11.8.15

Capítulo 68


   - Alex. – Só agora o silêncio fora quebrado. O coração de Demi estava prestes a sair pela boca, as mãos suavam gelado e os olhos estavam focados nos de Alex. Por que ela não conseguia falar tudo de uma vez para acabar com aquela agonia? – Será que.. Será que a gente pode conversar? – Tudo bem. Demi arregalou os olhos quando a porta fora fechada brutalmente quase batendo em seu nariz. Diabos! A mulher era difícil. – Alex, eu só quero conversar. – Disse Demi sabendo que Alex estava a escutando do outro lado da porta. – Por favor, vamos conversar, não vou tomar muito do seu tempo. – Insistiu batendo à porta freneticamente.

   - Conversar o que? – Demi arregalou os olhos quando de repente quase caiu quando a porta fora aberta revelando a mulher furiosa.

   - Por favor, nós temos muita coisa para conversar. – Demi não esperou ser convidada e adentrou a casa na primeira brecha de Alex sabendo que se ela não fosse ousada jamais resolveria os seus problemas.

   - Eu deveria te colocar no olho da rua pelos cabelos Lovato. – Como não fora convidada para entrar e também não esperava ser, Demi sentou-se ao sofá branco macio e confortável antes mesmo que Alex a convidasse, estava cansada e a barriga pesava. – O que foi? Você não tem sofá em casa e vem esfregar esse traseiro gordo no meu? – Demi ignorou a piada sem graça e abraçou-se para ajudar a se proteger do frio. Era por Daniel que ela estava ali, pensava a cada vez que piscava.

   - Olha, eu não quero brigar. – Começou a dizer Demi procurando fitar os olhos de Alex. – Nossa amizade não acabou muito bem. Eu estava chateada e drogada quando você contou para o Joe sobre o Wilmer e eu, naquela noite eu estava descontrolada e acabei descontando tudo em você. – Demi forçou um sorriso lembrando-se vagamente do que acontecera naquela noite e de quando acordara no dia seguinte na casa de seus pais com o terrível sentimento de culpa. – Nunca te pedi desculpa pelo que fiz, quando saí da reabilitação eu estava tão focada em mim mesma e você havia sumido do mapa. – Disse arriscando-se a olhar para Alex que até então estava calada escutando atentamente o que Demi tinha a dizer. – Desculpa por ter te.. socado. – Demi umedeceu os lábios e continuou a sustentar o olhar de Alex e quando percebeu que ela não falaria nada preferiu prosseguir. – Sei que não deve ter sido fácil estar envolvida num escândalo daquele tamanho, a mídia contorceu muitas coisas e muitas vezes inverteu os papeis. Não posso mudar as consequências dos meus atos que refletiram em sua vida, mas se você me perdoar nós podemos começar do zero por nossos filhos. – Pelo visto Alex não era todo aquele monstro que se mostrara ser naquele banheiro meses atrás, Demi notara como ela estava pensativa e torcia para que Alex considerasse a ideia.

   - As coisas não são tão simples assim. – Era a primeira vez que Alex dirigia a palavra à Demi sem que com elas estivesse a raiva e o rancor. – Você tem razão quando diz que a mídia inverteu muitos papeis. Passei anos sendo insultada e motivo de piada, não conseguia emprego e só não passei fome porque os meus pais me ajudaram. Sabe, uma vez uma velha até chamou a polícia dizendo que eu tinha batido na estrelinha do pop, passei a noite na cadeia até que descobrissem que era apenas um engano enquanto você estava se passando de santa e era amada por todos. Eu passei por muita coisa, por muita coisa mesmo até que todos se esquecessem. – Demi não estava tão surpresa já que conhecia perfeitamente como a mídia e as pessoas tinham a capacidade contorcer um fato e julgar cruelmente.

   - Sinto muito por tudo que você passou. A mídia sempre está inventando mentiras para lucrar mais sem se importar com as pessoas. – O que ela iria dizer? O silêncio reinou entre elas e a início Demi se sentiu tão desconfortável, mas quando olhou para Alex a lembrança do tempo em que elas se conheceram invadiu-lhe a mente. Eram apenas meninas perdidas em si mesmas e reprimidas pelo mundo, era a única explicação cabível para o que juntas elas faziam. – Então, você me perdoa? – Perguntou quebrando o silêncio.

   - Perdoo. – Disse Alex num sussurro quando era mais tarde surpreendendo Demi. – Mas não quer dizer nada, Jeniffer continuará longe do seu filho. – Demi respirou fundo pensando em como trabalharia aquela questão. Ter o perdão de Alex depois de saber por tudo que ela passara por sua causa era um peso a menos em suas costas, mas saber que Daniel continuaria infeliz assim como Jenny era horrível.

   - Alex, por favor, são apenas adolescentes apaixonados. Daniel sente a falta dela e aposto que Jenny também sente a dele. Você não pode fazer isso com eles. – Disse Demi com a esperança que Alex fosse mudar de ideia.

   - Eu já te perdoei e você já pode ir embora. – Demi franziu o cenho quando Alex caminhou até a porta e a abriu dando espaço para que ela pudesse passar.

   - Eu não vou embora enquanto não resolvermos isso. – Disse Demi cruzando os braços sobre o peito sem se intimidar com a cara feia que Alex fizera.

   - Eu já te perdoei, mas isso não significa que nós vamos virar amigas ou sei lá o que. Vamos Demi, eu estou perdendo o meu tempo, tenho muitas coisas para fazer. – Demi continuou sentada ciente que ninguém a tiraria dali até que Alex lhe desse um bom motivo para que Daniel e Jenny não pudessem ficar juntos.

   - Por que eles não podem ficar juntos? – Perguntou persistente acomodando-se mais ao sofá e Alex apontou para a rua num pedido para que Demi fosse embora. – Me dê um bom motivo. – Disse a olhando nos olhos e Alex bufou impaciente fechando a porta e sentou-se ao sofá oposto ao que Demi estava sentada.

   - Eu não quero que Jenny se machuque, e você é sinônimo de confusão. – Disse rapidamente.

   - Ela não vai se machucar de nenhuma forma, Daniel a ama. – Disse Demi pacientemente. Tudo bem que uma vez ou outra ela estava metida em alguma confusão, mas Jenny não tinha nada a ver com as suas bagunças.

   - Não vai se machucar? Você se lembra da última vez que nós nos encontramos naquele colégio? O seu filho estava envolvido numa briga e ainda por cima levou a minha filha junto, Jenny vai perder a bolsa e a culpa é dele. – Bem, Demi engoliu em seco sem saber se seria bom contar a Alex sobre a sua conversa com a Sra. Truscott. – Isso não vai dar certo Demi, Jeniffer é só uma menina e não quero que ela sofra por injustiças e calunias, fora o comportamento explosivo do seu filho. – Daniel só queria defender a mãe de todas aquelas mentiras e bobagens que os colegas diziam, sempre tinha sido daquela forma desde que Dan era apenas um garotinho.

   - Eu já disse: Daniel não vai machucar Jenny, ele é um bom menino e ama a sua filha. – Tornou Demi a insistir.

   - E eu já disse: Jeniffer não vai namorar o seu filho. – Disse Alex irritada. – E, aliás? Por que diabos você está aqui depois de tudo que eu fiz? Só para pedir desculpa? – Demi respirou fundo mais uma vez ao olhar para os olhos de Alex para tentar descobrir o porquê dela sempre tentar afastar as pessoas com aquele jeito rude.

   - Daniel é um bom garoto Alex! Ele ama a sua filha e ela o ama. Não me importo com o que você fez, eu só quero que o meu filho e Jenny possam ser felizes juntos. – Demi ofegou cansada e tornou a respirar fundo se levantando. – E Jenny não vai perder a bolsa, a Sra. Truscott só estava tentando assustá-la. – Disse sem coragem para contar a verdade.

   - Eu vazei aquelas fotos, estraguei a sua reputação, você quase morreu numa cama de hospital e diz que não se importa? – Disse Alex já alterada e Demi massageou as têmporas e curiosamente tornou a respirar fundo ofegando.
   - Eu só quero que eles sejam felizes, ok? Você fez aquilo porque estava descontrolada ou sei lá o que. – Disse Demi um pouco alto demais, porém se controlou para não ficar nervosa. – Sabe, por um lado foi até bom o que você fez, só assim aprendi a confiar mais em mim mesma e dar valor a vida e as pessoas que me cercam. – Demi e Alex olharam para o lado quando a pequenina menina de cabelos claros amarrados em Maria Chiquinha surgiu na sala vestida com o seu pijama branco com coraçõezinhos vermelhos.

   - Mamãe, por que você está demorando. – Disse a pequena um tanto intimidada com a presença de Demi caminhando para perto da mãe.

   - Meggy, eu disse para você me esperar lá em cima. – Disse Alex carinhosamente pegando a menina no colo.

   - Você estava demorando muito. – Demi sorriu para a filha de Alex e por um momento lembrou-se de Marissa e da Sra. Truscott...

   - Fica me esperando na cama que a mamãe já vai subir para brincar com você. – Alex e Meggy tocaram um beijinho de esquimó e Demi sorriu lembrando-se de Elizabeth enquanto a pequena corria em direção à escada.

   - As suas filhas são lindas, você só tem as duas? – Perguntou Demi fitando os olhos de Alex. Era tão estranho, num momento Alex parecia uma pessoa comum e no outro se mostrava completamente agressiva e rebelde.

   - Obrigada. – Disse Alex com um pouco de receio caminhando em direção à janela. – Jeniffer e Megan. Apenas nós três. – Por um momento a vontade de Demi era de caminhar até Alex e abraçá-la para espantar toda aquela tristeza carregada em seus olhos, agora tudo parecia fazer sentido. Por isso Alex queria proteger Jenny de um futuro coração partido, ela tinha os seus motivos e naquele momento Demi percebeu que tudo que Alex fazia era proteger a filha mesmo que fosse de forma egoísta.

   - O pai delas... – Disse Demi com a voz um pouco baixa e receosa já que não queria se intrometer nos assuntos de Alex por mais curiosa que ela estivesse.

   - Johnny faleceu no ano passado, poucos meses antes das suas fotos vazadas. – Com o coração falando mais alto Demi caminhou em passos lentos até que estivesse próxima a Alex o suficiente para tocá-la no ombro. – Tumor no cérebro, quando nós descobrimos já era tarde demais, ele faleceu na semana seguinte. Não foi fácil os primeiros meses sem ele, as meninas estavam ficando depressivas e a cada semana eu fazia uma loucura diferente. – A ideia de perder Joe era tão absurda que os olhos de Demi lacrimejaram. Céus! Tudo tinha uma explicação e Demi estava surpresa com a de Alex. Deveria ser tão difícil acordar todos os dias e se lembrar de que a pessoa que você mais ama no mundo está morta. A única razão para continuar eram os filhos.

   - Eu sinto muito Alex, de coração. – Disse Demi baixinho ao ver as primeiras lágrimas rolando pelo rosto de Alex.

   - Eu não sei por que estou te contando isso. – Disse Alex limpando as lágrimas e forçando um pequeno sorriso. – Você deveria me odiar por tudo que eu fiz. – Demi a abraçou, sim ela tinha feito e só um tempo depois a soltou.

   - Eu não te odeio. O que aconteceu foi uma lição para mim e para a minha família. - Demi esboçou um pequeno sorriso pensando em como a vida tinha mudado para melhor depois que tudo acontecera. – Não precisamos ser rudes uma com a outra, não precisamos desses sentimentos negativos nas nossas vidas. O que aconteceu quando éramos adolescentes está lá no passado e sempre estará. O que nos resta é esquecer e dar boas risadas de nós mesmas. Sei que você é uma boa pessoa e só quer proteger as suas filhas, eu também faria o mesmo, mas do que adianta proteger os nossos filhos debaixo das nossas asas sendo que eles não estão felizes? Não vou insistir mais, você sabe o que faz. – Demi acomodou a bolsa no ombro preparando-se para partir. Alex tinha um bom motivo, por mais egoísta que fosse, para proteger a filha. – Foi bom conversar com você Alex. – Disse Demi a surpreendendo com outro abraço e Alex assentiu a abraçando de volta.

   - Igualmente Lov.. Demi. – Aquela era a primeira vez que Demi via um sorriso verdadeiro nos lábios de Alex e o melhor de tudo era saber que aquele sorriso era por elas.

   - Vou te deixar em paz. – Disse Demi e elas riram enquanto Alex abria a porta. – Dê um abraço em Jenny e Meggy p.. – Demi franziu o cenho e apoiou a mão ao batente da porta. O coração quase saiu pela boca quando sentira um líquido quente escorrer pelas pernas, a leve cólica começando.. – Bernardo, nós combinamos para a semana que vem. – Disse levando a mão livre para acariciar a barriga.

   - Você está bem? – Perguntou Alex preocupada. O rosto de Demi começara a ficar vermelho conforme o tempo se passada.

   - Acho que ele vai nascer. – Disse Demi com dificuldade fechando os olhos tentando se acalmar. Não poderia ficar nervosa já imaginando a dor que teria que enfrentar, o medo de não conseguir e tantas outras bobeiras que poderiam assombrar uma mulher naquele momento.

(...)


   - Josh, você viu o Daniel por ai? – A garota estava agitada, correra por toda a escola atenta a procura de Daniel ou Elizabeth, porém não encontrara ninguém e o nervoso começara a dominar Jenny. Essa era hora para eles sumirem?

   - O que você quer com ele? Até uma hora atrás você não o olhava nos olhos e agora quer saber onde ele está. – Jenny deu um passo para trás quando o rapaz mais alto que Daniel, forte e ruivo se levantou um tanto irritado.

   - Não é da sua conta. – Disse a menina engolindo em seco sem se intimidar e dando um passo em direção ao garoto. – Onde ele está? É um caso de vida ou morte. – Disse Jenny um pouco mais firme, porém ainda estava nervosa. A mãe ligara agora pouco pedindo para que ela procurasse Daniel ou Elizabeth porque Demi entrara em trabalho de parto e Joe não atendia ao telefone. – Vamos Josh, é sério. – Murmurou agoniada e o amigo de Daniel respirou fundo saindo da defensiva.

   - Acho que ele está atrás do ginásio. – Disse o rapaz pensativo e Jenny pediu por um momento que caísse um raio naquele grupinho a poucos metros deles que cantava e tocava violão fazendo um enorme e terrível barulho na cobertura que estavam. – Ou no vestuário feminino. – Jenny assentiu com os olhos arregalados e correu pelo jardim em direção ao ginásio dando graças a Deus que a neve já estava completamente seca e o sol irradiava os seus raios intensamente.

   - Daniel? – Chamou o nome do garoto ofegando e levando as mãos ao joelho enquanto procurava Daniel com os olhos atrás do ginásio, porém estava tudo vazio. – Dan, você está ai? – Disse a menina caminhando de uma ponta até a outra e logo adentrara o ginásio, mas estava tudo vazio também e a ideia de procurar Daniel no vestuário feminino lhe causou arrepios só de imaginar o que ele fazia lá e com quem o fazia. – Tudo bem, ele não é mais o seu namorado. – Disse para si mesma subindo os degraus da pequena escada que dava no vestuário feminino. Por que diabos Elizabeth tinha que sumir logo agora? Jenny sempre a encontrava no intervalo e pelos corredores, mas ninguém tinha sinal da menina. – Daniel? – Chamou Jenny um pouco baixo demais quando abriu a porta do vestuário feminino. Diabos! Estava tão nervosa que a barriga doía absurdamente. Jenny olhou para os quatro cantos, os armários estavam fechados como o de costume, a mesa principal estava vazia assim como alguns bancos. Não havia ninguém ali e o nervoso estava a dominando, precisava achar Daniel ou Elizabeth para que eles tentassem entrar em contato com Joe o mais rápido possível enquanto a sua mãe levava Demi para o hospital. Quando Jenny iria virar as costas e caminhar de volta para a escola o baque contra um dos armários a assustou e então o gemido feminino foi o suficiente para que ela se sentisse enjoada. Ele estava lá e estava acompanhando...

Engolindo em seco e controlando o coração junto com as lágrimas, Jenny caminhou na direção do barulho que ouvira na terceira fileira de armários onde encontrou Daniel sem camisa. As costas do rapaz tinham arranhões cor de rosa, os cabelos escuros e lisos estavam tão bagunçados e as mãos... Bem, as mãos estavam no traseiro nu da menina que o acompanhava. E não demorou muito para que Jenny reconhecesse a menina nua da cabeça aos pés. Nua.. Por que ela estava chorando? Daniel não merecia as suas lágrimas, e por um momento Jenny pensou em virar as costas antes mesmo que fosse notava, mas Demi precisava dela naquele momento e Daniel devorando os lábios da menina que o desprezou não iria impedi-la.

   - Da..Daniel. – Chamou o rapaz com a voz alta e firme limpando as lágrimas antes que Daniel soltasse a menina completamente assustado e com os olhos arregalados.

   - Jenny? – A voz do rapaz estava trêmula, os lindos olhos verdes estavam arregalados e as bochechas completamente vermelhas. Por que ele tinha que ser fofo até naquele momento constrangedor? Daniel olhou da ex-namorada a Brooke, a menina que um dia estivera apaixonado e que o desprezou. – Vista-se. – Sussurrou sem graça buscando a camisa que ele vestia antes de Brooke o agarrar ferozmente atrás do ginásio e a entregou para a menina nua. – Jenny, eu.. eu.. eu posso expl.. – Antes mesmo que Dan pudesse completar a frase Jenny arqueou as sobrancelhas e lançou um olhar mortal para Brooke que estava tão envergonhada quanto Daniel.

   - Não precisa. – Disse a menina fitando intensamente os olhos de Daniel. – Será que a gente pode conversar? É muito sério. – Demi e o pequeno Bernardo não saiam de sua mente e no momento era a preocupação suficiente para atormentá-la enquanto não soubesse que estava tudo bem. – Vou esperar lá fora. – Sussurrou ignorando o traseiro ainda nu de Brooke e a excitação de Daniel. Será que daria tempo de vomitar todo o café da manhã? Jenny revirou os olhos e caminhou para fora daquele maldito vestuário feminino. Que Deus a controlasse para que ela não socasse Daniel com tanta força e o empurrasse da escada junto com aquela maldita menina. – Droga! – Sussurrou Jenny cerrando os punhos e franzido o cenho quando a menina que estava com Daniel saiu às pressas do vestuário lhe lançando um olhar assassino.

   - Jeniffer? – Era tão bom ouvir o seu nome na voz calma de Daniel. Jenny preferiu não olhá-lo enquanto caminhavam em silêncio para fora daquele ginásio para que não cometesse uma loucura. – Jenny, eu.. – Quando a menina o olhou o coração quase saiu pela boca. Por que diabos ele tinha que ser absurdamente lindo? A pele clara, os olhos verdes, os cabelos agora partidos de lado e bem arrumados. Daniel era um verdadeiro galã com aquele ar doce e fofo que deixava as meninas loucas.

   - Está tudo bem, não é da minha conta. – Disse a menina controlando a voz para que não parecesse mais nervosa que ela estava.

   - Eu não sei onde eu estava com a cabeça. – Começou a dizer Daniel um pouco baixo demais e Jenny só não o olhou porque sabia que seria constrangedor demais. – Você me salvou da minha.. da minha primeira vez. – Por que diabos ele estava dizendo aquilo? Jenny revirou os olhos com tanta vontade e por um pouco não o esbofeteou.

   - Isso.. isso não é da minha conta. – Disse Jenny bufando irritada. – Olha, eu só vim atrás de você porque a sua mãe entrou em trabalho de parto e não conseguimos entrar em contato com o seu pai. – Daniel não sabia se estava decepcionado por Jenny o procurar para dizer aquilo ou se estava simplesmente assustado por saber que a sua mãe morria de dor naquele exato momento enquanto ele quase fazia uma besteira.

   - Ai caramba. – Disse o rapaz sentindo-se zonzo e Jenny o segurou para que ele não caísse duro no chão. – Quem está com ela? Como você sabe? – Perguntou um pouco exasperado demais. – Você sabe, os bebês saem por lá e ai meu Deus! – Homens! Jenny ignorou o ataque de pânico de Daniel e o puxou pela mão sentindo os malditos arrepios.

   - A minha mãe está com ela. – Jenny não sentiu raiva quando toda a cor sumiu do rosto de Daniel, ele morria medo de Alex e não era segredo para ela e para mais ninguém. – Nós precisamos entrar em contato com o seu pai. A minha mãe tentou falar com ele, mas ele não atende. – Jenny tentara soltar a mão de Daniel assim que pisaram no corredor, mas ele enlaçou os dedos aos dela e a olhou como um menino assustado.

   - Onde está Elizabeth? – Perguntou Daniel fitando os olhos de Jenny desejando beijá-la nos lábios, mas a preocupação logo o lembrara de que a sua mãe estava em trabalho de parto e aquilo era o suficiente para deixá-lo tonto.

   - Eu não sei, não a encontrei. – Disse Jenny.


(...)

A sorte era que os vidros das janelas da pick-up eram escuros o suficiente para escondê-los. As mãos femininas exploravam o corpo masculino e as mãos desse exploravam o corpo delicado de Elizabeth. Os gemidos vez ou outra escapavam pelos lábios de ambos e às vezes eram cessados com beijos quentes e selvagens enquanto juntos se moviam sem pressa, apenas sentiam o calor um do outro sussurrando palavras desconexas.

   - Elizabeth. – Sussurrou Eric tão concentrado em fitar os lindos olhos da amada deixando o corpo nu cair sobre o dela com cuidado para não machucá-la. Lizzie era tão delicada e linda, e a cada sorriso tímido que ela esboçava o coração de Eric batia mais rápido e ele tinha certeza de que queria realizar tudo que dissera quando mais cedo para os pais de Elizabeth.

   - O que foi meu amor? – A voz menina soou tímida como sempre. Eric a olhou e perdeu-se no quão Elizabeth estava linda. Os cabelos lisos e claros espalhados numa bagunça sexy no banco de trás do carro, os olhos estavam especialmente mais claros e mostravam-se numa mistura magnífica de verde e mel, os lábios rosados com a sombra de um sorriso e todas aquelas sardinhas no rosto levemente bronzeado eram de tirar o fôlego.

Lizzie também fitou os olhos do namorado como ele fitava os dela. O olhar sem malicia alguma, apenas com um misto de amor, paixão e desejo carregava os lindos olhos azuis como o céu azul e limpo numa tarde de verão. Eric era tão lindo que Elizabeth o observou por minutos e minutos enquanto juntos eles se movimentavam tímidos e apaixonados. Toda vez que faziam amor era daquele jeito, ninguém sabia como começar ou como não ficar corado, mas quando finalmente conseguiam era como encontrar o caminho certo depois de uma enorme confusão para achá-lo. Devolver os movimentos de Eric deixava Lizzie tão tímida quanto o próprio Eric, mas Elizabeth relaxou e adentrou os cabelos da nuca de Eric com os dedos quando ele repousou a testa na dela e juntos eles se amaram até que finalmente, tímidos e corados, chegaramm ao ápice. Não tinha sido uma má ideia namorar no fundo daquela lanchonete, o carro estava estacionado em frente a uma parede de pedras e havia árvores para protegê-los.

   - Oi. – Elizabeth riu tímida quando Eric ergueu o tronco e a olhou.

   - Oi. – Disse a menina erguendo-se para depositar um selinho nos lábios do rapaz e depois que eles riram do nada, trocaram mais alguns beijos e um ajudou a vestir o outro.

   - Você aceita se casar comigo? – Os olhos de Elizabeth arregalaram-se e a menina olhou para o namorado quase tendo um ataque do coração. – Não é um pedido oficial. – Disse Eric a puxando para entre as suas pernas para que pudessem se sentar juntos.

   - Aceito. – Disse a menina o beijando no pescoço. – E não é uma resposta oficial. – Ronronou quando ele esquivou-se de seus beijos para beijá-la no pescoço.

   - Pensei que o seu pai ficaria bravo. – Disse Eric quebrando o silêncio que se formara entre eles. Elizabeth era literalmente a cópia da mãe, até naquela parte a menina não negava o sangue. Lizzie quase dormia nos braços de Eric cansada e manhosa.

   - Ele está bravo, mas acho que a minha mãe está o controlando. – Tornou a ronronar repousando as mãos sobre as de Eric na região de seu ventre.

   - Você acha que ele vai deixar você se casar comigo? – Perguntou Eric interrompendo o cochilo de Elizabeth que murmurou alguma coisa pedindo para que ele ficasse quieto. – Lizzie, não dorme. – Disse o rapaz a beijando no maxilar sem sucesso algum.

   - Eu não sei se é possível, mas às vezes você consegue ser mais chato que o Daniel. – Murmurou a menina mal humorada e Eric riu a apertando mais contra o corpo. – Você quer ir ao Grammy comigo? A minha mãe está concorrendo esse ano. – Aquela tinha sido a notícia que deixara Demi maluca de felicidade e Joe maluco de preocupação já que Demi queria tanto antecipar as coisas, sair para comprar roupas e planejar uma festa que marcaria o ano caso ela ganhasse a categoria que concorria.

   - Claro meu anjo, com você eu vou até ao fim do mundo. – Lizzie riu e virou-se para beijá-lo nos lábios, mas antes que pudesse aprofundar o beijo como desejava o celular começou a tocar. – Por que esse bundão não espera. – Murmurou a menina irritada quando pegou o celular dentro da bolsa e quando foi atender Daniel desligou. – Estranho, tem chamadas perdidas da minha mãe, da Jenny, do Daniel e de um número desconhecido. – O coração quase saiu pela boca quando pensara que alguma coisa estava acontecendo e no mesmo instante Elizabeth atendeu a chamada de Daniel quando a foto do rapaz surgiu na tela do celular e o rosto da menina empalideceu.

(...)

   - No, yo no voy a firmar este acuerdo el Sr. Jonas , tengo un nombre para proteger. Y ustedes, los norteamericanos , destruirás mi empresa con las malditas revistas de chismes y la pornografía. – Tinha exatas duas horas que Joe explicava as cláusulas do contrato que tanto tentava negociar com o Sr. Carlos Valle Verde, dono de um jornal importante da Espanha que Sara insistia em uma parceira.

   - Sr. Valle Verde, nós já discutimos sobre esses aspectos, não trabalhamos com pornografia. – Disse Joe arrumando a gravata e tentando entender o porquê daquele velho barrigudo ser contra a indústria pornográfica e ter em seus braços uma garota que deveria ter a idade de ser a sua filha completamente nua enquanto ele calculava como deveria bater o taco na bolinha de golfe. Deus! Como existia tanta gente exótica naquele mundo!

   - Jack! Vino para el Sr. Jonas! – Gritou o velho e Joe franziu o cenho tentando entender o que o homem dizia. O Espanhol não era tão difícil, mas aquele homem estava tão bêbado que Joe não tinha mais paciência para tentar decifrar as palavras emboladas e traduzi-las.

   - Obrigado, mas não bebo. – Joe franziu o cenho incomodado e caminhou até a proteção da cobertura luxuosa adentrando os bolsos com as mãos. Aquela menina nua deveria estar na escola, não nos braços daquele marmanjo. – O senhor tem até o final dessa semana para assinar, passar bem. – Sara que o perdoasse, mas ele não toleraria mais aquele bêbado tarado que o enrolara por toda a manhã com aquela conversa fiada. Enquanto descia a escada aliviado por estar longe daquele maldito campo de golfe que cheirava a cigarro e sexo, Joe sentiu o celular vibrar no bolso assim que adentrou o hall movimentado. A voz de Daniel soou e o coração desesperou-se, a garganta ficou seca e de repente tudo estava escuro.

Continua... Oi! E ai? O que vocês acham que aconteceu? Gostaram da Demi e da Alex? Obrigada pelos comentários e comentem a opinião de vocês!! A Sam acertou cara! Mas será que a Demi e a Alex vão se aproximar? Beijos e até mais!


9 comentários:

  1. passando rápido aqui, apenas para dizer que...
    amei esse capítulo com todas as minhas forças!
    estou muito ansiosa pelo nascimento do "baby" *-*
    beijos e posta logo O//

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  2. posta mais por favori eu estou loca para ver o que vai dar

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  3. SCOOORR BERNARDO TA VINDO MEU DEUS VO CHORAR Q LINDO
    Meu Deus q lindo,Demi e Alex se abracando,nossa perfeição ficou tao lindo,tadinha da Alex,sofreu tanto e ninguém nem sabia
    Scoor Eric e Lizzie safadeeenhos,ela e igualzinha a Demi,dps de fazer amor fica toda sonolenta,q lindo
    OMG a Jenny pegou o Dan com outra to no chão,eles precisam se resolver,eles são tao lindos,e tanto casal lindo,shippavel q nossa..
    Meu Deus mt perfeitooo eu ameei,cara quero saber o q vai ser de mim quando essa fic acabar,não quero nem imaginar
    Posta Logo
    Xoxo

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  4. Meu deussssssss!!!! Morta com a Alex e a Demi, Daniel sem juízo e a lizzie mais sem juízo ainda sjbsjsb lindos

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  5. Eita kkkk capitulo cheio de emoção kkkk...
    Tenho certeza que a demi e a alex vão virar amigas ou algo do tipo kkk..
    Eita Dan...quase que fez uma cagada completa kkk , mais ainda bem que ele não estava com a Jenny ❤️
    Lizzie seguindo a mãe kkkk...adorei :)
    Joe tem que chegar a tempo para ver o parto...
    Posta logooo amoreeee diva ❤️❤️❤️
    Apaixonadaaa
    Beijos

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  6. Aaaaaaaah que perfeição, to super ansiosa para o nascimento de baby b que só trará alegria,Lizzie depois que aprendeu a fazer a coisa não para mais, igualzinha a demi quando era mais nova e manhosa também,beijos,amei

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  7. EU ESTAVA CERTA!!!!
    Espero que Joe consiga chegar a tempo de ver o Bernardo nascendo, e que Jenny perdoe o Dan por ser um babaca e pegar a Brooke. Lizzie seguindo os passos da mãe quando jovem... safadinha, manhosinha. Eu estou louca para ver o Joe conversando com o Dan depois da primeira vez dele, espero que seja o Joe né, porque Demi sempre se mete em tudo kkkk.
    Sam, xoxo

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  8. ficou maravilhoso posta logoooo*-*

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  9. Supeeeer mega amei o capítulo a Demi e a Alex 💜
    O Daniel que sem vergonha coitada da Jenny cara quero ver o que ele vai fazer agora.
    Postaa mais por favoooor

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