27.10.14

Capítulo 28

Café quente junto de biscoitos crocantes enquanto conversava com os pais era a combinação perfeita para o final de um dia cansativo. Demi se sentia perfeitamente confortável vestida com um conjunto de moletom, que por sinal pertencia a alguém.. Os cabelos estavam presos num rabo de cavalo e as pantufas com orelhas de coelho de pelúcia aquecia seus pés. Bebericando um pouco do café, Demi saboreou o gosto forte da bebida e mordeu o biscoito observando os pais conversarem. Era engraçado, a casa estava tão silenciosa.. O silêncio nunca era um bom sinal quando se tratava de Elizabeth e Daniel, significava que eles estavam aprontando.. Deduzira isso por conta das vezes que flagrara os filhos no auge das travessuras. Quando eles eram crianças praticamente colocavam fogo na casa todo santo dia.
   - Daniel! - Assentindo negativamente Demi comprovou a sua teoria que eles estavam aprontando, ou apenas Daniel estava aprontando, pois se Lizzie estivesse junto não gritaria o irmão da forma que gritara.
   - Eu juro que não sei o que vou fazer com eles. - Murmurou repousando a xícara sobre o tampo da mesa.
   - Eles são uns anjos. - Disse Eddie rindo do desespero estampado nos olhos de Demi conforme as reclamações de Elizabeth se intensificavam. - Agora a senhorita sabe como é não ter paz. - Demi fez careta, mas acabou rindo.
   - Eu sei, não posso reclamar porque eu era pior que os dois juntos. - Ao menos era o que Dianna sempre dizia e no fundo Demi sabia que era a mais pura verdade. - Ah! Eu vou esquentar o traseiro desse garoto. - Disse assentindo negativamente saindo da cozinha as pressas.
   - Daniel! - Resmungou Elizabeth tão alto que Demi franziu o cenho pensando no que Dan estava fazendo para tirar a menina do sério.
   - Posso saber o que vocês estão fazendo? - Repousou as mãos na cintura e batia o pé esquerdo ritmicamente esperando por uma resposta convincente de um deles. Demi fuzilou Daniel com os olhos o censurando por ter um travesseiro em mãos. Já Elizabeth estava deitada de bruços, tinha os cabelos bagunçados e o celular em mãos.
   - Eu estou conversando com Eric e essa peste não me deixa em paz! - Grunhiu a garota tentando acertar o irmão com uma palmada. - Tira ele daqui! - Afundando o rosto no travesseiro Elizabeth choramingou dramaticamente como sempre fazia.
   - Daniel Henri, você tem quase dezessete anos e eu vou ter que te levar para o cantinho do castigo te puxando pela orelha? - Disse Demi como dizia quando Dan era uma criança. - Deixe Beth em paz. - Demi revirou os olhos ao ouvir as gargalhadas abafadas de Elizabeth e ver Daniel ficar vermelho de raiva por conta da pirraça da irmã.
   - Ela não me deixa dormir. - Exclamou como se fosse a coisa mais absurda do mundo. - Eric, você me ama?; Eric, eu estou com saudades; Eric, você vem me ver amanhã?; Amor você já está deitado?; Eric, Eric, Eric! - Demi arregalou os olhos quando Elizabeth levantou-se bruscamente e acertou Daniel em cheio com o travesseiro.
   - Você está com ciúme! - Disse Elizabeth de dentes cerrados. Antes da menina começar a namorar, Daniel era a sua companhia, e por mais que houvesse uma pequena briga ou outra, eles se entendiam.
   - O quê? Ciúme de você? - Demi sabia que no fundo Dan realmente estava morrendo de ciúme da irmã com Eric, pois ela conhecia perfeitamente o filho que tinha. Daniel tinha ciúme até do pai.
   - Ok. Já chega. - Entrometendo-se entre eles Demi quebrou aquele fuzilamento de olhares os afastando. - Elizabeth nada de celular e Daniel nada de perturbar. - Demi recebeu olhares incrédulos e sorriu satisfeita. - Caso contrário vocês dois estão de castigo. - Houve suspiros frustrados e então olhares cerrados.
   - A culpa é sua! - Disseram ao mesmo tempo e Demi revirou os olhos.
   - Chega disso! - Demi entrometeu-se novamente os assustando. - Eu não quero saber, eu não quero compreender ou qualquer coisa. Castigo, os dois estão de castigo! - Antes mesmo que os protestos lhe deixasse surda, o Iphone sobre o criado-mudo começou a vibrar e logo tocar. - É melhor vocês não brigarem enquanto atendo o telefone, combinado? - Demi esperou pacientemente pela resposta desanimada dos filhos e pegou o telefone sobre o criado mudo e caminhou em direção à varanda do quarto. Joseph. Oh droga! Ela combinara consigo mesma que não iria atendê-lo, e agora estava em pé na varanda fitando o nome "Amor" na tela do telefone. - Oi. - Disse tão desanimada.
   - "Demi? Oi" - Disse Joe feliz por finalmente conseguir contato com a esposa. - "Eu disse que ligaria, como você está?" - Perguntou.
   - Cansada, mas bem. - Disse batendo a ponta dos dedos no parapeito da proteção da varanda. - Joe..? O que você quer? Eu quero descansar. - Preferiu abrir o jogo já que Joe era sinônimo de canseira, andar por todo um imenso shopping e depois fazer compras de alimentos a deixara super cansada.
   - "Você pode descer? Eu estou em frente a casa dos seus pais.". - Qual a parte do "Cansada" que Joe não entendeu? Demi revirou os olhos, fez careta, respirou fundo e murmurou um "Sim" entredentes louca para resolver logo aquele assunto e poder dormir por horas e horas.
   - Porra Joseph, você não desiste. - Murmurou enquanto atravessava o quarto sobre os olhares de cães que caíram da mudança de Daniel e Elizabeth. Ah! Eles iriam ficar de castigo por um bom tempo. - Continuem onde estão, volto daqui a dez minutos. - Disse aos adolescentes largados na cama dando ênfase em "dez minutos" justamente para deixar Joe ciente que ele tinha poucos minutos com ela.
   - Aonde a mocinha vai? - Perguntou Eddie ao ver Demi descer as escadas preguiçosamente.
   - Joseph está lá fora. - Disse desanimada. - Ele quer conversar comigo, e se eu não for ele vai me perturbar a noite inteirinha. - Demi apostara que a coisa que ela mais fazia nos últimos dias era revirar os olhos. E não hesitara em revirá-los para Dianna quando a mesma arqueou as sobrancelhas e sorriu sugestivamente.
   - Juízo. - Disse e Demi tornou a revirar os olhos pela milésima vigésima décima vez naquele dia.
   - Não vai rolar! - Disse saindo porta a fora. Deus! Maldito Joseph! Ela sujaria as pantufas por causa dele. Ah diabos! Demi praticamente saltitou até o carro sentindo o coração trincar a cada vez que as pantufas tocavam o chão do jardim e logo o chão da rua. - Desgraçado.. - Murmurou quando avistou o carro de Joe estacionado do outro lado da rua. Significava que ela teria que caminhar mais um pouco, ou seja, sujaria ainda mais a sola das pantufas. Encolhendo os dedos da mão de raiva, Demi traçou o percurso e o olhou claramente entediada quando Joe abriu a porta do carro sorrindo para ela.
   - Hum.. As pantufas. - Disse Joe quando Demi saltou para o carro. Sabia que ela deveria estar furiosa, Demi era uma amante nata de pantufas e odiava sujá-las, ainda mais quando elas eram rosa bebê. - Você está linda. - Cerrando os olhos Demi o olhou. Estava sem um pingo de maquiagem no rosto, usava pantufas e vestia um moletom que por sinal era dele.. Droga. Encolheu-se envergonhada com o olhar curioso de Joe sobre ela.
   - Obrigada. - Murmurou.
   - Como estão as crianças? - Demi o fitou antes de responder que Daniel e Elizabeth estavam da mesma forma que sempre estiveram, brigando. Joe estava tão bonito, a barba bem feita e cerrada, os olhos dele ganhavam um tom esverdeado sobre a luz amarela do interior do carro. A camisa que ele vestia era branca e a calça jeans escura. Demi podia jurar que ele passara horas e horas no banho e depois no closet, pois Joe era um homem vaidoso e exigente com a própria aparência. - Seus pais e Anne. - Perguntou esboçando um sorriso galanteador despertando aquele calor familiar por todo o corpo de Demi.
   - Estão bem. - Disse impaciente. - Joseph, diz logo o que você quer. - Cruzando os braços Demi viu Joe respirar fundo certamente tomando coragem para começar com o discurso para convencê-la a voltar para os braços dele.
   - Eu.. eu quero te pedir desculpa por ter sido tão bruto e inconsciente. - Começou a dizer fitando os olhos dela. - Naquela noite eu só estava cansado e irritado demais, eu estava trabalhando tanto para conseguir as minhas férias para podermos viajar para qualquer canto desse planeta para a nossa lua de mel. Dai aquelas fotos vazaram, a mídia e os produtores estavam me pressionando para dizer algo a respeito, as pessoas não paravam de me perturbar no trabalho, e eu acabei descontando em você. - Jamais pensara que Joe poderia ser tão pressionado, aliás, agora que a ficha caíra. Era ele quem estava segurando aquela barra sozinho. Joe controlara a mídia e acalmara os produtores, passara noites em claro consolando-a e na manhã seguinte estava trabalhando como um condenado no escritório. - Nós fizemos amor naquela noite e foi maravilhoso. - Disse fazendo-a corar. - Eu passei horas e horas te observando dormir nos meus braços, dai meu celular começou a vibrar. Era Alex, ela me disse coisas.. coisas que eu nunca pensei que você varia, acabei acreditando nas palavras dela, eu confesso que já estava chateado com a foto que você estava abraçada com aquele cara, e quando Alex me disse que tinha um vídeo seu com outro cara perdi o controle. - Alex. Caso Demi a visse.. Céus! Iria esbofeteá-la, mesmo que ela fosse presa, julgada como louca ou qualquer coisa do tipo, até a mesma ficar inconsciente. - E para completar você apareceu com aquele vestido. Demi, eu juro que não era ciúme, mas você não tinha noção do tanto de marmanjo que te olhava com cara de cachorro faminto, você começou a me ignorar e eu percebi que aquele filho duma puta do FBI olhava para o seu decote na maior cara de pau, o que eu poderia fazer além de ficar louco de raiva? - Tudo bem. Estava começando a compreendê-lo. O engraçado era. Demi tinha noção que as mulheres desejavam o seu homem, muitas foram às vezes que ela flagrou Joe recebendo olhares famintos de mulheres e até homens no trabalho com ela ao lado dele, mas preferiu não fazer um senhor barraco. Relevava porque sabia que ele tinha olhos apenas para ela. - Sei que te machuquei meu bebê, Daniel tem razão. Você é tão especial e eu não te valorizo. Eu não te mereço Dem, mas eu preciso tanto de você, eu te amo tanto e não sei mais o que fazer toda vez que acordo e não te encontro em lugar nenhum, eu sinto tanta falta de te ter anjo. - Demi respirou fundo sentindo o ar tão denso e um calor insuportável conforme Joe se aproximava. Lutava para não desabar em choro nos braços dele e contar como se sentia e como sentia a falta dele, mas não o faria, as palavras de Joe não consertariam seu coração.
   - Joe, por favor. - Sussurrou sem saber se fitava os olhos ou os lábios dele que estavam tão próximos dos seus. - Eu imagino como deve ter sido pesado para você, mas você me magoou tanto, você me deixou tão assustada e desolada. - Disse espalmando o peito dele como adorava, mas dessa vez para empurrá-lo.
   - Eu sei minha pequena. Às vezes nós agimos sem pensar e acabamos fazendo a coisa errada. - Disse acariciando o rosto de Demi com o polegar. - Eu só quero mais uma chance para te fazer feliz, confia em mim bebê, eu prometo que não vou te machucar de novo. - A voz dele ficava cada vez mais baixa e rouca penetrando as barreiras que ela construíra justamente para evitá-lo.
   - Eu.. eu preciso de mais tempo para pensar Joe.. - A cada segundo que se passava Demi se sentia mais envolvida por aquele homem, caso ficasse mais um segundo junto a ele cometeria uma loucura daquela de deixar qualquer boquiaberto... Trêmula Demi levou a mão à maçaneta da porta do carro lutando contra a correnteza de vontade de estar nos braços de Joe. O corpo gritava e implorava para que ela se jogasse nos braços dele, mas a razão pedia para que ela fugisse daquele carro.
   - Você tem todo o tempo do mundo para pensar. - O calor instalou-se no pé da barriga quando Joe a tocou na mão impedindo-a de sair do carro. Demi estava estática, não sabia se aproveitava que a porta do carro estava aberta para fugir ou se.. ou se cedia a ele.
   - Joseph.. - Sussurrou quando os dedos dele se enlaçaram aos dela.
   - Apenas um beijo amor. - Ele disse com a voz rouca deixando-a trêmula. Não vá para os braços dele. Não faça. Corra. Gritava o cérebro. Mas tudo que Demi fez foi fechar a porta do carro e respirar fundo antes do olhá-lo. Enlaçara os dedos aos dele com o coração quase saindo pela boca. As pálpebras desdobraram-se automaticamente e os lábios quentes e macios de Joe foram pressionados contra os dela. A sensação era mágica, deliciosa um tanto fascinante. Entreabrindo os lábios para dar passagem a língua dele, Demi levou a mão aos cabelos da nuca de Joe e os enlaçou com os dedos como desejara fazer mais cedo. - Eu estou com tantas saudades. - Disse Joe encostando a testa na dela na breve pausa que fizera. - Eu te amo Demi. - Não ouviu a declaração dela, Demi selou os lábios aos dele deliciando-se do gosto fascinante de seus lábios. Mordiscou e prendeu entre os dentes o lábio inferior de Joe antes de adentrar a boca dele com a língua para explorá-la com paixão.
Sentindo a necessidade de ter o corpo de Demi friccionado ao seu, Joe a puxou para o colo e agradeceu aos céus por Demi se juntar a ele de bom grado. Aprofundou o beijo, claro, se ainda fosse possível, levando as mãos à cintura dela para apertá-la como sempre fazia para trazê-la mais para si. - Você está tão linda, adoro o seu cabelo preto. - Disse na pausa que fizera para tomar ar. Lembrara-se da época em que começou a namorá-la. Os cabelos naturais de Demi eram castanho claros, eram lindos, mas quando Demi pintou os cabelos de preto Joe viu-se mais encantado pela namorada. E agora, depois de anos e anos ela voltara com os cabelos pretos o deixando cada vez mais apaixonado. - Você não tem noção de como está linda Dem. - Joe sorriu ao ver o sorriso dela, acariciou o rosto de Demi com as mãos e não resistiu e a puxou para mais um beijo. - Minha pequena.. - Suspirou de olhos fechados sentindo o carinho que as delicadas mãos femininas de Demi fazia em seu rosto. - Beije-me bebê. - Pediu de olhos fechados sentindo o carinho que ela fazia no rosto. Demi roçou os lábios aos de Joe uma, duas, três vezes antes de beijá-lo para valer. Conforme o beijo se intensificava e o corpo de Demi estava mais colado ao dele, Joe levava as mãos para dentro do blusão para acariciá-la. Primeiro repousou a mão direita nas costas de Demi e logo a deslizou para cima e para baixo provocando arrepios que deixara a pele quente e macia enrugada, como a mão esquerda estava livre, Joe a moldou como uma concha sobre o seio esquerdo de Demi agradecendo mentalmente por ela não estar usando sutiã. - As noites são horríveis sem você. - Sussurrou levando os beijos para o pescoço de Demi. Logo os lábios dele estavam cobrindo a pele da barriga dela em cantos aleatórios, rodeara o umbigo com a língua aproveitando para encostar Demi contra o volante do carro e segurar-lhe os seios com as mãos.
   - Eu também senti a sua falta. - Disse pela primeira vez desde que o beijara. Mordendo o lábio inferior, Demi puxou os cabelos de Joe com força quando sentiu a língua macia e quente rodear o mamilo esquerdo depois o direito. O gemido longo escapou pelos lábios quando Joe acariciou o seio direito e chupou o mamilo como um bebê faminto fazendo-a contorcer-se em seu colo. - Joseph.. - Gemeu e ao mesmo tempo o empurrou quando o farol de um automóvel iluminou todo o interior do carro os lembrando que estavam praticamente em público.
   - Droga. - Murmurou Joe a cobrindo. - Vamos para casa? - Perguntou enquanto desligava a luz do interior do carro para privá-los dos curiosos.
   - Joseph.. Eu ainda preciso de tempo, não vou voltar para casa. - Disse procurando os olhos dele em meio da luz da noite.
   - Você tem todo o tempo do mundo para se decidir. Mas como nós fazemos? Eu estou morrendo de saudade princesa. - Confessou depois de roubar um selinho.
   - Vamos.. vamos ficar aqui. - Disse pensando numa possibilidade de conseguir um pouco de privacidade apenas para ela e Joe. Se fosse no tempo que eles namoravam com certeza Demi o arrastaria para dentro de casa, mas ela não era mais aquela adolescente inconsciente.
A ideia de Joe pareceu a melhor saída, o banco de trás do carro era pequeno e desconfortável, mas era o espaço suficiente para acolhê-los. Cambaleando Demi ficou com uma das pantufas presas entre o câmbio e o banco do carona na hora que iria passar para o banco de trás, o que fez Joe gargalhar. Demetria e as pantufas era uma verdadeira comédia. Mais tarde, quando sentada no colo de Joe com o corpo dele entre as pernas, Demi gemia de deleite ao sentir os lábios de Joe e a língua esperta banquetear os seus mamilos aleatoriamente deixando-a louca de tesão. Tirara o blusão sozinha assim como tirou a camisa de Joe o arranhado no abdômen malhado. Prolongaram os beijos por minutos incontáveis enquanto um explorava o corpo do outro ousadamente. Mas quando a mão de Joe alcançou o íntimo e o provocou no ponto mais sensível, Demi simplesmente congelou ao se lembrar das palavras de Alex.
   - Joe, eu tenho que ir. - Ela disse um tanto sem jeito puxando a mão dele com a sua para fora do calção.
   - Demi.. Fica mais um pouquinho, eu estou louco para fazer amor com você. - Ele disse ainda brincando com os seios dela.
   - Não vai rolar.. Eu.. eu tenho que ir. - Dizia a si mesma que Joe não estava tentando apenas ter sexo com ela. Aquilo era coisa da sua cabeça, Joe a amava e nada mais importava. Mas ela já não estava no clima de trocar amassos com o marido as escondidas.
   - Eu não fiz nada de errado, fiz? - Perguntou Joe suspirando frustrado.
   - Não.. Está tarde, Daniel e Beth estão me esperando. - Inventou uma desculpa qualquer. - Eles estão dormindo comigo.. seria estranho, entende?
   - Tudo bem bebê. - Joe fez um breve carinho no rosto de Demi sorrindo para ela enquanto a vestia com o blusão. - Podemos almoçar juntos amanhã? Ah! Eu quase ia me esquecendo, John quer você no estúdio ainda essa semana, se possível amanhã. - Franzindo o cenho, Demi buscou a camisa de Joe e o vestiu.
   - Tudo bem, amanhã mesmo vou ao estúdio. - Já que não estava fazendo nada, principalmente nas manhãs já que as crianças estavam na escola, Demi resolveria aquele assunto com John o mais rápido possível até porque odiava ter trabalho acumulado.
   - Eu vou sentir saudade. - Um tanto sem jeito Demi saiu do colo de Joe preparando para também sair o mais rápido possível daquele carro.
   - Amanhã nos vemos. - Disse forçando um sorriso.
   - Eu amo você Dem. - Agora sorrindo verdadeiramente, Demi disse que o amava nos lábios dele antes de beijá-lo castamente e alcançar a maçaneta da porta traseira. - Demi! - Joe a chamou impedindo-a de sair do carro, e Demi, novamente, pela milésima vez revirou os olhos. - Paixão cruel desenfreada. Te trago uma rosa roubada. Para desculpar minhas mentiras, minhas mancadas. Boa noite pequena. - Sorrindo um tanto sem jeito, Demi pegou a rosa vermelha que Joe oferecia e antes de sair do carro sorrindo como uma boba beijou os lábios dele com paixão.

Continua.. Olá! Aqui estou eu com mais um capítulo para vocês.. haha, teve Jemi praticamente no capítulo todo.. Eles conversaram e se pegaram.. Mas será que a Demi vai ceder assim tão fácil? Bem, vocês só vão saber no próximo capítulo.. O circo ainda não pegou fogo hehehe.. Beijos no core e comentem mais e mais, quero saber o que vocês estão achando da fanfic! Abraço e fiquem com Deus. Aaaah, adivinhem quem tirou nove em cálculo?!  Euuu *-*
ps. Crédito ao Cazuza no trecho modificado "Paixão cruel desenfreada. Te trago uma rosa roubada. Para desculpar minhas mentiras, minhas mancadas". 
Respondendo a Yas: Oi! A imprensa ainda não sabe que eles estão separados, há apenas boatos que eles estão brigados. Beijos!

25.10.14

Capítulo 27

Mudar. Nunca era demais quando se tratava de se sentir bem consigo mesmo. Aliás, era um ponto essencial para uma vida mental saudável. Talvez fosse aquele cabelo.. Vermelho.. Mal completara quatro semanas e Demi já estava completamente enjoada do vermelho.. Pensara no loiro novamente.. O cabelo vermelho fazia com que ela se lembrasse daquela obsessão de Joe. Joseph adorava o vermelho, ele sempre dizia que ela ficava muito sexy quando tingia os cabelos de vermelho. Pondo-se de lado, Demi fitou a barriga, ou a não existência dela, e fez careta. Malhar.. Ela precisava retomar o seu relacionamento sério com a acadêmia já que não queimara calorias há semanas desde que as noites fantásticas de sexo com Joe cessaram... Esqueça-o. Disse mentalmente para si mesma. Era tão estranho, pois tudo que ela fazia a ideia de Joe estar envolvido surgia em sua cabeça. Não era para menos, Joe não era apenas o seu marido ou companheiro de cama, Joe era o seu amor-melhor-amigo, ele a fazia chorar de rir, ele "brincava" com ela, ele era carinhoso e mandão, era o seu Joe fofo e completamente tarado. Por isso que fazer as coisas sozinha era estranho. Estava decidido. Vestindo um vestido soltinho e comportado, Demi calçou sandálias rasteiras e finalmente saiu do banheiro do quarto.
   - Daniel! Por que você não espera lá fora? - Exclamou Elizabeth completamente irritada com a traquinagem do irmão. Daniel era um amor quando queria.. Apenas quando queria.
   - Anne está aos beijos com Bryan, vovó está no quarto com o vovô e a mamãe no banheiro, sinto muito, mas você é a minha única escolha para perturbar. - Revirando os olhos, Demi acertou o traseiro do garoto com um falso tapa e riu quando Dan assustou-se quase que pulando.
   - Por que você não começa a preparar o café da manhã? Eu não me responsabilizo caso vocês percam a primeira aula. - Aproximando-se de Lizzie, Demi pegou a prancha de alisar cabelo das mãos da menina. - Por que você está alisando o seu cabelo? - Perguntou de cenho franzido. Ora, os cabelos castanho claros de Elizabeth eram naturalmente lisos.
   - Lizzie quer ficar bonita para o Eric. - Disse Daniel fazendo biquinho para pirraçar a irmã.
   - Mãe.. - Choramingou Elizabeth de punhos cerrados louca para acertar Daniel.
   - Daniel. - Demi o repreendeu. Na verdade ela queria rir, Dan e Lizzie eram uma graça juntos, viviam em pé de guerra, mas no fundo não conseguiam viver um dia sequer um longe do outro. Demi se lembrou do primeiro contato entre eles. Elizabeth tinha poucas horas de vida, estava aprendendo a mamar timidamente no seio da mãe sobre a guarda do pai coruja.. Joe estava encantado com a menininha, a cada meio segundo sorria bobo observando a neném nos braços da mãe. Mas Demi sabia que a chegada da sua menina não devia tomar toda a sua atenção, Daniel era um bebê de um ano e quase três meses, estava na típica fase egoísta que toda criança tem e era completamente apegado aos pais. Com o intuito de reunir os seus pequenos e mimá-los com todo amor e carinho, Demi pediu para que Joe buscasse o pequeno Daniel que estava com os tios na sala de espera do hospital, preparara a pequena Elizabeth com um beijo carinhoso na testa e a deixara mamar. Mais tarde, quando a porta foi aberta, Demi sorriu dando as boas vindas ao bebê irritado de olhos verdes, mas tudo que Dan fez ao ver que no seio que ele se alimentava tinha um pacotinho cor-de-rosa, foi chorar escandalosamente e tomar o posto da recém nascida abocanhando o seio da mãe para sugar-lhe o leite. Foi ai que começara a pequena rixa entre eles.
   - Você implica com Eric porque você não tem namorada. - Disse Elizabeth sorrindo vitoriosa. - Todo mundo tem um namorado ou uma namorada, menos você menino patinho. - Revirando os olhos, Lizzie mostrou a língua para o irmão o pirraçando.
   - Você não sabe de nada pequena encrenqueira. - Piscando o olho esquerdo, Daniel finalmente deixou o closet depois de atiçar as duas mulheres mais curiosas que ele conhecia. - Ele arrumou uma namorada? - Perguntou Elizabeth repassando os últimos dias mentalmente procurando alguma evidência de uma suposta namorada do irmão.
   - Jenny conta? - Sugeriu Demi ao se lembrar da tarde que Dan pediu para que ela levasse a cadelinha cheia de lacinhos para escola dizendo que encontrara um lar para ela.
   - Eu não faço ideia. Na escola as garotas vivem penduradas no pescoço de Dan, exceto Jenny, que conversa com ele apenas quando a aglomeração de garotas está longe. - Demi revirou os olhos, odiava aquela coisa de ter garotas penduradas no pescoço do seu bebê.
   - Deixe Daniel, mas tarde eu o imprenso e ele não terá saída há não ser contar quem é a namoradinha dele. - Murmurou Demi e Lizzie choramingou quando teve o cabelo puxado. - Eu estou pensando em pintar o meu cabelo. - Comentou penteando os cabelos da menina com os dedos.
   - Pierre terá um infarto. - Elizabeth olhou-se no espelho ajeitando os cabelos sobre o olhar admirado da mãe. - Mas eu confesso que adoro o seu cabelo loiro. - Recebendo um beijo carinhoso na bochecha, Demi sorriu ao fitar os olhos da sua menina.
   - Você está linda meu bebê. - Demi riu das bochechas vermelhas de Lizzie e as apertou.
   - Isso doí. - Choramingou não conseguindo sorrir para a mãe. - Hum.. Papai mandou mensagem.. - Lizzie observou atentamente a mãe mudar as feições antes alegres agora indiferentes.. tensas. 
   - O que ele disse? - Perguntou Demi enquanto organizava a penteadeira lentamente.
   - Ele disse que está com saudades. - Demi mordeu o lábio inferior não gostando nadinha daquela história..
   - Se ele está com saudade, o problema é dele. - Pegando a bolsa, Demi caminhou para fora do closet acompanhada de Lizzie. - Ok, vocês resolveram ficar comigo, certo? - Disse para Lizzie que estava em pé ao seu lado e Daniel que estava jogado na cama mexendo no celular. Quando ambos assentiram Demi apontou para as toalhas molhadas na poltrona, os tênis de Daniel próximos a cama e o carregador do notebook de Elizabeth plugado na tomada. - Nós não estamos em casa, se vocês querem ficar aqui comigo vão ter que seguir as minhas regras. - Demi arqueou as sobrancelhas ao vê-los revirar os olhos. - Nada de toalhas molhadas no quarto, sapato jogado ou carregador na tomada srta. Elizabeth. - Houve múrmuros preguiçosos enquanto as toalhas eram recolhidas junto com o sapato e o carregador do notebook desplugado da tomada.
   - Mais regras? - Perguntou Daniel claramente entediado.
   - Não estou querendo ser chata, mas nós precisamos manter o nosso espaço organizado, a vovó é muito rígida com a organização da casa. - Apontando para as mochilas sobre a cama, Demi esperou pacientemente que ambos pegassem as mochilas para que ela finalmente pudesse levá-los para a escola. - E como vocês dois são bagunceiros, eu estou avisando antes que vocês levem uma senhora bronca. - Demi sabia que aquele aviso seria em vão e que a casa estaria revirada antes mesmo que completasse as vinte e quatro horas que Dan e Lizzie estavam oficialmente na casa dos avós.
   - Nós vamos tentar. - Pronunciou Elizabeth. Tentar já era alguma coisa. - Nós podemos passar lá em casa depois da escola? Eu preciso buscar mais roupas. - Passar em casa significava ver Joe. Hum.. Não.
   - Posso trazer Buffy? - Demi revirou os olhos assim como Elizabeth e as duas lançaram um duplo olhar mortal para o garoto que ergueu as mãos em defesa.
   - Vinte minutos e você pega as suas roupas em casa. - Grunhiu enquanto descia as escadas. - E Daniel, pelo amor de Deus, nada de Buffy. - Buffy era um amor, apenas um amor, pois a bagunça que aquele cão fazia sozinho era pior que a bagunça de Daniel e Elizabeth.
   - Nada de beijos.. - Demi riu quando Dan acertou Anne e Bryan com uma almofada do sofá. Adolescentes e as suas manias de namorar escondido.. Lembrara-se da sua época com Joe.. Deus! Eles não podiam ficar um segundo sozinhos que a coisa a esquentava.
(...)
   - Daniel! - Demi o chamou pela terceira vez enquanto guiava o carro pelas ruas de Los Angeles. No carro estava Elizabeth no banco do carona e atrás Anne, Bryan e Daniel. Todos conversavam animadamente sobre diversos assuntos, menos o garoto. Dan tinha o telefone em mãos e não desgrudava os olhos da tela por um segundo sequer. Era tão irritante.. - Alguém o acerte. - Murmurou e logo o grunhido do garoto a assustou.
   - Bryan! - Dan passou a mão nos cabelos franzindo o cenho. - Qual o seu problema cara? - Perguntou ainda com a expressão de dor.
   - Sua mãe quem mandou. - Bryan parecia satisfeitíssimo por acertar o primo, tinha sido o troco quase que perfeito por Dan atrapalhá-lo com Anne quando ainda estavam em casa.
   - O que eu fiz? - Choramingou Daniel massageando a cabeça.
   - Você não desgruda desse celular desde ontem, poxa, será que dá para me dar um pouquinho de atenção? - Aproveitando que o carro estava parado por conta do sinal que estava vermelho, Demi fitou o garoto pelo retrovisor e franziu o cenho ao vê-lo respirar fundo antes de guardar o telefone no bolso. - Mamãe sente a sua falta bebê. - Enlaçando os dedos aos dele, Demi riu dos falsos suspiros de Anne e Bryan e da careta enciumada de Lizzie.
   - Mãe.. - Murmurou o garoto envergonhado.
   - Dá um beijinho na bochecha da mamãe.. - Demi sorriu de orelha a orelha ao receber o beijo do garoto sobre os risos intermináveis de Anne e Bryan, e a cara de quem não estava muito feliz de Elizabeth. - Mais tarde nós conversamos.. - Depois da piscadela, Demi acelerou o carro rumo à escola. Ora, ela poderia ser a mãe mais divertida de todo o mundo, mas uma coisa que Demi não aceitava era não receber a atenção dos filhos, pois a vida profissional tomava todo o seu tempo, dificilmente ela conseguia férias ou até mesmo uma folga, e quando ela conseguia esse tempo livre, dedicava-o completamente para si mesma e a família.
   - Bebê da mamãe, você vai se atrasar para a aula de física. - Disse Anne desprendendo o cinto de segurança assim que Demi estacionou o carro.
   - Você vai ficar bem? - Perguntou Elizabeth quando Anne e Bryan desceram, e restava apenas ela, Daniel e a mãe.
   - Claro que vou. - Sorrindo timidamente, Demi os olhou e sentiu-se completamente feliz apenas por tê-los. Quando saíra de casa há uma semana, deixara os seus bebês com Joe. Sentiu falta de levá-los para a escola, sentiu falta das brigas, das perguntas bobas e da bagunça surreal que aqueles dois faziam. Mas os feitos de Lizzie e Daniel não eram nada perto do amor que Demi sentia por eles.
   - Qualquer coisa ligue, juro que vou correndo te socorrer. - Demi riu em meio do sorriso bobo e os abraçou calorosamente antes do "Tchau, eu te amo". O sorriso não sumia dos lábios enquanto os via caminhar pelo estacionamento da escola lado a lado. Daniel gesticulava as mãos enquanto conversava animadamente com a irmã a fazendo rir, Demi jurou ouvir nitidamente a risada de Elizabeth como se a menina estivesse rindo de uma de suas piadas sem graça. Os fantasiou durante todo o percurso que fizera cautelosamente para o shopping onde iria encontrar Miley. A vida era maravilhosa, não podia negar.. ela tinha o homem, por mais cabeça dura que fosse, que amava, com ele tinha filhos fortes e saudáveis, tinha a carreira fantástica que construíra com garra e determinação, e não seria apenas porque os últimos dias se resumiam turbulentos que ela diria que não era feliz.
(...)
Ao descer do carro Demi deparou-se com ondas luminosas, os malditos flashes. Agradecera por estar usando óculos escuros e acenara brevemente para os paparazzis apenas por educação. O problema não era os paparazzis, o problema era as malditas fotos estampadas nos informativos com os títulos bombásticos das matérias absurdas. A mídia era algo tão fútil e ao mesmo tempo útil, fútil para aqueles que a usava para criar uma imagem negativa de determinado elemento, e útil para promover a paz e coisas positivas, pena que este era usado com menor frequência. Bem, os flashes das câmeras dos paparazzis Demi ignorava, mas aqueles flashes, sorrisos surpresos-felizes e abraços calorosos ela jamais ignoraria. Eles eram como melhores amigos, os seus anjos, os seus Lovatics. Acenando para alguns, e abraçando os outros, Demi sentiu-se acolhida por aqueles desconhecidos, tirou fotos, autografou cadernos, camisas, CDs e até mesmo o corpo dos mais atirados..
   - Acho melhor você autografar minha b... - Antes que Miley pudesse completar a frase, as gargalhadas encheram seus ouvidos e Demi virou-se para abraçá-la calorosamente no meio daquele tanto de adolescente.
   - Você quer que autografe onde? - Perguntou Demi arqueando as sobrancelhas fazendo com que todos rissem ainda mais.
   - Quero um autografo no meu bumbum. - Ainda rindo, Demi a abraçou novamente sentindo-se acolhida e segura nos braços da amiga. - Deus! Você está tão carente. - Sussurrou Miley depois que elas se despediram dos fãs.
   - Por favor! - Demi revirou os olhos já prevendo as piadas de Miley. - Bryan estava lá em casa com Anne. Você segura o seu rapazinho porque eu sou nova demais para ser tia. - Arqueando as sobrancelhas, Miley fingiu dar um leve empurrão com o ombro em Demi e riu.
   - Sim, nova demais, uma adolescente quarentona. - Revirando os olhos, Demi enlaçou o braço ao da amiga e a beliscou.
   - Trinta e seis. - Murmurou fazendo Miley rir. - Enfim, controle Bryan porque Anne é um bebê. - Acenando para uma senhora que insistia em acenar para ela constantemente, Demi aproveitou o silêncio natural que surgiu entre ela e Miley para admirar algumas peças de roupas expostas nos manequins das lojas.
   - Eu sei. Bryan puxou a mim, ele não tem nada do Nick. - Começou a dizer Miley. - Mas eles são novos demais para terem um bebê. - Comentou de cenho franzido. Seria completamente estranho um bebê de Bryan e Anne naquele momento.
   - Sim, eu sei. Mas basta que eles não tomem cuidado para acontecer. - Disse Demi mais concentrada nas vitrines de calçados que na conversa com a amiga.
   - Baby, deixe-os praticar, na nossa época nós praticávamos o tempo todo.. Principalmente a senhorita e o Joe naquele apartamento dos pais dele. - Percebendo que Demi ficara desanimada e envergonhada de um segundo para o outro, Miley bufou irritada e olhou para a amiga. - Desculpe, eu não queria falar dele. - Por mais que não soubesse dos mínimos detalhes da discussão de Demi e Joe, Miley podia imaginar o quão doloroso poderia ser para Demi em apenas pensar no marido.
   - Eu sei. Nós passávamos o tempo todo juntos, eu sinto falta do meu Joe. - A saudade era apenas daquele Joe divertido, risonho e carinhoso. Ele era tão especial, mas quando estava enciumado sempre fazia besteira.
   - Se quiser nós podemos conversar sobre outra coisa. - Disse Miley pensando na hipótese de criar um clima desagradável entre ela e a amiga caso continuasse com aquela conversa.
   - Preciso conversar com alguém sobre essa bagunça. - Estivera rodeada pelos pais, a irmã e os filhos nos últimos dias, e conversar abertamente sobre como se sentia e sobre o que tinha acontecido não era nada apropriado, conversara apenas com Dianna, mas tinha detalhes que a mãe não entenderia.
   - Que tal um café? Nós podemos conversar e depois partir para a ação. - Assentindo com um sorriso, Demi achara a ideia perfeita. Miley era uma boa ouvinte, tinha a personalidade forte e era sincera, ou seja, a pessoa perfeita para ouvi-la e compreendê-la.
A sede representante da Starbucks do shopping estava praticamente vazia, não era para menos, pois naquela hora da manhã as pessoas geralmente estavam em seus trabalhos, em suas camas descansando ou estudando nas instituições de ensino espalhadas por LA. Sentaram-se numa das mesas mais afastadas da pequena movimentação, Demi pediu o seu incansável morango frappuccino à base de creme acompanhado de muffin de chocolate, já Miley optou por uma fatia de bolo de limão junto à baunilha frappuccino.
   - Desembucha parceira. - Foi preciso que Demi respirasse ao menos três vezes para cessar a repentina tensão.
   - Tudo começou quando as fotos vazaram, a Alex as vazou. - Demi observou os olhos azuis de Miley arregalarem-se e assentiu. - A Short. Quando o Joe me tirou do palco, ele me levou para o banheiro para que eu pudesse me recompor, pedi água e quando ele foi buscar ela apareceu no banheiro e disse coisas.. coisas que nesses últimos dias estão fazendo sentido. - Contara toda a "conversa" com Alex, principalmente a parte que Alex dissera que Joe estava apenas interessado no sexo e que ainda não tinha pedido divórcio por conta das crianças. No fundo as palavras de Alex pareciam verdadeiras, ao menos foi o que pareceu depois daquela noite de sexo com Joe que ele a deixou na cama sozinha. - Nós transamos na noite que as fotos vazaram no twitter, Joe estava tão estranho comigo, mas ele foi tão carinhoso. Na manhã seguinte eu acordei sozinha, ele mal me olhou enquanto dizia que iria trabalhar e que nós teríamos uma reunião à tarde com a minha assessoria. - Demi fez uma breve pausa para receber os pedidos que a garçonete trazia numa bandeja. - Mas eu não deixei barato, vesti o meu vestido mais curto e resolvi ignorá-lo também. Acabamos brigando na frente de todos, ele me puxou pelo braço com força para o carro e nós discutimos quando chegamos em casa. - Aquela parte Miley sabia, mas não a parte que Joe a puxou pelo braço com força.
   - E você resolveu sair de casa. - Completou Miley tão pensativa.. - Por que você acha que o Joe estava bravo com você? - Perguntou Miley a analisando.
   - Ele queria denunciar a Alex e ficou nervoso quando John falou sobre a sex tape, mas eu tenho certeza que ele está com ciúme, ele sempre está com ciúme de tudo que eu faço. - Murmurou depois de bebericar o frappuccino.
   - Ok, ciúme. Você já tentou se colocar no lugar dele? E se ele estivesse no seu lugar? O que você faria? - Demi mal disfarçou e revirou os olhos na frente de Miley..
   - Como eu iria contar sobre uma possível transa que aconteceu há anos se eu mal me lembro de nada que eu fazia quando estava chapada? E se a Alex estiver mentindo? - Realmente não se lembrava de nada que fazia quando estava alterada.
   - São possibilidades. Joe só estava com medo por você, imagina se esse vídeo realmente existir e a Alex o vender para um site de fofoca? Você estaria exposta da pior forma possível, e Daniel e Elizabeth? Como eles ficariam sabendo que a mãe deles está num site de fofoca num vídeo fazendo sexo? Eles também estão envolvidos nessa confusão de vocês, não se esqueça disso. - Jamais deixaria de pensar neles. Talvez Miley tivesse razão. Todos ali tinham motivos. Joe estava tentando a proteger, mas acabara entregando os pontos por conta do ciúme. Elizabeth e Daniel estavam neutros, porém caso acontecesse do possível vídeo vazar na internet a reação deles seria surpresa.
   - Não quero que ele pense que pode resolver tudo na cama. - Murmurou Demi fitando o nada. - Todos os nossos problemas são resolvidos com sexo e eu estou cansada disso. - Há dias Demi tivera o mesmo problema com Joe quando o mesmo ficara contra o namoro de Lizzie, eles acabaram se resolvendo sem sexo, mas Joe pareceu ter se esquecido da condição de Demi.
   - Demi, homens não gostam de discutir porque eles não sabem discutir, por isso que o Joe sempre te leva para a cama porque lá ele com certeza terá o controle da situação. - Aquele ponto era realmente verdade e Demi tinha noção disso, todos os homens estavam englobados naquela condição, claro que alguns sabiam debater e também aproveitavam da situação para levar suas mulheres para a cama, e infelizmente Joe era um deles.
   - Eu só quero que ele saiba que não importa o tamanho da minha roupa, não importa quantos homens vão dizer besteiras para mim, eu sou apenas dele e nada vai mudar isso, mas parece que ele não entende.
                                                               (...)
Depois de um dia longo, em meio de brincadeiras e olhares nada discretos sobre si, Demi caminhava de braço enlaçado ao de Daniel ao lado de Elizabeth e Eric pelos corredores do supermercado. Estava cansada, não poderia negar, o dia tinha sido cansativo, principalmente a loucura que fizera no shopping com Miley. Lotara o carro e um taxi de sacolas das tantas coisas que comprara, os cabelos estavam pretos e renovara o corte. Tinha sido simplesmente insano. Miley tinha contribuído para que o seu alto astral voltasse e agora Demi praticamente se sentia como uma adolescente risonha.
   - Vamos, conte-me sobre a sua gatinha. - Disse a Daniel. Ora, estivera insistindo naquele assunto desde mais cedo e Daniel apenas ria envergonhado e desconversava.
   - Humm.. - O garoto murmurou olhando para baixo para encontrar o olhar da mãe. - Ela não é a minha gatinha. - Tanto Demi quanto Daniel olharam para o lado completamente intrigados com o alarme que uma velhinha fizera. A pobre senhora pensava que eles eram um casal de namorados?
   - Que coisa. - Murmurou Demi puxando o garoto para longe daqueles curiosos. - Você a presentou com Lady, passa o dia inteirinho grudado no celular falando com ela, como ela não é a sua menina? - Demi mordeu o lábio inferior para não sorrir de orelha a orelha. Elizabeth com certeza herdara o seu lado manhoso, a menina abraçava o namorado pela cintura e quando o olhava os olhos brilhavam de paixão.
   - Eu estou indo devagar.. Jenny é especial demais, não vou arriscar perdê-la. - Agora sim ela deixara o sorriso tomar o seu rosto. Daniel estava apaixonado. Acontecera apenas uma vez e o menino até então era completamente traumatizado por conta da antiga "namoradinha", como Demi costumava chamá-las.
   - Quando for pedi-la em namoro posso ajudar com as alianças. - Disse parando para buscar um dos itens que Dianna pedira para que ela comprasse.
   - Obrigado, mas eu já estou trabalhando nisso. - Depois de colocar o item no carrinho e riscá-lo da lista, Demi fitou Daniel de sobrancelhas arqueadas esperando por uma resposta. - Um.. um amigo da escola me pagou para fazer alguns trabalhos, nada demais. - Coçando a nuca, Daniel sorriu fraco arrependido por ter falado demais.
   - Que trabalhos Daniel? - Perguntou de braços cruzados na típica pose de mãe durona.
   - Nada demais.. - O nervoso começara a tomar conta de si, Dan coçou os cabelos da nuca e engoliu seco quando a mãe arqueou a sobrancelha. - Trabalhos escolares. - Disse uma palavra atropelando a outra.
   - Você não precisa fazer isso, posso comprar sem nenhum problema. - Disse voltando a empurrar o carrinho.
   - Eric, mãe.. Eric comprou as alianças dele e de Lizzie com o dinheiro que ele ganhou trabalhando. - Disse olhando para o rapaz e a irmã logo a frente envolvidos no próprio mundo. - Bryan comprou um anel para Anne trabalhando com o tio Nick no estúdio, eu quero compra um anel para Jenny com o meu próprio dinheiro. - Tudo bem.. Estava chegando a fase que Demi mais temia. Daqui a alguns meses Daniel completaria dezessete anos e já queria ser independente..
   - E você acha que fazer o trabalho dos outros é a melhor forma de conseguir esse dinheiro? - Disse o olhando. - Eu não vou tocar mais nesse assunto, mas você sabe que não precisa fazer isso, o que é meu também é seu. - Dito isso Demi voltou a enlaçar o braço ao do garoto enquanto eles caminhavam sem pressa fitando as enormes prateleiras do supermercado.
   - Nós estamos indo para a lanchonete, vocês querem ir conosco? - Perguntou Elizabeth olhando para a mãe e para o irmão.
   - O que acha de terminarmos primeiro? - Perguntou Daniel a Demi.
   - Por mim tudo bem. - Disse. Como estava na casa da mãe, decidira comprar alguns alimentos já que a cozinha de Dianna não parava, eram bolos, tortas, doces e todos os pratos malucos e saborosos. Dianna adorava agradar a todos com a sua rica culinária.
Aos poucos Lizzie e Eric se distanciavam enquanto Demi e Daniel buscavam os itens que não estavam riscados da lista nas prateleiras, caminharam enquanto conversavam sobre o possível prato que Dianna faria para o jantar, cada um com a sua sugestão maluca. Virando a esquina da seção que estavam, Demi franziu o cenho ao ver Eric de costas ao lado de Elizabeth, eles conversavam com alguém.. Era ele.. A cada passo o coração acelerava mais sabendo que Joe estava a poucos metros dela. Ele estava tão bonito e ao mesmo tempo parecia tão cansado. Joe vestia uma camisa xadrez verde e preta de botões, calça e o tênis de cor negra. Os cabelos dele estavam curtos nas laterais, não curtos o suficiente para não cobrir os dedos dela caso ela.. E na parte de cima estavam maiores e penteados para trás.
   - Eu estava com tantas saudades. - Pudera escutar o sussurro de Joe quando o mesmo abraçou Elizabeth calorosamente. - Como você está? - Perguntou ainda com a menina nos braços.
   - Bem.. e você? - Perguntou Lizzie e recebeu um "Bem" tristonho do pai junto com outro abraço. Respirando fundo Demi terminou o trajeto inevitável até Eric. O clima logo ficou estranho quando os olhos de Joe encontraram com os dela. - Dan.. - Joe o chamou. Olhando para o lado Demi encontrou o garoto simultaneamente confuso e chateado.
   - Oi pai. - Daniel disse num murmuro neutro. Houve alguns minutos de silêncio e então Joe caminhou até o filho e o abraçou. O abraço demorou a ser desfeito por conta dos sussurros trocados por Joe e Dan, mas quando Joe afastou-se do filho o nervoso tomou conta de Demi. Ele a olhou e sorriu timidamente, era aquele sorriso que a deixava de pernas bambas.
   - Dem.. oi. - O coração quase saiu pela boca quando ele se aproximou. Fitaram-se por um tempo que parecia não se passar. Demi relembrava toda a conversa com Miley, tentara se colocar no lugar de Joe e sentiu-se culpada talvez por ter saído de casa, mas ao mesmo tempo sabia que se deixasse que as coisas seguissem como Joe queria o casamento afundaria. Quebraram a troca de olhares com um abraço esquisito e completamente acolhedor como se aquele ato fosse a coisa mais errada e certa ao mesmo tempo. Demi se sentia acolhida nos braços dele, mas ao mesmo tempo se sentia incomodada por tê-lo tão próximo. - Você está linda. - Ele disse sorrindo ao fitar o cabelo tingindo de preto. Murmurando um obrigado, Demi partiu o abraço.
   - Então.. Como você está? - Perguntou Joe um tanto sem jeito.
   - Bem, e você? - Perguntou com o mesmo sorriso sem graça que ele tinha nos lábios.
   - Bem. - Disse por fim.
   - Nós podemos conversar? - Perguntou Joe depois de repassar aquela pergunta mentalmente milhares de vezes.
   - Estamos fazendo compras. - Disse com um sorriso desjeitoso fitando-o.
   - Ah sim. Compras. - Joe riu fraco envergonhado. - Posso te ligar mais tarde? - A pergunta a pegou de surpresa, Demi mordeu o lábio inferior e depois dos segundos agonizantes para Joe, Demi assentiu.
   - Eu tenho que ir. - Disse quebrando o silêncio entre eles.
   - Eu te ligo. - Aproximando-se, Joe curvou-se e a beijou no canto esquerdo da boca.

Continua... Oi. Tudo bem com vocês? Eu estou bem. Desculpem a demora para postar, essa semana foi uma tragédia, ou seja, semana de provas, dai tive que estudar até quase morrer porque se eu estudasse até morrer, eu morreria e não faria as provas e vocês ficariam sem fanfic duaidoad chega de viagem! Então, agora eu estou "livre" e posso escrever e postar com frequência, acredito.. Prestem bastante atenção nesse capítulo, ok? Não ficou exatamente como eu queria, mas é por ai que... Beijos, obrigado pelos comentários e até o próximo capítulo.

18.10.14

Capítulo 26

A expectativa crescia entre a plateia furiosa por informação. Todos estavam impacientes por conta da demora da ilustre Demi Lovato, a cada segundo que se passava os múrmuros frustrados aumentavam. Mais minutos de espera e então o silêncio foi absoluto conforme a imagem da bela mulher de cabelos vermelhos se aproximava com os dedos enlaçados aos de Joe. O barulho dos saltos de Demetria ecoava a cada passo firme e seguro, as mechas graciosas dos cabelos dançavam suavemente em seus arredores, acenando e sorrindo, Demi chamava toda a atenção apenas para ela. Recebida por uma enxurrada de cliques e flashes, Demi acomodou-se no assento reservado a ela junto de alguns dos seus representantes. O cumprimento simpático foi revidado causando um barulho ensurdecedor. Mais flashes e cliques e um dos representantes começou a discursar sobre o que a "Srta. Lovato" poderia responder. Os sussurros indiscretos surgiram entre os representantes quando Joe pronunciou-se corrigindo o Srta. Lovato por Sra. Jonas, o que causou alvoroço. Largando os dedos dele entrelaçados aos seus, Demi evitou olhá-lo, ergueu os ombros e resolveu ficar calada enquanto a confusão era cessada. Infelizmente e felizmente Joe tinha aquela péssima mania. O nome artístico incluía o apelido e o sobrenome da família Lovato e Demi jamais se interessara em trocá-lo pelo Jonas.
   - Por favor, vamos manter o foco. - Pronunciou-se John com a voz grave enchendo o local. - A Srta. Lovato responderá o máximo de perguntas cabíveis. - A ênfase a Srta. Lovato causou uma breve polêmica e trocas de olhares nada discretos entre Joe e John.
   - Joseph, por favor, comporte-se, caso contrário você será convidado a se retirar. - Disse Demi o olhando sobre o ombro. Santo Deus, Joe perdeu a cor, estava pálido e completamente sem graça. A cena seria motivo de gozação pelos próximos meses, Demi apostaria que seria, mas ela não permitiria que as coisas fugissem do controle, a coletiva de imprensa tinha como objetivo responder as perguntas dos jornalistas e as dos fãs, e não causar mais polêmica com uma futura briga entre Joe e John. - Nós podemos começar? - Perguntou Demi tanto para os representantes quanto para os jornalistas. Odiando os sussurros que se alastravam novamente pela multidão, Demi pediu que todos ficasse em silêncio, caso contrário ela responderia a nenhuma pergunta.
   - As fotos vazadas são verdadeiras? - Perguntou um dos jornalistas que estava mais próximo a bancada.
   - Apesar de não me lembrar de nada, acredito que as fotos sejam realmente verdadeiras. - Depois da declaração o alvoroço começou junto com os flashes cegantes. Por minutos Demi abaixou as pálpebras revirando os olhos mentalmente, aquilo era tão entediante.
   - Como Daniel e Elizabeth reagiram as fotos? Eles sabem sobre as drogas e o álcool? - Demi olhou para John por alguns segundos e depois para a multidão. Não esperava que aquela pergunta fosse feita, ao menos não agora..
   - Daniel e Elizabeth estão cientes de tudo que aconteceu. - Limitou-se a dizer.
   - Você não tem medo de ser uma má influência para os seus filhos? - Gritou um jornalista no meio da multidão. Movendo-se desconfortavelmente, Demi fez uma pequena pausa apenas para escolher as palavras certas.
   - Não, eu não tenho medo. Nós temos que ter em mente que o que aconteceu está no passado, eu era apenas uma adolescente reprimida e cheia de problemas, os meus filhos são maduros o suficiente para me entender - Começou a dizer determinada em colocar um ponto final naquela história. - Não existe mais nada em mim que me aprisione ao meu antigo eu, então eu não tenho que ter medo. - E não teria.
   - No seu discurso sobre drogas, álcool e estar bem consigo mesmo você disse coisas positivas, mas nas fotos mostrava as coisas completamente contraditórias, como você pretende reconquistar o seu público? - Revirando os olhos mentalmente, Demi bateu a ponta dos dedos sobre o tampo do balcão onde se encontrava os microfones e fitou os olhos do jornalista antes de dizer:
   - Acho que, em primeiro lugar, as pessoas precisam entender que aquelas fotos são de dezessete anos atrás, não vejo o porquê de tanto alvoroço, todos com quem trabalho e com que me relaciono na minha jornada de trabalho têm em mente o que fiz e quem eu era no passado. - Disse calmamente. - Essa questão está morta para mim há anos. - Houve múrmuros pela multidão e então John a cutucou por baixo da mesa.
   - Há boatos de um vídeo de sexo, é verdade? - Demi tornou a revirar os olhos por milhares de vezes. Noventa e nove por cento daquelas pessoas eram homens e mulheres que certamente praticavam sexo como qualquer outra pessoa normal, porque eles tinham tanta curiosidade de vê-la no seu ápice? Diabos! - Joe Jonas ou Wilmer Valderrama? - Demi não precisou olhar para o lado para saber que Joe certamente estaria vermelho de raiva.
   - Próxima pergunta. - Não hesitou em dizer causando tumulto.
   - Quem a Srta. Lovato acreditar que esteja vazando o material? - Demi percebeu o olhar maldoso da repórter sobre Joe, provavelmente ela tinha o intuito de incluí-lo numa futura confusão da qual geraria dólares e mais dólares para a sua conta bancária.
   - Nós temos uma pessoa que está trabalhando especialmente nesse caso, entretanto não temos nomes na nossa lista. - Não sabia o porquê de preservar Alex, mas não queria ampliar o caso, e se citasse o nome de Alex automaticamente o faria trazendo uma velha rixa à tona.
   - A senhora era representante do grupo de apoio à pessoas com problemas mentais, mas depois do escândalo os grupos de apoio não se pronunciaram a respeito da sua permanência nos grupos, qual será o seu feito para permanecer nos grupos? - Como tinha experiência com transtorno bipolar, problemas com alimentação, álcool e drogas desde que era uma menina, Demi foi convidada aos vinte e três anos para ser mentora de várias pessoas que passavam pelos mesmos problemas que ela passara. Ela era uma das mentoras mais jovens com o currículo mais sujo e apropriado para lidar com aquelas pessoas.
   - A informação que tenho é que ainda continuo no mesmo posto de sempre, nada foi ou será alterado, pois não há motivos para tal ação. - Disse já cansada da mesma conversa monótona. Não tinha cabimento tal coletiva.  
   - Joseph, o que você acha da foto da Srta. Lovato nua abraçada com modelo? - Gritou alguém do meio da multidão. Eram mais que sussurros, a confusão realmente começara, as perguntas seguiam umas piores que as outras.
   - Por favor! - John pediu freneticamente tentando manter a ordem. - Demi irá responder a todos apenas quando vocês se organizarem! - Aproveitando o momento de nervoso de John, Demi olhou discretamente para trás e acenou ao ver Daniel, Elizabeth, Eric, Anne e Dianna focados na coletiva. Era tão constrangedor ser alvo de uma enxurrada de perguntas embaraçosas na frente daquelas pessoas que ela tanto amava, se o passado pudesse ser diferente.. Mas às vezes Demi pensava que aquele era o destino traçado para ela, que se ela não tivesse passado por tantas coisas, se não tivesse chegado ao fundo do poço como chegara anos atrás, ela não seria quem era hoje.
   - Há quase uma semana a senhorita tem sido fotografada na casa dos seus pais, por quê? - Perguntou uma das jornalistas baixinhas da primeira fileira de cadeiras.
   - Próxima pergunta. - Disse Demi nenhum pouco contente com o rumo da coletiva.
   - Joe Jonas! Srta. Lovato não está em casa? - Perguntou um amigo da baixinha jornalista e Demi cerrou os olhos ao fitá-los e ao fitar Joe, que engoliu seco. Os sussurros, malditos sussurros, começaram a preencher o ambiente, todos os analisava da forma mais precisa tentando buscar um detalhe que os desmascarasse.
   - Demi, Joseph! Vocês foram fotografados no estacionamento do Aon Center discutindo, por isso que estão separados? - Demi encontrou o olhar de Joe sobre si quando olhou para o lado. Quase tivera pena.. Joe tinha aquele olhar de quem era culpado que Demi conhecia muito bem, mas dessa vez ele não sairia ileso.. - Joe, a Srta. Lovato foi fotografada chorando enquanto você a puxava pelo braço levando-a para o seu carro, o que você tem a dizer? - Cerrando os olhos, Demi desviou o olhar de Joe sobre si e fitou aquela multidão monstruosa de jornalistas e paparazzis, tornara a cerrar os olhos novamente e se levantou bruscamente assustando a todos da bancada da mesa.
   - A coletiva está encerrada. - Disse tão fria mal se importando com a feição pálida de John e dos outros representantes.
   - Joseph está te agredindo? Srta. Lovato! - Gritou uma mulher causando novamente aquele alvoroço de perguntas que mais pareciam um trem desgovernado prestes a atropelá-la. 
   - Demi, sente-se. - Joe disse calmo olhando-a.
   - Eu estou farta dessa palhaçada, a vida é minha e eu não devo satisfação a ninguém. - Dando as costas a Joe e aquele terror de gente, Demi sentiu o coração partir. Até quando ela iria se sentir como a pior mãe do mundo? Aquelas feições assustadas e confusas de Dan e Lizzie partira seu coração, eles pareciam tão deslocados com a repentina e brusca informação.
   - Mãe. - Elizabeth soltou-se dos braços de Eric e ficou a fitar a mãe com os olhos marejados - Então foi por isso que você saiu de casa? - Perguntou a menina aproximando-se.
   - Meu amor.. - Demi a abraçou. - Não acredite nessas bobagens. - Disse para acalmar a menina.
   - O papai está te agredindo? - Demi engoliu seco ao fitar os olhos de Daniel. Estavam carregados de fúria e raiva.
   - Foi apenas um mal entendido, seu pai nunca me agrediu. - Disse tentando manter toda a tranquilidade do mundo. Joe nunca a agrediu.. Não propositalmente, no dia da reunião ele apenas a segurou pelo braço com força porque estava fora de si.
   - Demetria! - Demi arregalou os olhos ao olhar para trás e encontrar um John descabelado e vermelho. - Você tem noção da confusão que está lá fora? Volte para a coletiva. - Demi fitou os olhos escuros de John por segundos, fitou Joe que estava ao lado de John tão sem jeito.
   - A coletiva está encerrada. - Tornou a dizer mantendo a postura firme diante daqueles homens que comandavam a sua carreira. - Eu realmente não devo satisfação da minha vida a aquelas pessoas. A carreira é minha e eu faço o que eu quiser com ela, se vocês insistirem nessa merda de coletiva, estão despedidos, os dois. - Demi estava definitivamente cansada daquela perseguição absurda, a mídia estragara uma vez a sua vida e estava tentando estragar de novo. Na época que fora internada a perseguição e as falsas informações sobre a vida pessoal estava estampada todos os dias nos jornais, a mídia simplesmente criara uma imagem completamente distorcida do verdadeiro problema.
   - Responda apenas algumas perguntas Dem. - Pronunciou Joe fitando Lizzie em seus braços e Daniel ao seu lado. - Eu prometo que tudo ficará bem. - Cerrando os olhos, Demi balançou a cabeça negativamente. Ela conhecia aquelas palavras perfeitamente.
   - Eu já disse para você não prometer o que não pode cumprir. - Demi não ousou em desviar o olhar intenso de Joe de peito estufado determinada a enfrentá-lo.
   - Vamos? - Disse Joe olhando para Elizabeth e logo para Dan. Ora, ela sabia que ele iria fugir..
   - Nós não vamos com você.. - Pronunciou-se Daniel atraindo olhares apenas para ele. - Eu e Lizzie queremos ficar com a mamãe. - Demi arregalou levemente os olhos completamente surpresa. Quando resolvera dar um tempo no relacionamento com Joe pensara apenas em sair de casa sozinha, tudo que Dan e Lizzie precisavam estava em casa, e Demi pensara que alterar a rotina adepta por eles os prejudicaria. - Nós podemos ir com você? - Sussurrou Daniel sem jeito.
   - Podemos? - Lizzie perguntou a olhando com aqueles grandes olhos cor de mel idênticos aos do pai. Demi olhou para Dianna e logo para os filhos assentindo.
   - Vocês estão me deixando? Os três? - Joe adentrou os cabelos com os dedos e suspirou fundo não acreditando no que estava acontecendo. Não tinha sido intencional perder o controle da situação, mas ele infelizmente o perdera e a cada dia que se passava, quando ele acordava e encontrava sua cama vazia, quando ele não encontrava a mulher de pantufas de orelhas de coelho na cozinha oferecendo aquele lindo sorriso de bom dia, a consciência pesava cada vez mais.
   - Quando eu era pequeno, você sempre dizia que se um dia eu encontrasse uma mulher como a mamãe eu seria o homem mais sortudo do mundo. - Disse Daniel com um pequeno sorriso triste nos lábios. - Não existe outra mulher como ela, você é o cara que a tem e não a valoriza. - Demi interrompeu aquela troca de olhares fulminantes masculinos suspirando pesadamente, puxou Daniel pelo braço e virou as costas para Joe.

Continua... Oi! Tudo bem? Hum.. Eu realmente não estou no meu período de escrever fics.. Isso está uma droga, as ideias estão presas e eu não consigo desenvolvê-las.. Esse capítulo ficou pequeno e estranho. Não sei o que fazer, sinceramente..Agora imaginem o que a imprensa não faz na vida real da Demi.. Deve ser horrível ser famoso por conta disso. Eu queria que a Demi sambasse no Joe, mas infelizmente não aconteceu e foi a vez do Dan sambar um pouquinho, eu acho.. Mas vamos ver o que sai né? Espero que vocês gostem do capítulo, talvez não esteja tão ruim como eu estou imaginando :/
Obrigado pelos comentários e comentem mais e mais :)
ps. não vou desativar para comentar no anonimo, jamais, está tudo bem, ok? O último post (aviso) não era para reprimir ninguém ou algo do tipo, eu só tive a ideia de explicar o que estava se passando e o porquê da minha "demora" :) 

17.10.14

Aviso

Boa noite meninas, como vocês estão? Eu estou bem. Então, resolvi criar esse post para dar uma "palavrinha" com algumas de vocês.. Olha, anônimo, eu realmente gostaria de postar logo, gostaria de postar essa fic por completa, mas acontece que eu não tenho os capítulos prontos, está tudo na minha cabeça e não salvo no word. Eu sei que muitas de vocês estão ansiosas por novos capítulos, eu também fico muito ansiosa para ler os capítulos dos blogs que sigo, porém quero pedir apenas que tenham um pouquinho de paciência comigo, o capítulo vinte e seis é complicado e eu estou o desenvolvendo, acontece que esta semana é a semana de prova na faculdade e eu tenho que estudar. Tem apenas dois dias que postei o capítulo atual, então não é sacanagem coisa nenhuma minha não atualizar o blog com um capítulo novo. Eu não estou a uma semana, duas semanas ou três meses sem postar, são apenas míseros dois dias. Sem contar que os capítulos são trabalhosos, e não aquela coisa que o Chico Xavier fazia. Então ok né? Eu estou tentando escrever o melhor para vocês, a fic está entrando numa parte delicada demais. Beijos e não se sintam ofendidas, eu só estou explicando como estão as coisas. Se tudo der certo devo postar amanhã ou sábado, não prometo, mas vou tentar. Abraços. 

13.10.14

Capítulo 25

Demi nunca pensou que chegaria a aquele ponto.. Mas para a própria surpresa tinha chegado. Ela deveria confessar que estava bastante assustada consigo mesma.. Como a boa música que era, admitia que ele era realmente bom. Emocionante, tocara o seu coração quebrado.. A voz rouca do live acústico soou pela milésima vez nos headphones assim como os acordes do violão.. Demi encolheu-se abraçando os próprios joelhos e cantarolou os primeiros trechos de Never Let You Go do Justin Bieber
"They say that hate has been sent.. So let loose the talk of love before they outlaw the kiss baby give me one last hug."
Por que Joe tinha que estar em todos os seus pensamentos? Quase uma semana se completou desde que o deixara, e no decorrer de todos aqueles dias que pareciam intermináveis ela chorava de raiva, chorava de saudade e se culpava com todas as suas forças por estar longe dele. Definitivamente não se importava se Joe tinha sido ou não um idiota, doía mais estar longe do calor dos braços dele. As poucas notícias que tinha sobre o marido era Lizzie que a informava. A menina chegara balançar a cabeça em descrença quando falava do estado do pai. Dissera que Joe mal saia do escritório, mal comia, mal sorria. Pelo visto ele não estava muito diferente dela. Estar sobre os mimos da mãe a irritava. Agradecera diversas vezes Dianna por ser tão cuidadosa e preocupada, mas tudo que ela queria era estar sozinha no interior do seu quarto debaixo das suas cobertas escutando never let you go até se cansar.
Mas que diabos era aquilo? Onde estava a penumbra do quarto? Por que tudo estava de repente tão... claro? Demi sentia-se como um vampiro sobre a luz do dia. Ah não! Ela não iria sair debaixo do cobertor quentinho por nada desse mundo, encolhera-se na cama para se proteger de uma futura tentativa de tirá-la dali.
   - Santa mãe de Deus.. - O resmungo ultrapassou a voz do Bieber nos headphones e então ela tinha sido puxada pelos pés. Lutara! Ai diabos! Perdera a meia quentinha, mas voltara para debaixo das cobertas. - Demetria! - Demi choramingou mentalmente, enfiou a cabeça entre os travesseiros e grunhiu irritada quando os headphones foram arrancados com fúria. - Quem é você? E que merda você fez com a minha melhor amiga? - Tudo estava explicado! Rangindo como um bicho selvagem, Demi cerrou os olhos ao encontrar a loira e as duas morenas olhando-a. De um lado da cama estava Miley com os seus lindos olhos azuis cerrados fuzilando-a. Do outro lado da cama estava Selena claramente preocupada na pose com as mãos na cintura. E bem, sobrara Anne ao lado de Selena que tinha as sobrancelhas arqueadas e aquele sorrisinho de "Eu avisei".
   - Fechem as persianas, desliguem a luz, devolvam o meu iphone e a minha coberta. - Vociferou. - Ah! E eu quero a minha meia! - Disse tão irritada quanto antes.
   - O dia está tão lindo lá fora, você precisa tomar um pouco de sol. - Comentou Selena tão assustada com a palidez da amiga.
   - Demi não sai do quarto há quase três dias. - Cerrando os olhos, Demi reuniu todas as suas forças, venceu a preguiça e acertou Anne com um travesseiro.
   - Vamos Demi, levante-se. - Implorou Miley impaciente. - Nós não queremos que você fique doente, estamos tentando te ajudar. - Completou adentrando os cabelos loiros mel com os dedos.
   - Eu estou bem. - Murmurou sentindo aquela dor infinita do coração partido matá-la mais um pouquinho. Percebera que sem ela as coisas seriam melhores para as pessoas que ela mais amava. Elas não teriam problemas, viveriam uma vida feliz e sem stress. O plano era passar o resto da vida debaixo das cobertas até que..
   - Demi, pelo amor de Deus. - Selena sentou-se na beirada da cama. - Você precisa reagir, ninguém suporta mais esse seu estado deplorável. Mostre ao mundo que você é melhor que isso, tenha fé que as coisas vão melhorar. Mas para que elas melhorem você tem que dar o seu melhor, não tenha medo. Você já passou por coisas bem piores e vai deixar que uma besteira do passado estrague toda a sua felicidade? - Percebendo que o pequeno discurso fizera efeito, Selena arriscou tocá-la no braço um tanto aliviada por conseguir vencer as barreiras impostas por Demi.
   - Você sabe que dia é hoje? - Perguntou Miley sentando-se na beirada da cama oposta a de Selena. - Não será fácil, mas nós estamos aqui para ajudá-la. - Demi apertou as pálpebras com força quando a cabeça deu um verdadeiro giro. Como se esquecera? A coletiva de imprensa estava marcada para aquela tarde. Maldita tarde! Ela o veria. Mas não tinha condições de fazê-lo. Fingir diante das câmeras que tudo estava bem seria pior que arrancar o próprio braço. Teria que dar satisfações de algo que ela mal se lembrava. Aquilo era tão injusto. Por que ela tinha que falar em público sobre seus antigos relacionamentos? Aquilo fazia parte da sua vida pessoal e deveria estar sobre sigilo ou ao mesmo respeito. Milhares de pessoas de todo o mundo já namoraram mais de uma pessoa, ninguém era santo e porque ela tinha que dar satisfações sobre aquelas fotos? Ah sim! Esquecera-se do ponto principal. Ela era uma celebridade mundialmente conhecida, movia milhares de dólares a cada segundo. Quando ela falasse sobre as drogas e o álcool o rosto estaria estampado em vários jornais, revistas e websites. A jogada de marketing era justamente para causar mais polêmica e acumular mais dólares nas contas das empresas das quais ela tinha contrato. Capitalismo idiota. Pessoas idiotas. Grunhiu irritada.
   - Eu só preciso ficar sozinha. - Murmurou quando os olhos arderam anunciando a chegada das lágrimas. Estava tão cansada de chorar, mas sempre acabava mergulhada em lágrimas. Aquela vida era desgastante, jamais conseguia ter um pouco de paz, qual era o problema em ser feliz? Por que as pessoas não se conformavam com a própria vida?
   - Ânimo! - Miley sorriu para Demi numa tentativa falha de conseguir um sorriso. - Você já passou tempo demais trancada nesse quarto, vamos, eu quero aquele lindo sorriso no rosto. - Forçando um pequeno sorriso, Demi arrancou vivas animados que a fez rir. Talvez elas tivessem razão.. Ela só precisava esquecer de tudo.
A água morna parecia mais água encanada diretamente do polo norte. Demi tremia debaixo do jato de água que banhava o seu corpo, mal conseguia ensaboar-se ou lavar os cabelos. O queixo começara a tremer sozinho quando era mais tarde e ela sentada na cadeira enfrente a penteadeira. Tinha Selena de um lado e Miley de outro puxando, secando e escovando os cabelos. Anne cuidava da maquiagem escolhendo atentamente cada cor.
   - O que você vai vestir? - Perguntou a irmã olhando-a.
   - Nada extravagante. - Murmurou de cenho franzido mal aguentando o puxa puxa de cabelo. Em questão de segundos Anne selecionara algumas calças jeans de lavagem clara e escura junto com possíveis blusas e camisas que apostaria que Demi adoraria.
Os sorrisos não saiam dos rostos femininos enquanto Demi se olhava no espelho analisando o serviço das amigas e da irmã. O cabelo vermelho estava brilhante, macio e liso-ondulado do jeito que ela gostava, algumas mechas caiam sobre os ombros e as costas. Acabara escolhendo uma camisa branca de botões que lhe caia bem, era acinturada e valorizava o tamanho médio dos seios. A calça era de lavagem clara e combinava perfeitamente com o scarpin preto camurça. Anne investiu em tons neutros de sombra, alongara os cílios e delineara os olhos. As sardas estavam perfeitamente cobertas e nas maçãs do rosto havia um discreto corado diferente dos lábios que estavam cobertos de um rosa puxado para o papaia. Era incrível como um pouco de positividade, sorrisos sinceros e pessoas que realmente se importavam poderiam mudar as coisas. Começara o dia quase numa depressão, mas as amigas e a irmã insistiram e estavam ajudando-a da melhor forma possível. Demi não podia negar que uma pequena faísca de alegria acendera no peito, ela realmente se sentia bem e confortável com o próprio reflexo.
   - Brincos e pulseiras. - Anne sorriu satisfeita com o resultado final. Nos últimos dias estivera tão preocupada com a irmã que tivera que pedir a ajuda das amigas da mesma. Relacionar-se com a irmã mais velha fazia seu coração acelerar a cada segundo, Demi era como um modelo a ser seguido, era a sua inspiração.
   - Meninas? O almoço está pronto. - Dianna parecia satisfeitíssima ao ver Demi interagindo normalmente com todos, nos últimos dias tinha sido difícil manter até mesmo uma conversa agradável com a filha, os únicos que realmente conseguiam quebrar o gelo eram Daniel e Elizabeth.
Entre risos e brincadeiras a cozinha estava marcada pela presença de quatro mulheres, o que deixara Eddie intimidado, mas não impediu que ele participasse daquela mini festinha de risadas gostosas e piadas de tirar o fôlego. Há tempos Dianna não sabia o que era ver Demi, Miley e Selena juntas. Quando adolescentes as três viviam grudadas, mas depois de engatarem em seus relacionamentos super-apaixonados e construírem a própria família, cada uma seguiu seu rumo. Demi logo engravidou nos primeiros meses de casada, Miley não tinha sido diferente e Selena.. Bem, Selena continuava a mesma de sempre. Tudo parecia bem, mas Dianna sentia falta de Lizzie, Dan e Joe. Sem eles a família não era a mesma coisa. Caso Joe estivesse com eles, com certeza ele estaria bolando alguma forma de tocar Demi. Era sempre assim. Nos jantares de família Demi e Joe viviam flertando, trocavam caricias "discretas" e sempre que tinham uma oportunidade escapuliam.. Daniel era um bom degustador de pratos de chocolate.. Por mais que fosse discreto e um pouco tímido, Dan sempre cativava todos com as mais simples ações. E Elizabeth.. Céus! Lizzie poderia seguir carreira de atriz. A menina era tão argumentativa, insistente e sentimental. A verdadeira cópia da mãe. Eram figuras ilustres. A personalidade exclusiva de cada um formava aquela família bagunçada e extremamente feliz.
   - Demi, Joe chega hoje? - Perguntou Eddie depois de um gole de suco. Olhando discretamente para a mãe, Demi assentiu timidamente. Infelizmente mentira para o pai. Dissera que Joe estava em Nova York a trabalho, caso Eddie descobrisse sobre a briga deles, Joe seria um homem morto.
Quando mais tarde o carro guiado pelo motorista cruzava as ruas de Los Angeles ao som de Maroon 5. "Beauty queen of only eighteen. She had some trouble with herself. He was always there to help her. She always belonged to someone else." Demi cantarolava calmamente sentindo-se estranhamente confortável. Para um artista a coletiva de imprensa funcionava como uma forca, pois era mais que óbvio que a coletiva nunca seria cem por cento voltada para um assunto. Erguendo a cabeça, Demi encontrou o olhar preocupado de Selena sobre si e sorriu mostrando que as coisas estavam sobre controle.
Talvez escutar Never Let You Go do Bieber repetidas vezes fizera a consciência acordar mostrando a ela que era impossível ficar qualquer tempo longe de Joe. Tinha sido tão imprudente de sua parte sair de casa, mas na hora do nervoso não pensara nas consequências. Houve uma mistura de vozes que a fez despertar, Miley cantarolava distraída observando as ruas, Selena cantarolava fitando as próprias unhas e Anne era uma típica imagem de uma adolescente perdidamente apaixonada. Cutucando a mãe, Demi arqueou as sobrancelhas em "direção" a Anne, as duas sorriram ao ver a garota suspirar. Anne estava perdidamente apaixonada por Bryan e não se importava em demonstrar para quem quer que fosse. Flagrada, Demi desviou o olhar de Anne, mas depois a olhou sorrindo.
   - Tudo bem? - Anne perguntou um pouco tímida.
   - Você é apenas um neném, e nenéns não se apaixonam. - Disse Demi despertando a atenção das amigas.
   - Bem.. - Corando com o olhar de Miley, Anne moveu-se desconfortavelmente e murmurou: - Eu o amo. - Gargalhando dos suspirou em grupo, Demi curvou-se e beijou a testa da irmã, deitou a cabeça no ombro da mesma e ficou a pirraçá-la deixando Anne mais vermelha que um pimentão.
Infelizmente o momento descontraído fora tomado pelo nervoso de Demetria, a limousine tinha sido estacionada no estacionamento e então a porta fora aberta. Demi recebeu abraços calorosos e conselhos do que deveria ou não falar. Saltara do carro com ajuda do motorista e logo estava sendo escoltada por seguranças, este último vê-se armários.. John a recebeu com um abraço assim como alguns de seus assessores mais íntimos.
   - Daqui a meia hora a coletiva começa. - Disse John enquanto caminhavam pelos corredores dos bastidores. - Você pode descansar no seu camarim. Tente relaxar, nós precisamos do seu melhor para fazermos uma boa coletiva. - Demi estranhou o barulho que vinha detrás da porta de madeira clara, mas preferiu não questionar. Abraçou John e guiou a mão até a maçaneta da porta. O coração quase parou de bater, parara por milésimos.. Avistara as araras com algumas peças de roupas, a penteadeira com o espelho moldurado. Na poltrona estava Elizabeth rindo tão confortável e descontraída. E lá estavam eles.. Em pé e de costas para a porta, Joe ria enquanto segurava os socos do filho. Ambos estavam sem camisa e descalço, pareciam tão confortáveis envolvidos com aquela brincadeira boba. Mordendo o lábio inferior, Demi sorriu nervosamente ao encontrar os olhos verdes de Daniel sobre si. E então ela recebeu mais olhares e logo dois abraços calorosos.
   - Você está tão linda. - Elizabeth disse mais que encantada com a beleza da mãe.
   - Elizabeth! Ela também é a minha mãe. - Daniel cruzou os braços sobre o peito fingindo estar chateado, mas logo riu quando foi acolhido no abraço. - Você está linda. - Disse o garoto beijando a bochecha da mãe. O sorriso mal cabia no rosto, chegara fechar os olhos enquanto era abraçada e mimada nos braços dos seus pequenos.
   - O que eu já disse sobre ficar sem camisa. - Demi deu dois tapinhas no peito de Dan brincando. Daniel simplesmente adorava ficar sem camisa, e Demi sempre dizia que ele provavelmente apanharia caso ficasse resfriado, pois ela, como a mãe protetora que era, dizia que não queria que ele pegasse friagem.
   - Culpa do papai, nós estávamos brincando. - Coçando a nuca um tanto sem graça, Dan lembrou-se que os pais estavam brigados. - Ah.. Eu.. - Demi olhou para Daniel, não para repreendê-lo, bem pelo contrário, lançou um simples olhar dizendo que tudo estava bem. E então o olhara. A vontade de correr e jogar-se nos braços dele para beijá-lo furiosamente a deixou arrepiada. Demi fitou os olhos de Joe e a timidez tomou conta de si. Aliás, Joe também estava tímido. Murmuraram um "Oi" enquanto se fitavam. Ele não poderia estar mais lindo. O peito largo e nu amostra, a calça jeans perfeitamente moldada à cintura fina e bem.. Um pequeno sorriso nasceu nos lábios ao ver os pés tortos. Enterrar os dedos nos cabelos dela e beija-lhe a boca era o que Joe mais queria. Tinha sido um idiota e admitia, nada importava além de tê-la. Ignoraria os motivos ridículos e pediria perdão de joelhos. Nos últimos dias, quando aquelas fotos foram vazadas, a confusão e o medo o assombrou. Todos os dias era uma batalha a ser vencida, Joe era ciente dos problemas de Demi e fazia de tudo para que eles não a vencesse, tivera medo e deixara os sentimentos negativos dominá-lo. Estava chateado por conta das fotos e naquele mesmo dia Demi foi a reunião com aquele vestido curto, então a confusão de sentimentos começara. Joe estava cansado do trabalho frenético, chateado com a invasão da privacidade de Demi e com a provocação da esposa ficara ciumado e fizera o que fez. Perder Demi para aquela confusão não estava em seus planos, e não a perderia.
   - Dan, o que acha de tomarmos um café? - Elizabeth arqueou as sobrancelhas sugestivamente para o irmão que franziu o cenho.. - Daniel! - Cutucando-o, Lizzie alcançou a camisa de Dan na poltrona e o puxou pelo braço deixando os pais a sós.
   - Como você está? - Perguntou Demi surpresa consigo mesma, de onde tirara a coragem para falar com ele? Houve alguns minutos de silêncio e então Joe esboçou o seu sorriso de menino dando um passo em direção a mulher que amava.
   - Eu estou bem. - Ah como ela queria abraçá-lo. Às vezes Joe era tão tímido, o que o deixava tão fofo. - E você? - Perguntou com um pequeno sorriso.
   - Bem. - Demi retribuiu o sorriso de Joe um tanto corada. O silêncio voltara, mas não os deixara constrangidos, apenas sem jeito.
   - Nervosa? - Demi tinha a sensação que o peito largo de Joe estava mais próximo a cada segundo.. Não era uma sensação.. Ao olhar para cima pode encontrar os olhos maravilhosos dele a poucos centímetros dos seus.
   - Você sabe como a imprensa é. - Mordendo o lábio inferior com força para conter um sorriso, Demi olhou para os lados sentindo-se cada vez mais encolhida.
   - Dem.. Eu queria ped.. - Antes mesmo que Joe pudesse terminar a frase a porta abriu-se os assustando.
   - Querida, faltam cinco minutos! - Disse a moça que fazia parte da assessoria. Respirando fundo Demi assentiu maneando a cabeça.
   - Você pode abotoar a minha camisa? - Pedira antes de calçar os sapatos apenas para sentir os dedos dela roçarem o seu peito enquanto cada botão era devidamente integrado a sua pequena casa. Joe quase perdera o fôlego e a agarrara, mas preferiu apenas observá-la com um pequeno sorriso nos lábios satisfeito por tê-la a poucos centímetros de seu corpo. - Obrigado. - Curvando-se, ele beijou o canto esquerdo da boca de Demi fazendo-a sorrir.
Faça alguma coisa, só não seja um idiota, pensou Joe num estado de nervoso absurdo. Tomando coragem, ele impediu que Demi se virasse segurando-a delicadamente pelo braço. - Demi, nós ainda temos cinco minutos. - Disse tão sem jeito. Afastando a mão do braço dela, Joe viu-se completamente perdido no brilho dos olhos de Demi. Na última vez que fitara aqueles olhos o coração partira-se, eles mostravam o quão magoada ela estava, a magoa tinha substituído todo o brilho inigualável dos olhos de Demi e Joe sabia que a culpa pertencia exclusivamente a ele. - Eu quero consertar as coisas. - Demi mal teve tempo para respondê-lo, a obrigação a chamava. A porta tinha sido novamente aberta e um funcionário da equipe avisara que ela estava atrasada, mas o atraso não impediu que 
os dedos se juntassem aos de Joe e que Demi caminhasse pelos corredores com o coração quase saindo pela boca, estava tão nervosa. Estar exposta aos malditos jornalistas e paparazzis não seria fácil, mas ter Joe ao seu lado a ajudaria.

Continua.. Oi. Bem, espero que vocês gostem desse capítulo, Jemi ainda não voltou, mas eles perceberam que não é possível um viver longe do outro.. Obrigado pelos comentários cabritada! Espero que comentem mais, quero saber qual é a opinião de vocês :) Beijos lindas. ps. Não estou respondendo os comentários porque minha internet é muito lixosa, até para postar tá uma coisa.. tô só com 3g :'(

Jéssie, oi menina! você no meu blog :') <3 Eu curso Engenharia da computação :) beeeijos e posta mais \o/