21.9.15

Capítulo 71 - Último


No final de um dia cansativo e estressante não tinha coisa melhor que deitar-se a cama macia e receber o carinho que Demi fazia em seus cabelos. Joe chegara a suspirar quase dormindo abraçando a esposa de lado e sentindo o carinho divino que ela fazia em seus cabelos com as pontas dos dedos. Deus! Era tão bom!

   - Joseph, você está me apertando. – Reclamou Demi quando Joe a puxou mais para perto dele e a envolveu possessivamente com os braços a impedindo de concentrar-se no livro que lia. – Joe! – Demi franziu o cenho quando ele pôs a perna esquerda entre as dela e acomodou-se em seu peito. Ora, ele era pesado e três vezes mais forte que ela.

   - Dem, faz carinho. – Por que ele tinha que ser tão carente? O sorriso formou-se nos lábios de Demi mesmo depois que ela revirou os olhos para o homem fofo e manhoso que se enroscava a ela cada vez mais a impedindo de concentrar-se no mundo dos bebês. – Bebê, carinho! – Resmungou Joe fazendo bico e Demi riu adentrando a cabeleira negra dele com os dedos.

   - Você está me atrapalhando. – Murmurou Demi desviando os olhos das linhas ainda da primeira página do primeiro capítulo para fitar Joe aninhando-se mais a ela agora com a enorme ereção esfregando junto a sua coxa conforme ele a puxava mais para ele. – Deus! Você é impossível! – Como não iria conseguir ler nem um parágrafo do capítulo um, Demi tirou os óculos de leitura e os repousou sobre livro e esse sobre o criado-mudo. – São seis da tarde Joseph, você tem certeza que vai dormir agora? – Joe não era do tipo que se cansava fácil, ele poderia passar o dia trabalhando e quando chegava em casa naquele horário de seis da tarde a última coisa que fazia era dormir. Mas quando ele a puxou para os braços e selou os lábios aos dela com um selinho inocente que logo virou um beijo intenso Demi notou que dormir era realmente a última coisa que Joe faria naquele momento. – Amor.. – Murmurou Demi nos lábios dele repousando as mãos no peito largo o empurrando gentilmente já que ela precisava respirar e Joe não ajudava muito já que era muito pesado. – Você está tão manhoso, tão manhoso meu bebezão. – Demi enroscou os dedos aos cabelos da nuca de Joe e os puxou levemente conforme depositava beijinhos no maxilar dele.

   - Eu só estou com saudade pequena. – Disse Joe quando Demi o empurrou e finalmente deitou-se sobre ele esboçando um sorriso travesso.

   - Você é tão fofo. – Disse ela o beijando no queixo e logo sorrindo ao ver o sorriso de menino dele. – Tão fofo amor. – Demi sorriu de orelha a orelha quando ele a envolveu pela cintura com os braços fortes e a beijou na bochecha. E aquela magia os envolveu por minutos. Joe a olhava e Demi o olhava, sorriram um para o outro e ela o beijou na boca com fome esfregando-se a ele. Se Demi pensara que poderia resistir a ele, estava muito enganada e a ideia de deixar para fazer o que tanto desejavam no dia seguinte já não existia mais, esfregara-se ainda mais a aquele homem maravilhoso e intensificou o beijo o deixando cada vez mais louco de desejo por ela...

   - Pai, você po... – Daniel fechou os olhos e corou bruscamente completamente envergonhado e arrependido por ter entrado no quarto dos pais depois de bater à porta encostada apenas uma vez. Diabos! Ele deveria saber que se estava tudo quieto demais era porque eles estavam aprontando alguma coisa..E se... Ai droga! – Eu falo com você depois. – Murmurou o garoto num fio de voz completamente envergonhado virando as costas e caminhando o mais rápido possível para o quarto de onde ele não deveria ter saído.

   - Droga. – Demi murmurou tão envergonhada quanto Daniel sem fitar os olhos de Joe. – Vai falar com ele? – Perguntou sentando-se a cama de costas para Joe assim que ele deitou-se escondendo o rosto no travesseiro.

   - Vou. – Disse Joe minutos mais tarde sentando-se ao lado de Demi. – Relaxa, só trocamos um beijo meu anjo. – Joe esboçou um sorriso para a esposa quebrando aquela tensão estranha que se formara entre eles. – Vou falar com o nosso filhote. – Disse a beijando na testa e Demi esboçou um sorriso tímido assentindo. – Dem, desculpe por... – Dessa vez quem estava envergonhado era Joe, e como aquele momento era raro, Demi sorriu de orelha a orelha ao vê-lo sem jeito e o beijou na bochecha sussurrando que tinha adorado trocar beijos e carinhos com ele.

   - Não demore. – Sussurrou Demi depositando nos lábios de Joe um beijo demorado e carregado de promessas. Com um sorriso nos lábios e envergonhado, Joe caminhou até que estivesse em frente à porta do quarto de Daniel, bateu levemente à porta e adentrou o quarto do garoto o encontrando deitado na cama.

   - Dan? Você queria falar comigo? – Disse Joe um tanto sem jeito sentando-se a poltrona. Daniel murmurou alguma coisa e quando olhou para o pai corou bruscamente assim como Joe. – Está tudo bem.. Nós só estávamos trocando um beijo. – Murmurou Joe incomodado fitando os próprios pés. – O que você queria falar comigo? – Perguntou agora olhando para o filho e Daniel sentou-se a beirada da cama e desviou os olhos do colo para os olhos do pai.

   - Eu queria que você me ajudasse. – Disse o garoto um pouco baixo demais. – Vou falar com ela.. Vou tentar. – Joe sorriu e sentou-se ao lado de Dan na cama para abraçá-lo de lado. – Pensei muito no que você me disse mais cedo.. Não quero perdê-la, você pode me ajudar? – Quando a vontade de bagunçar os cabelos de Daniel veio, Joe os bagunçou e envolveu o filho num abraço de urso completamente orgulhoso do seu garotinho.

   - É claro que eu vou te ajudar! – Disse Joe depois de depositar um beijo na testa do filho e quando fitara os olhos verdes de Daniel não deixou de sorrir lembrando-se de quando Dan era apenas um garotinho que adorava aprontar e fazer tantas perguntas que deixavam ele e Demi de olhos arregalados. – O que eu posso fazer? – Perguntou entusiasmado seguindo Daniel para o closet.

   - Eu não encontrei nada legal para vestir. Eu não sei se visto uma roupa social ou uma esportiva, se compro um livro, flores ou chocolate, se eu.. Ai droga! Eu não sei o que faço! – Bem, a situação do garoto não era das melhores. Joe fitou as tantas peças de roupa organizadas perfeitamente por Demi e tentou bolar o melhor par de roupas mentalmente, mas nada vinha em sua cabeça.

   - Vamos pensar na roupa depois. – Disse Joe pensando nas vezes que brigara com Demi e tentara reconquistá-la. – O que vai fazer para ela? Bater à porta e pedir para conversar? Uma serenata de amor? Implorar o perdão dela no meio de uma multidão? – Daniel arregalou os olhos com a última opção e pôs-se a pensar no que faria para Jenny.

   - O que você faz para reconquistar a mamãe quando ela está brava? – Perguntou o garoto sem saber qual era a melhor opção.

   - A sua mãe gosta de flores e chocolates, mas quando ela está brava o melhor é esperar alguns dias, tento conversar com ela e me desculpo pelo que fiz. Quando ela está mais calma eu a convido para jantar, nós passamos a noite toda juntos conversando e namorando. – Fazer as pazes com Demi era a melhor coisa que existia, e era naqueles momentos que Joe parava para refletir em como a amava e mal conseguia passar um dia sem vê-la sorrir para ele. – Você pode levá-la para jantar, depois vocês podem conversar e namorar um pouco. – Daniel assentiu um tanto pensativo. Quando ainda estava com Jenny ela nunca tinha ficado realmente brava com ele, das vezes que brigaram tudo se resolvia minutos depois que um pedia desculpa para o outro, mas agora.. Deus! Ele tinha certeza que se fizesse uma serenata de amor para a menina, Jenny o acertaria com um sapato ou um vaso de flores.

   - Você vai me emprestar o seu carro? – Joe fitou os olhos do filho e considerou dizer não, mas lembrou-se de quando tinha a idade de Daniel e já tinha o próprio carro completamente independente dos pais.

   - Você não vai fazer nada no meu carro, entendeu? – Disse sem desviar os olhos dos olhos de Dan, que assentiu envergonhado. – Eu vou conversar com a sua mãe, você já está grandinho e precisa ter o próprio carro. – Daniel esboçou um sorriso de orelha a orelha ao olhar para o pai e Joe riu sentindo-se bem por ver o filho animado depois de tantos meses isolado e fingindo estar bem.

   - Você está falando sério? – Disse o garoto já ansioso e animado com a ideia de ter o próprio carro.

   - Estou, mas terá algumas condições. – Joe coçou o queixo e fitou as roupas do filho. Deus! Ele tinha que pensar em alguma coisa para ajudar a Daniel o mais rápido possível, cada minuto que era perdido era uma chance a menos de Jenny aceitar falar com Dan. – Se você quiser algo emprestado meu guarda-roupa está disponível. – E mais uma vez um sorriso de orelha a orelha surgiu nos lábios do garoto. Daniel aprendera com o pai desde cedo a se vestir bem, mas de alguma forma os gostos de Joe sempre o atraíam mais.

   - Eu acho que já sei o que posso vestir. – Disse o garoto seguindo o pai para fora do quarto. – Pensei em vestir o meu terno de amanhã, mas a mamãe disse que se eu estragasse a minha roupa antes do Grammy ela me mataria. – Sussurrou Daniel para Joe, que riu enquanto girava a maçaneta da porta. Deus! Demi estava fazendo loucuras por aquele Grammy, aliás, pela indicação do Grammy já que o prêmio ainda não tinha um dono.. E Joe tinha receio de que toda aquela animação da esposa fosse para o buraco caso ela não ganhasse.

   - Estou lendo Sel, é sobre bebês... Você também deveria ler esse livro, é indicado para mamães de primeira viagem... Não, eu tive um bebê há dezessete anos... Você acaba esquecendo algumas coisas.. – Joe sorriu assim que adentrou o quarto junto a Daniel e encontrou Demi deitada-sentada a cama lendo e conversando com Selena ao celular.- Espere um minuto Sel, meus garotos estão aprontando alguma coisa. – Daniel aproximou-se da mãe assim que ela o olhou, sentou-se a cama e a beijou no rosto arrancando um sorriso lindo de Demi.

   - O papai está me ajudando com a Jenny. – Demi sorriu para Joe e assim que ele se aproximou ela roubou um selinho rápido. – Ei cara, vamos? – Disse Daniel um pouco envergonhado só de presenciar o olhar apaixonado que Joe lançava para Demi. Céus! O amor era realmente bobo, ou melhor, às pessoas ficavam bobas por amor. Faziam e falavam coisas completamente desconexas tudo por conta do coração que batida mais rápido, dos pensamentos que ficavam confusos e do desejo simples de estar com a pessoa amada.

   - Querido, ajude Dan. – Disse Demi esboçando aquele sorriso divertido ao perceber como Joe a olhava perdido no tempo. Ele estava tão fofo com aquela carinha de cachorrinho carente que se Daniel não estivesse no quarto Demi se jogaria nos braços dele, mas já que Joe ajudava o garoto, e Demi não queria interromper o momento pai e filho só porque estava louca para trocar beijos e carinhos com Joe, ela estalou os dedos acordando o marido do transe. – Joseph! – Demi o chamou quando ele se aproximou pedindo por um beijo. – Ajude o nosso menino, entendeu? – Disse Demi entre selinhos e Daniel mesmo envergonhado observava discretamente os pais e como eles eram unidos e apaixonados.

   - Entendi Dem. – Joe deu mais um selinho nos lábios da esposa e só depois de um beijo estalado na bochecha dela fora que seguira para o closet com Daniel a sua cola. – Desculpe, eu a amo tanto... Não faço de propósito, só não consigo resistir. – Dan olhou para o pai e riu. Ele sabia muito bem como era se sentir daquela forma.

   - Não tem como não amá-la. – Disse o garoto distraído caminhando pelo closet dos pais. Deus! Só a parte de Demi tomava um bom espaço daquele cômodo. Eram tantos sapatos, roupas, bolsas, joias e milhares de coisas. A parte de Joe não ficava para trás, eram tantas peças de roupa que Daniel ficara perdido a procura de uma que o agradasse, porém nada o agradou. – O que eu vou fazer? – Disse o garoto sentando-se ao puff cor de rosa da mãe.

   - Cara, você está mais difícil que a sua mãe para escolher roupa. – Comentou Joe de braços cruzados fitando os próprios pés enquanto pensava em como poderia ajudar o filho. - O que você acha de ir ao shopping agora? Nós podemos escolher uma roupa legal e você pode comprar alguma coisa para Jenny. – Daniel assentiu minutos depois. Era a melhor ideia que eles tinham naquele momento, e seguir o conselho do pai seria o que Dan faria já que Joe era expert em reconquistar mulheres.

   - Você acha que um vestido para ela usar essa noite, rosas vermelhas e um tablete de chocolate é muito exagero? – Perguntou o garoto pensativo e Joe riu bagunçando os cabelos dele. Daniel tinha um olhar tão sonhador e apaixonado, o sorriso não saía dos lábios um minuto sequer. Era a cópia perfeita do pai quando ainda era muito jovem e tentava conquistar Demi de todas as formas possíveis.

   - Você está começando a levar jeito. – Disse Joe sentando-se ao outro puff.  – Você precisa estar impecável, ter uma boa conversa e ser um pouco ousado. – Sussurrou Joe para que Demi não o ouvisse, pois caso ouvisse ela o encheria de perguntas que ele não saberia como responder e eles acabariam brigando.

   - Como assim? – Perguntou Daniel franzindo o cenho ao olhar para o pai.

   - Você precisa estar todo bonitão para impressioná-la, saber conversar e surpreendê-la com um beijo, sabe, essas coisas. Pegue na mão dela, elogie-a sempre que puder, olhe nos olhos dela depois de beijá-la, são os pequenos detalhes que deixam as mulheres loucas por nós. – Tornou a sussurrar Joe fitando os olhos do garoto que estava concentrado absorvendo cada dica do pai. – Escolha um bom restaurante, peça uma mesa mais reservada, pegue na mão dela enquanto estiver caminhando. Seja cavalheiro, puxe a cadeira para que ela possa se sentar, ouça tudo o que ela tem a dizer e seja sincero. – Daniel estava tão concentrado e assentia guardando cada conselho do pai num cantinho especial em sua mente.

   - Vou fazer tudo isso. – Disse o garoto enquanto puxava o celular do bolso da bermuda. – Está ficando tarde. –Disse Daniel se levantando num pulo. – Vou vestir uma camisa, daí nós podemos ir ao shopping? – Joe assentiu levantando-se para acompanhar o garoto.

   - Em quinze minutos nós saímos tudo bem? – Joe sorriu observando Demi olhá-los discretamente enquanto ainda lia o livro de mais cedo.

   - Certo. – Daniel apertou a mão do pai sorrindo de orelha a orelha. A felicidade era tão grande que o consumia só de saber que daqui algumas horas ele estaria com Jenny e tentaria e conseguiria reconquistá-la. – Obrigado! – Dessa vez foi Joe quem sorriu de orelha a orelha quando o garoto o envolveu num abraço de urso e num piscar de olhos saíra do quarto completamente animado o deixando sozinho com Demi.

   - Joseph! – Demi não conseguia mais conter a curiosidade que a corroia desde que Joe adentrou o quarto com Daniel e eles se enfiaram no closet e ficaram cochichando por minutos e mais muitos. – O que você está aprontando? – Perguntou assim que Joe sentou-se a beirada da cama próximo a ela e gentilmente repousou o livro que ela fingia ler sobre o criado-mudo e a olhou nos olhos.

   - Eu já disse que você fica linda de óculos? – Os dedos dele correram pela bochecha dela suavemente, alcançaram os lábios rosados e os acariciou com o dedão tirando todo o fôlego de Demi que a essa altura do campeonato já esquecera o porquê de estar tão curiosa. – Minha pequena.. – Joe encostou os lábios aos dela enquanto a envolvia em seus braços, e só movimentou os lábios finalmente a beijando minutos mais tarde quando Demi já estava completamente sedenta de desejo de beijá-lo. Deus! Era tão bom tê-la em seus braços, era como se todos os sentimentos bons se misturassem e o dominasse, sem contar aquela sensação incrível de paz que Joe sentia toda vez que olhava para a esposa e ela esboçava aquele sorriso incrível. – Amo você anjo. – Joe a envolveu num abraço de urso e depositou na bochecha de Demi um beijo estalado.

   - Hum..O que você está aprontando? – Perguntou Demi um tanto atordoada repousando as mãos no peito largo do marido fixando os olhos nos lábios bonitos de Joe desejando beijá-los por milhares e milhares de vezes.

   - Não estou aprontando nada. – Joe esboçou o seu sorriso de menino enquanto acariciava o rosto da esposa com a ponta dos dedos maravilhado com o quão linda Demi era. – Só quero te beijar e fazer muitas coisas com você. – Demi deixou um gemido escapar por entre os lábios com o coração cada vez mais disparado conforme Joe se aproximava para beijá-la. – Você também quer? – O melhor de tudo era ver as bochechas de Demi corarem enquanto ela assentia completamente envolvida e louca para sentir os lábios dele contra os dela os devorando com vontade assim como Joe fez quando os selou. Era tão bom sentir aquele típico calor a cosumir e concentrar-se num único ponto enquanto as mãos másculas e ágeis de Joe incendiavam todo o seu corpo de desejo. Beijaram-se por tantos minutos que quando Elizabeth abriu a porta bruscamente completamente eufórica o susto foi tão grande que Joe caíra da cama e fitou a menina de olhos arregalados.

   - Ai caramba! – Disse Lizzie ofegando e envergonhada. Diabos! Flagrar os pais aos beijos era o que mais acontecia naqueles últimos meses. – Foi mal.. Dan disse que o papai estava tomando banho e ai.. Desculpa. – Demi assentiu e a menina saiu tão apressada do quarto quanto encontrou.

   - Não é o nosso dia de sorte, mas eu vou te pegar Dem. – Quando Joe levantou-se e curvou-se para beijar os lábios de Demi a porta do quarto tornou-se a abrir, mas dessa vez era Daniel. Diabos! Aquele realmente não era um dia de sorte.

(...)

   - Você acha que ela vai gostar? – Daniel estava ansioso, a cada meia hora olhava dentro da sacola o vestido e os sapatos que escolhera para Jenny e perguntava para o pai se não estava exagerando. Havia cerca de uma hora e meia que Dan circulava com Joe pelas tantas lojas do shopping central de Los Angeles a procura das roupas perfeitas e naquele meio tempo eles conversaram sobre tantos assuntos.

   - Cara, é melhor você ficar quieto ou vai cair cabelo no vestido dela. – Disse Joe escorando-se no balcão do salão de beleza masculino observando o cabeleireiro cortar o cabelo de Daniel.

   - Você já ligou para o restaurante? – Joe e o cabeleireiro acabaram rindo da ansiedade de Daniel. Dan estava tão nervoso que mal tocara no hambúrguer de mais cedo, chegara estar com as mãos tremendo.

   - Ainda vou ligar. – Joe havia comentado com Daniel sobre o restaurante que comemorara o seu aniversário de quarenta anos com Demi e o garoto adorou a ideia de jantar à luz de velas com o mar ali pertinho para admirar.

   - E se não tiver mais mesas? Liga logo! – Joe revirou os olhos e buscou o telefone no bolso para ligar para o restaurante e aproveitou para mandar mensagens ousadas para Demi para pirraçá-la como ele sempre adorava fazer. – Conseguiu? – Perguntou Daniel assim que Joe desligou o telefone depois de conversar muito com o gerente do restaurante já que estava em cima da hora.

   - Consegui, está marcado para as oito e meia. – Daniel arregalou os olhos quando fitou a hora no relógio. Ele tinha pouco mais de duas horas para se arrumar, comprar rosas, chocolate e um ursinho para Jenny!

   - Está acabando? – Perguntou o garoto aflito para o cabeleireiro que assentiu concentrado no movimento da tesoura nas mechas lisas do cabelo castanho de Daniel. Pela primeira vez depois de grande Daniel aceitara a sugestão do pai e deixara que o cabeleireiro cortasse os seus cabelos que estavam um pouco grande demais naquele velho estilo clássico que o deixaria com cara de menino comportado de cabelos penteados pela mãe.

   - Com barba ou sem barba? – Perguntou Joe observando o filho com um pequeno sorriso nos lábios. Às vezes era tão difícil de acreditar que aquele garotinho curioso que adorava roubar fatias de bolo de chocolate ainda quente na forma havia literalmente crescido e estava maior que ele, Daniel era uma criança tão encantadora e crescera virando um adolescente incrível.

   - Gosto da minha barba. – Disse o garoto imóvel e com o coração na mão sentindo a lâmina gelada da navalha nos contornos de seus cabelos. – E Jenny também. – Sussurrou num fio de voz e só pudera respirar tranquilamente quando o cabeleireiro finalmente finalizou o corte penteando os cabelos agora mais curtos e arrumados.

   - Só vamos passar no supermercado, sua mãe quer ingredientes para pizza. – Daniel fez careta e coçou a região do pescoço que tanto o pinicava enquanto caminhava ao lado do pai para o estacionamento há poucos metros dali.

   - A mamãe vai fazer pizza só porque eu não vou estar em casa para o jantar. – Murmurou o garoto emburrado e Joe riu destravando o carro.

   - Na verdade a sua mãe vai fazer pizza porque Lizzie pediu, Eric vai passar a noite lá em casa. – Disse Joe adentrando o carro com uma senhora carranca, o que não passou despercebido por Daniel que o fitou com curiosidade enquanto adentrava o carro.

   - Você não vai implicar com ele, vai? – Perguntou o garoto com um pouco de receio observando as feições do pai.

   - Eu.. Não é que eu não gosto dele, bem pelo contrário é só que.. – Joe deu partida no carro e permaneceu calado por alguns minutos pensando em como explicaria para Daniel a sua posição em relação a Eric. – Um dia você vai ser pai e vai entender. Lizzie é a minha garotinha. Eu tenho medo que ela me troque por ele, entende? Pode parecer um pouco egoísta mas.. não é nada legal quando o seu filho não quer mais conversar com você para ficar o dia todo no celular conversando com o namorado, eu sei que ela o ama, eu só não quero perder a minha garotinha para ele. – Daniel assentiu balançando a cabeça pensando nas palavras do pai.

   - Pai, Lizzie não é mais uma garotinha tem muito tempo. – Disse com um pouco de receio. Era tão óbvio que Elizabeth não era mais aquela garotinha de meses atrás, a menina havia crescido e mudado tanto. – Mas eu sei que ela te ama e não vai te trocar nunca por nenhum outro homem, você sempre vai ser o herói dela e o meu. – Joe sorriu de orelha a orelha e só não parou o carro para abraçar Daniel porque estava com pressa para chegar ao mercado mais próximo e porque as ruas de Los Angeles estavam supermovimentadas naquele horário.

   - E vocês vão ser sempre os meus bebês. – O sorriso de Joe ia de orelha a orelha, ele adorava quando era elogiado ou quando tinha toda a atenção dos filhos, ser pai era simplesmente a melhor coisa do mundo e Joe nunca pensara que iria gostar tanto de ter filhos e cuidar deles com a sua vida quando era mais novo. – Você se lembra de quando você era pequeno e a gente brincava de fazer guerra de bolinha de papel? – Pela cara de Daniel ele com certeza se lembrava daquela brincadeira épica que deixava Demi simplesmente louca de raiva. Deus! A mulher gritava tanto, mas de nada adiantava já que Joe e Daniel começavam a rir baixinho e continuavam brincando por horas e horas até que um dia a brincadeira acabou com Joe tropeçando no próprio sapato e caindo sobre o centro de vidro da sala. Naquele dia Demi quase morreu do coração quando desceu a escada a todo vapor e encontrou o marido inconsciente no meio dos cacos de vidro.

   - A mamãe quase infartou quando te viu desacordado e caído no meio daquele tanto de caco de vidro. – Joe assentiu rindo. A pior parte tinha sido quando ele acordara horas depois do acidente numa cama de hospital. Demi o xingara tanto, gritara e chorara completamente nervosa com a ideia de perder o marido, mas eles se acertaram quando era mais tarde com uma boa noite de amor.

   - Ela só estava com medo. – Disse Joe com sorriso nos lábios assim que estacionou no estacionamento do primeiro supermercado que encontrara. A lembrança daquela noite que ele caíra sobre o centro de vidro anos atrás era como se fosse uma lembrança do dia passado e o encheu ainda mais de saudade de amar a esposa como ele tinha feito naquela noite.

   - O que foi? – Perguntou Daniel assim que desceu do carro e encontrou o pai sorrindo fitando o nada.

   - Eu só estou morrendo de saudade da sua mãe. – Comentou Joe bagunçando os cabelos do filho como ele sempre fazia, mas acabara se arrependendo já os pequeninos fios de cabelo pinicaram a palma de sua mão.

   - Saudade da mamãe? Mas você estava com ela agorinha. – Disse o garoto franzindo o cenho e só quando olhara para o pai que Daniel realmente entendeu o que Joe queria dizer. - Isso é muito nojento. – Murmurou o garoto adentrando o supermercado junto com o pai.

   - Não é nojento, você nunca pensou em fazer com a sua namorada? – Joe arqueou as sobrancelhas quando de repente Daniel estava mais vermelho que um tomate maduro.

   - Jenny disse que a gente tinha que esperar mais um pouco. – Quando começara a namorar a menina Daniel estava tão empolgado, mas nunca conseguira passar dos beijos com a namorada e quando Jenny lhe dissera que queria esperar, bem, o garoto apenas disse que a esperaria por todo o tempo do mundo.

   - Bem, vai acontecer um dia, mas só faça se for com a garota que você ama, é uma das melhores sensações do mundo. – Daniel assentiu balançando a cabeça e levemente corado. Era tão estranho, Joe sempre imaginara que Daniel seria mais independente que Elizabeth e que teria sexo primeiro que a menina, mas acabara acontecendo de uma forma completamente diferente.

   - Já temos tudo que precisamos? – Perguntou o garoto olhando para o carrinho já cheio de besteiras. – Pai, eu ainda tenho que me arrumar. – Resmungou quando Joe assentiu colocando mais sache de molho de tomate no carrinho.

   - Tudo bem, vamos para casa. – Disse Joe empurrando o carrinho na direção do caixa. – Eu só estou me garantindo. Ela não disse o que vai precisar, e eu não faço ideia do que comprar, então é melhor levar de um pouco de tudo do que ser xingado por a sua mãe. – Daniel assentiu rindo. Não tinha coisa pior no mundo quando Demi ficava brava, ela não perdoava nada e nem ninguém, murmurava palavrões pesados e deixava todo mundo com fome.

   - Acho que ela não vai ficar brava. – Comentou o garoto se lembrando de como Demi não parava de falar sobre o Grammy, ela já tinha até separado um espaço especial para o prêmio perto das mesinhas de vidro da primeira sala e fizera uma pequena reunião falando sobre as novas regras da primeira sala já que o tão cobiçado Grammy ficaria ali. – Você acha que ela vai concordar com a história do carro? – Perguntou Daniel enquanto ajudava o pai a passar as compras no caixa.

   - A sua mãe é imprevisível, mas acho que ela não vai gostar muito. – Pelo que Joe conhecia de Demi era iria simplesmente surtar de preocupação apenas com a ideia de Daniel estar a solto em Los Angeles e ainda por cima de carro próprio, e não era para menos, a cidade era enorme e o trânsito era conturbado demais para um garoto inexperiente.

   - Você pode convencê-la? – Perguntou Daniel respirando fundo depois que colocara todas as compras no balcão do caixa.

   - Vou conversar com ela. – Joe fitou o caixa e a atendendo e seus olhos finalmente encontraram o que ele queria depois de muito procurar. Camisinhas. – O que foi? – Perguntou depois que pagara a compra e fitara o rosto de Daniel completamente vermelho.

   - Não é nada. – Murmurou o garoto verificando a hora no telefone.

   - As camisinhas são para você, não para mim. – Joe esboçou um sorriso amarelo para o garoto que estava vermelho de vergonha. Era melhor prevenir que..

(...)

   - Ok cara, respira. – Deveria ser a milésima vez que Daniel dizia aquilo para si mesmo. O carro que Joe lhe emprestara estava estacionado do outro lado da rua da cada de Jenny, e Dan se encorajava há minutos para conseguir ao menos sair do carro. Deus! Ele estava travado e muito nervoso. – Jenny.. eu.. eu.. vim falar co.. Droga! Respira e para de gaguejar idiota! – Disse para si mesmo fitando-se no retrovisor fixo no vidro frontal do carro. Os cabelos curtos lhe caíram tão bem, e Dan estava adorando parecer mais velho e sério. A barba perfeitamente feita e o terno que Demi arrumara em seu corpo também ajudavam bastante na aparência elegante do rapaz. As flores vermelhas, a caixa branca e cor de creme com um enorme laço cor-de-rosa onde estava o vestido e os sapatos que Dan escolhera para Jenny e o tablete de chocolate auxiliava o rapaz na longa jornada de reconquistar a namorada, e só faltava um pouquinho mais de coragem para descer do carro e colocar o plano em ação. – Eu não vou conseguir. – Murmurou para si mesmo repousando as mãos ao volante e tombando a cabeça para trás.

Não era tão simples como parecia, havia Alex e o não de Jenny para assustá-lo, a noite já chegara e o tempo para chegar ao restaurante estava curto. Talvez era melhor desistir, quem sabe não seria melhor cada um seguir o seu caminho... Daniel fitou as rosas, o presente e o tablete de chocolate com pesar, deitou a cabeça ao volante e suspirou sem saber ao certo o que faria. Esquecer a namorada não lhe agrava o coração, Daniel sentia tanta a falta dela e sentia que não era o mesmo sem tê-la já que Jenny roubara o seu coração. O garoto brincalhão ainda existia, mas não era como o de antes cheio de vida e energia. Daniel pensara nos conselhos do pai e a coragem correu em suas veias. Joe lutara por Demi quando adolescente e quando adulto, passara por tantas coisas para tê-la e agora eles estavam tão felizes e melosos um com o outro. A mesma coisa era com a irmã e Eric; Anne e Bryan; Alena e Alex, o primeiro namorado da menina; Miley e Nick; Kevin e Danielle e uma infinidade de casais, até a tia Selena que sempre saía de seus relacionamentos de coração partido encontrara um homem que a fez feliz e lhe deu uma filha que nasceria em poucos meses. Todos tinham alguém para amar e estavam radiantes de felicidade depois de tantas confusões, até Buffy tinha uma namorada oras! Dan riu se lembrando do melhor amigo e imaginou o que ele faria se estivesse ali. Provavelmente Buffy o olharia com os seus olhos negros brilhantes, comeria o chocolate e encheria o terno do garoto de pelo branco com as brincadeiras bobas. Pensar em milhares de teorias e rir sozinho ajudou Daniel a relaxar e a tomar a decisão correta, então o garoto fitou-se no retrovisor mais uma vez gostando do que via, pegou o buquê de flores, a caixa de presente e o tablete de chocolate e finalmente desceu do carro sentindo a adrenalina dominá-lo por completo.

   - Ok, vamos lá. – Disse para si mesmo chacoalhando levemente a cabeça e travando o carro do pai. Joe lhe emprestara o carro, mas ele também tivera que ouvir um discurso de mais de meia hora sobre os cuidados que deveria ter com aquele bendito carro. Nada de farelos no carro; Nada de bater, arranhar, amassar ou qualquer coisa que pudesse danificar a aparência do carro; Nada de sexo no carro, mas Joe lhe dera camisinhas por precaução; Nada de pisar no tapete do carro com os sapatos sujos de areia da praia; Nada de limpar os dedos sujos nos bancos do carro e uma lista enorme de nadas no carro. – Ok, relaxa. – Disse assim que subiu os degraus da pequena escadinha da varanda e logo tocara a campainha.

   - Acho que é o entregador de pizza.. Deus, Meggy! Eu também estou fam.. – Dan esboçou o seu melhor sorriso assim que Jenny abriu a porta apenas de pijama e a começo não o notou já que disputava com a irmãzinha para abrir a porta. – Daniel? – A voz da menina saiu num fio ao ver o ex-namorado simplesmente magnífico a sua porta com um lindo sorriso nos lábios, um buquê de rosas vermelhas e tudo mais.

   - Oi. – As bochechas do garoto coraram e de repente Dan não sabia se fitava os olhos de Jenny ou lhe entregava o buquê e os presentes que compra para a menina. – São para você. – Disse completamente sem jeito, mas fora o suficiente para deixar Jenny ainda mais balançada por ele já que Dan estava completamente fofo todo tímido.

   - Jenny? O entregador não tem troco? – A voz de Alex não assustou Daniel como era de costume, aliás, não tinha nada capaz de fazê-lo parar de fitar os lindos olhos de Jenny como ele os fitava com o coração a mil e a selvagem vontade de beijá-la como ele nunca tinha feito. – Filha? – Quando Alex abriu um pouco mais a porta para saber o que acontecia os adolescentes vidrados um no outro coraram um pouco mais e Daniel fitou Alex estendendo a mão para cumprimentá-la.

   - Boa noite Sra. Shorty. – Disse o garoto usando toda a boa educação que recebera dos pais. – Bem, eu.. Eu gostaria de saber se posso levar a sua filha para jantar. – Dan respirou fundo tentando não ficar mais nervoso e começar a gaguejar como quase fizera, fitou Alex que não parecia surpresa com sua presença e esperou ansioso pela resposta.

   - Jenny? – Pelo visto a decisão apenas cabia a Jenny já que Alex olhara para a filha como se perguntasse se ela queria sair com Daniel.

   - Eu.. Não está muito tarde? E a gente nã.. – A menina desistiu de inventar qualquer que fosse a desculpa quando fitou os olhos verdes de Dan serenos ao mesmo tempo em que também demonstravam toda a ansiedade que o consumia. Não tinha como dizer não a ele. Não quando o seu coração estava gritando loucamente um sim indo contra a sua razão. – Eu posso ir? – Perguntou a menina à mãe e Daniel controlou-se para não sorrir de orelha a orelha.

   - Se você quiser.. – Deveria ser a primeira vez que Daniel vira Alex o olhando com bons olhos. Talvez agora ela finalmente entendia que as intenções dele eram as melhores e ele jamais machucaria Jenny.

Enquanto esperavam a resposta de Jenny, que pensava se deveria ir ou não, o silêncio foi absoluto e pela primeira não tinha nada de constrangedor em estar juntos, pelo menos para Alex e Daniel que lançavam a todo o momento olhares para Jenny a fim de flagrar alguma expressão da menina que a entregasse. – Mãe! Eu estou com fome! – A voz manhosa da pequena Meggy arrancou uma risada de Daniel quando a menininha abriu a porta para saber o que acontecia e abriu um sorriso de orelha a orelha ao ver que o entregador de pizza na verdade era Daniel. – Dan! – A menina realmente gritou e abraçou Daniel pelas pernas já que ele era muito mais alto em relação a ela.

   - Ei, eu também senti saudade! – Disse Dan agachando-se e envolvendo a menina num abraço de urso que arrancou risadas de Meggy que o abraçou de volta e o beijou na bochecha completamente feliz por vê-lo. – Está aprontando muito? – Perguntou para a menina apertando a ponta do nariz dela, que riu sapeca olhando para a mãe a irmã.

   - Eu não apronto. – Disse a menininha sapeca e Daniel arqueou as sobrancelhas a fazendo corar. – Lady comeu a minha lição de casa, ela está terrível. – Lady era a filhote de Buffy cor de champagne  que Daniel dera para Jenny quando ainda eram amigos e pelo que Daniel se lembrava a cachorrinha era terrível e muito danada. – O que você está fazendo aqui? – Perguntou a menina curiosa e Daniel cochichou algo para a menininha que corou e sorriu entrando em casa correndo como sempre.

   - Obrigada pelas rosas Daniel, são lindas. – A voz baixa e macia de Jenny fez o garoto sorrir de orelha a orelha ainda mais ansioso para ouvir o que ela tinha a dizer. – Vou trocar de roupa.. Não demoro. – Daniel assentiu balançando a cabeça. Deus! O coração iria sair pela boca, ele tinha certeza que sairia!

   - Jenny! – Chamou quando ela já virava para subir para o quarto e lhe entregou a caixa de presente e o tablete de chocolate. – Comprei para você. – Daniel sorriu um pouco sem jeito quando Jenny murmurou “obrigada” o olhando nos olhos, então a garota deu alguns passos em sua direção e depositou um beijo delicado em sua bochecha e logo sumira para dentro de casa o deixando em pé do lado de fora com um enorme sorriso no rosto.

   - Não quer entrar? – Foi então que Daniel corara bruscamente ao ouvir a voz de Alex e lembrar-se que ela acabara de presenciar o seu momento radiante. Diabos! Por que quando uma pessoa estava apaixonada ela tinha que ficar tão boba e distraída? Droga! Ele não queria ficar como os pais. Bobos e apaixonados. Até porque Joe e Demi passavam de todos os limites dos rótulos bobos e apaixonados.

   - Obrigado. – Disse o rapaz sem saber ao certo se agradecia Alex por permitir que Jenny jantasse com ele ou por convidá-lo para entrar, lá fora estava frio!

   - Eu sabia que você não desistiria, só tome cuidado com ela. Jenny e Meggy são tudo de mais precioso que eu tenho. – Daniel não esperava ouvir aquela frase, mas assentiu sabendo que jamais seria capaz de machucar Jenny ou até mesmo a pequena Meggy.

   - Nunca vou machucá-la. – Disse o garoto olhando para os olhos de Alex enquanto se sentavam ao sofá da sala.

   - Estou confiando em você. – Daniel assentiu e a conversa entre ele e Alex simplesmente fluiu, Alex perguntara sobre a família do garoto e principalmente sobre o pequeno Bernardo. Conversaram por tantos minutos e riram das perguntas de Meggy e da preguiça de Lady, que estava deitada no carpete da sala perto de Meggy que brincava com a Jessie doll até que Jenny surgiu na sala tão linda que Daniel não conseguia tirar os olhos da garota pensando em como ela estava perfeita. O vestido caíra perfeitamente no corpo da menina, marcava a cintura fina e discretamente realçava os seios bonitos no pequeno e simples decote. A cor clara do vestido combinava perfeitamente com a pele beijada pelo sol de Jenny, os cabelos cor de mel estavam lisos e tão brilhantes que o de costume. Ela estava perfeita!

   - Você está linda! – Disse Daniel sem conseguir esconder um sorriso que fez a menina corar e murmurar um obrigada o olhando rapidamente antes de desviar os olhos para a mãe.

   - Está linda meu anjo. – Disse Alex para encorajar a menina e Jenny tornou a corar. O silêncio instalou-se na sala e só fora quebrado quando a campainha fora tocada. – Agora é a pizza. – Daniel aproveitou que Alex fora atender a porta e levantou-se aproximando de Jenny.

   - Vamos? – Perguntou o garoto segurando as mãos delicadas de Jenny e as beijando. Os conselhos de Joe estavam o ajudando tanto, mesmo nervoso Dan se sentia mais confiante e capaz de reconquistar Jenny.

   - Vamos. – Disse Jenny sem conseguir esconder um sorriso ao fitar os lindos olhos verdes de Daniel que chegavam brilhar de tanta felicidade.

   - Meggy, a nossa pizza chegou. – Disse Alex e a menininha correu até a mãe completamente animada. – Não vão querer uma fatia de pizza? – Perguntou Alex para Jenny e Daniel que, apesar de sempre trocarem olhares fofos e apaixonados, estavam completamente envergonhados e sem jeito um com o outro.

   - Nós já vamos. – Disse Daniel e Alex assentiu dando um rápido beijo na testa da filha e pediu a Dan que cuidasse da sua menina.

O clima não era dos piores, mas que Daniel e Jenny não sabiam o que dizer um ao outro era fato. Caminharam até o carro em silêncio, Daniel abriu a porta do carro para a menina e assim que ela ajeitou-se ao banco ele fechou a porta e adentrou o carro um pouco sem graça. – Então.. Como você está? – Perguntou o garoto dando partida no carro e logo estava em direção ao litoral.

   - Estou bem. – Disse a Jenny fitando os próprios dedos e logo olhara para Dan que estava concentrado no trânsito apesar de manter a velocidade do carro média. – E você? – Perguntou e o garoto sorriu a olhando rapidamente e levando a mão livre a dela.

   - Estou bem. – Disse o garoto assim que parou o carro no sinal vermelho. Fitara os olhos de Jenny por longos segundos e pensou se era a hora certa para beijá-la, mas não o fez, apenas brincou com os dedos de Jenny junto aos seus e quando o sinal ficou verde seguira com o carro. – Você gostou do seu vestido e dos sapatos? – Perguntou para puxar assunto e surpreendeu-se quando Jenny correspondeu ao carinho que ele fazia em sua mão brincando com a dele com o dedão.

   - São lindos. Obrigada. – Disse a menina sorrindo enquanto observa Dan brincar com a sua mão. – Para onde nós estamos indo? – Perguntou quando o garoto parou o carro novamente no sinal vermelho.

   - Surpresa? – Dan sorriu a olhando, tocou a mecha lisa do cabelo da menina que caía sobre o rosto dela e a arrumou atrás da orelha. – Você está simplesmente linda. – Disse aproximando-se um pouco mais e quando percebera já tinha os lábios pressionados aos dela. A saudade era tanta que Dan perdeu-se naquele beijo inocente, envolveu a menina num abraço e aprofundou o beijo.

   - Daniel. – Murmurou Jenny assim que partiram o beijo. Ela queria repreendê-lo, mas não conseguiu quando fitou os olhos do garoto e Daniel voltou a pressionar os lábios dela num selinho inocente antes de voltar a dirigir.

O caminho até o restaurante fora mais agradável do que ambos esperavam, o clima entre eles estava tão tranquilo que até conversaram sobre assuntos curtos e aleatórios, às vezes riam de uma piada boba de Daniel ou de alguma cena engraçada no decorrer do caminho até o restaurante.

   - Boa noite. Temos uma reserva no nome de Joseph Jonas. – Disse o garoto ao recepcionista do restaurante um pouco envergonhado por a reserva estar no nome de seu pai.

   - Boa noite senhor. – Disse o homem mais velho e bem humorado sorrindo para Dan. – Daniel Jonas? – Perguntou o homem mais velho e Dan assentiu enlaçando os dedos aos de Jenny. – Fiquem a vontade. Os músicos estão a sua disposição. – Daniel assentiu enquanto puxava a cadeira para que Jenny pudesse se sentar. O lugar era simplesmente maravilhoso e o melhor: reservado e à luz de velas. Deus! Como ele agradeceria ao pai por tudo que ele tinha feito?

   - Está confortável? – Perguntou Daniel a Jenny observando como ela ficava ainda mais linda à luz de velas.

   - Estou bem. – Ela estava bem e ele quase infartou com o sorriso matador da menina. Mulheres! Como elas conseguiam deixá-los loucos apenas com um sorriso?

   - Bem.. O que você tem feito de legal? – Perguntou Daniel um pouco incomodado com o repentino silêncio entre eles. Jenny sorriu o observando, ela o conhecia muito em para saber que ele estava completamente ansioso para chegar lá.. mas o clima estava tão bom que a menina resolveu que deixaria Dan um pouquinho mais ansioso e continuariam com a conversa agradável.

   - Fiz alguns testes vocacionais, mas não deu nada de muito interessante. E você? – Perguntou ao garoto o olhando e Dan corou a fazendo sorrir de orelha a orelha.

   - Estou cuidando do Bernardo com a mamãe, aprendi muitas coisas sobre bebês. – Disse o garoto esboçando o seu sorriso tímido enquanto buscava a mão de Jenny para enlaçar os dedos dela aos seus sobre a mesa. – O que você quer comer? – Perguntou o garoto e juntos eles decidiram que pediriam arroz assado com legumes, salmão ao forno com crosta de queijo e bem.. batatas fritas para acompanhar. – Você acha que tem algum problema se a gente tomar vinho? – Perguntou o garoto checando o cardápio de bebidas. – Aqui não têm refrigerante, só essas bebidas estranhas. – Disse e Jenny riu aproximando-se do garoto que já estava sentado ao seu lado.

   - Eu também não conheço nada. – Comentou a menina suspeitando que todas aquelas bebidas eram alcoólicas. – Você quer tomar vinho? – Perguntou fitando os olhos bonitos de Daniel.

   - Acho que não. – Murmurou o garoto. Depois do que acontecera com a mãe meses atrás Daniel eliminara todas as possibilidades de consumir alguma bebida com álcool. – Uma vez no natal quando eu era mais novo a minha mãe me pegou tomando vinho e champanhe, levei uma senhora bronca. – Comentou o garoto para descontrair o clima.

   - Já aconteceu comigo, meu pai ficou uma fera. – O sorriso triste de Jenny não passou despercebido por Daniel, que enlaçou os dedos aos dela e a olhou nos olhos.

   - Eu estou aqui com você. – Sussurrou e Jenny sorriu recebendo um beijo na bochecha.

   - O que acha da gente escolher algum suco? Tem várias opções. – Melhor que ser um casal apaixonado era ser um casal adolescente apaixonado. Tudo virava motivo para risos e cochichos, e às vezes até roubaram beijos e sorriam um para o outro enquanto escolhiam algum suco do agrado dos dois, o que parecia impossível já que Daniel gostava de uma coisa e Jenny de outra.

   - Você gosta de acerola, abacaxi e hortelã? – Perguntou Jenny suspirando cansada.

   - Açaí com banana e limão? – Disse Daniel distraído e de cenho franzido imaginando aquela péssima combinação. – Você gosta de acerola, abacaxi e hortelã? – Perguntou o garoto a Jenny que arqueou as sobrancelhas e riu assentindo. Depois de quase uma hora eles finalmente tinham encontrado alguma coisa que gostavam. – Você quer ver o mar comigo? – Perguntou Daniel um pouco envergonhado a menina. Tudo bem que ele era brincalhão demais e muito menino para a idade, mas ainda sim era muito educado quando queria. Estava divertido escolher pratos e sucos com Jenny, mas Daniel queria resolver logo tudo que estava pendente entre eles e nada melhor que uma conversa sincera e adulta enquanto admiravam o mar.

  Jenny apenas assentira e deixara que Daniel segurasse a sua mão enquanto eles subiam alguns degraus que davam para o terraço do restaurante que estava mais magnífico que o andar de baixo à luz de velas. As estrelas dominavam o céu, eram tantas e pareciam estar tão perto que Jenny sorriu encantada observando a imensidão negra cheia de pontinhos brilhantes enquanto Dan a puxava pela mão. – Você está com frio? – Perguntou Daniel e Jenny não precisou responder já que o vento frio a fez arrepiar e Daniel sorriu enquanto tirava o paletó e o ajeitava nos ombros da menina.

   - Obrigada Dan. – Daniel não disse nada, abraçou o corpo da menina por trás para aquecê-la e levou as mãos as dela as repousando sobre o parapeito da proteção de vidro.

   - O mar está calmo. – Comentou Daniel observando o movimento calmo do mar e as poucas ondas se quebrarem antes mesmo que chegassem à terra firme. – Eu senti sua falta. – Disse o garoto depois de minutos e minutos em silêncio.

   - Eu também. – Jenny o olhou pelo ombro e quando Daniel percebeu que ela o olhava juntou os lábios num beijo tão sereno quanto o movimento do mar.

   - Não quero ficar longe de você. – Sussurrou quando voltaram a admirar o mar. O coração de Dan já estava a mil e a ansiedade o consumia de forma absurda. – Sei que você está chateada comigo, mas não aconteceu. Eu não sabia onde estava com a cabeça, os últimos meses não foram os melhores para mim, eu estava frustrado e, eu não sei... Só perdi o controle. – Brooke fazia parte do passado de Daniel, fora a primeira paixão do garoto, mas não o correspondia. E justo naquela tarde a menina resolvera notá-lo e acabando por estragar a relação com Jenny.

   - Aquele dia no shopping.. Ele não era o meu namorado, só o meu primo protetor. Eu disse a ele que você era o meu ex-namorado, ele entendeu mal e achou que se me abraçasse você morreria de ciúme. – Era bem a cara de Daniel querer bater em todos os garotos que flertavam com ela, e não tinha sido diferente naquela tarde no shopping. – Você acha que vai dar certo? Eu não quero que você se machuque. – Disse a menina virando-se para olhá-lo e Daniel sorriu sabendo que ela dizia a verdade.

   - Não vou me machucar e nem você. – Disse o garoto a olhando nos olhos. – Não importa o tamanho do obstáculo, nunca vou desistir de você. – Daniel lembrou-se dos pais e que eles nunca tinham desistido um do outro por nada e ninguém. E o garoto tinha certeza que o seu amor por Jenny era forte o suficiente para sobreviver a qualquer tempestade e juntos eles o fortaleceriam para todo o sempre.


   - Eu também nunca vou desistir de você. – Os olhos brilhantes de Jenny concordavam com tudo que ela dizia. Aquelas palavras firmes e sinceras deram início ao novo começo, a sorrisos lindos e muitos beijos apaixonados por toda a noite. Ele amava e ela o amava para todo o sempre.

Continua...

Oi! Como vocês estão? Eu estou bem e cansada, minha vida está uma correria! Então, espero que vocês gostem desse capítulo, demorou para sair porque eu não sabia ao certo o que fazer, mas acho que ficou bom e finalmente tudo se resolveu, certo? Poxa, eu estou triste e feliz ao mesmo tempo por esse capítulo ser o "último".. Triste porque eu realmente amo escrever essa história, das confusões, do Joe fofo e ciumento, da Demi manhosa e milhares e milhares de coisas. E feliz porque eu consegui terminar depois de quase um ano a escrevendo.. Espero que vocês também tenham gostado da história. Não vou me despedir nessa nota, ainda tem o epílogo!!! Muuuuuuuuuito obrigada de todo o meu coração por esperarem por esse capítulo, aliás, por esperarem por toda história! Beijos e até mais.

Ps. Divulgando o blog da demi devonne: Jemi Always

7 comentários:

  1. Que capitulo maravilhosoooo...não tem como não se apaixonar por jemi❤️❤️❤️Jenny & Dan ❤️❤️ É a lizzie & Erik ❤️❤️
    Esse Dan é tão fofo, mds...eu quero ele para mim...ele é o Joe ❤️❤️❤️ Estou ansiosa para ele e a jenny ficarem juntos logo de uma vez...quer dizer...oficialmente kkkk
    Não acredito que esse é o último...falta só o epílogo para acabar :(
    Vou morrer de saudades dessa fic maravilhosa...você não faz ideia o quanto eu sou apaixonada !!! Amei, adorei, curti cada momento ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
    Parabéns amoré
    Posta logooo
    Beijos ❤️

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  2. EU ESTOU MORRENDO MEU DEUS ULTIMO E O ULTIMO CAPITULO MEU DEUS EU TO AKABSUD
    Gente eu to chorosa,não acredito q seja o ultimo capitulo,porra palmaas,gente q perfeicao é a melhor fic q eu ja li na minha vida
    Gente o Dan e mt mt mt fofo meu Deus quero apertar as bochechas dele,Jesus amado
    Joe e tao maravilhoso caralho,ele e Demi sao tao lindos juntos
    Eu sou tao apaixonada por essa fic
    A Jenny e o Dan awwntt q fofos,vou chorar
    Lizzie e Eric então nem se fala ❤❤
    E mt perfeicao,não acredito q ja acabou,quero mais
    Tentando descobrir como vai ser minha vida dps do epilogo
    E mt perfeicao,parabeens cara
    Nem acredito q ja vai acabar,nao paro de repetir isso
    Vc vai comecar outra fic? Diz q sim,diz q sim,diz q sim prfvr
    Ansiosa e triste pelo epilogo,não quero q entenda mal sabe mais enfim,triste pq e o fim
    Posta Logo
    Xoxo

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  3. So queria deixar claro q conheço a louca acima Nina I love you kkkkkkkkkkkkkkk. Eu nem sei o q falar disso td eu acompanhei toda hist e vc simplesmente evoluiu a cada cap, a cada drama, comedia q tinha na fic espero q eu possa ler um livro seu um dia. AMO LER NO SEU BLOG AMANDA BJOSSS Q VENHA O EPILOGO

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  4. ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, nao acaba agora por favor

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  5. Aí que capítulo mais lindo,na verdade todos são perfeitos,o dan sendo tão fofo igual ao Joe,vou morrer de saudade dessas história,você é demais, se fanfic tivesse Oscar você ganharia kkkkkk,beijos

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  6. Ta vc vai terminar assim por que não deu para entender nada o que eu reli várias e várias vezes do nada vc chega e termina pelo menos tinha que ter mais uns capítulos bônus por que esse não deu para entender nada e o que eu acompanho sua fic desde que vc começou e nem um foi igual a esse

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