“Às vezes nós caímos
na besteira de não valorizar as pessoas que amamos porque estamos envolvidos
com outras coisas, coisas que também são importantes, mas que não podem ser
usadas como justificativa para destratar ou machucar quem amamos. Jamais quis diminuir
você, meu amor. Você é um homem maravilhoso, e o que te faz especial é o seu
jeito inocente e tímido. Eu te amo por quem você é, e não poderia me sentir
mais honrada em te ter como companheiro, melhor amigo, amante, namorado, player
2 e a melhor e mais paciente companhia de conversa. Desculpa, Joe. Desculpa de
todo o meu coração, eu não queria que as coisas fossem dessa forma, mas acabei
me perdendo na situação. Não é só porque descobri que tenho uma família
incrível que tenho que te diminuir só porque o meu pai pegou muito pesado com
você. Infelizmente demorei a enxergar como a situação era desconfortável para
você, conversei com meu pai a respeito e eu tenho certeza que nós podemos
melhorar essa situação, só espero que não seja tarde, meu amor. Me perdoa,
coisa fofa? Eu estou sentindo muita saudade de você!” – 11h44 - Demi.
“Eu estava
conversando com Annie e Bella, decidi ir ao Texas ficar com você. Essa viagem
era tão especial para você, e eu também quero que seja para mim. Nós vamos nos
divertir juntos tomando banho de rio, andando a cavalo e namorando na sua
casinha na árvore. Antes eu só estava com medo, mas agora eu realmente não me importo com
o que as pessoas podem pensar ao meu respeito, o que de fato importa somos nós
dois e eu acredito que essa viagem será muito importante pra gente. Eu te amo
Joe, por favor, me responda! – 11h51 - Demi.
“Querido, eu estou
ficando preocupada. Tentei ligar algumas vezes para você, mas o seu celular
está desligado. Joseph, se você estiver aí, por favor, me responda mesmo que
seja para.. para.. Eu não queria dizer isso, mas mesmo que seja para brigar
comigo :( “ – 12h10 - Demi.
“Ei, eu estou vendo
que as mensagens estão chegando no seu celular, está tudo bem? Eu vou ligar
para sua tia” – Demi. 12h45 - Demi.
“Amor, você está aí?
– 14h00 – Demi.
- O que foi que você não para de olhar esse
celular? – Questionou Selena olhando para Demi, mas a atenção da amiga estava
toda no aparelho em mãos.
- O Joe não está respondendo as minhas
mensagens. Eu estou preocupada. – Demi guardou o celular na bolsa porque o
olhar de Selena não demonstrava boas intenções. Não era pra menos. Sel estava
nervosa porque estava deitada numa maca onde faria o ultrassom para tentar
identificar o sexo do bebê. Já Ed estava tenso e calado, andava de um lado para
o outro ali mesmo na sala claramente ansioso.
- Eden, pelo amor de Deus! – Reclamou Selena
nervosa e para conseguir se acalmar, envolveu os dedos aos de Demi. – Dem, você
pode deixar isso para depois? Eu preciso de toda a sua atenção, infelizmente
não posso te compartilhar agora com o Joe e nem com ninguém.
- Oh, Sel! Desculpa, a minha intenção não
era te deixar de lado, ok? – Demi a beijou na testa e sorriu quando olhou a
amiga nos olhos. Naquela manhã, a família Gomez estava uma confusão. Foram
tios, tias e muitos outros parentes ligando para saber sobre o sexo do bebê. No
lado de fora da sala estavam os pais de Selena. Demi se sentia mal por estar
ali com a amiga e os pais de Sel não, mas foi uma escolha de Sel que não queria
ficar mais nervosa do que já estava e muito menos emotiva. Também havia o fato de que alguém deveria cuidar dos sobrinhos de Ed.
- Eu sinto que posso surtar a qualquer
momento de tanta ansiedade. – Ed se acomodou na pontinha da maca, cobriu o
rosto com as mãos e respirou fundo.
- Eu acho que vocês dois tem que relaxar,
ansiedade não fará bem. – Disse Demi preocupada com o estado dos amigos. – Vamos,
pessoal. Se vocês não ficarem tranquilos, não vão conseguir aproveitar o momento.
– O que ela disse teve efeito. Ed assentiu concordando e para se acalmar,
respirou fundo por pelo menos quatro vezes. Selena segurou a mão de Demi e
sorriu quando a amiga se curvou para dar um beijinho na barriga.
- Você prefere menina ou menino? – Perguntou
Selena olhando para Demi que franziu o cenho pensando no que ela preferia.
- Uma menina para fazer parte do nosso
grupo. – As duas sorriram imaginando como seria o tão esperado futuro onde o
bebê que Selena carregava no ventre estaria entre elas para enchê-las de amor.
- Eu sinto muito garotas, mas eu sei que é
um menino. – Disse Ed levando a mão para barriga de Sel onde tocou com muito
cuidado. – Eu sonhei que era um menino e os meus sonhos sempre acontecem. – Ele
deveria lembrar que jamais deveria contrariar uma mulher, e contrariar duas era
um problema muito maior. Ed deu de ombros se curvando para beijar a barriga de
Sel e sussurrar com o bebê.
- Desculpem a demora. – Por que diabos Rick
era tão charmoso? Demi e Selena olharam para o rapaz por mais tempo que deviam
admiradas, e Anna que também acompanhava o namorado não conseguia parar de
olha-lo e uma vez ou outra suspirava completamente apaixonada. Elas não sabiam
se o mais bonito no rapaz era o sorriso, o cabelo castanho penteado de lado que
chegava a ser maleável, o fato de Rick ser alto também contava com muitos
pontos a favor. – Há possibilidade da Srta. Lovato acompanhar o procedimento? –
Demi e Selena sorriram quando olharam para Anna, pois ela estava tão sem jeito, nem mesmo sabia para onde olhava porque além de estar apaixonada, também era
tímida.
- Claro que sim. – Disse Selena. As palavras
de Demi tinham perdido o efeito e agora Sel estava ansiosa que não conseguia
esconder porque com Rick na sala, significava que em poucos minutos descobririam
o sexo do bebê.
Quando
o procedimento começou, Demi observou cada detalhe como se não estivesse
naquela sala. Ela era uma espectadora alheia a tudo e a todos. Apenas segurava
a mão de Selena se sentindo deslocada e muito curiosa. Mas tudo mudou quando a
imagem do ultrassom se formou no aparelho e o som que Rick disse que era do
coração do bebê soou. As lágrimas rolaram pelo rosto de Demi e ela franziu o
cenho sentindo o coração se encher de amor apenas por ver uma imagem animada e
ouvir um som. Ao olhar para Selena, Demi sorriu porque naquele momento, Sel
tinha toda atenção voltada para Ed. Eles se olhavam demonstrando como se amavam
e como estavam felizes. Era muito diferente e melhor que tudo que Demi já tinha
vivido. A imaginação a levou longe, e no sonho, quem carregava um bebê no
ventre era ela. Um bebê que tinha um pouquinho dela e um pouquinho de Joe.
- Estão vendo essa parte. – Ed e Sel
assentiram prontamente ao ouvir a voz de Rick. Demi só reagiu segundos depois
atenta e ansiosa para saber o que aquela parte significava. – Vocês tem
preferência? – Fazer aquela pergunta não foi um boa ideia. Selena ressaltou
como era ela queria ter uma menina envolvendo até Demi em seu pequeno discurso,
já Ed deu de ombros e disse para pirraçar a namorada:
- Relaxa querida, nós já sabemos que é um garotão bonitão e fortão como o pai. –
Ele estava tão calmo e sem demonstrar rivalidade como Sel tinha feito. Trocaram
olhares ameaçadores, e discretamente Anna riu. Foi exatamente no momento que
Demi flagrou Rick envolvendo brevemente os dedos aos de Anna e piscando para
ela.
- Para de falar no aumentativo, bobão. – Demi os separou antes mesmo que eles
começassem a brigar porque ela sabia que aquele momento era muito especial e
que mais tarde Selena e Ed se arrependeriam.
- O que essa
parte significa? – Perguntou Selena ignorando Ed, e foi impossível não rir.
Rick até tentou ser profissional, mas uma vez que ele sabia o que aquela parte
significava e depois da pequena discussão por conta do sexo do bebê, ficava
complicado manter a postura.
- Que
é um menino. – Mais cedo ou mais
tarde ele teria que dizer já que era aquele o objetivo da consulta. Os primeiros segundos foi de total silêncio até que Ed, mesmo estando dentro de
um escritório médico, começou a comemorar com pulinhos e ele estava tão
sorridente que um sorriso surgia nos lábios de quem o visse.
- Parabéns, Sel. – Disse Demi feliz por
Selena e Ed. Independente do sexo do bebê, ele seria muito bem vindo e amado.
Não
tinha mais rivalidade e nem brincadeiras, o momento era apenas de Sel e Ed. Os
demais deixaram a sala para dar privacidade ao casal que derramava lágrimas de
tanta felicidade. Já no lado de fora, Demi não disse nada quando foi
questionada por Mandy, a mãe de Selena, sobre o sexo do bebê.
- Eles sempre são assim? – Anna perguntou
para Demi, que franziu o cenho sem entender porque ela ainda pensava no sonho
que tinha imaginado agora pouco dentro da sala de Rick. – A Sel e o Ed. Eles
sempre são competitivos? – Perguntou e Demi assentiu sorrindo.
- Na maioria das vezes. É que a Sel implica
muito com o Ed, mas eles se amam. – Demi colocou a mecha do cabelo de Anna e
sorriu observando como ela ficava bonita vestindo jaleco. Parecia que não
existia profissão mais ideal que aquela para a moça. – Você está muito fofa toda
apaixonada. – Comentou porque ao invés de olha-la, Anna olhava para Rick que
estava conversando com o pai de Selena alguns metros dali.
- Não tem como esconder por mais que eu
tente. – Anna sorriu e ficou um pouco corada porque Rick a olhou e sorriu como
se sentisse que estava sendo observado. – Eu não vejo a hora de formar para
poder ficar em paz com ele. – Demi assentiu. Pelo que ela se lembrava, faltavam
poucas semanas para Anna terminar a graduação. – Notícias do Joe? – Na mesma
hora que ouviu a pergunta, Demi pegou o celular na bolsa e o desbloqueou
ansiosa.
- Não, sem notícias dele. – Murmurou de
cenho franzido. Aquilo estava muito estranho! Joseph não era de deixar de
responder mensagens. Quando ele estava chateado, ele a respondia com respostas
curtas e com pontos no final das frases. Até um simples ok virava um absurdo
porque ficava “Ok.”. – Eu estou preocupada, ele não fica sem me responder. Será
que ele me bloqueou? – Disse e Anna pegou o celular no bolso do jaleco para
ajudar a irmã.
- Adiciona o número dele. Vamos tentar
descobrir e torcer para que o perfil dele não esteja visível para os contatos
dele. – Demi assentiu prontamente pegando o celular da irmã para começar o
processo. Primeiro ela adicionou o número de Joe e quando abriu a conversa no
aplicativo Whatsapp, franziu o cenho
porque Joe continuava sem foto e status.
- Não dá para saber se está apenas para os
contatos. – Murmurou emburrada entregando o celular a Anna que a abraçou de
lado. – Agora eu estou com medo dele ter sumido no mapa só porque eu fui muito
estúpida. – Perguntou triste e Anna negou balançando a cabeça.
- Ele jamais faria isso, Dem. Ele te amava.
Nós vamos dar um jeito de entrar em contato com ele. – Elas não tiveram muito
tempo para continuar a conversa porque Ed e Selena saíram de dentro da sala sorridentes
e felizes.
- Nós estamos noivos! – Ed estava tão feliz.
E ele não disse aquelas palavras apenas para as pessoas que conhecia, ele
anunciou em voz alta erguendo a mão que abraçava a de Selena mostrando o anel
de noivado.
***
De
tão animada que estava, Demi só lembrou que corria sérios riscos de sofrer com
um choque térmico quando os flocos de neve se desmanchavam no rosto quente. Tomar
chocolate quente e depois sair às pressas não era uma boa ideia. Cobrindo o
rosto com as mãos envoltas pelas luvas, os passos foram largos até o carro que
a esperava do outro lado da rua da casa de Sel.
- Cadê o meu beijo? – O sorriso se formou
nos lábios de Demi de orelha a orelha, mas ela só se curvou para beijar a
bochecha do pai e abraça-lo quando a porta do carro já estava fechada. – O que
foi, criança? – Era a melhor coisa do
mundo quando Inácio sorria e para pirraça-la, tocava-a na ponta do nariz.
- Tomei chocolate quente na casa da Sel e
sai às pressas quando vi a sua mensagem. – Murmurou se olhando no espelho e
acabou franzindo o cenho quando percebeu que o cabelo estava uma bagunça. Desde
a descoberta do sexo do bebê, Demi não desgrudava de Selena por nenhum minuto. Agora
só tinha o feito porque já era final da tarde e precisava sair com o pai.
- Demetria, Demetria. Não teria problema
esperar dez minutos. – Reclamou Inácio e Demi deu de ombros como uma criança
sapeca. – Então é um menino? – Perguntou dando partida no carro e Demi assentiu
toda sorridente.
- É! E o Ed pediu a Sel em casamento. –
Disse animada. – Hoje nós vamos comemorar. A Sel me pediu para convidar você e
as meninas. – Demi só não estava mais feliz porque faltavam as duas pessoas que
ela mais amava em todo mundo: Joseph e Dianna. A diferença era que Dianna não
estava sem dar notícias, já Joe... Ele não ficou online e Demi não teve tempo
para ligar para Laura porque Selena estava falando muito sério quando disse que
não a dividiria com outra pessoa.
- Eden
já ligou convidando. – Eden. Demi riu porque mesmo que Inácio estava mais
flexível em relação aos rapazes, ele ainda continuava um pouco sério. A justificativa dele era que ainda
deveria continuar com um pouco de receio porque nunca sabia o que se esperar de
desconhecidos. E até Ed, Inácio tratava como se fosse um dos namorados das
filhas porque ele também queria proteger Selena de um coração partido.
- Nós estamos indo para onde? – Perguntou
por que o caminho que o pai fazia com o carro era completamente diferente do
que levava a Manhattan.
- Vamos ao aeroporto comprar a sua passagem
para o Texas. Eu estou me sentindo péssimo por ver você triste, e acho que nós
só vamos resolver esse problema quando você estiver com o garoto. – Demi não
iria corrigi-lo porque o sorriso nos lábios não deixava. Finalmente Inácio
entendia como Joe era importante na vida dela.
- Eu sinto tanta a falta dele. – Eram
hormônios, só podia ser! Demi piscou as pálpebras quando sentiu vontade de
chorar só porque ela havia se lembrado de como Joe era especial e único com
aquele jeitinho fofo e encantador. Ficar sem ele era como ter uma lacuna no
peito que nunca se preenchia, nem mesmo quando Selena estava por perto ou
quando havia as irmãs para envolvê-la. Mesmo que se divertia, Demi sempre
acabava olhando para os lados procurando por Joe para abraça-la ou simplesmente
sorrir todo tímido para ela. – Eu estou tão feliz e orgulhosa que você está nos
compreendendo. As meninas ficaram radiantes hoje. – Depois do café da amanhã,
Inácio fez um senhor mistério para contar que os namoros estavam liberados. Foi
tenso para elas e uma comédia para ele que ria internamente de como as filhas
ficaram rígidas e com medo de que ele piorasse a situação.
- Eu sempre compreendi, mas acima de entender
que vocês já são mocinhas e que estão apaixonadas, eu sou pai, Dem. – Disse
levando a mão a dela. – E eu só quero que vocês fiquem seguras e longe de
problemas. – Demi assentiu prontamente e beijou o ombro do pai aproveitando para
abraça-lo no sinal vermelho. – Vocês são tudo que eu tenho, são o motivo para
eu continuar lutando todos os dias e eu não suportaria falhar como pai.
- Fica tranquilo, você é o melhor pai do mundo! – Ela sorriu feliz e Inácio a beijou
na testa se sentindo culpado porque ele achava que não merecia ouvir aquelas
palavras de Demi. Por causa dele, ela já tinha passado por muito sufoco e
continuou passando depois que se conheceram, a situação com Joe era a prova
viva. – Tomara que seja ele. – Apressadamente
Demi pegou o celular dentro da bolsa, mas o número na tela não pertencia a Joe.
Tinha como ficar mais frustrada? Ela nem mais sorria como antes, bem pelo
contrário, estava desanimada. – Oi. – Murmurou
ao celular emburrada e Inácio riu levando a mão livre para apertar a bochecha
da filha para pirraça-la.
- Oi
meu anjo. – Soou um pouco falho, mas depois de segundos refletindo de quem
pertencia a voz feminina, Demi esboçou um pequeno sorriso já de coração
acelerado. – É a mamãe. – Disse Dianna confirmando as suspeitas de Demi.
- Oi mãe. – A voz parecia outra. Demi não conseguia
parar de sorrir porque era aquele o efeito que Dianna tinha sobre ela. – Tudo
bem? – Perguntou olhando rapidamente para o pai o encontrando curioso e atento
com a conversa.
- Tudo
vai ficar bem. Só estou contando os minutos para te dar um abraço bem apertado.
– Demi não percebeu o que a frase realmente significava porque sentiu tanta a
falta da mãe que derramou lágrima.
- Eu também queria abraçar você. – Murmurou
chorosa observando o carro deixar a rua movimentada para trás para adentrar o
estacionamento do aeroporto John F.
Kennedy.
- Você
está em casa querida? Vou pegar o primeiro táxi para ir onde você está. –
Demi quase não entendeu o que Dianna tinha dito por que a voz soou um pouco
abafada por conta do choro, demorou alguns segundos para ela processar a
informação, e quando o fez, Deus! Os olhos ficaram um pouquinho arregalados e o
coração disparado no peito.
- Mãe, onde você está? – Perguntou de olhos
fechados e quando ouvi a mãe dizer: –
Eu estou no aeroporto de Nova York
esperando por um táxi para me levar até você. – Demi olhou para Inácio na
tentativa de descobrir se ele tinha participação, mas o pai estava tranquilo
procurando por uma vaga para estacionar o carro.
- Eu estou no estacionamento do aeroporto
com o meu pai. – Disse engolindo em seco porque não acreditava que era verdade
o que Dianna dizia. – Você está aqui mesmo? – Perguntou atenta chamando a
atenção de Inácio que franziu o cenho, e como tinha acontecido com Demi, o
coração acelerou tanto!
- Estou.
Não avisei que estava voltando para casa porque eu queria que fosse surpresa. –
Disse Dianna. Demi encostou a cabeça no painel do carro e murmurou um “Uhum” toda chorosa. – Só que o meu plano não saiu perfeito, meu
anjo. Estou ansiosa para envolver você nos meus braços num abraço apertado.
- Eu também. – Por que toda vez que o
assunto era Dianna, Demi se sentia vulnerável daquela forma? O coração estava
acelerado, sentia frio na barriga e o emocional estava acabado. Ela se sentia
como uma criança ansiosa para chegada do natal. – Nós já vamos encontrar você. –
De onde Inácio tinha estacionado, Demi olhou na direção da entrada do aeroporto
a procura da mãe, mas havia uma quantidade significativa de pessoas que a
atrapalhava identificar Dianna. – Mãe, não desliga. – Disse tirando o cinto de
segurança o mais rápida possível, e como não obteve sucesso, Inácio teve que
ajuda-la.
- Meu anjo, fica calma. – Inácio pediu
preocupado porque as mãos de Demi estavam tremulas e até o comportamento estava
diferente. – Respira fundo. – Pediu gentilmente e Demi o fez olhando nos olhos
do pai buscando por algo que a fizesse se sentir segura e amada. – Não precisa
ficar nervosa. – Falou mais baixo para Dianna não ouvir e Demi assentiu
segundos depois.
- Mãe, você está aí? – Perguntou Demi ao celular
com medo de Dianna ter desligado, e quando a resposta veio positiva, o coração
bateu mais rápido no peito.
Inácio
a ajudou a descer do carro e juntos os dois caminharam abraçados para tentar
combater o frio. Tinha como ficar mais ansiosa? Demi olhava atentamente para
todos os lugares que surgiam no campo de visão e para as diferentes pessoas
daquele aeroporto a busca do rosto da mãe. – Eu estou vendo você, querida. – Demi não soube distinguir se a voz
vinha do celular ou do ambiente, mas quando olhou para trás, deixou as lágrimas
rolassem livremente e abraçou a mãe também sendo abraçada por Dianna. Depois de
tudo, o sentimento mais bonito e verdadeiro estava profundamente enraizado no
peito de Demi sem deixar espaço para qualquer outro.
- Eu senti tanta, tanta saudade. – Murmurou
Demi chorosa ainda sem acreditar que estava nos braços da mãe. E estava tão
bom. Era a melhor sensação de proteção, cuidado e carinho. E o cheiro de Dianna?
Era como estar em casa. – Tanta saudade. – Ela caiu em choro quando olhou os
olhos de Dianna.
- Eu também senti saudade de você. – Mesmo
que também chorava, Dianna sorria de orelha a orelha porque estava muito feliz
por se permitir amar aquela garota. – Não chora, meu anjo. – Não tinha melhor
sensação que poder abraçar Demi e protegê-la nos braços. Dianna sorriu e toda
carinhosa beijou a bochecha da filha e lhe acariciou o cabelo da nuca quando
Demi a abraçou e descansou a cabeça no ombro. – Agora eu estou aqui para cuidar
de você e nunca vou te deixar porque eu
te amo com a minha vida. – Era a primeira vez que ela dizia aquelas palavras em
som. – Sim, eu amo você. – Disse quando Demi a olhou curiosa e sem acreditar
que no que tinha acabado de escutar. – Eu amo você. Desculpa por demorar vinte
e três anos para dizer essas palavras.
- Eu também amo você, mamãe. – E elas trocaram mais um abraço apertado e demorado o tempo
que precisavam para matar um pouquinho da saudade que sentiam uma da outra. – Você
está linda. – Dianna podia ter mudado em muitos aspectos, e a mudança foi tão
positiva que ela parecia radiante! Demi sorriu a olhando e a abraçou de lado se
sentindo completamente carente de carinho da mãe.
- Você também está linda, querida. – Demi
fez careta. Ela vestia jeans, calçava botas e usava um moletom enorme que pertencia a Joe. O minuto seguinte foi desconfortável porque foi quando ela
flagrou o olhar que os pais trocavam. As bochechas de Demi coraram e o coração
quase parou no peito porque Dianna desfez do braço para cumprimentar Inácio.
Será
que ela iria segurar vela? Demi franziu o cenho e olhou para os lados porque
não queria olhar para os pais, mas ela o fez discretamente tentando não
alimentar a esperança de que eles poderiam ficar juntos como um casal, mas era
tão difícil! Infelizmente o cérebro estava muito atento a detalhes que ela
poderia simplesmente ignorar, mas a forma que Inácio e Dianna se olharam,
sorriram e se abraçaram significava muita coisa! E quando Demi flagrou o pai de
olhos fechados cheirando o cabelo de Dianna! Jesus! Demi queria gritar com eles
para pedir para que não cruzassem aquela barreira porque ela não suportaria de
felicidade um relacionamento entre eles. Estava bom daquele jeito.
- Demi se comportou? – Dianna perguntou a
Inácio toda sorridente e ele assentiu olhando para a filha.
- Ela é uma boa garota, só dá trabalho
quando o assunto é o namorado. – Ah não! Demi ficou tão sem jeito porque estava
com vergonha e só agora ela tinha parado para pensar que era a primeira vez em
toda vida que ela estava com o pai e a
mãe no mesmo ambiente sem confusões e nem nada do tipo.
- Ela sempre dá trabalho quando o assunto é
namorado. – Disse Dianna. E não era mentira. – Porque você não vem aqui? – A
pergunta pegou Demi completamente desprevenida. Ela olhou para os pais e muito
sem jeito caminhou até que estava próxima o suficiente para Inácio puxa-la para
um abraço que também incluía Dianna.
- Nós
amamos muito você. – Disse Inácio e Dianna ao mesmo tempo. E ao ouvi-los,
Demi ficou quieta processando o que estava acontecendo. Ela simplesmente
explodiu de felicidade mostrando-a num sorriso lindo.
- Eu também amo vocês. – Disse baixinho
apenas para eles. Demorou vinte e três anos para acontecer, mas não podia ser
melhor. Demi se sentia feliz e amada. Meses atrás as esperanças sobre a família
estavam perdidas, mas agora tudo estava tão bem que era até difícil para
acreditar. Demi olhou para o pai e depois para a mãe e sorriu como uma criança.
- O que vocês estão fazendo aqui? –
Perguntou Dianna sem conseguir deixar de lado o sorriso. Por mais que a vida
foi difícil e longe de ser feliz e até mesmo normal, algumas vezes ela sonhou
em ver Demi feliz com o pai.
- Ajeitando a viagem dessa mocinha. – Inácio beijou a testa de Demi
e sorriu olhando para Dianna se sentindo um pouco corado. – Desde que o namorado foi para o Texas, ela vive
suspirando pelos cantos da casa. – Demi fez careta, mas riu desfazendo do
abraço do pai.
- Não é bem assim, ex-proibidor de namoros. Eu contei tudo pra ela. – Disse Demi se
aproximando da mãe e quando olhou para o pai, esboçou o seu melhor sorriso
sapeca.
- Tudo bem, eu admito que tenho culpa e
prometo que vou consertar toda essa bagunça. – Demi e Inácio se olharam até que
riram. Os últimos dias tinham sido importantes para eles, que estavam mais
próximos e íntimos. – Posso levar as suas malas para o carro? – E lá estavam
aqueles olhares.. Demi arqueou uma sobrancelha observando a mãe assentir
sorrindo e quando Inácio retribuiu o sorriso, ela soube que eles não poderiam
ficar dentro de cômodo sozinhos... Se ainda fosse possível, ela teria mais
irmãos.. Diabos!
- Vocês podem parar com isso? – Disse a
Dianna a interrompendo de olhar para Inácio que carregava sem nenhuma dificuldade
as três malas pesadas.
- Parar com que? – Perguntou sem entender e
Demi massageou as têmporas.
- Esse clima entre você e o papai... Eu não
quero segurar vela pra vocês. – Murmurou manhosa e Dianna riu de como a filha
parecia desesperada.
- Nós somos amigos, bebê. Fica tranquila,
não vai acontecer nada. – Demi queria acreditar nas palavras da mãe, mas a
teoria que ela poderia ganhar mais um irmão ou irmã estava cada vez mais se
consolidando.
- Agora que você está aqui, eu não quero
mais ir para o Texas. – Resmungou Demi toda manhosa abraçando a mãe que a
acolheu de bom grado nos braços. – Quero ficar só com você. – Ela até fez um
biquinho quando olhou para Dianna.
- Eu também, filha. – Dianna sorriu
apertando a bochecha de Demi. – Mas nós duas sabemos que você quer ir para o Texas
atrás do seu namorado. E também sabemos que não é muito inteligente deixar o
Joe sozinho.
- Eu juro que eu acabo com a mulher que mexer com o meu bebê. – Era tiro e queda. Demi
fez careta só de imaginar Joe nos braços de outra mulher, e se fosse Rose...
Ela faria um escândalo! – Mas eu confio e sei que ele jamais faria algo para me machucar. – Às vezes ela ficava brava
com Joe em vão. O rapaz era sempre comportado e respeitoso até demais com as
mulheres, e foram pouquíssimas as vezes que Joe pisou na bola. Aliás, a única
coisa que ele fazia que irritava Demi profundamente era sorrir para alguma
mulher e ficar todo corado.
- Meu anjo, você pode até confiar nele, mas
esteja sempre atenta. Só não deve confiar jamais em outra mulher. – Era uma
dica valiosa. Demi assentiu porque sabia que daquela área a mãe entendia muito
bem, só não deu tempo de aprofundar no assunto porque Inácio tinha voltado um
pouco ofegante e sorridente.
- Vamos comprar a sua passagem, filhote? – Não existia melhor sensação
que se sentir protegia e amada por aquele homem. Demi teve vontade de puxar o
pai para um abraço compartilhado com a mãe e ficar apenas com ele e Dianna
pelo resto da vida. – O que vocês acham de tomarmos um café depois? – Demi e
Dianna que caminhavam de mãos dadas assentiram e para surgir um assunto entre
eles foi rápido e natural.
***
- Nada de bebês, Demi? – A pergunta pegou
Demi completamente sem jeito. Ela sequer pensava em bebês ou qualquer outro
assunto relacionado porque tudo que importava no momento era procurar
informações que iriam conduzi-la a descobrir o paradeiro de Joe. Deveria ser o
quinto perfil no instagram que Demi stalkeava, mas não havia nada! Joe
simplesmente tinha sumido no mapa. – Você não está grávida? – Perguntou a mãe
de Selena e como se fosse um absurdo, Demi arregalou os olhos e negou
prontamente se acomodando melhor a cama de Sel.
- Não mesmo. – Resmungou baixinho se
levantando porque descansar era a última coisa que ela poderia fazer por mais
cansada que estivesse. O dia começou a todo vapor, na parte da manhã ela foi
super requisitada pelas irmãs. Já na parte da tarde, teve o exame com Selena e
Ed, e o resto da tarde foi dedicada exclusivamente a Dianna e Inácio. – Por
quê? – Perguntou curiosa e Mandy só a olhou alguns segundos depois que Selena
saiu do closet já pronta para o jantar.
- Vocês duas sempre estão fazendo as mesmas
coisas no mesmo tempo. – Comentou Mandy emocionada porque a barriga de grávida
da filha estava destacada no suéter justo que Sel vestia. –
E eu ficaria muito feliz em ter mais um netinho. – Demi sorriu envergonhada e
abaixou a cabeça porque sabia que as bochechas estavam coradas e que seria o
motivo para Selena pirraça-la.
- Eu já falei com ela, mãe. – E tinha sido
como o previsto, Sel abraçou Demi e exageradamente a beijou na bochecha quando
se curvou. – Mas eu ainda vou convencê-la. – Disse Selena olhando Demi nos
olhos até que as duas sorriram.
- Deixa de coisa Sel. – Resmungou Demi ainda
corada e ela acabou caindo na cama quando Selena se deitou a abraçando. – E,
por favor, não faça movimentos bruscos, você vai machucar o meu afilhado. – Demi
revirou os olhos e só não xingou Selena porque Mandy as observava sorrindo.
- Deixa de ser chata. – Sel riu de como Demi
estava sem jeito e a beijou na bochecha. – Ela não é nem de longe tímida. – Disse
Sel a Mandy e Demi revirou os olhos e se ergueu.
- Vamos descer? – Demi e Selena assentiram e
de mãos dadas elas seguiram Mandy. A casa estava lotada e nem todos os
convidados tinham chegado. Eram pessoas da família materna e paterna de Selena,
amigos de Ed e os amigos da família.
Educada
e simpática, Demi distribuiu muitos sorrisos e cumprimentou pessoas que conhecia
desde que era adolescente, e mesmo com a maior parte do pessoal era gentil,
ainda era um pouco desconfortável e Demi sabia que não podia passar a noite
toda ao lado de Selena. Também havia a ansiedade a consumindo por duas pessoas.
Dianna e Joseph.
- Dem,
o seu pai chegou com as suas irmãs. – Era muito bom poder ouvir aquela
frase. Colocando o copo com suco sobre o balcão da cozinha, Demi assentiu ao
olhar para o pai de Selena e caminhou tendo que pedir licença por quase toda a
trajetória até a sala.
O
sorriso foi de orelha a orelha quando Demi chegou a sala e encontrou a família
que já era recepcionada por Selena e Ed,
que de tão animados que estavam com o bebê, mimavam Alicia. E junto com as
irmãs, estavam os namorados. Hannah com Augusto, Bella com Scott e Anna com
Rick. Todos pareciam felizes e confortáveis, exceto Inácio que estava um pouco
carrancudo, mas logo sorriu quando foi abraçado por Demi.
- Você não tem noção de como eu estou
orgulhosa. – Disse ao pai quando o olhou nos olhos e Inácio franziu o cenho e
cedeu a um sorriso. – Vamos, eu vou te apresentar ao pessoal. – Tinha como
estar mais radiante? Involuntariamente Demi sorria porque estava muito feliz de
ter a oportunidade de apresentar aos pais de Selena, Inácio e as meninas porque
eles sabiam como era importante para ela ter um pai.
Como
sempre, Inácio se enturmou facilmente com os pais de Sel e com o resto do
pessoal. Já as garotas... Demi riu ao perceber que Megan e Amber estavam
completamente deslocadas por conta dos namorados de Hannah, Bella e Anna. E
Demi não podia negar que estava um pouquinho sem jeito e até com ciúmes porque
ela sentia muita a falta de Joe e queria que ele estivesse ali agarrado a ela
para comemorar o sexo do bebê de Sel e Ed.
- Eu não acredito que Bella escondeu por um
ano que tem namorado. – Resmungou Megan para Demi que dedicava toda atenção
exclusivamente a Alicia.
- Se ela escondeu, é porque ela teve
motivos. – A resposta não agradou a Megan e Demi franziu o cenho, mas quando
Alicia puxou uma mecha do cabelo para ter atenção, um sorriso surgiu nos lábios
da moça que continuou a brincar com a irmãzinha. – Fala para Megan parar de ter
ciúmes. – Porque diabos ela ficava toda boba falando com um bebê? Demi apertou
as bochechas de Alicia e a beijou exageradamente. E quando a menina tentou
repetir a frase? O sorriso não saia dos lábios de Demi por nada e novamente
Alicia foi atacada por uma enxurrada de beijos exagerados da irmã que resultava
em gargalhadas de bebê que faziam o coração de Demi bater mais rápido.
- Eu conheço esse cheiro. – Resmungou Megan
de cenho franzido. – Alicia fez o número dois e você quem vai trocar. – Disse a
Demi. Será que tinha feito mesmo? Demi franziu o cenho, arqueou uma sobrancelha
e se fingiu pensativa quando fitou os olhos castanhos da irmãzinha.
- Você fez o número dois? – Perguntou toda
brincalhona e quando Alicia assentiu, Demi se apressou a levantar porque precisava
trocar a pequenina.
A
bolsa de Alicia estava no carro e Demi fitou completamente sem jeito ao se
aproximar daquele sofá. Era onde as
meninas estavam sentadas com os namorados. Bella conversava com Scott, que por
sinal era um cara muito simpático e cheio de sorrisos. Hannah e Augusto
pareciam mais apaixonados que Demi podia se lembrar, e vez ou outra eles
trocavam beijos e conversavam apenas entre eles. E ao olhar para Anna e Rick,
Demi franziu o cenho. O rapaz era a linda imagem de um jovem bem sucedido,
bonito e absurdamente inteligente. A todo o momento Rick tentava agradar Anna, mas
tudo que ela fazia era ficar rígida e toda corada. Dava para perceber como Anna
estava tensa e incomodada.
- Eu preciso trocar Alicia, onde está a
bolsa dela? – Demi podia sentir as bochechas coradas, e para piorar a situação,
quem se levantou foi Anna.
- Está no carro do papai. – Disse baixinho a
moça tão sen jeito e Demi nada disse, acompanhou a irmã para fora da casa e esperou
pacientemente com Alicia nos braços, Anna buscar a bolsa no carro que estava
estacionado no lado de fora da casa dos Gomez.
- Está tudo bem? – Perguntou Demi a Anna assim
que ela voltou a passos largos porque lá fora nevava e estava muito frio.
- Conto enquanto estivermos trocando Alicia.
– Ao menos não era um problema com ela, julgando pelo sorriso de Anna. Não
havia um lugar específico para trocar um bebê na casa de Sel, então Demi
decidiu que trocaria Alicia no quarto da amiga. Ela só teria que ter muito
cuidado, caso contrário Selena a mataria sem pensar duas vezes.
- Megan está brava com Bella. – Comentou Demi
porque não gostava de ficar em silêncio. Acabou que quem trocava Alicia era
Anna enquanto Demi brincava com os dedinhos da irmã a fazendo rir sapeca.
- Hannah também. – Disse Anna concentrada em
limpar a irmã. – E já passou da hora da senhorita perder o medo de usar o vaso. – Disse a Alicia que nem mesmo a
olhou porque estava mais interessada em brincar com Demi. – Onde eu posso
jogar? – Perguntou a Demi que apontou para o banheiro de Sel se deitando a cama
para poder mimar a irmãzinha.
- Eu vou
morder as suas bochechinhas! – Era tão bom se sentir como uma criança. Demi
riu mais sapeca que Alicia quando a irmã tentou mordê-la como ela tinha dito
que faria. – Você é muito fofa. – E aquele
abraço fofo? Demi distribuiu beijinhos pelo rosto de Alicia e sorriu encantada
sentindo o coração bater mais rápido no peito quando flagrou a menina a olhando
nos olhos. Estava nítido que Alicia estava gostando de ter mais uma irmã a quem
estava muito apegada.
- Dem, notícias do Joe? – Perguntou Anna se
sentando a beirada da cama e Demi interrompeu a brincadeira com Alicia para se
acomodar ao lado de Anna. Detalhe, parecia que tinha passado um furação na cama
de Sel.
- Não. Tentei falar com a tia dele mais cedo, mas ninguém atendeu.
– Ela tinha feito apenas uma chamada para Laura e ficou com vergonha de fazer
outra. – Amanhã vou ligar para eles. Não é possível que até o meu voo sair
depois do almoço que ninguém atenda ao celular. – Demi colocou uma mecha do cabelo
atrás da orelha e quando olhou para Anna, franziu o cenho. – O que foi? –
Perguntou pacientemente cobrindo a mão de Anna com a dela.
- Aconteceu, Dem. – Demi só entendeu o que Anna quis dizer alguns segundos depois
quando a olhou nos olhos. – Nós almoçamos no apartamento dele e acabou
acontecendo. – Disse um pouco desesperada e Demi mordeu o lábio inferior
pensando no que poderia dizer.
- Qual o problema, Annie? – Perguntou fitando os olhos de Anna que logo desviou o
olhar toda corada. – Ele forçou você? – Se a resposta fosse positiva, Demi
tinha certeza que perderia a razão quando fosse tirar satisfações com Rick.
- Não.. É que é tão... – Faltou palavras
para descrever como se sentia. Anna franziu o cenho e deitou a cabeça no ombro
de Demi. – Eu não sei se eu gostei. Ele foi tão carinhoso e disse que me ama,
mas o ato físico... Foi desconfortável. – Resmungou e Demi riu. – Eu estou com
tanta vergonha.
- No início é estranho e desconfortável, mas
conforme vocês vão praticando, vai
melhorar muito. – Quando Anna a olhou de cenho franzido, Demi assentiu
prontamente. – Estou falando sério. Acontece que foi a sua primeira vez, então teve toda uma tensão por trás. Quando você
estiver mais acostumada com a situação, você vai gostar.
- Eu espero que você tenha razão. Eu o amo e
não quero perdê-lo.
- Você não vai. E ele será um babaca se te deixar.
– Resmungou um pouco irritada com a ideia de a irmã ser machucada. – Eu estou
muito feliz por você. – Disse alguns minutos depois e Anna sorriu envolvendo os
dedos aos de Demi e apertou a ponta do nariz de Alicia que estava acomodada a
Demi.
- Eu tenho certeza que vai dar tudo certo
entre você e o Joe. – Demi olhou para Anna e assentiu. Ela também esperava que
tudo desse certo com Joe.
Continua... Oi! Tudo bem com vocês? Eu tô bem e como sempre, cheia de cosias da faculdade para ocupar o meu tempo, razão pela qual demorei a postar. Decidi dividir esse capítulo em duas partes: A da Demi e a do Joe. Ficaria muito grande se eu fizesse um capítulo só porque a parte do Joe é MUITO grande e promete pra caramba.. Então eu preciso elaborar tudo com mais calma.. e não demorar muito a postar. Espero que vocês gostem dessa parte do capítulo, ela também é importante para a fanfic. Obrigada pelos comentários do capítulo anterior, é muito bom saber que vocês estão gostando. Um abraço a vocês! Tentarei não demorar muito a postar a outra parte, mas também estou na minha semana de provas :/ Beijo!