22.5.14

Capítulo 39

   - Buffy, fique quieto. - Era impossível vesti-lo. Olhou rapidamente para o pequeno e os dois riram do pequeno Buffy. - O que você acha do suéter, Dan? - Demi liberou o filhote, que correu para perto de Daniel. - É meu amor, ele está aquecido. - Os olhos encheram-se de amor e ternura vendo Daniel acariciar o filhote, Buffy parecia uma bola de neve com um suéter vermelho. Aquela manhã de novembro estava cruelmente fria, tanto que até o pequeno Buffy e Oliver precisaram de suéteres. Dan vestia o seu suéter verde, e Demi o suéter cor de champanhe e um minusculo short de dormir. O chocolate quente que Joe tinha preparado mais cedo os aqueceu, fora a lareira e os aquecedores instalados por toda a casa. Céus! Dan fizera um escândalo para tomar banho, mas agora ele parecia confortável brincando com o seus brinquedos no chão encarpetado de seu quarto. - Meu amor, olha só o presente do tio Kevin. - O chão do quarto de Dan estava repleto de embrulhos coloridos e caixas cheias de laços de todos os tamanhos, fora os embrulhos que estavam na sala. Demi sorriu quando o pequeno engatinhou até ela sorrindo. A risada dele ecoou pelo quarto e Demi o envolveu com os braços o abraçando ternamente. Dan ficara felicíssimo com os seus novos patinhos de borracha amarelo. Era o pato pai, a pata mãe e dois patinhos filhos. Mas Dan nem parecia notar a também peça de roupa que ganhara do tio.

   - Mama. - Dan riu mostrando o patinho para Demi. Aquele sorriso fazia o seu dia, aquecia seu coração e marejava seus olhos. Adorava o sentir interagindo com ela, sorrindo, brincando e até gritando. Amava-o eternamente. 

   - Anjo da mamãe, eu estou feliz que você esteja feliz. - Demi o ajudou ficar de pé e envolveu aquele corpinho fofo e quente com seus braços e o beijou graciosamente fazendo o seu anjinho gargalhar gostosamente. - Você gostou da sua festa? Mamãe está muito orgulhosa de você. - Demi arrumou os cabelos de Dan de lado e apertou-lhes as bochechas repousando o pequeno no colo. - Ei Buffy. - Bastou umas batidinhas ao seu lado para que o filhote saltitante aninhasse entre suas coxas olhando para ela e para o pequeno Daniel. - Bebê, ele está com frio. - Quando Dan olhava para o animalzinho era como se ele estivesse completamente satisfeito com seu novo amigo, Dan gostava de acariciar o filhote e depois engatinhar para os braços da mãe quando o pequeno Buffy resolvia lambê-lo e aninhar-se aos seus pés.

   - "Papa amu" - Do vocabulário do pequeno, as únicas palavras existentes eram: Mama, papa e "amu", até porque Demi e Joe sempre diziam amo para ele. Demi olhou diretamente para a direção que Dan apontava, e sorriu timidamente para o homem que os olhava sorrindo. Joe.
   - Você me entregou rapaz. - Joe adentrou ao quarto com certa dificuldade por conta dos tantos presentes espalhados pelo chão. Agachou-se perto de Demi e pegou o pequeno no colo. - O porquinho do papai está muito cheiroso. - Joe cheirava o pescoço de Dan o fazendo gargalhar. - O que aconteceu com Buffy? Foi a mamãe que o vestiu com o suéter? - Joe perguntou para Dan enquanto brincava com o cachorrinho e o filho. Mas Dan só gritou um mama e soltando-se dos braços do pai engatinhou para brincar com o filhote. - Oi. - Sorriu para ela. Às vezes aquela timidez repentina de Demetria o deixava surpreso. Ela ficava corada, e com um sorrisinho tímido nos lábios.

   - Oi. - Joe a surpreendeu com um selinho nos lábios e sentou-se ao lado dela esticando as pernas. - Você está linda. - Como não corar? Ela estava de suéter, cabelo preso em um rabo de cavalo e usava óculos. Claro, se tratando de Demetria, ela estava realmente linda.

   - Você também. - Demi beijou a bochecha de Joe e deitou a cabeça no ombro dele enquanto ficavam a observar Daniel brincar com seus patinhos e Buffy.

   - Tenho compromisso hoje, vocês vão comigo, certo? - Perguntou entrelaçando os dedos aos dela. Depois do domingo, dia da festa de aniversário do pequeno Daniel, obviamente, era segunda. Dia que todos voltavam a sua rotina de trabalho e os demais compromissos, e esperavam pelo final de semana ansiosamente.

   - Amor, eu estou tão cansada, e lá fora está tão frio. - Murmuro manhosa. Demi ficara um bom tempo acordada. Primeiro, viajou por oito horas sem descanso e teve que subir em seus sapatos de salto quinze por mais de cinco horas de festa cheia das mais exóticas emoções até com direito a tapas, insultos e sexo na despensa. Segundo, Joseph não dera trégua a noite toda, e por mais que fosse maravilhosamente bom fazer amor com ele até o dia amanhecer, quem ficara dolorida depois era ela. E terceiro, mas não mesmo importante, bem pelo contrário.. Daniel estava danado demais. Só no começo do dia ele tentou ficar de pé e quase caiu da escada. Céus! Dan era terrível quando queria, e ele sempre queria.

   - Não vamos demorar. - Por um momento Joe ficara admirado com a feminilidade dela. A mão de Demi era pequena comparada a dele, pequena e delicada. Aliás, ela era pequena e delicada. Sua pequena menina mulher. - Nós temos uma reunião hoje, e se tudo der certo vamos anunciar uma turnê. - Nos três meses que se passaram desde o aniversário de Demetria, os irmãos Jonas estavam trabalhando duro em um novo álbum. Estavam montando juntos uma gravadora, Jonas Records. Demi estava tão orgulhosa e dava todo o apoio para que eles continuassem com a banda. Eram talentosos e cheios de ideias, tinham tudo para dar certo novamente.

   - Eu estou tão feliz por vocês. - Sorriu verdadeiramente para ele. - Mas meu amor, eu acho que é um momento apenas de vocês. E eu e Dan não iríamos ajudar muito, nós ficaríamos sem jeito. - Disse observando o pequeno.

   - Está tão cansada assim? -  Sussurrou beijando-lhes o pescoço.

   - Você acabou comigo. - Tocaram os lábios castamente, roçando-os timidamente enquanto suas mãos femininas acariciavam o rosto e as mãos masculinas pressionavam levemente a cintura de sua amada. - O que foi meu amor? - Demi deu um selinho nos lábios de Joe e fitou o pequenino que a olhava com os olhos marejados e puxava seu suéter.

   - Ele está com fome. - Joe conhecia aquela carinha carente de Dan, era assim que ele conseguia toda a atenção da mãe.

   - Só não pode morder a mamãe. - Dan costumava ser esfomeado quando se tratava de mamar, e como seus dentinhos estavam nascendo, ele acabara mordendo o bico do peito de Demi na maioria das vezes. Demi levantou-se com ajuda de Joe e segundos depois Daniel mamava avidamente com a sua sempre mania de segurar o seio e olhar para a mãe. - Dan! - Repreendeu-o. Demi já podia sentir os dentinhos dele beliscar o mamilo sensível.

   - Dói? - Joe perguntou os observando. Conforme Demi acariciava os cabelos do pequeno, ele ficava mais calmo.

   - Dói. Ele está mordendo. - Disse calmamente brincando com o pequeno. Era de se perceber a disputa entre Joe e Dan. Pai e filho disputando a única mulher da casa.

   - Você não pode morder a mamãe. - Dan parou de mamar por alguns segundos e olhou para o pai. Ele estava tão bonitinho com aquele suéter verde e sorrindo com o bico do peito da boca. Dan não entendia nada que Joe dizia, mas gostava da forma carinhosa que o pai falava.

   - Ele é muito cara de pau. - Demi curvou-se e beijou a testa do bebê que a olhou e riu baixinho. Cada dia que se passava Dan ficava mais sapeca, e crescia um pouquinho. - Você já vai? - Só agora que ela notou que ele estava arrumado.

   - Já, mas se quiser posso esperar você se arrumar. - Se Joe pensava que beijar-lhe o pescoço e sussurrar um "Vamos" com a voz rouca iria convencê-la, ele estava ligeiramente certo. Por um momento Demi pensou em render-se aos encantos dele, mas ela realmente precisava descansar, e colocar as coisas naquela casa em ordem.

   - Não. Eu não vou. - Demi o olhou e forçou um sorriso. - Mas nós podemos assistir a um filme juntos quando você voltar. - Demi sabia que Joe adorava "assistir" filmes com ela... Era a melhor época do ano para assistir filmes e namorar no sofá.

   - Tudo bem. - Joe sorriu de volta e levantou-se. - Não vou demorar, no final da tarde venho para casa. - Demi sorriu os observando. Joe beijou a bochecha de Dan e sussurrou alguma coisa fazendo o bebê rir. Logo ele voltou-se para ela olhando-a com aqueles grandes e lindos olhos castanhos esverdeados e a beijou.

   - Você já sabe, mantenha distância das garotas histéricas e comporte-se. - Sussurrou nos lábios dele e o beijou de novo. - Cuidado e volte logo para casa. - Depois de um longo selinho e um "te amo", Joe partiu deixando-a com o pequeno Daniel nos braços.

   - Você não está cheio? - Perguntou depois de longos minutos amamentando Daniel, Demi já estava cansada. Normalmente Demi o amamentava de três em três horas, mas conforme os meses se passavam e Dan crescia, ele começara a comer alimentos como papinhas e verduras e legumes. Mas Dan não deixara o peito por nada, e o médico recomendou que ela o amamentasse até o pequeno completar dois anos. Sobretudo, ele era tão apegado a ela. Adorava ficar aninhado aos braços da mãe recebendo todo o carinho e amor que ela tinha por ele.

   - Mama. - Simplesmente adorava quando ele a chamava, tão fofo e risonho.

   - Vamos bebê. - Demi o desgrudou do peito e o pôs para golfar. - Cadê o beijo da mamãe? - Demi sorriu de orelha a orelha quando Dan beijou sua bochecha carinhosamente e levou as mãozinhas até a boca sorrindo envergonhado. - O que nós vamos fazer pequeno? - Demi olhou com certa descrença para toda aquela bagunça. Ela não iria arrumar aquilo tudo sozinha, de forma alguma. Joe teria que ajudá-la.
Mais tarde, deitada no sofá enrolada as cobertas junto com Dan, Demi e o pequeno assistia a um filme. Pelas gargalhadas de Dan, ele estava se divertindo, ou era a panela de chocolate.. Demi tinha derretido uma barra de chocolate e quando ela ofereceu uma colher para o bebê, os olhos de Dan brilharam de felicidade com a primeira colherada do doce.

   - Mama. - Choramingou. Dan deitou a cabeça no tórax de Demi e levou a mão até o seio dela o apertando.

   - Daniel, você já mamou. - Suspirou frustrada. O jeito era amamentá-lo. Desembrulhou-se e o ajeitou no peito direito, o que ele ainda não tinha mordido. Dan sugou como sempre, avidamente. Ele mantinha seus grandes olhos verdes sobre a mãe adorando estar nos braços dela. Demi nem ligara para o filme, ou qualquer outra coisa que estava ao seu redor, encostou a cabeça na almofada do sofá e ficou a brincar com o pequeno sempre mantendo os olhos nos dele. Não era tão ruim amamentar, Demi passou bons minutos rindo junto com Dan, brincando com os pequenos dedinhos dele, fazendo caretas e cócegas na barriga. O que realmente importava era o sorriso do seu filho, que ele estava bem e saudável sendo mimado em seus braços. Quando deu por si o pequeno acabara dormindo com o bico do peito ainda na boca.

   - Mamãe te ama anjo. - Demi o beijou na testa e o deitou sobre o seu corpo o aninhando perfeitamente para que eles pudessem dormir juntos. O cobriu e o abraçou cuidadosamente. Enquanto acariciava as costas do bebê, lembrava do parto dele. Céus! Nunca sentiu uma dor física como aquela, chegara arrepiar só de lembrar. Sobretudo, quando seus olhos encontraram com os de Daniel, o amor que antes ela tinha por aquele que carregava em seu ventre fora substituído por um sentimento inigualável, era tão forte o amor que sentia por aquele pequeno e indefeso bebê. Nunca pensou que um dia iria amar tanto, ela só era amor e paixão. Ora! E a primeira vez que o pequeno abocanhou o seu seio e mamou avidamente? Demi sorriu ao lembrar-se. Eram tantos momentos juntos. Vinte e um meses de mãe e filho. Desde a gestação até o primeiro aninho de vida de Dan no mundo "externo". Ainda tinham uma vida toda pela frente.

Depois de um breve cochilo, Demi levantou-se com Dan nos braços, conferiu a hora no celular e subiu as escadas cautelosamente com o pequeno nos braços. Já passara de sete da noite, Joe chegaria a qualquer momento. Depositou um beijo carinhoso na testa do filho, e depois de conferir se tudo estava nos conformes, correu para o quarto. Preta ou vermelha? Hobby ou uma camisa dele? Cabelo solto ou preso? Pela primeira vez optara por vermelho, por um hobby e por cabelos soltos. Sempre usara moletons ou as roupas de Joe. Se bem que estava frio.. Mas nada que a lareira, o aquecedor ou Joe não revolvesse.. O belo banho de banheira caiu do céu. Só agora Demi teve a noção de como estava cansada e como os últimos dias tinham sidos cansativos ao extremo. Quando foi mias tarde, enrolou-se a toalha branca e caminhou para o closet. Estranho, nem um sinal de Joe. Hidratou o corpo, vestiu-se com as peças intimas e o hobby, penteou os cabelos e calçou as pantufas... Joe que a perdoasse, mas não iria ficar andando por ai descalça ou com chinelos abertos. Os aquecedores não aqueciam o chão, e as pantufas de coelho eram quentinhas! Por que ele ainda não tinha ligado? Demi olhara a hora no celular enquanto arrumava a sala, eram oito e meia e só tinha uma mensagem. Miley. "Eu não aguento mais comer canjica xoxo"  Demi gargalhou ao ler a mensagem da amiga. Céus, Denise não era brincadeira. A sala estava pronta e tinha separado dois dvds. Precisava de comida. Joe vivia para comer, dormir e transar. Ora, todos os homens só vivem para estas três funções.. Eles pensam em comer e comer, dormir quando não estão trabalhando ou assistindo a jogos na tevê e transar. Isto, ele só querem transar o tempo todo, e Joe não era diferente. Preparou pipoca, dois hambúrgueres, suco, já que ninguém daquela casa chegava perto de refrigerante, e para finalizar tinha muito doce da festa de Dan.

   - Ei Buffy, pensei que estivesse dormindo. - Demi quase enfartou ao ver o filhote de Daniel aos seus pés. - Está com fome? - Demi pegou o filhote no colo e acariciou o pelo. Um dos motivos para não querer um filhote de golden retriever há três meses era porque ele era recém nascido. Buffy precisava da mãe. Demi ainda sentia-se culpada por ter tirado aquela bolinha de neve de sua mãe. Segundo Nick, Demi precisaria dar leite em uma tigela ou preparar uma mamadeira para o filhote. Logo Oliver apareceu na cozinha, ele não tinha ficado nem um pouquinho feliz com a história de um novo mascote. Mas bastou algumas lambidas de Buffy para que eles virassem melhores amigos. - Também está com fome? - Duas tigelas de ração e duas de leite morno. Os cachorros estavam na cozinha, a comida estava pronta juntamente com a sala, ela só tinha que conferir se Dan estava bem e depois iria ligar para Joe para saber se ele já estava chegando. Como o esperado, Dan estava bem. Dormia tranquilamente. Beijou a testa do filho e o cobriu. Agora era só esperar. Assim que encostou a porta do quarto de Dan, Demi arregalou os olhos e o coração parou por uma fração de segundos. O que iria fazer? A casa tinha sido invadida? O barulho do vidro chocando-se ao chão logo com algo, provavelmente pesado, caindo a fez arrepiar-se. As pernas viraram gelatina e o coração batia rápido demais. Trancou o quarto do pequeno e correu para o closet de seu quarto, Joe tinha um taco de beisebol que ela julgara ser inútil, mas era a única coisa que iria servir no momento. A cada degrau da escada o coração acelerava mais, segurou o taco com força, mas logo o deixou cair escada a baixo ao ver o homem caído nos primeiros degraus da escada.

   - Joseph! - Quase tropeçou no maldito hobby. As mãos tremeram ao tocá-lo.

   - Acabou! - Nunca o vira em tal estado. Os olhos inchados, o rosto todo corado e com um corte acima da sobrancelha direita, os cabelos despenteados e uma enorme mancha vermelha na camisa branca. - Acabou. - Soluçava, tremia e chorava.

   - Ele está bêbado. - Demi olhou rapidamente para trás e empalideceu chocada, totalmente chocada. Olhou para o chão e viu os fragmentos de vidro e o líquido vermelho. Vinho. Logo o cheiro forte do álcool alcançou suas narinas e ela percebeu que Joe estava bêbado.

   - Joe, por favor. - Aos poucos o desespero tomava posse de si, e o medo de saber o que tinha acabado. Joe sussurrava acabou freneticamente.

   - Acabou meu amor, acabou. - Mal podia entender o que ele dizia. A fala dele estava embolada demais. Joe levou as mãos até o rosto de Demi e a trouxe para perto de si encaixando sua cabeça ao pescoço dela enquanto derramava suas tantas lágrimas e sussurrava "acabou".

   - O que acabou? - Perguntou o olhando. Joe gemeu o nome dela e soluçou entre o choro abraçando-a.

   - Demi, ele está bêbado. - Mal sabia o que pensar. O que tinha acabado, por qual razão Joe estava bêbado?

   - Eu sei que ele está bêbado Wilmer. - Demi olhou rapidamente para o rapaz e logo para Joe. - Olha para mim, você vai ficar bem. - Não poderia estar mais chocada. Era a primeira vez em toda a sua vida que vira Joe bêbado.

   - Eu te ajudo, ele precisa de um banho frio. - Joe murmurou alguma coisa enquanto Demi e Wilmer tentavam o erguer, ele era pesado demais, e como estava bêbado mal conseguia ficar de pé. Aquela escada tinha cerca de vinte degraus, e conforme o nível em relação ao solo aumentava, o risco de Joe cair de uma altura como aquela era gravíssimo.

   - Você pode abrir a porta? - Perguntou mal conseguindo respirar por conta do esforço físico que fazia para carregar um homem do tamanho de Joe. Aquilo era um sonho, certo? Ou melhor, pesadelo. Bêbado. Joseph. Marido. Wilmer. - Banheiro. - Murmurou completamente incomodada com aquela situação. Joe só faltava dormir em pé. Chorava feito criança e cheirava a whisky, vinho e vodka.

   - Demi, você me ama? - Em um instante que ela o deixara de "pé", Joe cambaleou e quase caiu, se Wilmer não o tivesse segurado. - Você vai me deixar? - Perguntou gaguejando.

   - Na saúde ou na doença querido. - Disse enquanto começara a despi-lo.

   - É perda de tempo, o melhor é jogá-lo de baixo da ducha fria. - Demi olhou rapidamente para Wilmer. Ele tinha razão, ela mal conseguia tirar a camisa do marido. 

Tudo piorou quando Joe vomitou de baixo do chuveiro, chorando e soluçando. O choque da água fria não fora o suficiente para despertá-lo daquele pesadelo. Demi passou as mãos pelos cabelos em um gesto nervoso, doía nela o ver naquele estado. Pacientemente, aproximou-se dele e tentou remover as peças de roupa com ajuda do mesmo. Foi difícil, mas a camisa ela tinha conseguido tirar. Ensaboou o peito com a ajuda de Wilmer, que segurava o amigo para que ele não caísse. Logo removeu a calça, e o deixou apenas de box e descalço. Estava dando certo, ele estava mais calmo, porém tremia de frio.

   - Demi. - Chamou-a baixinho. - Você vai me deixar? - As lágrimas voltaram a rolar pelo rosto dele deixando-a mais desesperada ainda.

   - Wil, você pode separar uma peça de roupa para ele? O closet é aqui do lado. - Com certo receio Wilmer os deixou a sós. Ficara preocupado no caso de Joe resolver desmaiar no banheiro na companhia de Demi, ela não iria conseguir o levantar. - Lave o rosto. - Joe arregalou os olhos, e como uma criança assustada fez o que ela mandou. Sua cabeça rodava tanto.. - Você vai ficar de pé enquanto eu busco o kit de primeiros socorros. - Joe encolheu-se de baixo do chuveiro e aos poucos começara a fechar os olhos. Dar banho em um homem bêbado e dormindo em pé não era fácil, Demi o secou e o enrolou na toalha. De uma hora para outra Joe tinha passado de bêbado chorão para bêbado tímido.

   - O que você está fazendo? - Perguntou totalmente confuso. Demi cuidara do corte acima da sobrancelha. Aquilo ardia.

   - Abra a boca. - Disse rígida como sempre. Joe abriu a boca e arregalou os olhos totalmente assustado e intimidado enquanto ela escovava seus dentes. - Cuspa. - Depois que o fez escovar os dentes, Wilmer a ajudou a vesti-lo com um moletom quente.

   - Dem, deita comigo. - Murmurou quase dormindo, quase acordado. Demi o colocara na cama e ajeitava-se para levar Wilmer até a porta.

   - Eu espero lá em baixo. - Segundos depois estavam sozinhos. Demi respirou fundo e deitou-se ao lado dele. Aquele não parecia o homem que ela tinha se casado, parecia mais um menino assustado e cheio de medo. Estava tão preocupada.

   - Banda. - Murmurou olhando-a com os olhos cheios de dor. - Acabou. - Demi enfiou-se de baixo das cobertas e o abraçou firmemente transmitindo para ele toda a positividade e amor que tinha. Se ela chorasse com ele as coisas iriam piorar. Iriam cair os dois de uma vez só, e não teria ninguém para ser forte por eles. Há três anos Joe fizera a mesma coisa, cuidara dela quando encontrou a mesma se cortando e vomitando. Quando ele adormeceu, Demi depositou um beijo carinhoso na testa e o cobriu como fazia com Dan. Levantou-se e desceu degrau por degrau desanimadamente mal acreditando no que tinha acontecido.

   - Eu iria limpar. - Murmurou ao encontrar Wilmer limpando a bagunça que Joe fizera com a garrafa, sorte que ele não se cortou gravemente.

   - Ele dormiu? - Wilmer preferiu ignorar todo aquele receio que Demi tinha por ele enquanto caminha até a cozinha sendo seguido por ela.

   - Dormiu. - Suspirou frustrada. - Como você o encontrou? - Sentou-se no banco do balcão enquanto servia café a Wilmer.

   - Obrigado. - Demi sabia que Wilmer adorava café, ele confessara em uma de suas animadas conversas quando eram amigos. - Ele foi até a minha casa, estava louco atrás da Ashley. - Toda a cor sumiu de seu rosto, engasgou com o café e as mãos começaram a tremer.

   - Ashley? - Sussurrou não acreditando no que ouvira.

   - Expressei-me mal. - Desculpou-se. - Pelo que entendi ele queria falar para Ashley ficar longe de você. Algo assim, ele quase a agrediu. - Seria por conta da quase briga no aniversário de Dan? Demi mal tinha percebido que Joe ficara nervoso.

   - Você acha que eles são amantes? - Quando percebeu já tinha dito o que não deveria, mas as palavras de Ashley voltaram com tudo. "Ele adora ir para cama comigo."

   - Demi, eu estou com Ashley. - Ora, Demi pensara que Ashley tinha se aproximado de Wilmer para lhes perturbar o juízo.. Era a única explicação lógica que encontrara. - Aliás, o Joe te ama e nunca iria te trair. - Bem, estas palavras ela teria que ouvir da boca de Joe, não da de Wilmer.

   - Você sabe o que aconteceu? Por que ele bebeu? - Não conseguia pensar em nada. "Banda" e "Acabou" não era a resposta e nem a desculpa para a bebida.

   - Eu não faço ideia. - Murmurou depois de um gole de café. - Eu acho que já vou. - Céus.. Se não fosse Wilmer, Joe estaria jogado em um canto qualquer daquela enorme cidade. Nem queria pensar no que poderia acontecer a ele.

   - Não está com fome? Posso preparar alguma coisa. - Demi forçou um sorriso. Graças a ele Joe estava bem.

   - Obrigado, fica para outra ocasião. - Caminharam silenciosamente até a porta, alheios um ao outro, cada um em seu mundo. - Se você precisar de alguma coisa é só ligar. - Demi sorriu e o surpreendeu com um abraço.

   - Obrigado por me ajudar a cuidar do Joe. - Disse com um sorriso triste nos lábios. - Você é um ótimo amigo. - Wilmer apenas beijou-lhe a bochecha e saiu às pressas apertando a jaqueta de couro contra o corpo, lá fora nevava.

Deus! Só agora que percebera que estava de hobby e apenas uma lingerie. Apressou-se em subir as escadas e destrancar o quarto de Dan para conferir se tudo estava bem com ele. Estava tão cansada e chocada. Beijou a testa do bebê e o deixou dormir serenamente. Suspirou completamente aliviada quando adentrou o quarto e o encontrou como ela tinha o deixado. Dormindo. Precisou apenas de um conjunto de moletom e apagar as luzes. Deitou-se ao lado de Joe e encolheu-se perto dele. Orou para que tudo ficasse bem, agradeceu por Joe estar em casa, e não na rua bêbado. Ela tinha fé que tudo iria ficar bem.

Continua... Eu nem acredito que demorei tanto para postar este capítulo.. na verdade eu não sabia como escrever. Escrever o capítulo! Tipo, eu já tinha esta cena em mente há tempos,  mas na hora de escrever foi bem complicado... tanto que o capítulo está meio que correndo :(
Mas espero que gostem, acredito que esta é a pior fase de um casamento, pelo menos o da fic. Obrigado pelos comentários e por sempre estarem acompanhado os capítulos. Beijos <3





7 comentários:

  1. aiiiiiiiiiiii
    que triste ... o fim da banda :c

    posssta logooo

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  2. Chorei aki junto ! Posta mais logo plllz

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  3. Morri com esse capitulo cara! De verdade Demi de hobby linda desculpa imaginei #LesbianForDemi
    Coitado do Joe cara muita dó dele! Mais quero barraco no próximo , quero que eles fiquem bem mais barraco é o tempero da vida!
    Amei o capitulo ficou perfeito de verdade! Você escreve muito bem :)
    Não demora não! Beijos

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  4. capítulo mais perfeito.
    Coitado do Joe :'(
    tá tudo fantástico u.u
    ansiosa para saber o que vai acontecer.
    posta logoooo
    beijos sua diva

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  5. mds nem sei por onde começar!!! esse capitulo ficou maravilhosamente perfeito, maravilhoso, incrível,fofo, eu acho que foi um dos melhores!!!
    quase chorei com a cena fofa da Demi com o Dan *---* Dan já esta grandinho demais e ainda quer mamar?? danadinho ele dhgfhasfdhs
    tadinha da Dem, deve ser horrível amamentar uma criança quando ela já tem dentinhos :/
    fiquei com muita pena da Demi, ela se arrumou toda, ficou toda linda para esperar Joe, que deveria chegar com ótimas noticias, e depois eles iam fazer amor, ai o Joseph vai e faz besteira, ninguém mandou ele beber, ainda bem que o Wilmer encontrou ele e levou pra casa, senão ele estaria nos becos da vida :/
    eu espero que Demi não fique muito chateada com ele, mas que de uma boa bronca nele sgdfsgadv
    mds Demi estava de Hobby e só com uma lingerie por baixo na frente do Wilmer jshgajshdahgajhdbj Wilmer deve ter olhado e tido pensamentos ousados
    Posta logo, eu estou amando!!!! Beijoos <3

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  6. Ai coitada da demii, esperou o joe chegar e ele chega nesse estado???? Ta perfeito !!!!!! Posta mais rssrsrsr !

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  7. coitado do joe :/ acho que ate na vida real deve ter sido dificil a separação dos jonas
    nossa tadinha da demi , tava toda toda pra encontrar com o joe
    ta tudo perfeito eu amei amei amei esse capitulo
    posta logo

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