Delegacia de Nova York, 18:00PM
- A escolha é
sua. – O coldre sustentava as duas pistolas, uma no lado direito outra no lado
esquerdo da silhueta do detetive. Chris buscou por uma das pistolas e a
descarregou chamando a atenção de Jake. Fazia mais de uma hora que o então
suspeito do assassinato de Jason
Gyllenhaal estava sendo interrogado. E até então Jake não colaborava. – Eu vou
perguntar de novo. – Colocando a pistola no coldre e as balas no bolso, Chris
caminhou pacientemente até que se escorou em um dos poucos objetos da sala: a mesa
ficando de frente para Jake. – Quem é a mulher do vídeo? – Perguntou
sustentando o rosto de Jake com uma mão já que ele estava cabisbaixo e não
podia fazer muita coisa já que as algemas não deixavam.
- O que eu ganho
com isso? – Ele ousou em sustentar o olhar frio do detetive e Chris cerrou o
maxilar deixando transparecer que a paciência estava acabando.
- Você é o
principal suspeito do assassinato do seu avô. Me ajude a te ajudar, a sua pena
pode ser reduzida. – Jake arqueou uma sobrancelha e engoliu seco perdendo a
pose. Até quando as pessoas pensariam que ele tinha assassinado Jason?
- Eu jamais
tocaria num fio de cabelo do vovô. – Ele disse horrorizado só de pensar na
ideia de machucar Jason. – A Demi é o meu álibi e o meu prédio tem as filmagens
daquela noite. Eu não saí do quarto para nada. – A polícia já tinha constatado
aquele fato, porém existiam mais provas que ligavam Jake ao assassinato.
- Antes de
encontrar a senhorita Lovato, você estava com outra mulher num carro. O mesmo carro
que as câmeras das saídas da Gyllenhaal filmaram. Quem é a mulher? – Chris
perguntou curto e grosso sustentando o olhar de Jake que tombou a cabeça para
trás e respirou fundo.
- Eu quero um
acordo. Te dou um nome em troca da minha liberdade. – Jake sentiu as mãos
suarem e o rosto empalidecer quando Chris o olhou detalhadamente enquanto
carregava a pistola.
- Nós toleramos
assassinos, ladrões, trapaceiros e outros do gênero. – Começou a dizer limpando
a pistola no pano da camisa azul clara. – O que você filmou é nojento e doente.
– Chris adentrou o cabelo com as mãos e coçou a barba antes de olhar para Jake.
– Lá fora não tem espaço para doentes sexuais. Jamais vou deixar um maníaco em
liberdade. Você filmou mulheres inocentes e as expos. Eu vou perguntar de novo.
Qual o nome da mulher! – A voz de Chris soou alta e cheia de raiva. Porém Jake
não fez nada além de sorrir debochado e quando o detetive partiria para cima
dele, a porta da sala foi aberta bruscamente por mais policiais que assistiam ao interrogatório.
- Já chega por
hoje, Pine. – A tensão entre os dois era quase que papável. Chris sustentou o
olhar de Jake por mais alguns segundos antes de empurrar o colega e sair da
sala às pressas.
***
- O que você
está fazendo? – Joe aproveitou que o carro estava parado no sinal vermelho para
olhar para Demi. Ela estava envolvida demais com o celular e consequentemente
estava calada, o que era muito estranho.
- Conversando
com a Sel. – Disse lançando um rápido olhar para o namorado para que pudesse
voltar a digitar furiosamente uma mensagem para Selena. – O que foi? –
Perguntou segundos mais tarde quando Joe deu partida no carro.
- Eu não sei
como chegar à pizzaria do André. – Joe sentiu a mão de Demi em sua coxa e ele
mordeu o lábio inferior quando ela o arranhou ali, mas como ele estava de
calças jeans, não tinha o machucado. – E eu tenho que abastecer o carro, você
conhece algum posto por aqui? – Perguntou mais focado no carinho que recebia da
mão de Demi do que no trânsito.
- Tem um
pertinho da pizzaria. – Joe levou uma mão sobre a dela e enlaçou os dedos, o
que fez Demi rir.
- Você não
estava conversando com a Selena? – Joe a olhou, mas logo voltou atenção para o
trânsito. Demi estava bonita demais e ele dirigindo o carro de Ed, o que não
era uma combinação muito boa.
- Ela foi tomar
banho, e como sempre, vai chegar atrasada. – Demi sorriu quando desenlaçou os
dedos dos dele e o acariciou na coxa como queria guiando as cariciais pra lá...
Ela só gostava de ver como Joe ficava excitado e sem jeito, e era justo já que
ela estava a um passo de atacá-lo. Ele estava tão bonito vestido com camisa
polo preta, a calça jeans também escura assim como as botas. O cabelo estava
arrepiado e Joe tinha decidido não usar os óculos de grau para terminar de
matá-la de tesão.
- Dem. – A voz
dele soou rouca e baixa, Joe respirou fundo e levou a mão para junto da dela
impedindo que ela continuasse o apertando como fazia. – Amor, não é uma boa
ideia. – Ele parou o carro poucos minutos depois quando encontrou um sinal
vermelho, e durante todo o tempo a mão de Demi ainda estava lá junto a dele.
- Só me dá um
beijo. – Pediu e Joe se curvou para beijá-la na boca no mesmo instante.
- Ainda temos o
resto da noite para namorar. – Ele disse nos lábios dela os beijando logo em
seguida. – Quando nós chegarmos em casa prometo que vou te fazer gozar muito. –
O coração de Demi quase saiu pela boca e as bochechas coraram bruscamente. E
não era porque ela estava com vergonha, jamais! Ouvir aquelas palavras da boca
de Joe sussurradas em seu ouvido e sentir os lábios dele num beijo quente atrás
da orelha era demais! E quando ele a olhou antes de voltar a dirigir? Diabos!
Os olhos dele eram lindos demais mesmo com a pouca luz no interior do carro.
Ele não era tímido? Demi choramingou baixinho sentindo o sexo despertar e
desejar o homem que dirigia aquele carro com todas as suas forças. Cada dia que
se passava Joe a surpreendia mais na cama e fora dela. Durante o caminho ao
posto de gasolina Demi preferiu ficar quieta deixando com que Joe brincasse com
os seus dedos com os dele. E quando ele parou para abastecer depois de dar um
beijo na bochecha dela, ele voltou para o carro com dois batons de chocolate
branco que tinha comprado na lojinha de conveniência.
- Quer ficar no
carro ou esperar a Sel e o Ed? – Joe tinha acabado de estacionar o carro nas
proximidades da pizzaria. Demi olhou para dentro do estabelecimento já lotado e
olhou para o namorado.
- Ficar aqui com
você. – Ela sorriu e tirou o cinto de segurança para que pudesse ficar mais à
vontade.
- Então. Você
está se sentindo bem? – Joe deitou a cabeça no recosto do banco e olhou para
Demi. Os dedos ainda estavam enlaçados aos dela e ele gostava de olhá-la porque
ela era tão bonita e apenas dele.
- Estou. Pensei
que depois de ontem o meu mundo desabaria, mas eu me sinto feliz. – Ela disse o
olhando nos olhos e os dois sorriram depois da frase. – Obrigada por hoje, foi
tão bom. – Joe só desviou o olhar do dela porque a ideia de ligar o rádio
baixinho pareceu muito boa. E foi o que ele fez, sincronizou o rádio numa
estação que tocava música e abriu as janelas do carro as deixando pela metade.
- Nós fizemos
muitas coisas hoje. – Ele disse relembrando a melhor parte do dia: o sexo de
reconciliação. – E nós temos que brigar mais vezes. – Demi riu e se curvou para
beijá-lo na boca e na bochecha.
- Você está
ficando muito safado. – Disse o olhando nos olhos e Joe deu de ombros
encostando a testa a dela.
- Eu não tenho
culpa se fazer amor com você é a melhor coisa que existe. – Ele acariciou a
bochecha dela e sorriu fitando os lábios bonitos da namorada. – Anjo, você é a
melhor coisa que já me aconteceu. – Ah, ela estava pouco se importando para o
batom. Os lábios se juntaram aos de Joe no beijo mais intenso que eles poderiam
trocar no momento. Foi tão bom e intenso que quando eles separaram os lábios,
estavam ofegando.
- Você também
Joe. – Como era manhosa, Demi deitou a cabeça no ombro de Joe dando um jeitinho
de ficar o mais agarrada possível a ele. E enquanto eles curtiam aquele
momento, o rádio tocava baixinho You’re Beautiful do James Blunt.
- Essa música é
tão antiga. – Joe observou Demi de olhos fechados e acariciou a bochecha dela
antes de beijá-la na testa.
- É nostálgica.
– Ela sorriu lançando um rápido olhar para ele e voltou a se aninhar a ele
porque aquele momento estava fantástico. Ouvir aquela sequência de músicas de
alguns anos atrás era como estar no colegial de novo, era como ser a
adolescente apaixonada que Demi sempre foi.
Quando Selena enviou mensagem dizendo que já estava a
caminho, Demi e Joe resolveram que era hora de procurar por uma mesa na
pizzaria já que o lugar só ficava mais movimentando ao decorrer dos minutos.
Quem os atendeu foi um garçom e a mesa que eles escolherem ficava mais recuada
onde poderiam conversar sem que o barulho os atrapalhasse.
- Amor, o Batman
vai pedir a mulher gato em casamento na próxima edição. – Demi revirou os olhos
e deu um leve tapa no ombro de Joe.
- Joseph, nada de spoilers. – Murmurou manhosa
e ele riu enlaçando os dedos aos dela.
- Você acabaria
sabendo de qualquer forma, está no jornal e nos sites de fofoca. – Disse
tirando o anel de compromisso do dedo de Demi para analisá-lo. – O Bruce comprou
um anel com diamantes para Selina. Um dia eu ainda vou comprar um para você. –
Joe colocou o anel no dedo de Demi e ela o beijou na bochecha porque ele era a
coisa mais fofa do mundo.
- Não quero um
anel com diamantes. – Disse enlaçando os dedos aos dele e Joe encostou a cabeça
no ombro dela. – Só quero ficar com você. – Ele sorriu e a beijou na testa.
- Eu poderia te
pedir em casamento como o Bruce pediu a Selina. – Começou a dizer observando os
dedos dela nos dele. – No terraço de um prédio à noite. O céu estaria limpo e
estrelado, e você ficaria emocionada quando eu me agachasse e te pedisse em
casamento.
- Depois nós
poderíamos fazer amor sobre as estrelas. Seria fantástico. – Concluiu e Joe
assentiu imaginando cada detalhe assim como Demi. – Você estaria vestido com a
fantasia do Batman? – Perguntou curiosa e Joe franziu o cenho.
- Talvez, e você
estaria vestida com a roupa da mulher gato? – Perguntou se erguendo para
olhá-la nos olhos.
- Talvez. – Os
dois acabaram sorrindo e trocando um longo olhar apaixonado que terminou num
beijo nenhum pouco discreto. Sorte era que as pessoas estavam envolvidas demais
em suas próprias vidas para notá-los.
- Boa noite para
vocês! – O beijo que Joe e Demi trocavam se desfez porque os dois sorriram
quando ouviram a voz de Selena. Demi deu um selinho molhado nos lábios do
namorado antes de abrir os olhos e se levantar ansiosa para abraçar Selena. E
quando ela o fez, até mesmo sentir o perfume de Sel a fez sorrir. – Eu senti a
sua falta, Dem! – Disse Selena ainda envolvida no abraço apertado de Demi.
- Eu também
senti a sua falta, Sel. – Elas se olharam e tornaram a se abraçar por mais
alguns segundos. – Boa noite Ed. – Demi olhou para Ed e sorriu recebendo um
breve e apertado abraço do amigo, e bem, para surpresa dela, Mary também estava
presente. – Oi, boa noite. – Não custava nada ter educação. Ela não estragaria
o dia se estressando com nada. Demi sorriu para Mary e mesmo sem jeito, trocou
um breve abraço com a amiga de Selena.
- Eu só passei
mesmo para dizer um oi. – Disse Mary arrumando a bolsinha no ombro e colocando
uma mecha do cabelo atrás da orelha.
- Fica com a
gente. As meninas disseram que aqui tem a melhor pizza de Nova York. – Disse
Joe a Mary. Tudo bem, ela não ficaria com ciúme, ficaria? Demi assentiu sem
muita escolha incentivando Mary a ficar com eles. A situação entre as duas era
estranha justamente por causa de Joseph e do beijo que ele tinha trocado com
Mary. Aliás, eles passaram alguns dias juntos como um casal e Demi simplesmente
não conseguia aceitar Mary mesmo depois de ela ter aberto o jogo entre elas.
Existia um clima estranho entre as duas impedindo que uma amizade surgisse
entre elas.
- Obrigada pelo
convite Joe, mas eu realmente tenho que ir. – Mary sustentou o olhar de Joe por
alguns segundos e Demi a olhava atentamente esperando por qualquer gesto
estranho que ela pudesse usar para convencer Selena a abrir mão daquela amizade
sem sentido. – Eu só queria ter certeza que você está bem, fiquei preocupada
quando soube que você passou mal. – Ah, tudo bem! Aquilo ela não poderia deixar
passar. Demi trocou um breve olhar com Selena e no mesmo instante ela flagrou
Ed coçando a nuca porque ele também tinha percebido.. – A Demi disse que estava
tudo bem, e é isso. – Mary sorriu cabisbaixa e colocou uma mecha do cabelo liso
atrás da orelha. – Tenho que ir, agora que o Jake não está mais na presidência
da empresa, tudo está uma bagunça e eu tenho que resolver algumas coisas do
trabalho em casa.
- Tem certeza? –
Joe olhava para Mary e ela assentiu timidamente como de costume. – Eu te
acompanho. – Ele tinha feito certo? Demi se acomodou na cadeira onde estava
sentada antes de Selena chegar e fingiu estar bem com o que estava acontecendo.
- Eu não quero
atrapalhar. Boa noite pessoal. – Mary apenas se aproximou de Selena para
abraçá-la e sussurrar alguma coisa no ouvido dela fazendo Sel sorrir e Demi
cerrar os olhos não gostando nada do que estava acontecendo.
- Eu já volto. –
Ele ainda tinha beijado a bochecha dela antes de sair às pressas atrás de Mary.
Diabos, diabos e diabos! Demi desbloqueou o celular sem muita paciência. Não
estrague o seu dia. A consciência a alertou e aos poucos ela respirou fundo
para controlar o surto de ciúmes.
“Vou levar a Mary
em casa, é aqui perto. Estou de volta em menos de dez minutos. Amo você
gatinha.” – Joseph. A mensagem de Joe a irritou tanto que Demi apenas o
respondeu com um breve “Ok.”.
- Eu não sabia o
que vestir, então a Mary me ajudou a escolher alguma roupa legal. – Disse
Selena e Demi a olhou por alguns segundos sem dizer nada e assentiu. Ed que
observava tudo riu discretamente fingindo que estava lendo o cardápio.
- Você não falou
que estava com ela quando a gente conversou mais cedo. – Comentou Demi sem
muito humor deslizando o dedo na tela inicial do celular só porque não tinha
nada melhor para entretê-la.
- Por que você é
tão possessiva? – Selena não estava falando sério, o tom dela estava mais para
brincadeira, mas mesmo assim Demi continuou na defensiva. – Eu estou brincando,
ok? Não falei nada porque nós estávamos conversando sobre outra coisa. – Disse
se sentando a cadeira de Joe para que pudesse deitar a cabeça no ombro de Demi.
- Pensei que a
Mary ficaria para comer com a gente. – Disse voltando a atenção para Selena e
guardando o celular na bolsa.
- Ela tem
trabalho para fazer, então é complicado. – Ed passou para cadeira onde Selena
estava sentada para que pudesse mostrar o cardápio.
- Vamos esperar
o Joe para pedir. – Comentou Selena e Demi assentiu. Ela queria tanto puxar a
orelha de Joe e castigá-lo, mas no fundo a consciência pesou porque Joe estava
sendo apenas um bom amigo. Deixar Mary ir para casa sozinha à noite era
perigoso. E ele só iria levar Mary, não faria nada mais. Faria? Demi franziu o
cenho ignorando as besteiras que começava a pensar. Joe não iria traí-la, ela
confiava nele de olhos fechados!
- Será que eles
fazem pizza para diabéticos? – Perguntou Demi quebrando o silêncio. – Ainda não
vi o André. – Disse depois que os amigos assentiram e ela aproveitou para olhar
para a direção da qual Joe chegaria.
- Nós o
encontramos na entrada, ele disse que passaria aqui mais tarde. – Demi assentiu
fitando brevemente os olhos de Ed. Ela estava começando a ficar entediada e era
inevitável não pensar em besteiras envolvendo Joe e Mary. Os dez minutos
passaram tão rápido, e nada de Joe. Demorou mais dez minutos para que ele
surgisse no meio daquele tanto de gente e arrancasse um sorriso de Demi mesmo
chateada.
- Desculpem a
demora. – Disse Joe se acomodando a mesa ao lado de Demi. – A casa da Mary é um
pouquinho longe daqui. – Explicou-se e Demi assentiu. Ela não podia impedi-lo
de ter amigas, era errado. – Vocês já pediram? – Perguntou enlaçando os dedos
aos da namorada e se acomodando melhor a cadeira.
- Nós estávamos
esperando por você. – Disse Selena já que Demi estava calada e Ed um grude com
a cabeça apoiada no ombro de Sel. – Tem ideia do que vai querer? – Perguntou
Selena empurrando Ed que revirou os olhos se erguendo.
- Alguma coisa
de trigo integral com queijo branco, milho, brócolis, abobrinha e bastante
cebola. – A careta de Demi o fez rir com vontade. Ele sabia que ela não era fã
de cebola e não tinha nada melhor que quebrar o gelo do que provocá-la.
- Cebola Joseph?
Sério? Não vou te beijar tão cedo. – Resmungou manhosa e ele sorriu se curvando
para beijar a bochecha dela. – Você me deixou sozinha, faminta e com muito
frio. Não sei se você merece um beijo. – Selena estava distraída com Ed e Demi
com Joe. Ela o olhou nos olhos e tentou manter a pose de chateada, mas foi
impossível. Joe a beijou no queixo e em ambas as bochechas, roçou o nariz dela
com o dele e fez a melhor cara de cachorrinho carente.
- Agora eu estou
com você, prometo te abraçar até você ficar quentinha e nós vamos comer a
melhor pizza de abobrinha com queijo e brócolis dessa cidade. – Ela fez careta,
mas o beijou o abraçando com vontade.
- Nada de pizza
de abobrinha. – Murmurou nos lábios dele e então repousou a cabeça no peito de
Joe concentrando no carinho que ele fazia no braço nu dela e nas costas. –
Vocês vão querer o que? – Perguntou fitando Selena que estava do mesmo jeito
que ela: aninhada nos braços do namorado.
- Calabresa. –
Ed e Selena trocaram um sorriso cúmplice e Demi revirou os olhos quando eles se
beijaram. – E vocês? – Ed perguntou a olhando.
- O Joe quer
pizza de abobrinha e eu a mesma que vocês. – Qual era o problema com a pizza de
abobrinha? Joe deu de ombros quando Ed o olhou com uma sobrancelha arqueada.
Como o assunto era pizzas, eles conversaram sobre os
tipos mais inusitados do alimento enquanto os pedidos eram preparados. Estar
com Ed e Selena era muito bom e o dia estava realmente perfeito. Demi se sentia
relaxada e feliz como se nada tivesse acontecido no dia passado. Ela simplesmente
se sentia leve e tranquila ao lado das pessoas que amava. Já Joe, Selena e Ed
compartilhavam o mesmo sentimento: alivio e gratidão por ver Demi interagir tão
normalmente. Ela conseguia surpreendê-los com as coisas mais improváveis. As pizzas ficaram prontas dentro de trinta
minutos e as bochechas de Joe realmente coraram quando os amigos e a namorada
riram de como a pizza de abobrinha era estranha, porém no final das contas Demi
experimentou um pedaço e quando ela pediu por mais um, ele arqueou as
sobrancelhas e riu junto com Ed e Selena. A noite estava sendo realmente
divertida e convenhamos, a pizza de André era fantástica!
- Nós temos que
caminhar Demetria. – Disse Selena que estava ao lado de Demi. As duas estavam
na mesa sozinhas já que Joe e Ed pagavam as pizzas no caixa. – Pizza é a melhor
comida do mundo, e ultimamente nós estamos abusando das comidas pesadas e
estamos nos esquecendo das nossas caminhadas semanais. – Demi franziu o cenho
mais concentrada em fitar Joe. Ele estava envolvido conversando com Ed e André,
porém estava bonito demais e chamava a atenção das mulheres.
- Eu estou
queimando as minhas calorias com o Joe. – O sorriso malicioso estava lá e ela
não fazia questão de escondê-lo. – Nós amanhecemos o dia fazendo sexo e fizemos
de novo à tarde depois que discutimos por causa da Rose. – Selena arregalou os
olhos e logo os cerrou.
- Vocês brigaram
por causa da Rose? – Perguntou tão surpresa e Demi franziu o cenho, mas
assentiu.
- Nós
discutimos. – Corrigiu porque brigar era um verbo forte demais e quem ouvisse
poderia pensar outra coisa. – Tudo começou quando acordei sozinha e nua. – Ela
tinha que contar aquele detalhe só para ver Selena revirando os olhos. – Eu o
procurei no quarto e não o encontrei. Ele estava na sala conversando com a avó
e a tia, e eu o abracei. – Demi assentiu quando Selena arqueou as sobrancelhas
em surpresa. As bochechas dela ainda coravam com a lembrança. – Ele me
apresentou e eu conversei um pouco com elas. A família dele é muito grande, Sel.
Isso me assusta um pouco.
- Você vai ter
que se acostumar, Dem. E um dia ele vai querer que você conheça o pessoal. –
Disse Selena observando Joe e Ed. Eles eram a visão do paraíso juntos.
- Eu sei. São
cinco tios e três tias. Fora os primos e primas. – Resmungou chorosa e Selena
riu. Demi era comunicativa e muito simpática, porém quando se tratava da
família dos namorados, bem, ela sempre ficava tensa e não sabia exatamente como
se enturmar. – E tem a Rose. Nós discutimos por causa dela. – Disse e respirou
fundo porque por mais que o assunto estivesse encerrado, de certa forma Rose a
preocupava. – Foi ela quem contou para ele sobre os vídeos. A tia dele sabe de
toda a repercussão com o Jake. O Joe disse que ela não deixará a Rose contar
nada para Clara, a avó dele. Mesmo assim estou preocupada Sel, e se essa menina
fizer a cabeça dele? Ele disse que sabe sobre os sentimentos dela, mas não faz
nada porque os respeita. Eu estou preocupada.
- Dem, é bom
você ficar de olho, mas não discuta por conta disso. Ele disse que respeita os
sentimentos dela, e isso é bom. Mostra que ele não é um idiota. Tem tantos
caras por aí que aproveitariam da situação, e o Joe não. É tão fofo quando ele
fala sobre a prima, da para perceber que ela é especial para ele como uma irmã.
– Selena tinha razão como sempre. Demi fez careta, mas admitiu para si mesma
que Sel estava certa. Joe não era um idiota, e respeitar os sentimentos de Rose
era uma das maiores provas.
- Eu só não
quero que eles pensem que eu não sou boa o suficiente para ficar com o Joe. –
Ela o olhou e sorriu quando ele acenou sorrindo. Ele era tão especial e bom.
Joe e Ed já tinham pagado a conta e agora conversavam com André escorados no
balcão principal. – E a Rose pode envenená-los, ela já me bloqueou nas redes
sociais. Era o sinal que eu precisava para saber que ela não aprova o meu
relacionamento com o Joe.
- Ela está
apaixonada por ele. Ela jamais aprovaria. Quando nós estamos apaixonadas, nós
sempre alimentaremos a esperança de ter a pessoa que amamos independente das
circunstâncias. – Selena a olhava daquele jeito que Demi conhecia muito bem. E
quando ela revirou os olhos, Sel riu. Aquilo era tão ela quando adolescente.
Geralmente Demi sempre estava apaixonada e quando não era correspondida, bem,
ela não ficava nenhum pouco feliz com a vida amorosa do cara que gostava. –
Vamos ao banheiro? Aproveitamos para puxar os meninos pela orelha. Está ficando
tarde e eu não desisti da ideia da gente assistir qualquer coisa juntos. – Demi
assentiu buscando pela bolsa. Estava realmente ficando tarde e consequentemente
frio. A pizzaria ainda continuava como mais cedo: cheia. Passar por todas
aquelas mesas e garçons foi complicado, mas no momento que elas passaram, Demi
envolveu Joe com os braços o abraçando por trás já que ele estava de costas
para a mesa que elas estavam sentadas.
- Oi coisa
linda. – Disse toda sorridente quando ele se virou sorrindo e a abraçou pela
cintura. – Está na hora de ir para casa, não acha? – Ela levou as mãos para o
cabelo da nuca dele e o puxou levemente.
- Está tão bom
aqui. – Comentou Joe antes de dar um selinho nos lábios dela. – Estou ansioso
para ir para casa com você. – Ele aproveitou para sussurrar aquelas palavras
quando a abraçou e Demi sorriu o olhando nos olhos.
- Vou ao
banheiro com a Sel, volto num minuto, ok? – Ela não queria soltá-lo e muito
menos que ele a soltasse. Joe sempre a abraçava com firmeza e segurança, o que
era tão bom. – Comporte-se. – Quando ele assentiu esboçando aquele sorriso de
menino, Demi teve vontade de mordê-lo e distribuir muitos beijinhos pelo rosto
de Joe, mas como eles estavam em publico, só restou a ela dar um rápido selinho
nos lábios dele antes de ser praticamente arrastada por Selena em direção ao
banheiro.
- Juro que eu
queria ser uma mosquinha para saber o que elas fazem juntas. – Ed bebericou o
suco de laranja e olhou para André e logo para Joe. – Até no banheiro elas
estão grudadas. – Complementou e André riu assentindo.
- Desde
adolescentes elas são amigas, e a amizade delas é quase um casamento. Você não
vai conseguir entender, é melhor desistir. – Comentou André e Ed fez careta.
- Elas não têm
nada, Ed. – Disse Joe trocando um sorriso com André já que Ed olhava em direção
ao banheiro intrigado para saber o que acontecia lá dentro com Demi e Selena.
- Você pode
resolver o problema? – Perguntou André voltando ao assunto antes de Selena e
Demi aparecerem para tirar a atenção deles.
- Eu posso olhar
a rede, mas preciso de tempo. – Disse Joe. Seria uma honra ajudar André com a
rede da pizzaria depois de tudo que ele e a noiva tinham feito para ajudar. –
Nós podemos marcar essa semana, pode ser? – Perguntou Joe já que durante a
semana ele não teria nada para fazer e passar o dia trancado no apartamento não
era uma opção. Sair faria bem e ele poderia distribuir currículos.
- Claro, amanhã
à tarde estarei aqui. Você pode vir quando estiver disponível. Com licença. –
André era muito requisitado pelos funcionários, mas daquela vez ele sumiu para
dentro da cozinha deixando Joe e Ed a espera de Demi e Selena.
- Elas estão
demorando. – Joe revirou os olhos e resolveu checar as mensagens no celular.
Além das de Laura, havia algumas de Rose que ainda insistia para que ele
falasse com ela. Estava desgastante e Joe não queria discutir com a prima, por
isso que preferiu não respondê-la e focar o pensamento em qualquer outra coisa.
Eram tantas pessoas naquela pizzaria. Joe olhou para
algumas mesas observando discretamente e assim foi até que ele se perdeu em
meio a tantos rostos e formas. Ele sentia curiosidade quando encontrava casais
com seus únicos filhos porque de alguma forma a lembrança dos pais o atingia em
cheio. Ao fitar as mesas mais próximas a ele, as bochechas do rapaz esquentaram
bruscamente quando o olhar foi retribuído. Geralmente ele não olhava para as
mulheres porque sentia muita vergonha, mas dessa vez Joe sustentou o olhar da
loira de olhos azuis assim como ela sustentava o olhar dele. Será que ela
estava flertando? Joe observou a outra mulher ao lado da loira olhá-lo e
cochichar alguma coisa com a amiga e as duas sorriram o olhando. Diabos! Ele
esboçou um pequeno sorriso de volta sem saber como continuar a olhando.
- Joseph! –
Infelizmente a voz não pertencia a Ed. Joe sentiu os pelinhos dos braços
arrepiarem e quando ele olhou para o lado, engoliu em seco. – Estou
atrapalhando alguma coisa? – A voz de Demi não estava alterada, na verdade
estava calma demais, o que não era um sinal nada bom. Porém o olhar dela dizia
tudo. Ele seriamente encrencado.
- Demi, eu..
eu.. – Não era hora para gaguejar, mas o que ele faria? Demi o olhava séria
esperando por uma resposta e o pior aconteceu.
- Com licença,
você trabalha aqui? – O clima literalmente tinha fechado! Joe quase caiu da
cadeira quando a loira entrou na frente de Demi e disse aquelas palavras o
olhando nos olhos. E a mulher era tão bonita que ele estava todo vermelhinho
sem saber exatamente o que fazer. Por que diabos Ed não tinha comentado nada a
respeito? O que ele faria agora?
- Na.. Na.. Não.
– Ele umedeceu os lábios e engoliu em seco desviando o olhar da mulher para
flagrar Demi, que estava tão nervosa que as bochechas chegavam estar coradas.
- Pra mim já
deu. – Demi passou como um furacão empurrando a mulher e foi no mesmo instante
que André voltou para o balcão sem entender nada do que estava acontecendo.
- Ele é
comprometido. – Ele deveria ter dito que era comprometido, não Ed. Aliás, ele
não deveria nem mesmo ter retribuído o olhar sinuoso da loira. Ela deveria ter
visto o anel no dedo dele, com certeza viu, porém Joe era inocente demais para
flagrar aqueles detalhes. Ed tomou frente esboçando um sorriso educado e
puxando Joe pela mão para longe da mulher já que ela não tomaria uma atitude e
muito menos Joe. – Joseph! Você está maluco?! – O rapaz disse e Selena que
estava ao lado revirou os olhos e caminhou para fora da pizzaria a procura de
Demi.
- Eu só estava
olhando. – Disse Joe tão inocente e André riu e Ed levou a mão à testa.
- Cara, você tem
que aprender que quando se tem uma namorada, e principalmente quando ela está
com você, as outras mulheres não existem. – Disse Ed desesperado por Joe que
assentiu balançando a cabeça.
- É melhor você
ir atrás da Demi, ela está brava, e se você demorar mais, ela ficará mais brava
ainda. – Disse André. Ele conhecia Demi como a palma da própria mão. E uma
coisa sobre ela era certa: quando Demi ficava brava, a coisa ficava feia.
- Demi, qual é?!
– Quando saiu da pizzaria Selena a início se assustou porque não havia rastros
de Demi. Ela olhou em ambos os lados da rua pensando que a amiga tinha pegado
um táxi para ir embora, mas depois de analisar bem a rua, Selena avistou Demi
escorada no carro de Ed já no final do quarteirão. – Ele não fez nada. –
Apressou a dizer se escorando ao lado de Demi que a olhou de olhos arregalados
como se o que Selena tivesse dito fosse um completo absurdo, e era.
- Você viu o
tamanho do vestido que ela estava usando? – Começou a dizer exageradamente e
Selena teve que assentir. – Se eu não tivesse aparecido.. Sabe, eu estou
cansada de homens! Sério! Eles só sabem nos tirar do sério o tempo todo! –
Selena não disse nada e muito menos Demi. Elas ficaram caladas e quando Sel
avistou Joe na entrada da pizzaria ao lado de Ed aparentemente preocupado, ela
resolveu abrir o jogo com Demi.
- Não seja
injusta com ele. – Disse Sel e Demi franziu o cenho sem entender. – Nós duas
sabemos que o Joe é um bom rapaz e jamais te trairia. – Demi arqueou uma
sobrancelha e Selena balançou a cabeça em negação. – Você e o Chris. Não pense
que eu não percebi Demetria. – Demi arregalou os olhos, abriu a boca para
começar a falar, mas a fechou porque não adiantava discutir com Selena
principalmente quando ela estava certa. – Confesso que também olhei para o
detetive. Espero que você tenha entendido o recado. – Quando Joe se aproximou,
o perfume dele a atingiu em cheio. Para não olhá-lo, Demi fitou o céu escuro
estrelado e por alguns segundos permaneceu daquele jeito nem percebendo que
Selena tinha caminhado até Ed e o abraçou a deixando sozinha com o namorado.
- Desculpa. – A
voz de Joe soou firme quebrando o silêncio. Ele começou a dizer sem saber se
poderia se aproximar, então preferiu ficar parado a pouquíssimos metros de Demi
cabisbaixo porque ele estava com vergonha. – Minha intenção não foi te
desrespeitar, jamais. Eu só estava olhando as pessoas e.. – Ele corou
bruscamente e arriscou olhar para Demi, que também o olhava curiosa para saber
o que ele diria. – E ela olhou para mim e sorriu. Apenas sorri de volta. Não me
pergunte o por que. Não vou te trocar por ela, e nem por outra mulher. Desculpa
por ser idiota e um completo cafajeste insensível. Se você não quiser falar
comigo ou me castigar, eu juro que vou entender. – Como não perdoá-lo? A cara
de culpa dele era simplesmente a coisa mais fofa que Demi já tinha visto. Joe
estava mais tímido que o normal, a voz soava baixinha e ele às vezes arriscava
olhá-la com cara de cachorrinho carente, o que foi suficiente para Demi
surpreendê-lo com um abraço apertado e um beijo na bochecha.
- Você não é um
cafajeste insensível. – Disse Demi o acariciando no rosto e Joe franziu o cenho
não concordando com o que ela tinha dito. – Acontece, só não faça mais. – As
palavras de Selena realmente fizeram efeito. Demi se sentia culpada por ter
admirado Chris e até mesmo permitido que um clima surgisse. – Só não quero te
perder. – Disse desfazendo do abraço para olhá-lo nos olhos e Joe assentiu
roçando o nariz ao dela.
- Eu também não
quero te perder. – Ele roçou os lábios num rápido selinho e fitou os olhos da
amada pensando no quão importante ela era para ele. – Estou perdoado? –
Perguntou sério fitando os olhos dela.
- Está. – Demi
sorriu roubando um selinho e aproveitou para beijar o queixo de Joe gostando de
sentir a barba dele pinicá-la nos lábios. – Amor, me abraça. – O pedido foi
atendido com todo o carinho que Joe podia oferecer. Ele abraçou o corpo de Demi
e sorriu lindamente quando a olhou nos olhos. – Você é tão bonito. – Disse
puxando o cabelo dele da nuca e Joe sorriu pensando o mesmo sobre ela. – Não
posso te deixar sozinho. – O momento dos dois foi quebrado quando Selena e Ed
se aproximaram para pirraçá-los quando perceberam que tudo já estava bem. E a
próxima parada foi a casa de Selena para que pudessem assistir a algum filme juntos.
***
Ficar sem fazer nada pela manhã era algo que Joe
desconhecia, tanto era que o rapaz estava incomodado e se sentindo estranho. À
noite com Demi e os amigos tinha sido divertida e acabou quando Ed os deixou em
casa já tarde depois de assistirem ao filme que passava na televisão. Só deu
tempo de alimentar Lucy e namorar um pouquinho. Joe adormeceu que nem tinha
notado assim como Demi.
Quando amanheceu, o despertador tocou vinte minutos mais
cedo que o habitual e foi uma luta para Demi acordar, e quando ela finalmente
estava de pé, ela agilizou o café da manhã e saiu às pressas porque tinha que
se arrumar para trabalhar.
Agora, sentado a cama, Joe não sabia o que ele poderia
fazer. Quando criança ele estudava pela manhã, então no período da faculdade
era necessário que ele estivesse presente em turno integral, começando da manhã
até à noite. Nos dias livres ele estava acordando junto com o nascer do sol
para trabalhar na fazenda com a avó e os tios. O que ele poderia fazer com a
manhã livre? O apartamento estava todo organizado, Joe só levantou mesmo para
arrumar a cama e depois que o fez, sentou-se nela pensando no que ele poderia
fazer.
- O que foi
Lucy? – Perguntou assim que a cadelinha empurrou a porta do quarto encostada
para conseguir adentrá-lo e se esfregar na perna de Joe pedindo por carinho. –
Você tem alguma ideia do que a gente pode fazer? – Perguntou Joe todo carinhoso
pegando Lucy no colo e a abraçando como quem abraça um ursinho de pelúcia. –
Que tal se a gente caminhasse um pouquinho, o que você acha? – Ele sorriu
quando Lucy latiu se apoiando nas patinhas da frente no peito dele. Ela estava
crescendo, já não era mais aquele filhotinho indefeso de quase um mês atrás. –
E quando nós voltarmos, você vai tomar banho. – Por algum tempo Joe brincou com
Lucy deitado na cama. Era divertido ver a pequenina tentar mordê-lo e se
esfregar nele toda manhosa. Então quando era mais tarde, Joe se vestiu e
colocou Lucy na coleira. A pequena estava tão ansiosa para sair, que se Joe não
fosse forte o suficiente, ele não teria conseguido segurá-la já que Lucy puxava
a guia com bastante força em direção a porta do apartamento. Bem, a culpa não
era de Lucy. Joe se sentiu culpado por não levá-la para passear todos os dias
como deveria ser. – Um minuto e a gente já vai, ok? – Disse gentilmente a Lucy
soltando a guia para que pudesse pegar os envelopes em frente a porta.
O coração de Joe quase parou quando ele se sentou ao sofá
e abriu um por um dos envelopes. As contas tinham chegado e junto a elas uma intimação.
Ele não tinha condições de pagar nenhuma delas e muito menos um advogado. O que
tinha sobrado do salário passado era tão pouco que não deveria dar para comprar
uma pipoca no parque. Sem contar que o aluguel do apartamento venceria dentro
de uma semana. Joe levou a mão à testa, massageou o cenho e fitou a papelada
novamente. O que ele iria fazer? Arrumar um novo emprego era a solução, mas o
que ele precisava era de dinheiro o mais rápido possível, não de ter que
esperar correr trinta dias para receber.
- Meu Deus! –
Joe tombou a cabeça para trás e cobriu o rosto com as mãos. Era muito dinheiro
para quem não tinha um emprego. Na Gyllenhaal eles pagavam muito bem e como
sempre, Jake estragou tudo e ainda não tinha retirado à queixa. Razão da qual a
intimação estava entre os envelopes. Eram tantas coisas para resolver e parecia
que tudo ficava mais complicado a cada dia. – Nós já vamos. – Lucy não tinha
culpa dos problemas dele. Joe acariciou as orelhinhas dela e forçou um sorriso
olhando para os olhos cor de mel da cadelinha. Ele tinha que procurar um
emprego com urgência porque não queria que a pequenina passasse dificuldades.
Como fazia calor naquela manhã, Joe buscou por um boné no
closet, uma garrafa com água na cozinha e saiu com Lucy. Ficar dentro de casa
não resolveria nada e ele não conseguiria arrumar um emprego. O jornal que o
porteiro o ofereceu chamou a atenção do rapaz enquanto ele caminhava pela
calçada sem muita pressa e às vezes até parando para esperar por Lucy. Havia
anúncios e uma pequena chama de esperança se reacendeu conforme Joe lia sobre
as vagas de emprego.
“Almoça comigo? Eu estou sentindo a sua falta amor.
Ansiosa para te dar um beijo”-Demi.
O celular tinha vibrado no bolso da bermuda e Joe sorriu
enquanto lia a mensagem de Demi. Ela era a única capaz de fazê-lo sorrir
naquela altura do campeonato, aliás, ela e Lucy. Caminhar com a pequenina até o
Central Park não foi uma tarefa simples e exigiu muita paciência e cuidado do
rapaz, principalmente quando Joe verificou se o asfalto da rua estava quente e
então ele teve que pegar Lucy no colo já que ela poderia queimar as patinhas. O
resultado foi uma verdadeira bagunça, a cadelinha queria caminhar e socializar
com os outros cães, e até chegar ao parque foi uma confusão.
***
- Pensei que
ouvir as conversas do papai às escondidas era coisa da Amber. – Isabella quase
caiu para trás quando ouviu a voz de Anna.
Ela olhou para irmã vestida de branco da cabeça aos pés e voltou a
atenção para conversa do pai.
- Pensei que
você estivesse na faculdade. – Sussurrou mais focada em ouvir o que Inácio
discutia com o irmão e a misteriosa mulher loira que tinha aparecido pela
terceira vez naquela semana.
- Estou quase
saindo. Você sabe como a Hannah fica quando está naqueles dias... Ela não
queria ir para escola, mas a convenci e agora ela está se arrumando. – Isabella
assentiu e só depois de alguns segundos que ela olhou para a irmã gêmea. Elas
eram parecidas, não idênticas. Anna era alguns centímetros mais alta, tinha o
rosto mais cheio e bem, elas eram mais diferentes do que iguais. Enquanto Anna
era delicada e apaixonada por medicina, Isabella gostava de ler e ensinar. Elas
não gostavam das mesmas músicas, nem das mesmas cores, porém as diferenças não
tinham sido o suficiente para desuni-las.
- Eu odeio ter
que fazer isso. – Disse Isabella puxando a irmã pelo braço em direção a sala. –
Eu só queria saber o que está acontecendo com ele. – Disse se sentando ao sofá
e a irmã assentiu colocando uma mexa do cabelo longo atrás da orelha. – Eu
nunca vi o papai tão nervoso como ontem, e essa mulher? – Ela se acomodou ao
sofá e massageou o cenho sem saber o que fazer.
- Você acha que
ele está com ela? – Anna se sentou ao lado da irmã e depois que ela tinha dito
aquilo, o silêncio pesou entre elas. – Quer dizer... Ela é muito bonita e não é
só porque... – Ela não precisou completar para que Isabella entendesse.
- Vocês não
estão pensando nisso, estão? – Amber era a mais sensível de todas as irmãs. E
estar na puberdade não ajudava em nada. Isabella olhou para Anna e as duas
fitaram as três: Amber, para depois fitar Hannah e Megan.
- Amber. –
Hannah a repreendeu e elas simplesmente ficaram caladas quando ouviram o
barulho de passos e de repente Inácio, Dianna e David surgiram na sala tão
surpresos quanto elas.
- Vocês ainda
não foram para escola? – Inácio não perdeu a pose. E como sempre, Anna revirou
os olhos porque era ela quem era responsável de levar as irmãs para escola. –
Anna? – Megan, Hannah e Amber caminharam em direção a garagem depois de se
despedirem do pai e do tio com um beijo na bochecha, e então Anna fitou Dianna
e depois Inácio de sobrancelha arqueada.
- Estou indo. –
Disse pegando a bolsa e os livros sobre a mesinha de centro. – Você sabe que
pode nos contar qualquer coisa, não sabe papai? – Não tinha como aquilo soar
mais direto. Dianna umedeceu os lábios e mordeu o lábio inferior para controlar
o sorriso. Anna e Isabella eram parecidas com o pai, assim como as outras
garotas, mas elas tinham muito da falecida mãe..
- Eu sei. Não
deixe as suas irmãs esperando. – Inácio beijou a testa da filha e a observou
sair às pressas.
- Eu vou cuidar
da Alicia. Mais tarde nós visitamos o vovô, ele não para de perguntar por você.
– Isabella beijou a bochecha do pai e sorriu para o tio e Dianna. Ela não tinha
nada contra um possível novo relacionamento do pai. – Com licença. – Então os
três adultos estavam sozinhos e receosos. Dianna analisou a sala com um pouco
de tudo: chupeta, cadernos, livros, controle de videogames e uma série de
coisas que pertencias as garotas. A cozinha estilo americana não estava um
caos, porém tinha tanta comida e tudo aquilo era tão.. tão.. coisa de família.
Ela jamais poderia viver num lugar daquele e só de estar ali ela se sentia estranha.
- Posso te levar
até o seu apartamento. – Sugeriu Inácio e ela assentiu ansiosa para ir embora.
– Daqui a pouco eu estou de volta. – Disse a David que assentiu se apressando a
voltar para o escritório para resolver alguns problemas de Dianna.
- Seis garotas.
Como você tem paciência? – Perguntou Dianna caminhando ao lado de Inácio em
direção à garagem.
- Quando você
ama ter paciência é o de menos. – Disse abrindo a porta do suv preto para que
Dianna pudesse adentrá-lo. – Minhas garotas são tudo o que eu tenho. – Ele
disse quando adentrou o carro. – E Demetria também. – Dianna franziu o cenho
enquanto colocava o cinto de segurança. Ela preferiu observar como a casa de
Inácio era bonita e aconchegante enquanto ele guiava o carro para fora da garagem.
Ela jamais teve condições de dar um lar, amor e carinho para Demi. E só de
pensar que quando Demi soubesse a verdade sobre o pai, ela a perderia de vez,
Dianna franziu o cenho e só não se permitiu derramar lágrimas porque não queria
chorar na frente de Inácio e nem borrar a maquiagem.
- Você não a
conhece. – Comentou fria e fitando a rua para não fitar os olhos de Inácio.
- Dianna, você
pode se abrir comigo. – O clima pesou de tal forma quando Inácio levou a mão
para sobre a de Dianna. – O que há de errado entre você e Demi? Não pense que
eu não percebi. – Aos pouquinhos Dianna deu um jeito de se livrar da mão dele.
Inácio estava concentrado no transito e só tinha levado a mão a dela em um
gesto gentil, porém Dianna não estava acostumada com gentilezas... Não vinda de
homens... – Ela é uma boa garota, e muito educada. Você fez um bom trabalho. –
Disse e aquilo a atingiu em cheio. Demi praticamente se criou sozinha e com a
ajuda dos Gomez..
- Você já
conversou com o advogado? – Perguntou mudando de assunto e Inácio assentiu de
cenho franzido.
- Ele estará a
sua disposição quando você precisar. – Ótimo, era tudo que ela precisava ouvir
já que precisaria de um bom advogado caso Jake resolvesse envolvê-la na morte
do avô. – Você já falou com ela? Estou ansioso para conhecê-la e eu tenho
certeza que as garotas vão adorá-la. – Aquilo não aconteceria tão cedo se
dependesse de Dianna.
- Demi está
brava com algo que fiz.. – Disse sem querer entrar em muitos detalhes.
Contrariar Inácio não seria nada inteligente, não quando ela precisava de
dinheiro e uma boa defesa contra Jake. E se Inácio soubesse de todas as coisas
que ela tinha feito Demi passar, seria um inferno! – É melhor esperar, ela não
está num bom momento com o namorado. – Mentiu e Inácio a olhou com cara de
poucos amigos.
- Você não
deveria deixá-la namorar sério. – Ora, ela já tinha até mesmo vendido a própria
filha..
- Pelo amor de
Deus, não seja um homem das cavernas. – Resmungou. – Demi tem vinte e três anos
e já é uma mulher independente. Ela nunca me ouviu e namora desde adolescente.
– Disse e no fundo era verdade. Demi era cabeça dura e lutava pelo que queria
passando por cima de tudo.
- Eu ainda não
acredito que você me escondeu essa garota. – Comentou Inácio parando o carro em
frente ao prédio onde Dianna morava. – Você ainda não me respondeu o porquê de
não ter me contado sobre a gravidez. – Anos e anos tinham se passado e desde
então, foi a primeira vez que Dianna sentiu o coração bater acelerado quando
ela olhou para Inácio. Quando adolescente, ele era lindo. Alto e moreno de
intensos olhos marrons, inteligente e engraçado. Agora ele era um homem
completo e maduro, e mesmo grisalho, continuava sexy.
- Inácio. – Ela
colocou uma mecha do cabelo loiro atrás da orelha louca para fugir daquele
carro e do único homem que tinha amado em toda a vida. – Eu não tive a
oportunidade. – Disse o olhando nos
olhos sem conseguir esconder a dor que sentia por tudo que tinha passado e
tinha feito. – Eu estava apenas visitando a chácara. E você caiu de paraquedas
na minha vida, nós passamos semanas namorando e quando eu descobri que estava
grávida, no dia seguinte acordei com a notícia que você seria pai de gêmeos. –
Disse o olhando nos olhos e Inácio engoliu em seco.
- Eu não fiquei
com você e Caroline ao mesmo tempo. – Defendeu-se. – Caroline foi apenas um
caso de uma noite um mês antes de te conhecer. – Dianna assentiu e não disse
mais nada porque Inácio sabia o que tinha acontecido... – Você conseguiu
registrar a garota com o meu sobrenome e o usa até hoje. – Disse de
sobrancelhas arqueadas e Dianna deu de ombros.
- Minha mãe
tinha muitos contatos.. Demi não podia ser registrada sem o sobrenome do pai, e
nós precisávamos de um nome de peso e influencia para conseguirmos viver
sozinhas e com um bebê. E o seu pai permitiu. – Eles trocaram um olhar cheio de
pesares. Inácio assentiu se sentindo horrível pelo que tinha acontecido com
Dianna.
- Eu não tenho
coragem de confrontá-lo. Ele está morrendo numa cama, e eu estou sentindo tanto
ódio. Não quero as minhas garotas perto dele. – Ele adentrou os cabelos
grisalhos com os dedos e umedeceu os lábios sem saber o que fazer. – Eu
realmente sinto muito por tudo Dianna, de todo o meu coração, eu sinto muito
por.. – Dianna não deixou que ele continuasse, e para isso ela roçou brevemente
os lábios nos dele sentindo o coração revirar no peito.
- Só não diga,
por favor. – Disse envergonhada e Inácio assentiu a olhando com curiosidade. –
Isso ainda dói e.. – Ela olhou para os lados sem saber direito o que sentir.
Tinha sido há vinte três anos, mas parecia que tinha sido ontem. A dor ainda
era a mesma. – Quando Demi souber sobre você, por favor, dê muito amor para
ela. Ela precisa disso e eu.. Eu não vou conseguir fazê-la feliz. – Inácio
assentiu e Dianna abriu a porta do carro porque as lágrimas começavam a rolar.
***
- Não vai muito
longe, mocinha. – Joe soltou Lucy da guia com o coração na mão. Eles tinham
caminhado em algumas áreas do Central Park, porém Lucy ainda continuava ansiosa
para correr e super animada para se enturmar com os outros cachorrinhos. –
Pronta? – Perguntou acariciando as orelhinhas de Lucy antes de mostrar a ela
que a guia já tinha sido tirada. E bem, Lucy correu feliz em direção aos outros
cães para brincar com eles. Joe se acomodou no banquinho de madeira e tomou um
gole d’água abrindo o jornal para examinar melhor as vagas de emprego. Não
tinha nada na área dele, porém as vagas expostas no jornal não requeriam
formação. Ele poderia trabalhar como vigilante enquanto não houvesse algo na
área de TI. Aliás, era um emprego como qualquer outro e era digno. As vagas de
programador também pareciam interessantes. Joe buscou pelo celular no bolso da
bermuda e fez notas das vagas que o interessava.
- Joga a bola! –
Foi impossível não se lembrar do primeiro beijo com Demi. Tinha sido no Central
Park e o acertaram com uma bola, a única coisa que mudava era que a bola tinha
parado nos pés dele.
- Ei cara, foi
mal. – Joe assentiu chutando a bola para o rapaz sem camisa. – Você quer jogar?
Nós estamos precisando de um substituto já que o Mike está machucado. – O que
ele diria? Joe fitou Lucy brincando e depois fitou os olhos do rapaz que tinha
o mesmo porte físico que ele. – Augusto. – Apresentou-se estendendo a mão e Joe
a apertou um pouco tímido. – E aí? Você vai jogar? – Perguntou. Por que não?
Pensou Joe.
- Joseph. – Ele
tinha apenas assentido balançando a cabeça. Jogar um pouco não faria mal a
ninguém. Joe acompanhou Augusto em direção ao grupo de rapazes e ele
cumprimentou cada um deles com um toque de mãos. Eram no total sete e Joe se
sentiu deslocado e envergonhado quando eles dividiram os grupos e ele ficou com
os sem camisa.
- Você pode
deixar o celular com as meninas. – Rick, o loiro disse e Joe assentiu sem saber
exatamente o que fazer, mas ele se aproximou das três garotas sentadas sobre a
grama. O pessoal parecia ser legal e jogar com o celular no bolso não
resultaria em nada bom.
- Você é? – A
moça parecia um tanto familiar, Joe fitou aqueles olhos castanhos e franziu o
cenho.
- Joseph. – Ele
sorriu educado entregando os pertences a moça mesmo sem jeito.
- Prazer,
Hannah. – Joe a olhou com curiosidade, e assentiu envergonhado. – Luana e Sara.
– Hannah apresentou as amigas e Joe não soube fazer nada além de sorrir
envergonhado.
- É, vocês podem
olhar minha cadelinha? Ela está brincando e eu não queria perdê-la de vista. –
Disse e as garotas assentiriam. Joe chamou por Lucy e ela veio correndo
animada, tomou um pouco de água e só voltou para brincar quando Joe a liberou.
***
- O que foi? –
Selena tirou o blazer o colocando na cabeceira da cadeira e se acomodou ao lado
de Demi, que estava inquieta toda hora olhando para trás e checando o celular.
- O Joe. Nós
combinamos de almoçar juntos e ele ainda não chegou. – Disse olhando para trás
e quando Ed puxou a cadeira ficando em frente a ela, Demi o olhou com a
esperança que fosse Joe. – Você tem notícias do Joe? – Perguntou para Ed. – Já
liguei e mandei mensagens para ele e nada, estou ficando preocupada.
- Também já
liguei, ele não atende. – Disse o rapaz e Demi quase passou mal por pensar que
alguma coisa de ruim tivesse acontecido a Joe.
- Meu Deus! E se
ele desmaiou no apartamento? Estou preocupada. – Disse Demi prestes a ter um
ataque e Selena pediu que o garçom trouxesse um copo com água.
- Dem, calma,
ok? Vai ver que o celular dele descarregou. Acontece. – Disse Selena e Ed
assentiu, mas no fundo ele também estava preocupado. Joe não era de ficar sem
responder as mensagens por muito tempo e muito menos não atender as ligações.
- Eu vou esperar
por mais trinta minutos, se ele não aparecer, vou ao apartamento dele. – Disse
e Selena assentiu agradecendo ao garçom pelo copo com água. – Deixei mensagem
para ele passando o endereço do restaurante.
- Ele está bem,
não ficar preocupada. – Disse Ed e Demi deu um gole na água torcendo para que
Joe realmente estivesse bem. Se pudesse, ela iria para casa ficar com ele.
Trabalhar na Gyllenhaal naquela manhã não estava sendo fácil, bem pelo
contrário, ouvir as piadinhas das colegas tinha sido horrível e por um pouco
Demi perdeu a paciência, mas Selena estava lá para apoiá-la.
- Ele só esta
vinte minutos atrasado. – Resmungou Demi para si mesma. – Vamos montar os
nossos pratos? Ou vocês preferem esperá-lo? – Perguntou colocando uma mecha do
cabelo atrás da orelha.
- Você quem
sabe. – Disse Selena trocando um breve olhar com Ed.
- Vou fazer um
prato com batata frita e pedir o garçom para servir suco natural, o que vocês
acham? – As duas assentiram e antes que Ed saísse para buscar o pedido, ele
beijou nos lábios de Selena.
- Você não acha
que está pegando pesado demais com o Joe? – Perguntou Selena observando Demi
enrolar uma mecha do cabelo no dedo indicador e depois soltá-la como se fosse a
coisa mais interessante do mundo.
- Pesado? Jura
Selena? – Disse sem muita paciência. – Eu só estou preocupada. Por mais que eu
tenha me certificado de fazê-lo tomar a insulina e alimentá-lo, ele realmente
pode ter passado mal. A saúde dele é tão delicada que eu fico preocupada Sel, não
quero perdê-lo. – Selena assentiu porque Demi estava sendo sincera.
- Tudo bem, você
está certa. – Disse Selena. – Dem, só entenda uma coisa: ele ainda é muito
inocente em todos os aspectos. Não exija muito, às vezes você tem que ser mais
compreensiva. Aos pouquinhos ele vai aprender. Lembre-se que relacionamentos
são feitos, na maioria das vezes, à base de sacrifícios. – Mesmo sem entender
exatamente o que Selena queria dizer, Demi assentiu. Ela só queria cuidar de
Joe e amá-lo.
- Você e o Ed estão
bem? – Perguntou curiosa observando Ed conversar com a atendente no balcão onde
pesava o prato carregado de batata frita.
- Estamos.
Pensei que as coisas seriam mais complicadas, não que não tenham sido, mas nós
estamos bem. Eu, ele e as crianças. – Disse apaixonada observando o namorado
caminhar na direção da mesa. E quando Ed flagrou o olhar dela, Selena sorriu
lindamente para ele assim como ele sorriu para ela.
- Estou feliz
por vocês. – Demi beijou a bochecha de Selena e mordeu o lábio inferior para
conter um sorriso e abaixou a cabeça quando Ed colocou o prato sobre a mesa e
se curvou para trocar um beijo terno e inofensivo com Selena. Enquanto isso
Demi aproveitou para checar o celular na esperança de ter uma mensagem de Joe
ou qualquer coisa que o envolvia, mas não tinha nada.
- Obrigado. – A
voz de Ed agradecendo o garçom tirou Demi do transe e por minutos ela relaxou
comendo fritas e tomando suco de laranja. A conversa fluiu e foi tão divertida.
Demi até tinha esquecido que Joe estava super atrasado.
***
- Ela tem quanto
tempo? – Perguntou Hannah. Aquela manhã tinha sido a mais divertida de todas!
Joe sorriu observando Lucy na guia e depois olhou para Hannah e as garotas.
- Eu e a minha
namorada a encontramos em um beco à noite. Tem um mês que estou com ela, então
eu não sei ao certo quanto tempo ela tem. Mas não passa de quatro meses. – Ele
teve que se agachar para pegar Lucy no colo já que ela estava cansada. Os dois
tinham tido uma manhã agitada e estavam cansados, porém Joe sabia que era
melhor carregar Lucy a deixá-la caminhar até o apartamento.
- Ela está uma
gracinha e gordinha. – Joe assentiu rindo. Lucy estava realmente muito
bonitinha e ele não negava que tinha ciúmes da cadelinha. – Droga! São quantas
horas Augusto? – Hannah abraçou o namorado de lado e sorriu entre o selinho que
recebeu de Augusto.
- Duas horas. –
Disse o rapaz e Hannah arregalou os olhos.
- Eu tenho que
ir, se eu não estiver na escola quando a Anna voltar, o meu pai vai me matar! –
Inácio era um bom pai, mas sempre quando se tratava dos namorados das filhas,
bem, não resultava em coisa boa.
- Eu posso falar
com sua irmã. – Disse Augusto, porém Hannah negou balançando a cabeça enquanto
buscava na bolsa os pertences dos amigos.
- Anna vai me
matar se souber que matei aula, e eu já tenho que pagar vinte dólares para
Amber e para Megan em troca do silêncio delas. – Disse entregando os pertences
de Joe para depois os das amigas. – A gente se vê, ok? – Joe franziu o cenho
observando Hannah trocar um breve beijo com Augusto. Ela parecia familiar, tão
familiar que o deixava intrigado. Ele só desviou o olhar do casal quando sentiu
o celular vibrando.
“Joseph! Onde você está? Eu estou preocupada!” – Demi.
Mil vezes droga! A mensagem era de uma hora e meia atrás
e não havia só aquela. Ed e Selena também tinham enviado mensagem a procura
dele. E havia mensagens de Laura. Ele optou por responder Demi primeiro para
depois responder as outras mensagens enquanto caminhava com o pessoal.
- Eu viro aqui.
Moro perto do Rockefeller. – Disse a Augusto e os outros rapazes.
- Aparece no
parque mais vezes, nós costumamos jogar toda manhã. – Disse Augusto e Joe
assentiu trocando um toque de mãos com ele. – Não se esqueça de enviar o
currículo, conheço um lugar que pode te contratar. – Joe assentiu sem saber
como se despedia das meninas, mas ele acabou recebendo beijos na bochecha e não
foi tão ruim.
- Isso! Não
esqueça o currículo, meu pai pode arrumar um emprego para você na empresa dele.
– Disse Hannah apressada para voltar para escola e Joe assentiu. – A gente se
vê! – Ela despediu dos amigos e antes de sair correndo deu um rápido beijo na
bochecha de Joe.
- Até mais Joe!
– Joe sorriu um pouco envergonhado, mas acenou virando a rua na esquina que o
levaria para o prédio em que morava. Tinha sido muito divertido jogar com o pessoal
e até mesmo conversar com as garotas, tão divertido que ele tinha perdido a
hora e Demi o mataria!
Ela realmente ficaria muito brava. O rapaz resmungou
baixinho sem saber o que diria para namorada. Bem, ele contaria a verdade e
torceria para que Demi não resolvesse partir para cima dele. Joe só não
esperava que ela estivesse no lado de fora do prédio o esperando.
- Joseph! – Ele
mal tinha chegado à entrada do prédio e Demi correu para abraçá-lo. – Onde você
estava? Eu estava preocupada! – Disse o olhando nos olhos e Joe sentiu as
bochechas corarem quando o porteiro do prédio avisou ao pessoal da segurança
que ele estava bem.
- Fui levar a
Lucy para caminhar. – Disse a Demi a olhando nos olhos e então ele engoliu em
seco quando ela se afastou já que ele estava todo suado, porém mesmo assim Demi
enlaçou os braços na cintura dele e olhou para cima para fitar-lhe os olhos. –
Desculpa princesa. – Apressou-se em dizer porque, de fato, ele se sentia muito
culpado. – Eu conheci um pessoal e os rapazes estavam jogando, eles me
convidaram para jogar com eles e eu perdi a hora. – Disse envergonhado e Demi
franziu o cenho, mas assentiu o abraçando. – Dem, eu estou muito suado.
- Eu realmente
não me importo. – Disse Demi e só restou Joe abraçá-la. – Fiquei preocupada. –
Ela sorriu fitando Lucy que tinha apoiado as patinhas na perna dela pedindo por
atenção. E Demi acariciou as orelhinhas da cadelinha.
- Desculpa,
sério, eu deveria ter avisado. – Ele disse fitando os olhos de Demi e em troca
ganhou um selinho. – Você já almoçou, certo? E você não deveria estar na
Gyllenhaal?
- Almocei com o
Ed e a Sel. – Disse Demi desfazendo do abraço para dar atenção para Lucy. – Eu
estava preocupada com você, Joseph. Eu não poderia voltar para empresa sem
saber se estava tudo bem. – Disse o olhando e Joe respirou fundo.
- Eu não quero
causar problemas para você. – Disse e Demi negou balançando a cabeça.
- A Sel e o Ed
estão tomando conta do departamento. – Ela o olhou e arqueou uma sobrancelha. A
pele morena dele chegava estar com a cor mais viva e as bochechas estavam
rosadas. – Você já almoçou? – Perguntou e quando Joe negou balançando a cabeça,
Demi cerrou os olhos. Ela chegaria tarde ao trabalho, mas não deixaria aquele
homem nenhum minuto a mais sem comer.
***
- O que você
tem? Você está muito calado. – Já era noite e o quarto estava iluminado apenas
com a baixa luz do abajur. Na cama, Demi estava deitada ao lado de Joe e ela
não aguentava mais ficar em silêncio. Eles tinham trocado alguns beijos mais
cedo interrompendo o filme que assistiam, e acabaram na cama, porém apenas se
deitaram.
- Eu só estou
pensando em algumas coisas. – Joe forçou um sorriso quando a olhou. Ela estava
simplesmente linda! O cabelo estava solto e a cada vez que Demi se movimentava,
ele ficava encantado com o movimento das mechas marrons. E a melhor parte era
que ela só usava lingerie preta, o que se destacava bastante na pele alva.
- Pensando em
que? – Perguntou passando para cima dele e Joe sorriu quando ela se sentou
sobre aquele local e levou as mãos aos ombros dele os massageando. – Você está
tenso. – Disse se curvando para beijá-lo no pescoço e Joe umedeceu os lábios levando
as mãos à cintura dela e dando uma bela olhada nos seios acomodados no
sutiã rendado.
- Gatinha.. –
Ele adentrou o cabelo dela com as mãos e os puxou levemente para trás fazendo
Demi tombar a cabeça dando espaço para que ele pudesse beijá-la na garganta. –
Eu só estou pensando. – Disse a deitando na cama e passando por cima dela.
- No que você
está pensando? – Perguntou Demi controlando a respiração por que Joe a beijava
com fome no pescoço e logo nos seios se livrando do sutiã para que pudesse
tomar os mamilos nos lábios e apertá-los como ele gostava de fazer. – Jamais
mate uma mulher de curiosidade, Joseph. – Disse quando ele a olhou nos olhos
antes de beijá-la na boca.
- Acho que é
melhor a gente não falar sobre isso agora. – Demi não esperava por aquilo e
quando Joe se curvou para continuar distribuindo beijos no pescoço dela, ela o
empurrou.
- Do que você
está falando? – Perguntou séria cobrindo os seios com a coberta e Joe respirou
fundo se acomodando melhor a cama.
- Vem cá. – Ele
a chamou e mesmo séria, Demi deixou que ele a guiasse para que ela deitasse a
cabeça no peito dele. – Eu só não consigo parar de pensar em arrumar um
emprego. – Disse e Demi respirou fundo o olhando. – Encontrei algumas vagas no
jornal, amanhã vou às empresas entregar o meu currículo. – Demi assentiu
deslizando os dedos pelo abdômen dele observando como Joe era bonito até mesmo
ali, e os carinhos dela refletiram lá.
- Vagas de? –
Perguntou erguendo a cabeça para olhá-lo e ela sorriu quando Joe se curvou para
depositar um selinho molhado nos lábios dela. – Você é a visão do paraíso,
Joseph. – Demi deslizou a mão do abdômen ao peitoral gostando de como os pelos
davam um ar masculino a Joe, e dali mesmo ela adentrou a bermuda que ele usava
com a mão e também a cueca.
- Demi. – Ele a
chamou de cenho franzido levando a mão para sobre a dela impedindo que ela o
movimentasse. – Eu não vou conseguir conversar com você, se você.. – As
bochechas dele coraram e Demi gargalhou escondendo o rosto no peito dele, mas
não deixou de apertá-lo.
- Concentração,
ok? Você pode falar comigo enquanto eu.. – Ela esboçou um sorriso malicioso
para ele e Joe engoliu em seco deixando que ela continuasse o movimentando
devagar.
- O que você
está fazendo? – A respiração de Joe estava pesada e ele não gostou nadinha de
quando Demi parou de movimentá-lo para que pudesse puxar o velcro da bermuda e
abaixar a cueca da forma que podia.
- Segura minha
mão. – Pediu abraçando a ereção com a mão e Joe o fez sem pensar duas vezes. –
Agora conversa comigo, amor. – Por que diabos ela era tão sexy? Joe fitou os
olhos marrons de Demi e depois as mãos dos dois sobre o membro dele se
movimentando para baixo e para cima. Aquilo era.. quente e o coração dele
estava para sair boca a fora.
- Vagas de
programador. – Murmurou de olhos fechados e Demi sorriu levando a mão livre ao
abdômen dele para deslizar as pontas dos dedos nos pelinhos da região. – E
vagas de segurança. – Ele franziu o cenho quando sentiu os lábios dela envolta do mamilo direito, e quando ele a
olhou, Demi tinha os olhos fechados e o lambia devagar.
- O que mais
querido? – Joe negou balançando a cabeça mais concentrado nos movimentos das
mãos dela do que na conversa sobre o emprego. – Joe, você é tão inocente. E eu
me sinto péssima por ter muitos pensamentos pecaminosos com você. – Os olhos
dele continuavam fechados e os lábios entreabertos, Demi sorriu o sentindo duro
como uma pedra e o beijou no peito e se curvou para dar um beijo na cabeça do
membro dele e lambê-lo da base até o topo. – Você pode fazer isso sozinho
pensando em mim, ok? Prometo que vou fazer pensando em você. – Quando ele a
olhou, as bochechas dela coraram tanto que o coração de Demi disparou no peito
e ela parou de movimentá-lo. Era sexy provocá-lo e até mesmo divertido, porém
Joe sabia revidar como ninguém. E o fato dele não ter a mínima ideia de como a
excitava com toda aquela inocência, só deixava as coisas melhores.
- Confesso que
eu passo maior parte do dia pensando no seu bumbum e relembrando o dia que você
ficou de quatro pra mim. Não sou tão inocente princesa. – Demi engoliu em seco
e por algum tempo ela ficou de olhos fechados e choramingou baixinho sentindo o
íntimo contorcer. Ele não podia fazer aquilo com ela! Era demais.
- O que você vai
fazer, Joseph? – Perguntou quando ele gentilmente afastou a mão dela que estava
sobre o membro. E Joe sorriu tirando a bermuda e a cueca box.
- Deita de
bruços. – Droga! A voz dele tinha que soar rouca e sexy? Demi franziu o cenho,
e como ela não iria deitar, Joe a abraçou por trás esfregando a ereção no
bumbum feminino e a beijou atrás da orelha. – Deita de bruços gatinha. – Pediu
e só depois de beijá-lo na boca que Demi se deitou. – Você pode me ajudar? –
Ele perguntou buscando por um travesseiro livre e Demi assentiu erguendo o
quadril para que Joe pudesse colocar o travesseiro e ela se deitar por cima do
mesmo.
- Joseph? – Ela
gemeu manhosa sentindo as mãos dele acariciá-la desde as costas até o bumbum. –
Lá não, ok? – Joe riu assim como ela e aos pouquinhos ele se deitou sobre o
corpo de Demi a abraçando.
- Um dia você
deixa? – Perguntou a olhando nos olhos e Demi corou bruscamente, e assentiu de
olhos fechados gostando de como as mãos dele, grandes e másculas, massageavam
os ombros dela. – Eu quero tudo com você. – Disse entre o beijo que depositava
na linha da coluna e então as mãos dele repousaram sobre a cintura delicada. –
Você está muito ansiosa gatinha. – Ele tinha adentrado a calcinha dela com a
mão e sorriu embrenhando os dedos no íntimo o sentindo quente e molhado.
- Você está me
torturando. – Reclamou quando sentiu o membro roçar o bumbum e as mãos de Joe
apertá-la na cintura. – Eu preciso de você, agora. – Pediu arqueando o quadril
para cima e Joe mordeu o lábio inferior porque o coração dele estava a ponto de
parar.
Como tinha que se livrar da calcinha, ele a puxou e a
deslizou com toda paciência do mundo só para ver Demi se contorcer e resmungar
palavras que ele não entendia. E bem, ele também aproveitou para beijá-la no
bumbum e apertar as coxas como gostava, até que a calcinha estava jogada num lugar qualquer do quarto.
- O que você
quer Demi? – Ele perguntou porque tinha a penetrado apenas uma vez e foi o
suficiente para Demi arquear o corpo contra o dele e gemer muito alto.
- Eu quero você –
Disse de olhos fechados o sentindo invadi-la em todos os sentidos. E quando Joe
se moveu mais uma vez se deitando sobre ela, foi simplesmente inevitável não
gemer alto o chamando.
- O que você
quer gatinha? – O beijo que ela ganhou atrás da orelha foi quente e causou
arrepios no corpo todo. – Levanta dos braços princesa – Demi não entendeu bem o
que ele quis dizer, então deixou que Joe a guiasse. Ele a ajudou dobrar o braço
e a se acomodar melhor na posição que estava. E em todo o processo ela sentia o
membro ereto roçar o bumbum. – Vamos, o que você quer gatinha? – Sussurrou no
ouvido dela aproveitando para segurar os seios com as mãos já que Demi estava
como ele queria: com as mãos acima da cabeça, o que o permitia acariciá-la.
- Eu quero você
amor. - Choramingou porque ela mal tinha terminado a frase e ele já estava lá a
preenchendo.
Dominá-la era tão bom que Joe a torturou por longos
minutos perguntando o que ela queria e a penetrando uma vez por resposta, porém
chegou um ponto em que nem ele aguentou. Joe só abraçou o corpo de Demi de forma
que ele conseguia segurar os seios e a penetrou incansavelmente até que o
orgasmo veio para devastá-los.
- Tudo bem com
você? - Joe se deitou ao lado de Demi porque era um pecado ficar deitado sobre
o corpo delicado dela. - Ei, tudo bem amor? - Perguntou se aproximando e Demi
sorriu de olhos fechados.
- Na próxima
vez, dê tapas no meu bumbum. – Disse sapeca se agarrando a ele e Joe riu mesmo corado. – Eu te amo Joe. – Demi
disse o olhando nos olhos e com toda a sinceridade e paixão.
- Eu também te
amo, muito! – Não tinha coisa melhor que fazer amor e ficar agarrado a Demi
debaixo da coberta. Ele gostava tanto de sentir os seios dela roçando o peito
dele, e ela gostava de como Joe era protetor e a abraçava pela cintura.
- Então quer
dizer que você pensa no meu bumbum? - Demi sorriu quando ele assentiu a
beijando na bochecha. – Eu poderia passar minha vida toda na cama com você. –
Disse manhosa deitando a cabeça no peito dele e o abraçando pela cintura.
- Eu também,
seria fantástico. – Joe beijou a testa de Demi e apenas a abraçou descansando
por algum tempo.
- Eu estou
faminta amor. – Resmungou fazendo
biquinho quando o olhou e Joe sorriu acariciando a bochecha esquerda dela.
- Vamos fazer
assim, eu vou a cozinha preparar o melhor lanche da madrugada pra gente, e você
vai ficar aqui descansando para o segundo round. – Demi gargalhou, mas não
negou. Ela o abraçou pelo pescoço quando Joe passou para cima dela para
distribuir beijinhos no pescoço e no colo.
- Eu já disse
que te amo hoje? – Perguntou sorridente bagunçando o cabelo dele e encantada
com a beleza de Joe. O cabelo dele estava engraçado porque os fios escuros lisos e grossos estavam despenteados
apontando para todos os lados. A barba não estava cheia, era uma série de fios
grossos e marrons que deixava Joe ainda mais sexy. E os olhos verdes? Mostravam
como Joe estava feliz e eram
simplesmente lindos!
- Já, mas você
pode dizer de novo e de novo. – Ela sorriu e distribuiu muitos beijinhos pelo
rosto dele.
- Te amo, te amo
e te amo muito coisa fofa! – Joe sorriu tímido e roçou o nariz ao dela antes de
beijá-la apaixonado.
- Eu também. –
Disse a olhando nos olhos e Demi sorriu o abraçando. – Prometo não demorar, ok?
– Ele roçou o nariz ao dela várias vezes e por fim beijou o queixo de Demi
tomando coragem para deixar a cama. – Tem preferência? – Perguntou se levando e
buscando pela cueca.
- Me surpreenda.
– Ela sorriu sapeca se cobrindo com a coberta e Joe revirou os olhos, mas se
curvou para beijá-la na boca.
- Volto num segundo princesa. – Ele conferiu a
hora no celular e antes de sair se curvou para beijá-la mais uma vez.
Demi se espreguiçou e bocejou. Ela estava cansada e
literalmente faminta, porém a ideia de ficar com Joe mais uma vez a agradava
tanto que Demi nem queria saber de dormir. Quando ela foi buscar o celular
sobre o criado-mudo, os olhos arregalaram levemente quando ela percebeu que o
celular de Joe estava desbloqueado. Será? Demi umedeceu os lábios incerta do
que faria. Ela olhou para porta do quarto e concentrou-se para ouvir Joe. Ele
conversava alguma coisa com Lucy e com certeza não voltaria tão cedo. O que
Rose disse para ele? Demi umedeceu os lábios e engoliu em seco. Quando ela percebeu
já era tarde demais! O celular dele estava em mãos e por alguns minutos Demi
passou os aplicativos só para distrair enquanto ela pensava. Ela confiava em
Joe e sabia que ele era fiel, porém era Rose que a deixava desconcentrada de
ciúmes. Em pouquíssimos segundos ela abriu o aplicativo de mensagens e procurou
pela conversa com Rose. O contato estava salvo como Ro e tinha um emoji de
coração que a fez revirar os olhos com vontade. Como eram muitas mensagens,
Demi copiou o máximo que conseguiu e enviou para o contato dela salvo como
Gatinha e dois emojis de coração. Até mesmo as mensagens de voz estavam
inclusas.
- Demi? - No
instante que Joe abriu a porta do quarto, Demi quase teve um infarto e cobriu o
celular dele com a coberta o mais rápido possível. – Você está bem? Está um
pouco pálida. – Perguntou preocupado e Demi assentiu balançando a cabeça. – Tem
certeza? – Tornou a perguntou e foi constrangedor quando o celular dela começou
a vibrar incansavelmente.
- Tenho. – Disse
se erguendo para beijá-lo. – O que foi? – Perguntou para distraí-lo e Joe a
olhou.
- Você gosta de
cebolinha verde? – Perguntou e Demi fez careta. – Princesa, acho que preciso de
ajuda na cozinha.
- Vou num
minuto, só preciso me vestir. – Disse um pouco sem jeito e Joe arqueou uma
sobrancelha e sorriu.
- Você está com
vergonha? – Ele riu quando as bochechas dela coraram bruscamente.
- Talvez! Eu
preciso me trocar. - Resmungou manhosa e ele saiu do quarto depois de beijá-la
na boca. Só deu tempo de fechar o aplicativo e Joe a chamou de novo.
Continua... E aí, o que vocês acham que vai acontecer depois que a Demi ler as mensagens da Rose? O Joe vai descobrir, é só questão de tempo até ele abrir o aplicativo e olhar a conversa com ela.. Falando no Joe, o que vocês acharam da postura dele nesse capítulo? Ele vacilou algumas vezes com a Demi.. Então. Desculpem pelo tempo que eu passei sem postar, acontece que eu estava em semana de provas e foi uma loucura! Prova no sábado, duas provas e projeto na segunda. Ficou muito embolado e tirou todo mundo do sério. Agora eu estou de férias e as coisas vão melhorar,espero! Desculpem! Espero que vocês estejam gostando da fanfic, sei que demorar para postar tira toda a graça da história e pode ser que não dá nem vontade de ler. Posso tentar postar com mais frequência, porém os capítulos não serão grandes. Tipo, esse capítulo 42, tirando a nota final, tem trinta e nove páginas no word. É muita coisa! E os outros capítulos seguem nessa mesma faixa de número de páginas. Eu só consigo fazer assim. Vou estudar uma forma de quebrar esse número para ter mais capítulos para vocês. Mas se optarem por ficar assim, tudo bem. Muitíssimo obrigada pelos comentários, respostas AQUI