirAmanda, ta perfeita essa historia!! Tbm acho q deveria vir outro babyy!!!! Pensa com carinho bjss e posts logo pf
ResponderExcluirto amando!
ResponderExcluircara, esses garotos..............
n acho q a demi deveria engravidar novamente, acredito q do jeito q está já ta ótimo, mas se quiser colocar um bbê, n vou me opor
eu amo brigas em histórias, acho q o drama ta bem legal ♥
posta logo, ok?
louca p saber cmo td vai se resolver!
bjs
Acho q nao seria bom ter outro bebe em meio essa confusão, amo essa fic por conta da originalidade dela, e, isso de bebe em meio a uma briga eh mt fic normal. Caso coloque, irei continuar amando. Enfim, posta logo!! Estou amando!
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