No
final de um dia cansativo e estressante não tinha coisa melhor que deitar-se a
cama macia e receber o carinho que Demi fazia em seus cabelos. Joe chegara a
suspirar quase dormindo abraçando a esposa de lado e sentindo o carinho divino
que ela fazia em seus cabelos com as pontas dos dedos. Deus! Era tão bom!
- Joseph, você está me apertando. – Reclamou
Demi quando Joe a puxou mais para perto dele e a envolveu possessivamente com
os braços a impedindo de concentrar-se no livro que lia. – Joe! – Demi franziu
o cenho quando ele pôs a perna esquerda entre as dela e acomodou-se em seu
peito. Ora, ele era pesado e três vezes mais forte que ela.
- Dem, faz carinho. – Por que ele tinha que
ser tão carente? O sorriso formou-se nos lábios de Demi mesmo depois que ela
revirou os olhos para o homem fofo e manhoso que se enroscava a ela cada vez
mais a impedindo de concentrar-se no mundo dos bebês. – Bebê, carinho! –
Resmungou Joe fazendo bico e Demi riu adentrando a cabeleira negra dele com os
dedos.
- Você está me atrapalhando. – Murmurou Demi
desviando os olhos das linhas ainda da primeira página do primeiro capítulo
para fitar Joe aninhando-se mais a ela agora com a enorme ereção esfregando
junto a sua coxa conforme ele a puxava mais para ele. – Deus! Você é
impossível! – Como não iria conseguir ler nem um parágrafo do capítulo um, Demi
tirou os óculos de leitura e os repousou sobre livro e esse sobre o
criado-mudo. – São seis da tarde Joseph, você tem certeza que vai dormir agora?
– Joe não era do tipo que se cansava fácil, ele poderia passar o dia
trabalhando e quando chegava em casa naquele horário de seis da tarde a última
coisa que fazia era dormir. Mas quando ele a puxou para os braços e selou os
lábios aos dela com um selinho inocente que logo virou um beijo intenso Demi
notou que dormir era realmente a última coisa que Joe faria naquele momento. –
Amor.. – Murmurou Demi nos lábios dele repousando as mãos no peito largo o
empurrando gentilmente já que ela precisava respirar e Joe não ajudava muito já
que era muito pesado. – Você está tão manhoso, tão manhoso meu bebezão. – Demi
enroscou os dedos aos cabelos da nuca de Joe e os puxou levemente conforme
depositava beijinhos no maxilar dele.
- Eu só estou com saudade pequena. – Disse
Joe quando Demi o empurrou e finalmente deitou-se sobre ele esboçando um
sorriso travesso.
- Você é tão fofo. – Disse ela o beijando no
queixo e logo sorrindo ao ver o sorriso de menino dele. – Tão fofo amor. – Demi
sorriu de orelha a orelha quando ele a envolveu pela cintura com os braços fortes
e a beijou na bochecha. E aquela magia os envolveu por minutos. Joe a olhava e
Demi o olhava, sorriram um para o outro e ela o beijou na boca com fome
esfregando-se a ele. Se Demi pensara que poderia resistir a ele, estava muito
enganada e a ideia de deixar para fazer o que tanto desejavam no dia seguinte
já não existia mais, esfregara-se ainda mais a aquele homem maravilhoso e
intensificou o beijo o deixando cada vez mais louco de desejo por ela...
- Pai, você po... – Daniel fechou os olhos e
corou bruscamente completamente envergonhado e arrependido por ter entrado no
quarto dos pais depois de bater à porta encostada apenas uma vez. Diabos! Ele
deveria saber que se estava tudo quieto demais era porque eles estavam
aprontando alguma coisa..E se... Ai droga! – Eu falo com você depois. –
Murmurou o garoto num fio de voz completamente envergonhado virando as costas e
caminhando o mais rápido possível para o quarto de onde ele não deveria ter
saído.
- Droga. – Demi murmurou tão envergonhada
quanto Daniel sem fitar os olhos de Joe. – Vai falar com ele? – Perguntou
sentando-se a cama de costas para Joe assim que ele deitou-se escondendo o
rosto no travesseiro.
- Vou. – Disse Joe minutos mais tarde
sentando-se ao lado de Demi. – Relaxa, só trocamos um beijo meu anjo. – Joe
esboçou um sorriso para a esposa quebrando aquela tensão estranha que se
formara entre eles. – Vou falar com o nosso filhote. – Disse a beijando na
testa e Demi esboçou um sorriso tímido assentindo. – Dem, desculpe por... –
Dessa vez quem estava envergonhado era Joe, e como aquele momento era raro,
Demi sorriu de orelha a orelha ao vê-lo sem jeito e o beijou na bochecha
sussurrando que tinha adorado trocar beijos e carinhos com ele.
- Não demore. – Sussurrou Demi depositando
nos lábios de Joe um beijo demorado e carregado de promessas. Com um sorriso
nos lábios e envergonhado, Joe caminhou até que estivesse em frente à porta do
quarto de Daniel, bateu levemente à porta e adentrou o quarto do garoto o
encontrando deitado na cama.
- Dan? Você queria falar comigo? – Disse Joe
um tanto sem jeito sentando-se a poltrona. Daniel murmurou alguma coisa e
quando olhou para o pai corou bruscamente assim como Joe. – Está tudo bem.. Nós
só estávamos trocando um beijo. – Murmurou Joe incomodado fitando os próprios
pés. – O que você queria falar comigo? – Perguntou agora olhando para o filho e
Daniel sentou-se a beirada da cama e desviou os olhos do colo para os olhos do
pai.
- Eu queria que você me ajudasse. – Disse o
garoto um pouco baixo demais. – Vou falar com ela.. Vou tentar. – Joe sorriu e sentou-se ao lado de Dan na cama
para abraçá-lo de lado. – Pensei muito no que você me disse mais cedo.. Não
quero perdê-la, você pode me ajudar? – Quando a vontade de bagunçar os cabelos
de Daniel veio, Joe os bagunçou e envolveu o filho num abraço de urso
completamente orgulhoso do seu garotinho.
- É claro que eu vou te ajudar! – Disse Joe
depois de depositar um beijo na testa do filho e quando fitara os olhos verdes
de Daniel não deixou de sorrir lembrando-se de quando Dan era apenas um
garotinho que adorava aprontar e fazer tantas perguntas que deixavam ele e Demi
de olhos arregalados. – O que eu posso fazer? – Perguntou entusiasmado seguindo
Daniel para o closet.
- Eu não encontrei nada legal para vestir.
Eu não sei se visto uma roupa social ou uma esportiva, se compro um livro,
flores ou chocolate, se eu.. Ai droga! Eu não sei o que faço! – Bem, a situação
do garoto não era das melhores. Joe fitou as tantas peças de roupa organizadas
perfeitamente por Demi e tentou bolar o melhor par de roupas mentalmente, mas
nada vinha em sua cabeça.
- Vamos pensar na roupa depois. – Disse Joe
pensando nas vezes que brigara com Demi e tentara reconquistá-la. – O que vai
fazer para ela? Bater à porta e pedir para conversar? Uma serenata de amor? Implorar
o perdão dela no meio de uma multidão? – Daniel arregalou os olhos com a última
opção e pôs-se a pensar no que faria para Jenny.
- O que você faz para reconquistar a mamãe
quando ela está brava? – Perguntou o garoto sem saber qual era a melhor opção.
- A sua mãe gosta de flores e chocolates,
mas quando ela está brava o melhor é esperar alguns dias, tento conversar com
ela e me desculpo pelo que fiz. Quando ela está mais calma eu a convido para
jantar, nós passamos a noite toda juntos conversando e namorando. – Fazer as
pazes com Demi era a melhor coisa que existia, e era naqueles momentos que Joe
parava para refletir em como a amava e mal conseguia passar um dia sem vê-la
sorrir para ele. – Você pode levá-la para jantar, depois vocês podem conversar
e namorar um pouco. – Daniel assentiu um tanto pensativo. Quando ainda estava
com Jenny ela nunca tinha ficado realmente brava com ele, das vezes que
brigaram tudo se resolvia minutos depois que um pedia desculpa para o outro,
mas agora.. Deus! Ele tinha certeza que se fizesse uma serenata de amor para a
menina, Jenny o acertaria com um sapato ou um vaso de flores.
- Você vai me emprestar o seu carro? – Joe
fitou os olhos do filho e considerou dizer não, mas lembrou-se de quando tinha
a idade de Daniel e já tinha o próprio carro completamente independente dos
pais.
- Você não vai fazer nada no meu carro,
entendeu? – Disse sem desviar os olhos dos olhos de Dan, que assentiu envergonhado.
– Eu vou conversar com a sua mãe, você já está grandinho e precisa ter o
próprio carro. – Daniel esboçou um sorriso de orelha a orelha ao olhar para o
pai e Joe riu sentindo-se bem por ver o filho animado depois de tantos meses
isolado e fingindo estar bem.
- Você está falando sério? – Disse o garoto já
ansioso e animado com a ideia de ter o próprio carro.
- Estou, mas terá algumas condições. – Joe
coçou o queixo e fitou as roupas do filho. Deus! Ele tinha que pensar em alguma
coisa para ajudar a Daniel o mais rápido possível, cada minuto que era perdido
era uma chance a menos de Jenny aceitar falar com Dan. – Se você quiser algo
emprestado meu guarda-roupa está disponível. – E mais uma vez um sorriso de
orelha a orelha surgiu nos lábios do garoto. Daniel aprendera com o pai desde
cedo a se vestir bem, mas de alguma forma os gostos de Joe sempre o atraíam
mais.
- Eu acho que já sei o que posso vestir. –
Disse o garoto seguindo o pai para fora do quarto. – Pensei em vestir o meu terno
de amanhã, mas a mamãe disse que se eu estragasse a minha roupa antes do Grammy
ela me mataria. – Sussurrou Daniel para Joe, que riu enquanto girava a maçaneta
da porta. Deus! Demi estava fazendo loucuras por aquele Grammy, aliás, pela
indicação do Grammy já que o prêmio ainda não tinha um dono.. E Joe tinha
receio de que toda aquela animação da esposa fosse para o buraco caso ela não
ganhasse.
- Estou lendo Sel, é sobre bebês... Você
também deveria ler esse livro, é indicado para mamães de primeira viagem...
Não, eu tive um bebê há dezessete anos... Você acaba esquecendo algumas
coisas.. – Joe sorriu assim que adentrou o quarto junto a Daniel e encontrou
Demi deitada-sentada a cama lendo e conversando com Selena ao celular.- Espere
um minuto Sel, meus garotos estão aprontando alguma coisa. – Daniel
aproximou-se da mãe assim que ela o olhou, sentou-se a cama e a beijou no rosto
arrancando um sorriso lindo de Demi.
- O papai está me ajudando com a Jenny. –
Demi sorriu para Joe e assim que ele se aproximou ela roubou um selinho rápido.
– Ei cara, vamos? – Disse Daniel um pouco envergonhado só de presenciar o olhar
apaixonado que Joe lançava para Demi. Céus! O amor era realmente bobo, ou
melhor, às pessoas ficavam bobas por amor. Faziam e falavam coisas
completamente desconexas tudo por conta do coração que batida mais rápido, dos
pensamentos que ficavam confusos e do desejo simples de estar com a pessoa
amada.
- Querido, ajude Dan. – Disse Demi esboçando
aquele sorriso divertido ao perceber como Joe a olhava perdido no tempo. Ele
estava tão fofo com aquela carinha de cachorrinho carente que se Daniel não
estivesse no quarto Demi se jogaria nos braços dele, mas já que Joe ajudava o
garoto, e Demi não queria interromper o momento pai e filho só porque estava
louca para trocar beijos e carinhos com Joe, ela estalou os dedos acordando o
marido do transe. – Joseph! – Demi o chamou quando ele se aproximou pedindo por
um beijo. – Ajude o nosso menino, entendeu? – Disse Demi entre selinhos e
Daniel mesmo envergonhado observava discretamente os pais e como eles eram
unidos e apaixonados.
- Entendi Dem. – Joe deu mais um selinho nos
lábios da esposa e só depois de um beijo estalado na bochecha dela fora que
seguira para o closet com Daniel a sua cola. – Desculpe, eu a amo tanto... Não
faço de propósito, só não consigo resistir. – Dan olhou para o pai e riu. Ele
sabia muito bem como era se sentir daquela forma.
- Não tem como não amá-la. – Disse o garoto
distraído caminhando pelo closet dos pais. Deus! Só a parte de Demi tomava um
bom espaço daquele cômodo. Eram tantos sapatos, roupas, bolsas, joias e
milhares de coisas. A parte de Joe não ficava para trás, eram tantas peças de
roupa que Daniel ficara perdido a procura de uma que o agradasse, porém nada o
agradou. – O que eu vou fazer? – Disse o garoto sentando-se ao puff cor de rosa
da mãe.
- Cara, você está mais difícil que a sua mãe
para escolher roupa. – Comentou Joe de braços cruzados fitando os próprios pés
enquanto pensava em como poderia ajudar o filho. - O que você acha de ir ao
shopping agora? Nós podemos escolher uma roupa legal e você pode comprar alguma
coisa para Jenny. – Daniel assentiu minutos depois. Era a melhor ideia que eles
tinham naquele momento, e seguir o conselho do pai seria o que Dan faria já que
Joe era expert em reconquistar mulheres.
- Você acha que um vestido para ela usar
essa noite, rosas vermelhas e um tablete de chocolate é muito exagero? –
Perguntou o garoto pensativo e Joe riu bagunçando os cabelos dele. Daniel tinha
um olhar tão sonhador e apaixonado, o sorriso não saía dos lábios um minuto
sequer. Era a cópia perfeita do pai quando ainda era muito jovem e tentava
conquistar Demi de todas as formas possíveis.
- Você está começando a levar jeito. – Disse
Joe sentando-se ao outro puff. – Você
precisa estar impecável, ter uma boa conversa e ser um pouco ousado. –
Sussurrou Joe para que Demi não o ouvisse, pois caso ouvisse ela o encheria de
perguntas que ele não saberia como responder e eles acabariam brigando.
- Como assim? – Perguntou Daniel franzindo o
cenho ao olhar para o pai.
- Você precisa estar todo bonitão para
impressioná-la, saber conversar e surpreendê-la com um beijo, sabe, essas
coisas. Pegue na mão dela, elogie-a sempre que puder, olhe nos olhos dela
depois de beijá-la, são os pequenos detalhes que deixam as mulheres loucas por
nós. – Tornou a sussurrar Joe fitando os olhos do garoto que estava concentrado
absorvendo cada dica do pai. – Escolha um bom restaurante, peça uma mesa mais
reservada, pegue na mão dela enquanto estiver caminhando. Seja cavalheiro, puxe
a cadeira para que ela possa se sentar, ouça tudo o que ela tem a dizer e seja
sincero. – Daniel estava tão concentrado e assentia guardando cada conselho do
pai num cantinho especial em sua mente.
- Vou fazer tudo isso. – Disse o garoto
enquanto puxava o celular do bolso da bermuda. – Está ficando tarde. –Disse
Daniel se levantando num pulo. – Vou vestir uma camisa, daí nós podemos ir ao
shopping? – Joe assentiu levantando-se para acompanhar o garoto.
- Em quinze minutos nós saímos tudo bem? –
Joe sorriu observando Demi olhá-los discretamente enquanto ainda lia o livro de
mais cedo.
- Certo. – Daniel apertou a mão do pai
sorrindo de orelha a orelha. A felicidade era tão grande que o consumia só de
saber que daqui algumas horas ele estaria com Jenny e tentaria e conseguiria
reconquistá-la. – Obrigado! – Dessa vez foi Joe quem sorriu de orelha a orelha
quando o garoto o envolveu num abraço de urso e num piscar de olhos saíra do
quarto completamente animado o deixando sozinho com Demi.
- Joseph! – Demi não conseguia mais conter a
curiosidade que a corroia desde que Joe adentrou o quarto com Daniel e eles se
enfiaram no closet e ficaram cochichando por minutos e mais muitos. – O que
você está aprontando? – Perguntou assim que Joe sentou-se a beirada da cama
próximo a ela e gentilmente repousou o livro que ela fingia ler sobre o
criado-mudo e a olhou nos olhos.
- Eu já disse que você fica linda de óculos?
– Os dedos dele correram pela bochecha dela suavemente, alcançaram os lábios
rosados e os acariciou com o dedão tirando todo o fôlego de Demi que a essa
altura do campeonato já esquecera o porquê de estar tão curiosa. – Minha
pequena.. – Joe encostou os lábios aos dela enquanto a envolvia em seus braços,
e só movimentou os lábios finalmente a beijando minutos mais tarde quando Demi
já estava completamente sedenta de desejo de beijá-lo. Deus! Era tão bom tê-la
em seus braços, era como se todos os sentimentos bons se misturassem e o
dominasse, sem contar aquela sensação incrível de paz que Joe sentia toda vez
que olhava para a esposa e ela esboçava aquele sorriso incrível. – Amo você
anjo. – Joe a envolveu num abraço de urso e depositou na bochecha de Demi um
beijo estalado.
- Hum..O que você está aprontando? – Perguntou
Demi um tanto atordoada repousando as mãos no peito largo do marido fixando os
olhos nos lábios bonitos de Joe desejando beijá-los por milhares e milhares de
vezes.
- Não estou aprontando nada. – Joe esboçou o
seu sorriso de menino enquanto acariciava o rosto da esposa com a ponta dos
dedos maravilhado com o quão linda Demi era. – Só quero te beijar e fazer
muitas coisas com você. – Demi deixou um gemido escapar por entre os lábios com
o coração cada vez mais disparado conforme Joe se aproximava para beijá-la. –
Você também quer? – O melhor de tudo era ver as bochechas de Demi corarem
enquanto ela assentia completamente envolvida e louca para sentir os lábios
dele contra os dela os devorando com vontade assim como Joe fez quando os
selou. Era tão bom sentir aquele típico calor a cosumir e concentrar-se num
único ponto enquanto as mãos másculas e ágeis de Joe incendiavam todo o seu
corpo de desejo. Beijaram-se por tantos minutos que quando Elizabeth abriu a
porta bruscamente completamente eufórica o susto foi tão grande que Joe caíra
da cama e fitou a menina de olhos arregalados.
- Ai caramba! – Disse Lizzie ofegando e
envergonhada. Diabos! Flagrar os pais aos beijos era o que mais acontecia
naqueles últimos meses. – Foi mal.. Dan disse que o papai estava tomando banho
e ai.. Desculpa. – Demi assentiu e a menina saiu tão apressada do quarto quanto
encontrou.
- Não é o nosso dia de sorte, mas eu vou te
pegar Dem. – Quando Joe levantou-se e curvou-se para beijar os lábios de Demi a
porta do quarto tornou-se a abrir, mas dessa vez era Daniel. Diabos! Aquele
realmente não era um dia de sorte.
(...)
- Você acha que ela vai gostar? – Daniel
estava ansioso, a cada meia hora olhava dentro da sacola o vestido e os sapatos
que escolhera para Jenny e perguntava para o pai se não estava exagerando.
Havia cerca de uma hora e meia que Dan circulava com Joe pelas tantas lojas do
shopping central de Los Angeles a procura das roupas perfeitas e naquele meio
tempo eles conversaram sobre tantos assuntos.
- Cara, é melhor você ficar quieto ou vai
cair cabelo no vestido dela. – Disse Joe escorando-se no balcão do salão de
beleza masculino observando o cabeleireiro cortar o cabelo de Daniel.
- Você já ligou para o restaurante? – Joe e
o cabeleireiro acabaram rindo da ansiedade de Daniel. Dan estava tão nervoso
que mal tocara no hambúrguer de mais cedo, chegara estar com as mãos tremendo.
- Ainda vou ligar. – Joe havia comentado com
Daniel sobre o restaurante que comemorara o seu aniversário de quarenta anos
com Demi e o garoto adorou a ideia de jantar à luz de velas com o mar ali
pertinho para admirar.
- E se não tiver mais mesas? Liga logo! –
Joe revirou os olhos e buscou o telefone no bolso para ligar para o restaurante
e aproveitou para mandar mensagens ousadas para Demi para pirraçá-la como ele
sempre adorava fazer. – Conseguiu? – Perguntou Daniel assim que Joe desligou o
telefone depois de conversar muito com o gerente do restaurante já que estava
em cima da hora.
- Consegui, está marcado para as oito e
meia. – Daniel arregalou os olhos quando fitou a hora no relógio. Ele tinha
pouco mais de duas horas para se arrumar, comprar rosas, chocolate e um ursinho
para Jenny!
- Está acabando? – Perguntou o garoto aflito
para o cabeleireiro que assentiu concentrado no movimento da tesoura nas mechas
lisas do cabelo castanho de Daniel. Pela primeira vez depois de grande Daniel
aceitara a sugestão do pai e deixara que o cabeleireiro cortasse os seus
cabelos que estavam um pouco grande demais naquele velho estilo clássico que o
deixaria com cara de menino comportado de cabelos penteados pela mãe.
- Com barba ou sem barba? – Perguntou Joe
observando o filho com um pequeno sorriso nos lábios. Às vezes era tão difícil
de acreditar que aquele garotinho curioso que adorava roubar fatias de bolo de
chocolate ainda quente na forma havia literalmente crescido e estava maior que
ele, Daniel era uma criança tão encantadora e crescera virando um adolescente incrível.
- Gosto da minha barba. – Disse o garoto
imóvel e com o coração na mão sentindo a lâmina gelada da navalha nos contornos
de seus cabelos. – E Jenny também. – Sussurrou num fio de voz e só pudera
respirar tranquilamente quando o cabeleireiro finalmente finalizou o corte
penteando os cabelos agora mais curtos e arrumados.
- Só vamos passar no supermercado, sua mãe
quer ingredientes para pizza. – Daniel fez careta e coçou a região do pescoço
que tanto o pinicava enquanto caminhava ao lado do pai para o estacionamento há
poucos metros dali.
- A mamãe vai fazer pizza só porque eu não
vou estar em casa para o jantar. – Murmurou o garoto emburrado e Joe riu
destravando o carro.
- Na verdade a sua mãe vai fazer pizza
porque Lizzie pediu, Eric vai passar a noite lá em casa. – Disse Joe adentrando
o carro com uma senhora carranca, o que não passou despercebido por Daniel que
o fitou com curiosidade enquanto adentrava o carro.
- Você não vai implicar com ele, vai? –
Perguntou o garoto com um pouco de receio observando as feições do pai.
- Eu.. Não é que eu não gosto dele, bem pelo
contrário é só que.. – Joe deu partida no carro e permaneceu calado por alguns
minutos pensando em como explicaria para Daniel a sua posição em relação a
Eric. – Um dia você vai ser pai e vai entender. Lizzie é a minha garotinha. Eu
tenho medo que ela me troque por ele, entende? Pode parecer um pouco egoísta
mas.. não é nada legal quando o seu filho não quer mais conversar com você para
ficar o dia todo no celular conversando com o namorado, eu sei que ela o ama,
eu só não quero perder a minha garotinha para ele. – Daniel assentiu balançando
a cabeça pensando nas palavras do pai.
- Pai, Lizzie não é mais uma garotinha tem
muito tempo. – Disse com um pouco de receio. Era tão óbvio que Elizabeth não
era mais aquela garotinha de meses atrás, a menina havia crescido e mudado
tanto. – Mas eu sei que ela te ama e não vai te trocar nunca por nenhum outro
homem, você sempre vai ser o herói dela e o meu. – Joe sorriu de orelha a
orelha e só não parou o carro para abraçar Daniel porque estava com pressa para
chegar ao mercado mais próximo e porque as ruas de Los Angeles estavam supermovimentadas
naquele horário.
- E vocês vão ser sempre os meus bebês. – O
sorriso de Joe ia de orelha a orelha, ele adorava quando era elogiado ou quando
tinha toda a atenção dos filhos, ser pai era simplesmente a melhor coisa do
mundo e Joe nunca pensara que iria gostar tanto de ter filhos e cuidar deles
com a sua vida quando era mais novo. – Você se lembra de quando você era
pequeno e a gente brincava de fazer guerra de bolinha de papel? – Pela cara de
Daniel ele com certeza se lembrava daquela brincadeira épica que deixava Demi
simplesmente louca de raiva. Deus! A mulher gritava tanto, mas de nada
adiantava já que Joe e Daniel começavam a rir baixinho e continuavam brincando
por horas e horas até que um dia a brincadeira acabou com Joe tropeçando no
próprio sapato e caindo sobre o centro de vidro da sala. Naquele dia Demi quase
morreu do coração quando desceu a escada a todo vapor e encontrou o marido
inconsciente no meio dos cacos de vidro.
- A mamãe quase infartou quando te viu
desacordado e caído no meio daquele tanto de caco de vidro. – Joe assentiu
rindo. A pior parte tinha sido quando ele acordara horas depois do acidente
numa cama de hospital. Demi o xingara tanto, gritara e chorara completamente
nervosa com a ideia de perder o marido, mas eles se acertaram quando era mais tarde
com uma boa noite de amor.
- Ela só estava com medo. – Disse Joe com
sorriso nos lábios assim que estacionou no estacionamento do primeiro
supermercado que encontrara. A lembrança daquela noite que ele caíra sobre o
centro de vidro anos atrás era como se fosse uma lembrança do dia passado e o
encheu ainda mais de saudade de amar a esposa como ele tinha feito naquela
noite.
- O que foi? – Perguntou Daniel assim que
desceu do carro e encontrou o pai sorrindo fitando o nada.
- Eu só estou morrendo de saudade da sua
mãe. – Comentou Joe bagunçando os cabelos do filho como ele sempre fazia, mas
acabara se arrependendo já os pequeninos fios de cabelo pinicaram a palma de
sua mão.
- Saudade da mamãe? Mas você estava com ela
agorinha. – Disse o garoto franzindo o cenho e só quando olhara para o pai que
Daniel realmente entendeu o que Joe queria dizer. - Isso é muito nojento. –
Murmurou o garoto adentrando o supermercado junto com o pai.
- Não é nojento, você nunca pensou em fazer
com a sua namorada? – Joe arqueou as sobrancelhas quando de repente Daniel
estava mais vermelho que um tomate maduro.
- Jenny disse que a gente tinha que esperar
mais um pouco. – Quando começara a namorar a menina Daniel estava tão
empolgado, mas nunca conseguira passar dos beijos com a namorada e quando Jenny
lhe dissera que queria esperar, bem, o garoto apenas disse que a esperaria por
todo o tempo do mundo.
- Bem, vai acontecer um dia, mas só faça se
for com a garota que você ama, é uma das melhores sensações do mundo. – Daniel
assentiu balançando a cabeça e levemente corado. Era tão estranho, Joe sempre
imaginara que Daniel seria mais independente que Elizabeth e que teria sexo
primeiro que a menina, mas acabara acontecendo de uma forma completamente
diferente.
- Já temos tudo que precisamos? – Perguntou
o garoto olhando para o carrinho já cheio de besteiras. – Pai, eu ainda tenho
que me arrumar. – Resmungou quando Joe assentiu colocando mais sache de molho
de tomate no carrinho.
- Tudo bem, vamos para casa. – Disse Joe empurrando
o carrinho na direção do caixa. – Eu só estou me garantindo. Ela não disse o
que vai precisar, e eu não faço ideia do que comprar, então é melhor levar de
um pouco de tudo do que ser xingado por a sua mãe. – Daniel assentiu rindo. Não
tinha coisa pior no mundo quando Demi ficava brava, ela não perdoava nada e nem
ninguém, murmurava palavrões pesados e deixava todo mundo com fome.
- Acho que ela não vai ficar brava. –
Comentou o garoto se lembrando de como Demi não parava de falar sobre o Grammy,
ela já tinha até separado um espaço especial para o prêmio perto das mesinhas
de vidro da primeira sala e fizera uma pequena reunião falando sobre as novas
regras da primeira sala já que o tão cobiçado Grammy ficaria ali. – Você acha
que ela vai concordar com a história do carro? – Perguntou Daniel enquanto
ajudava o pai a passar as compras no caixa.
- A sua mãe é imprevisível, mas acho que ela
não vai gostar muito. – Pelo que Joe conhecia de Demi era iria simplesmente
surtar de preocupação apenas com a ideia de Daniel estar a solto em Los Angeles
e ainda por cima de carro próprio, e não era para menos, a cidade era enorme e
o trânsito era conturbado demais para um garoto inexperiente.
- Você pode convencê-la? – Perguntou Daniel
respirando fundo depois que colocara todas as compras no balcão do caixa.
- Vou conversar com ela. – Joe fitou o caixa
e a atendendo e seus olhos finalmente encontraram o que ele queria depois de
muito procurar. Camisinhas. – O que foi? – Perguntou depois que pagara a compra
e fitara o rosto de Daniel completamente vermelho.
- Não é nada. – Murmurou o garoto
verificando a hora no telefone.
- As camisinhas são para você, não para mim.
– Joe esboçou um sorriso amarelo para o garoto que estava vermelho de vergonha.
Era melhor prevenir que..
(...)
- Ok cara, respira. – Deveria ser a milésima
vez que Daniel dizia aquilo para si mesmo. O carro que Joe lhe emprestara
estava estacionado do outro lado da rua da cada de Jenny, e Dan se encorajava
há minutos para conseguir ao menos sair do carro. Deus! Ele estava travado e
muito nervoso. – Jenny.. eu.. eu.. vim falar co.. Droga! Respira e para de
gaguejar idiota! – Disse para si mesmo fitando-se no retrovisor fixo no vidro
frontal do carro. Os cabelos curtos lhe caíram tão bem, e Dan estava adorando
parecer mais velho e sério. A barba perfeitamente feita e o terno que Demi
arrumara em seu corpo também ajudavam bastante na aparência elegante do rapaz.
As flores vermelhas, a caixa branca e cor de creme com um enorme laço
cor-de-rosa onde estava o vestido e os sapatos que Dan escolhera para Jenny e o
tablete de chocolate auxiliava o rapaz na longa jornada de reconquistar a
namorada, e só faltava um pouquinho mais de coragem para descer do carro e
colocar o plano em ação. – Eu não vou conseguir. – Murmurou para si mesmo
repousando as mãos ao volante e tombando a cabeça para trás.
Não
era tão simples como parecia, havia Alex e o não de Jenny para assustá-lo, a
noite já chegara e o tempo para chegar ao restaurante estava curto. Talvez era
melhor desistir, quem sabe não seria melhor cada um seguir o seu caminho...
Daniel fitou as rosas, o presente e o tablete de chocolate com pesar, deitou a
cabeça ao volante e suspirou sem saber ao certo o que faria. Esquecer a
namorada não lhe agrava o coração, Daniel sentia tanta a falta dela e sentia
que não era o mesmo sem tê-la já que Jenny roubara o seu coração. O garoto
brincalhão ainda existia, mas não era como o de antes cheio de vida e energia.
Daniel pensara nos conselhos do pai e a coragem correu em suas veias. Joe
lutara por Demi quando adolescente e quando adulto, passara por tantas coisas
para tê-la e agora eles estavam tão felizes e melosos um com o outro. A mesma
coisa era com a irmã e Eric; Anne e Bryan; Alena e Alex, o primeiro namorado da
menina; Miley e Nick; Kevin e Danielle e uma infinidade de casais, até a tia
Selena que sempre saía de seus relacionamentos de coração partido encontrara um
homem que a fez feliz e lhe deu uma filha que nasceria em poucos meses. Todos
tinham alguém para amar e estavam radiantes de felicidade depois de tantas confusões,
até Buffy tinha uma namorada oras! Dan riu se lembrando do melhor amigo e
imaginou o que ele faria se estivesse ali. Provavelmente Buffy o olharia com os
seus olhos negros brilhantes, comeria o chocolate e encheria o terno do garoto
de pelo branco com as brincadeiras bobas. Pensar em milhares de teorias e rir
sozinho ajudou Daniel a relaxar e a tomar a decisão correta, então o garoto
fitou-se no retrovisor mais uma vez gostando do que via, pegou o buquê de
flores, a caixa de presente e o tablete de chocolate e finalmente desceu do
carro sentindo a adrenalina dominá-lo por completo.
- Ok, vamos lá. – Disse para si mesmo
chacoalhando levemente a cabeça e travando o carro do pai. Joe lhe emprestara o
carro, mas ele também tivera que ouvir um discurso de mais de meia hora sobre
os cuidados que deveria ter com aquele bendito carro. Nada de farelos no carro;
Nada de bater, arranhar, amassar ou qualquer coisa que pudesse danificar a
aparência do carro; Nada de sexo no carro, mas Joe lhe dera camisinhas por
precaução; Nada de pisar no tapete do carro com os sapatos sujos de areia da
praia; Nada de limpar os dedos sujos nos bancos do carro e uma lista enorme de
nadas no carro. – Ok, relaxa. – Disse assim que subiu os degraus da pequena
escadinha da varanda e logo tocara a campainha.
- Acho que é o entregador de pizza.. Deus,
Meggy! Eu também estou fam.. – Dan esboçou o seu melhor sorriso assim que Jenny
abriu a porta apenas de pijama e a começo não o notou já que disputava com a
irmãzinha para abrir a porta. – Daniel? – A voz da menina saiu num fio ao ver o
ex-namorado simplesmente magnífico a sua porta com um lindo sorriso nos lábios,
um buquê de rosas vermelhas e tudo mais.
- Oi. – As bochechas do garoto coraram e de
repente Dan não sabia se fitava os olhos de Jenny ou lhe entregava o buquê e os
presentes que compra para a menina. – São para você. – Disse completamente sem
jeito, mas fora o suficiente para deixar Jenny ainda mais balançada por ele já
que Dan estava completamente fofo todo tímido.
- Jenny? O entregador não tem troco? – A voz
de Alex não assustou Daniel como era de costume, aliás, não tinha nada capaz de
fazê-lo parar de fitar os lindos olhos de Jenny como ele os fitava com o
coração a mil e a selvagem vontade de beijá-la como ele nunca tinha feito. –
Filha? – Quando Alex abriu um pouco mais a porta para saber o que acontecia os
adolescentes vidrados um no outro coraram um pouco mais e Daniel fitou Alex
estendendo a mão para cumprimentá-la.
- Boa noite Sra. Shorty. – Disse o garoto
usando toda a boa educação que recebera dos pais. – Bem, eu.. Eu gostaria de
saber se posso levar a sua filha para jantar. – Dan respirou fundo tentando não
ficar mais nervoso e começar a gaguejar como quase fizera, fitou Alex que não
parecia surpresa com sua presença e esperou ansioso pela resposta.
- Jenny? – Pelo visto a decisão apenas cabia
a Jenny já que Alex olhara para a filha como se perguntasse se ela queria sair
com Daniel.
- Eu.. Não está muito tarde? E a gente nã..
– A menina desistiu de inventar qualquer que fosse a desculpa quando fitou os
olhos verdes de Dan serenos ao mesmo tempo em que também demonstravam toda a
ansiedade que o consumia. Não tinha como dizer não a ele. Não quando o seu
coração estava gritando loucamente um sim indo contra a sua razão. – Eu posso
ir? – Perguntou a menina à mãe e Daniel controlou-se para não sorrir de orelha
a orelha.
- Se você quiser.. – Deveria ser a primeira
vez que Daniel vira Alex o olhando com bons olhos. Talvez agora ela finalmente
entendia que as intenções dele eram as melhores e ele jamais machucaria Jenny.
Enquanto
esperavam a resposta de Jenny, que pensava se deveria ir ou não, o silêncio foi
absoluto e pela primeira não tinha nada de constrangedor em estar juntos, pelo
menos para Alex e Daniel que lançavam a todo o momento olhares para Jenny a fim
de flagrar alguma expressão da menina que a entregasse. – Mãe! Eu estou com
fome! – A voz manhosa da pequena Meggy arrancou uma risada de Daniel quando a
menininha abriu a porta para saber o que acontecia e abriu um sorriso de orelha
a orelha ao ver que o entregador de pizza na verdade era Daniel. – Dan! – A
menina realmente gritou e abraçou Daniel pelas pernas já que ele era muito mais
alto em relação a ela.
- Ei, eu também senti saudade! – Disse Dan
agachando-se e envolvendo a menina num abraço de urso que arrancou risadas de
Meggy que o abraçou de volta e o beijou na bochecha completamente feliz por
vê-lo. – Está aprontando muito? – Perguntou para a menina apertando a ponta do
nariz dela, que riu sapeca olhando para a mãe a irmã.
- Eu não apronto. – Disse a menininha sapeca
e Daniel arqueou as sobrancelhas a fazendo corar. – Lady comeu a minha lição de
casa, ela está terrível. – Lady era a filhote de Buffy cor de champagne que Daniel dera para Jenny quando ainda eram
amigos e pelo que Daniel se lembrava a cachorrinha era terrível e muito danada.
– O que você está fazendo aqui? – Perguntou a menina curiosa e Daniel cochichou
algo para a menininha que corou e sorriu entrando em casa correndo como sempre.
- Obrigada pelas rosas Daniel, são lindas. –
A voz baixa e macia de Jenny fez o garoto sorrir de orelha a orelha ainda mais
ansioso para ouvir o que ela tinha a dizer. – Vou trocar de roupa.. Não demoro.
– Daniel assentiu balançando a cabeça. Deus! O coração iria sair pela boca, ele
tinha certeza que sairia!
- Jenny! – Chamou quando ela já virava para
subir para o quarto e lhe entregou a caixa de presente e o tablete de
chocolate. – Comprei para você. – Daniel sorriu um pouco sem jeito quando Jenny
murmurou “obrigada” o olhando nos olhos, então a garota deu alguns passos em
sua direção e depositou um beijo delicado em sua bochecha e logo sumira para
dentro de casa o deixando em pé do lado de fora com um enorme sorriso no rosto.
- Não quer entrar? – Foi então que Daniel
corara bruscamente ao ouvir a voz de Alex e lembrar-se que ela acabara de
presenciar o seu momento radiante. Diabos! Por que quando uma pessoa estava
apaixonada ela tinha que ficar tão boba e distraída? Droga! Ele não queria
ficar como os pais. Bobos e apaixonados. Até porque Joe e Demi passavam de
todos os limites dos rótulos bobos e apaixonados.
- Obrigado. – Disse o rapaz sem saber ao
certo se agradecia Alex por permitir que Jenny jantasse com ele ou por
convidá-lo para entrar, lá fora estava frio!
- Eu sabia que você não desistiria, só tome
cuidado com ela. Jenny e Meggy são tudo de mais precioso que eu tenho. – Daniel
não esperava ouvir aquela frase, mas assentiu sabendo que jamais seria capaz de
machucar Jenny ou até mesmo a pequena Meggy.
- Nunca vou machucá-la. – Disse o garoto
olhando para os olhos de Alex enquanto se sentavam ao sofá da sala.
- Estou confiando em você. – Daniel assentiu
e a conversa entre ele e Alex simplesmente fluiu, Alex perguntara sobre a
família do garoto e principalmente sobre o pequeno Bernardo. Conversaram por
tantos minutos e riram das perguntas de Meggy e da preguiça de Lady, que estava
deitada no carpete da sala perto de Meggy que brincava com a Jessie doll até
que Jenny surgiu na sala tão linda que Daniel não conseguia tirar os olhos da
garota pensando em como ela estava perfeita. O vestido caíra perfeitamente no
corpo da menina, marcava a cintura fina e discretamente realçava os seios
bonitos no pequeno e simples decote. A cor clara do vestido combinava
perfeitamente com a pele beijada pelo sol de Jenny, os cabelos cor de mel
estavam lisos e tão brilhantes que o de costume. Ela estava perfeita!
- Você está linda! – Disse Daniel sem
conseguir esconder um sorriso que fez a menina corar e murmurar um obrigada o
olhando rapidamente antes de desviar os olhos para a mãe.
- Está linda meu anjo. – Disse Alex para
encorajar a menina e Jenny tornou a corar. O silêncio instalou-se na sala e só
fora quebrado quando a campainha fora tocada. – Agora é a pizza. – Daniel
aproveitou que Alex fora atender a porta e levantou-se aproximando de Jenny.
- Vamos? – Perguntou o garoto segurando as
mãos delicadas de Jenny e as beijando. Os conselhos de Joe estavam o ajudando
tanto, mesmo nervoso Dan se sentia mais confiante e capaz de reconquistar
Jenny.
- Vamos. – Disse Jenny sem conseguir
esconder um sorriso ao fitar os lindos olhos verdes de Daniel que chegavam
brilhar de tanta felicidade.
- Meggy, a nossa pizza chegou. – Disse Alex
e a menininha correu até a mãe completamente animada. – Não vão querer uma
fatia de pizza? – Perguntou Alex para Jenny e Daniel que, apesar de sempre
trocarem olhares fofos e apaixonados, estavam completamente envergonhados e sem
jeito um com o outro.
- Nós já vamos. – Disse Daniel e Alex
assentiu dando um rápido beijo na testa da filha e pediu a Dan que cuidasse da
sua menina.
O
clima não era dos piores, mas que Daniel e Jenny não sabiam o que dizer um ao
outro era fato. Caminharam até o carro em silêncio, Daniel abriu a porta do
carro para a menina e assim que ela ajeitou-se ao banco ele fechou a porta e
adentrou o carro um pouco sem graça. – Então.. Como você está? – Perguntou o
garoto dando partida no carro e logo estava em direção ao litoral.
- Estou bem. – Disse a Jenny fitando os
próprios dedos e logo olhara para Dan que estava concentrado no trânsito apesar
de manter a velocidade do carro média. – E você? – Perguntou e o garoto sorriu
a olhando rapidamente e levando a mão livre a dela.
- Estou bem. – Disse o garoto assim que
parou o carro no sinal vermelho. Fitara os olhos de Jenny por longos segundos e
pensou se era a hora certa para beijá-la, mas não o fez, apenas brincou com os
dedos de Jenny junto aos seus e quando o sinal ficou verde seguira com o carro.
– Você gostou do seu vestido e dos sapatos? – Perguntou para puxar assunto e
surpreendeu-se quando Jenny correspondeu ao carinho que ele fazia em sua mão
brincando com a dele com o dedão.
- São lindos. Obrigada. – Disse a menina
sorrindo enquanto observa Dan brincar com a sua mão. – Para onde nós estamos
indo? – Perguntou quando o garoto parou o carro novamente no sinal vermelho.
- Surpresa? – Dan sorriu a olhando, tocou a
mecha lisa do cabelo da menina que caía sobre o rosto dela e a arrumou atrás da
orelha. – Você está simplesmente linda. – Disse aproximando-se um pouco mais e
quando percebera já tinha os lábios pressionados aos dela. A saudade era tanta
que Dan perdeu-se naquele beijo inocente, envolveu a menina num abraço e
aprofundou o beijo.
- Daniel. – Murmurou Jenny assim que
partiram o beijo. Ela queria repreendê-lo, mas não conseguiu quando fitou os
olhos do garoto e Daniel voltou a pressionar os lábios dela num selinho
inocente antes de voltar a dirigir.
O
caminho até o restaurante fora mais agradável do que ambos esperavam, o clima
entre eles estava tão tranquilo que até conversaram sobre assuntos curtos e
aleatórios, às vezes riam de uma piada boba de Daniel ou de alguma cena
engraçada no decorrer do caminho até o restaurante.
- Boa noite. Temos uma reserva no nome de
Joseph Jonas. – Disse o garoto ao recepcionista do restaurante um pouco
envergonhado por a reserva estar no nome de seu pai.
- Boa noite senhor. – Disse o homem mais
velho e bem humorado sorrindo para Dan. – Daniel Jonas? – Perguntou o homem
mais velho e Dan assentiu enlaçando os dedos aos de Jenny. – Fiquem a vontade.
Os músicos estão a sua disposição. – Daniel assentiu enquanto puxava a cadeira
para que Jenny pudesse se sentar. O lugar era simplesmente maravilhoso e o
melhor: reservado e à luz de velas. Deus! Como ele agradeceria ao pai por tudo
que ele tinha feito?
- Está confortável? – Perguntou Daniel a
Jenny observando como ela ficava ainda mais linda à luz de velas.
- Estou bem. – Ela estava bem e ele quase
infartou com o sorriso matador da menina. Mulheres! Como elas conseguiam
deixá-los loucos apenas com um sorriso?
- Bem.. O que você tem feito de legal? –
Perguntou Daniel um pouco incomodado com o repentino silêncio entre eles. Jenny
sorriu o observando, ela o conhecia muito em para saber que ele estava
completamente ansioso para chegar lá.. mas o clima estava tão bom que a menina
resolveu que deixaria Dan um pouquinho mais ansioso e continuariam com a conversa
agradável.
- Fiz alguns testes vocacionais, mas não deu
nada de muito interessante. E você? – Perguntou ao garoto o olhando e Dan corou
a fazendo sorrir de orelha a orelha.
- Estou cuidando do Bernardo com a mamãe,
aprendi muitas coisas sobre bebês. – Disse o garoto esboçando o seu sorriso
tímido enquanto buscava a mão de Jenny para enlaçar os dedos dela aos seus
sobre a mesa. – O que você quer comer? – Perguntou o garoto e juntos eles
decidiram que pediriam arroz assado com legumes, salmão ao forno com crosta de
queijo e bem.. batatas fritas para acompanhar. – Você acha que tem algum
problema se a gente tomar vinho? – Perguntou o garoto checando o cardápio de
bebidas. – Aqui não têm refrigerante, só essas bebidas estranhas. – Disse e Jenny
riu aproximando-se do garoto que já estava sentado ao seu lado.
- Eu também não conheço nada. – Comentou a
menina suspeitando que todas aquelas bebidas eram alcoólicas. – Você quer tomar
vinho? – Perguntou fitando os olhos bonitos de Daniel.
- Acho que não. – Murmurou o garoto. Depois
do que acontecera com a mãe meses atrás Daniel eliminara todas as possibilidades
de consumir alguma bebida com álcool. – Uma vez no natal quando eu era mais
novo a minha mãe me pegou tomando vinho e champanhe, levei uma senhora bronca. –
Comentou o garoto para descontrair o clima.
- Já aconteceu comigo, meu pai ficou uma
fera. – O sorriso triste de Jenny não passou despercebido por Daniel, que
enlaçou os dedos aos dela e a olhou nos olhos.
- Eu estou aqui com você. – Sussurrou e
Jenny sorriu recebendo um beijo na bochecha.
- O que acha da gente escolher algum suco?
Tem várias opções. – Melhor que ser um casal apaixonado era ser um casal
adolescente apaixonado. Tudo virava motivo para risos e cochichos, e às vezes
até roubaram beijos e sorriam um para o outro enquanto escolhiam algum suco do
agrado dos dois, o que parecia impossível já que Daniel gostava de uma coisa e
Jenny de outra.
- Você gosta de acerola, abacaxi e hortelã? –
Perguntou Jenny suspirando cansada.
- Açaí com banana e limão? – Disse Daniel
distraído e de cenho franzido imaginando aquela péssima combinação. – Você
gosta de acerola, abacaxi e hortelã? – Perguntou o garoto a Jenny que arqueou
as sobrancelhas e riu assentindo. Depois de quase uma hora eles finalmente
tinham encontrado alguma coisa que gostavam. – Você quer ver o mar comigo? –
Perguntou Daniel um pouco envergonhado a menina. Tudo bem que ele era
brincalhão demais e muito menino para a idade, mas ainda sim era muito educado quando
queria. Estava divertido escolher pratos e sucos com Jenny, mas Daniel queria
resolver logo tudo que estava pendente entre eles e nada melhor que uma
conversa sincera e adulta enquanto admiravam o mar.
Jenny apenas assentira e deixara que Daniel
segurasse a sua mão enquanto eles subiam alguns degraus que davam para o
terraço do restaurante que estava mais magnífico que o andar de baixo à luz de
velas. As estrelas dominavam o céu, eram tantas e pareciam estar tão perto que
Jenny sorriu encantada observando a imensidão negra cheia de pontinhos
brilhantes enquanto Dan a puxava pela mão. – Você está com frio? – Perguntou Daniel
e Jenny não precisou responder já que o vento frio a fez arrepiar e Daniel
sorriu enquanto tirava o paletó e o ajeitava nos ombros da menina.
- Obrigada Dan. – Daniel não disse nada,
abraçou o corpo da menina por trás para aquecê-la e levou as mãos as dela as
repousando sobre o parapeito da proteção de vidro.
- O mar está calmo. – Comentou Daniel
observando o movimento calmo do mar e as poucas ondas se quebrarem antes mesmo
que chegassem à terra firme. – Eu senti sua falta. – Disse o garoto depois de minutos
e minutos em silêncio.
- Eu também. – Jenny o olhou pelo ombro e
quando Daniel percebeu que ela o olhava juntou os lábios num beijo tão sereno
quanto o movimento do mar.
- Não quero ficar longe de você. – Sussurrou
quando voltaram a admirar o mar. O coração de Dan já estava a mil e a ansiedade
o consumia de forma absurda. – Sei que você está chateada comigo, mas não
aconteceu. Eu não sabia onde estava com a cabeça, os últimos meses não foram os
melhores para mim, eu estava frustrado e, eu não sei... Só perdi o controle. – Brooke
fazia parte do passado de Daniel, fora a primeira paixão do garoto, mas não o
correspondia. E justo naquela tarde a menina resolvera notá-lo e acabando por
estragar a relação com Jenny.
- Aquele dia no shopping.. Ele não era o meu
namorado, só o meu primo protetor. Eu disse a ele que você era o meu
ex-namorado, ele entendeu mal e achou que se me abraçasse você morreria de
ciúme. – Era bem a cara de Daniel querer bater em todos os garotos que
flertavam com ela, e não tinha sido diferente naquela tarde no shopping. – Você
acha que vai dar certo? Eu não quero que você se machuque. – Disse a menina
virando-se para olhá-lo e Daniel sorriu sabendo que ela dizia a verdade.
- Não vou me machucar e nem você. – Disse o
garoto a olhando nos olhos. – Não importa o tamanho do obstáculo, nunca vou
desistir de você. – Daniel lembrou-se dos pais e que eles nunca tinham
desistido um do outro por nada e ninguém. E o garoto tinha certeza que o seu
amor por Jenny era forte o suficiente para sobreviver a qualquer tempestade e
juntos eles o fortaleceriam para todo o sempre.
- Eu também nunca vou desistir de você. – Os
olhos brilhantes de Jenny concordavam com tudo que ela dizia. Aquelas palavras
firmes e sinceras deram início ao novo começo, a sorrisos lindos e muitos
beijos apaixonados por toda a noite. Ele amava e ela o amava para todo o
sempre.
Continua...
Oi! Como vocês estão? Eu estou bem e cansada, minha vida está uma correria! Então, espero que vocês gostem desse capítulo, demorou para sair porque eu não sabia ao certo o que fazer, mas acho que ficou bom e finalmente tudo se resolveu, certo? Poxa, eu estou triste e feliz ao mesmo tempo por esse capítulo ser o "último".. Triste porque eu realmente amo escrever essa história, das confusões, do Joe fofo e ciumento, da Demi manhosa e milhares e milhares de coisas. E feliz porque eu consegui terminar depois de quase um ano a escrevendo.. Espero que vocês também tenham gostado da história. Não vou me despedir nessa nota, ainda tem o epílogo!!! Muuuuuuuuuito obrigada de todo o meu coração por esperarem por esse capítulo, aliás, por esperarem por toda história! Beijos e até mais.
Ps. Divulgando o blog da demi devonne: Jemi Always
Que capitulo maravilhosoooo...não tem como não se apaixonar por jemi❤️❤️❤️Jenny & Dan ❤️❤️ É a lizzie & Erik ❤️❤️
ResponderExcluirEsse Dan é tão fofo, mds...eu quero ele para mim...ele é o Joe ❤️❤️❤️ Estou ansiosa para ele e a jenny ficarem juntos logo de uma vez...quer dizer...oficialmente kkkk
Não acredito que esse é o último...falta só o epílogo para acabar :(
Vou morrer de saudades dessa fic maravilhosa...você não faz ideia o quanto eu sou apaixonada !!! Amei, adorei, curti cada momento ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
Parabéns amoré
Posta logooo
Beijos ❤️
EU ESTOU MORRENDO MEU DEUS ULTIMO E O ULTIMO CAPITULO MEU DEUS EU TO AKABSUD
ResponderExcluirGente eu to chorosa,não acredito q seja o ultimo capitulo,porra palmaas,gente q perfeicao é a melhor fic q eu ja li na minha vida
Gente o Dan e mt mt mt fofo meu Deus quero apertar as bochechas dele,Jesus amado
Joe e tao maravilhoso caralho,ele e Demi sao tao lindos juntos
Eu sou tao apaixonada por essa fic
A Jenny e o Dan awwntt q fofos,vou chorar
Lizzie e Eric então nem se fala ❤❤
E mt perfeicao,não acredito q ja acabou,quero mais
Tentando descobrir como vai ser minha vida dps do epilogo
E mt perfeicao,parabeens cara
Nem acredito q ja vai acabar,nao paro de repetir isso
Vc vai comecar outra fic? Diz q sim,diz q sim,diz q sim prfvr
Ansiosa e triste pelo epilogo,não quero q entenda mal sabe mais enfim,triste pq e o fim
Posta Logo
Xoxo
So queria deixar claro q conheço a louca acima Nina I love you kkkkkkkkkkkkkkk. Eu nem sei o q falar disso td eu acompanhei toda hist e vc simplesmente evoluiu a cada cap, a cada drama, comedia q tinha na fic espero q eu possa ler um livro seu um dia. AMO LER NO SEU BLOG AMANDA BJOSSS Q VENHA O EPILOGO
ResponderExcluirahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, nao acaba agora por favor
ResponderExcluirAí que capítulo mais lindo,na verdade todos são perfeitos,o dan sendo tão fofo igual ao Joe,vou morrer de saudade dessas história,você é demais, se fanfic tivesse Oscar você ganharia kkkkkk,beijos
ResponderExcluirTa vc vai terminar assim por que não deu para entender nada o que eu reli várias e várias vezes do nada vc chega e termina pelo menos tinha que ter mais uns capítulos bônus por que esse não deu para entender nada e o que eu acompanho sua fic desde que vc começou e nem um foi igual a esse
ResponderExcluirVc nao vai postar o epilogo?
ResponderExcluir